sábado, 17 de março de 2012

Novo mirante do Tramagal sem acessibilidades para pessoas de mobilidade reduzida

Vítor Ferreira, 26 anos, paraplégico, mora no Tramagal, concelho de Abrantes, e desloca-se em cadeira de rodas. O tramagalense ficou indignado pelo facto da obra que está, neste momento, a decorrer no Mirante da localidade, também conhecida como Miradouro da Penha, não contemplar acessos para deficientes motores. O jovem não se cansa de reclamar contra os atropelos arquitectónicos que impossibilitam uma vida normal. “Estão a gastar dinheiro numa obra de raiz e não respeitam o que está na lei. Sinto-me revoltado porque gostava de ir ao mirante e não posso descer porque a rampa tem escadas pelo meio. Ou faziam rampa ou faziam escadas. As duas coisas juntas não”, reclama.

O projecto da Câmara Municipal de Abrantes, adjudicado ao AtelierMob - Arquitectura Design e Urbanismo está concluído e quem faz uma visita ao local facilmente constata que o acesso ao cruzeiro é só para quem pode. No local também não está nenhuma placa com pormenores sobre a empreitada, parte de um investimento de cerca 82 mil euros. A obra do mirante tem provocado alguma celeuma desde que se soube que não contemplava rampas, sendo amplamente debatida na página do facebook do Tramagal.

“Para já, o acesso a pessoas com mobilidade condicionada não está previsto e não há acessos alternativos mas a situação preexistente foi substancialmente melhorada”, refere o vereador da Câmara de Abrantes, Rui Serrano, em resposta ao nosso pedido de esclarecimentos, não explicando, no entanto, porque é que estes acessos não foram acautelados.

O mesmo responsável avança que a empreitada faz parte do projecto “Centro de Interpretação do Tejo Ibérico- Miradouro e Cais da Barca no Tramagal” que procura valorizar zonas de estadia ao público em geral, designadamente o parque de merendas e o miradouro confinante com o monumento ao Comendador Eduardo Duarte Ferreira e o parque de merendas localizado no Porto das Barcas.

Sobre esta matéria, o PSD de Abrantes emitiu um comunicado, após a apresentação das obras públicas que estão a decorrer na freguesia do Tramagal, sessão que teve lugar na sexta-feira, 9 de Março. Segundo afirmam, na sessão foi dito que no mirante “não era possível, necessário, nem obrigatório concretizar o acesso a pessoas de mobilidade reduzida. “Na inauguração haverá palavras bonitas para branquear a tristeza da intervenção”, criticam os sociais-democratas.

Fonte: O Mirante

5 comentários:

  1. Excelente, bom trabalho.
    Ponham os olhos nestes exemplos de pequena remonta e façam acessibilidades a lugares em que nós temos dificuldades.
    Parabéns para os tramagalenses e para o Eduardo que vai dando boas noticias de terras que eu fui feliz.
    Aquele abraço amigo.

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  2. Dá-lhes nas orelhas Victor, mereces espaço na tua terra.
    É isso Eduardo, sem barulho nada se faz.

    Abraço amigo.

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  3. O DINHEIRO QUE GASTARAM NUM MONTE DE CIMENTO ARMADO TINHAM INVESTIDO EM PASSEIOS DO TRAMAGAL AO CRUCIFIXO PARA PIÕES E BICICLETAS AS CRIANÇAS DO CROCIFIXO TEM QUE VIR COM AS DICICLETAS NA ESTRDA QUE É UM GRANDE PERIGO O PROJECTO DO MIRANTE ATÉ A BARCA É RIDICULO EU JÁ O FIZ SÓ OS JOVENS SE AGUENTAM A PEDALADA JOVENS A ANDAR POR ALI É PARA RIR SE O PRESIDENTE ESTIVESSE ATENTO OS JOVENS ANDAM DENTRO DO TRMAGAL E A CAMIHAR PARA O CRUCIFIXO

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  4. Têm que reclamar como fez o Vitor Ferreira. Mostrem vosso desacordo. Quem sabe não conseguem que vosso pedido seja aceite.
    Obrigado pelo comentário, Cristina.

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