quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Benavente quer barreiras arquitectónicas eliminadas

A vereadora da Câmara Municipal de Benavente, Ana Casquinha (PS), quer que o município passe a dar mais atenção às necessidades das pessoas com deficiência eliminando as barreiras arquitectónicas existentes no concelho. A eleita socialista lembra que o próprio edifício da câmara, que foi sujeito a obras de remodelação recentemente, é inacessível a quem tem dificuldades de locomoção, já que o acesso ao primeiro andar do edifício só é feito por escada.

O presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), explica que a autarquia tem feito um esforço para eliminar muitas das barreiras arquitectónicas. “É um trabalho que não se vê mas que necessariamente se sente, desde o corte de passeios em rampa a passadeiras para pessoas com deficiência visual. Tem sido gasto muito dinheiro na concretização destes objectivos. Não faz parte de uma rubrica orçamental mas faz parte das despesas de conservação, reparação e manutenção que têm sido implementadas”, argumentou. O presidente já pediu ao vereador Miguel Cardia um levantamento do investimento que tem sido realizado para que a acção da câmara nesta área possa ser contabilizada.

António José Ganhão esclarece ainda que no edifício da câmara, cuja construção data de 1875, poderia ter sido instalado um elevador de acesso, usando para isso um corredor na parte traseira do edifício. A intervenção não fez contudo parte do projecto inicial. “Agora torna-se difícil devido à conjuntura do país. O valor desse investimento seria elevadíssimo”, justificou.

O autarca lembra que os serviços de atendimento ao público estão localizados no rés-do-chão e que foram instaladas rampas de acesso na porta lateral. “Quando alguém nessas condições pretende falar com o presidente da câmara ou com um técnico que trabalhe num dos gabinetes do piso superior, os mesmos descem. Já aconteceu várias vezes”, assegurou. António José Ganhão disse “talvez um dia” seja implementado o projecto do elevador no actual edifício. Apesar da disponibilidade do executivo e funcionários da câmara de se deslocarem ao rés-do-chão as reuniões de câmara e assembleias municipais decorrem no andar inacessível do edifício. O Mirante

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