sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Gémeas precisam de ajuda

Dina e Vera são gémeas, têm 28 anos e ambas sofrem de paralisia cerebral. A doença têm-lhes acanhado os movimentos, pelo que cada vez mais estão dependentes da mãe, sobretudo a Vera.

A mãe das gémeas, Virgínia Salavessa, conta ao Reconquista que a paralisia cerebral só afectou as filhas aos 22 anos, quando o marido morreu num acidente de trabalho. “Na altura em Coimbra explicaram-me que, além da paralisia cerebral, mas minhas filhas também tinham ficado com uma doença neurológica degenerativa, que lhes vai matando as células do cérebro”, refere.

E tanto assim é que, ao longo destes anos, as condições de mobilidade e autonomia têm-se degradado e as jovens, além da medicação, também já têm de usar fralda.

Aos 42 anos, Virgínia Salavessa vê-se assim a braços com esta situação, e é mesmo a força dos seus braços que têm de conseguir levar as filhas para a cama, que fica num piso mais elevado da casa. “A Dina é mais fácil de transportar, pois ainda tem alguma mobilidade, mas a Vera não, tem de ser mesmo ao colo, o que se torna cada vez mais difícil”, acrescenta.

Neste momento, a principal necessidade desta família é conseguir fazer obras em casa, no sentido de fazer dois quartos no piso térreo, anulando assim as barreiras arquitectónicas da habitação.

Na aldeia, um grupo de jovens juntou-se e, no Verão, realizaram vários concertos, no Palvarinho, mas também no Chão-da-Vã, Juncal do Campo, Salgueiro do Campo e Freixial do Campo, para conseguir angariar alguns fundos para ajudar.

Virgínia Salavessa tem um ordenado na ordem dos 500 euros e uma pensão de sobrevivência mínima, pela morte do marido, mas como encargos tem todas as despesas de casa, as despesas de saúde das filhas, fraldas e a prestação do carro, que lhe é imprescindível para transportar as filhas para o colégio, pois frequentam durante o dia a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Castelo Branco, mas também para ir trabalhar, pois “o horário de trabalho não é compatível com o dos transportes públicos”.

Informação completa: Jornal Reconquista

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