quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Turismo perde 140 mil milhões por falta de condições para deficientes

Um estudo estima que a nível europeu o turismo esteja a perder 142 mil milhões de euros todos os anos devido «à infraestrutura deficiente, serviços e atitudes em relação aos viajantes com necessidades especiais», indicou a associação Acesso Cultura.

Os dados constam de uma pesquisa realizada recentemente pela Universidade de Surrey, Inglaterra, de acordo com nota remetida às redações pela Acesso Cultura, uma associação cultural que promove a melhoria das condições de acesso, físico, social e intelectual aos espaços culturais e à oferta cultural.

Este estudo será uma das bases para os debates que a Acesso Cultura promove em simultâneo, na quinta-feira, em três cidades portuguesas - Albufeira, Lisboa e Porto - com especialistas e empreendedores da área do Turismo Acessível.

«Os investigadores acreditam que, se os destinos europeus forem totalmente acessíveis, essa procura pode aumentar até 44% por ano, o que resultaria em um adicional de 142 mil milhões de euros no PIB [Produto Interno Bruto] e 3,4 milhões de postos de trabalho para a economia europeia», lê-se na nota.

Entre os aspetos negativos, os inquiridos, de 12 países da União Europeia, apontaram o preço da acessibilidade, no entanto a disponibilização de informação e de assistência médica são considerados obstáculos mais significativos do que a acessibilidade dos locais em si.

Num estudo que também aborda o setor da alimentação e bebidas, a importância da identificação de itinerários e de locais de estacionamento acessíveis, entre outros temas, são apontadas barreiras na fase do transporte, nomeadamente em companhias aéreas, aumentando o grau de dificuldades quando é utilizada uma transportadora de baixo custo.

O estudo citado pela Acesso Cultura fala em «previsão de crescimento de mercado com base no crescimento previsto da população idosa e o consequente crescimento do número de indivíduos com deficiência».

«Perante esta realidade, que oportunidade e que obrigações surgem para as instituições culturais?» é a pergunta que a associação lança nos debates que se realizam das 18:30 às 20:00 com entrada livre.

Em Albufeira, a sessão decorre na biblioteca Lídia Jorge com o diretor-geral do Grupo Pedras (Pedras da Rainha e Pedras d'El Rey), António Almeida Pires, e o diretor do Museu de Portimão, José Gameiro.

Já em Lisboa, no Museu da Cidade, vão estar da European Network for Accessible Tourism (ENAT), Ana Garcia, dos Parques de Sintra Monte de Lua, Nuno Oliveira, e da Cooperativa Milacessos, Pedro Brandão.

Quanto ao Porto, onde o debate decorre na biblioteca Almeida Garrett, são convidados um responsável da Turismo do Porto e Norte de Portugal, António Cândido, responsáveis por projetos ligados à mobilidade acessível como da Places4All, Hugo Vilela, da Cultur´friends, Luís Vaz, e da Waterlily, Olívia Nogueira, uma professora do Curso de Mestrado em Turismo, da Escola Superior de Educação de Coimbra, Eugénia Liam Devile, bem como a provedora municipal dos cidadãos com deficiência, Lia Ferreira.

Fonte: TVI24

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