sábado, 25 de agosto de 2012

O perigoso doping usado pelos atletas paralimpicos

EU: Sempre usamos estes truques no nosso dia a dia para subirmos a tensão e sairmos num piscar de olhos de um momento aflitivo para um mais calmo. 
No meu caso quando sinto que forças estão a desaparecer empurro bruscamente os joelhos contra o suporte almofadado do suporte de pés da cadeira de rodas e ou passo a mão por baixo do escroto, por cima das calças, num movimento ascendente e repentino, mas sem magoar. ao mesmo tempo que forço o tronco contra o encosto da cadeira. Consigo dessa maneira mais uns minutinhos de fôlego naquelas horas de aflição. 

Mas desconhecia que estas técnicas atingiam esta dimensão nos atletas. Fiquei impressionado com os riscos que correm. A questão de permitir voluntariamente o enchimento da bexiga e de não a esvaziar é de loucos. Sei bem o que custa. Acontece-me várias vezes não conseguir esvazia-la e as dores na cabeça são indescritíveis, tensão descontrolada, todo molhado com suor, visões.... Nenhum medicamento as diminui. Só despejando a bexiga. Isso porque entramos num quadro de DISREFLEXIA que pode nos deixar sequelas gravíssimas. Este ano devo ter passado por umas 5 ou mais. Tive sorte...estes atletas são loucos.

Eduardo Jorge

Uma maneira estranha de doping para atletas com lesões na medula espinhal chama a atenção nos Jogos Paralímpicos de Londres. Para elevar a pressão arterial e acelerar o batimento cardíaco, eles prendem a urina, usam choques elétricos e chegam até a quebrar dedos dos pés intencionalmente com um um martelo. De acordo com a BBC, 17% dos paratletas em Londres já admitiram que usaram alguns desses métodos de melhora de performance no esporte.

O doping paralímpico parece estranho, mas é explicado pela ciência. Enquanto os atletas sem deficiências aumentam a pressão arterial normalmente com exercícios, atletas com lesões na medula espinhal não conseguem ter o mesmo resultado e acelerar o batimento cardíaco. Portanto, este tipo de doping faz muita diferença, permitindo que o corpo aguente mais treinamentos e fique mais preparado para conquistar medalhas.

"Eu tentei de muitas maneiras fazer isso. Você pode deixar sua bexiga encher, basicamente não indo ao banheiro por horas e deixando a dor da sua bexiga agir sobre seu corpo. Algumas pessoas enchem a bexiga através de um cateter para o estímulo vir mais rapidamente - é o mais comum - e você pode rapidamente se livrar da dor após o estímulo deixando a urina escorrer por ali", revelou o alpinista tetraplégico Brad Zdanivsky, do Canadá.

"Já fui mais fundo e usei estímulos elétricos nos dedos dos pés, na perna e até mesmo nos testículos", completou Zdanivsky. A prática, além de ser perigosa para a saúde, é ilegal desde 1994, e os testes são feitos antes das competições. Porém, nada impede que o paratleta prepare seu corpo nos treinamentos utilizando esta forma de doping, que desaparece algumas horas depois.

Fonte: Yahoo

5 comentários:

  1. Desconhecia completamente Eduardo!É incrível!!
    Todos os atletas tentam superar-se...

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    1. Neste caso superar-se perigosamente.
      Um jogo muito arriscado Ana.
      Fixa bem

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  2. Puxa Eduardo... Aqui há uns meses atrás, a minha bexiga começou a fazer retenção urinária pela 1ª vez em 21 anos, e a minha tenção arterial subiu tanto, que só me apetecia "subir pelas paredes", tantas foram as dores de cabeça, dores no peito e aumento do batimento cardíaco, etc... Só me faltou ter um AVC... Eles são doidos varridos...???

    Um abraço Eduardo.

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    1. Também nunca tive dores tão fortes na minha vida. São demais. Nem sei como eles aguentam. Só melhoro quando esvazio a bexiga.
      Fica bem

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