quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DOR NEUROPÁTICA E LESÃO MEDULAR


Um especialista em cefaleias e dor neuropática revelou que uma em cada três pessoas com lesão medular sofre de dor neuropática, descrita como algo ardente, que provoca uma sensação de formigueiro ou de espasmo, com mais intensidade durante o primeiro ano após ter ocorrido a lesão.

O Dr. Manuel Lara, responsável pela Unidade de Cefaleias e Dor Neuropática do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário La Paz, em Madrid, explicou que para estes pacientes existe mais dor e um maior nível de sofrimento, o que faz com que muitas vezes as pessoas sejam afectadas também a nível psicológico.

O especialista indicou que isto faz com que a dor crónica seja uma patologia perturbadora, uma vez que tem uma repercussão muito importante na vida dos pacientes, provocando o aparecimento de outras condições, como depressão, pânico, ansiedade, dificuldade em dormir, entre outras.

Entre os medicamento para combater a dor existe um tratamento progressivo, que começa com anti-inflamatórios e antidepressivos e, caso estes não resolvam o problema, poderá ser necessário experimentar a neuroestimulação nos seus diversos níveis e modalidades.

Finalmente, se esta não surtir o efeito desejado e a dor persistir, a última abordagem deste tratamento seria a cirurgia tradicional, que consiste em cortar o nervo cirurgicamente, algo que apenas se realiza em casos muito concretos e persistentes.

Por seu lado, o presidente da Federação Nacional espanhola Aspaym (Associação de Lesionados Medulares e Grandes Incapacitados Físicos), Alberto de Pinto, assinalou que duas abordagens que contribuem para diminuir a intensidade da dor neuropática, ao alcance de qualquer um, são evitar as infecções urinárias e da bexiga, juntamente com a ingestão de ómega-9 no leite.

A dor neuropática é devida a uma anormalidade em qualquer ponto da via nervosa. Uma determinada anomalia altera os sinais nervosos, que, deste modo, são interpretados de forma anormal no cérebro. A dor neuropática pode produzir uma dor profunda ou uma sensação como a hipersensibilidade ao tacto.

ACRESCENTO: realmente viver com estas dores tem sido terrível. Tomo 1.600 grs de Neurontin (gabapentina) diários e mesmo assim suporta-las em certas alturas torna-se quase impossível. Pior é conseguir dormir com tranquilidade. Quase nunca consigo.
Mas conheço colegas que sofrem ainda mais que eu.

3 comentários:

  1. olá eduardo, como vais tu, aqui é o emerson, não sei se te lembras de mim, estive contigo em alcoitão, emerson o brasileiro, este é o meu e-mail jo.ca.vc@hotmail.com e emersonlealmeira@gmail.com se puder me adicione preciso falar contigo, forte abraço.

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  2. Sr. Eduardo,sou casada com um rapaz que teve uma lesão na medula há oito anos, conviver com ele sentindo essas terríveis dores tem sido um grande sofrimento pois fico com poucas alternativas do que fazer.Os médicos que já fomos dizem que isso não passa de mera criação dele,isso nos causa imensa tristeza, pois fica claro o descaso.Nossa condição financeira é pouca pra buscarmos outras cidades. Que podemos fazer? nos ajude.

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  3. Meirilane, os médicos em Portugal levam em conta a dor neuropática e medicam-nos. Eu por exemplo tomo neurontin: http://www.folheto.net/neurotin/
    Que tal tentar uma consulta da dor?
    Melhoras e boa sorte

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