Como vocês sabem, desde que nossa saúde esteja estabilizada, médicos autorizam-nos (e até incentivam) a passar fins-de-semana nas nossas casas.
Fim-de-semana de 4 a 6 de Setembro a meu convite, Alberto (colega quarto) veio passá-lo comigo.
Como minha região está muito bem servida de praias fluviais e lindos parques lazer, fomos passar o Sábado num deles que vos quero apresentar -caso não conheçam- e recomendar.
Muitos espaços verdes, com tiralô, nadadores salvadores que nos auxiliam nas idas á água são muito amáveis e disponíveis, verifiquem que esplanada, banho chuveiros, wc's adaptados, areia e água está tudo muito bem interligado.
Está localizada na margem esquerda do rio Tejo, entre Gavião e Belver e está classificada como “Praia Acessível”. Tem nadador salvador e areal marinho renovado todos os anos.
Tem um magnífico passadiço (Infelizmente não acessível nossas cadeiras de rodas), com cerca de 2 km, que bordeja o rio desde a praia até a ponte de Belver-Gavião: são freixos, amieiros, salgueiros, sobreiros.
A praia está integrada no complexo da Quinta do Alamal, de que herdou o nome e que foi adquirida pela autarquia em 1997.
Actualmente tem sanitários, balneários, primeiros socorros, snack-bar. Centro Aventura do Alamal (centro integrado de lazer). Pode-se ainda praticar diferentes actividades desportivas e de aventura, pesca desportiva, circuitos pedestres, desportos náuticos e passeios de canoa e de barco pelo Rio Tejo. -Nenhuma modalidade adaptada-.
O "TIRALÔ OU CADEIRA ANFÍBIA" É CONSIDERADO AJUDA TÉCNICA
São de origem francesa, e serve para deslocar mais facilmente pela areia, (terrenos irregulares com pedras, por exemplo), e levar ao banho as pessoas com mobilidade condicionada (deficientes, idosos, etc.) globalizando a ideia de praia para todos.
O Tiralô, é considerado uma Ajuda Técnica, por isso só paga 5% de IVA, o que não o impede de ter um preço que não é muito acessível – como a maior parte das ajudas técnicas!!! Segurados podem pedir prescrição médica e assim adquiri-lo sem encargo nenhum.
A cadeira anfíbia tem grande flutuabilidade e estabilidade, suportando perfeitamente as ondas, que em situações normais existem nas nossas praias. Deve ser usada com o auxílio de pelo menos uma pessoa.
O Tiralô não é uma embarcação, e portando não deve ser usada como tal.
É fácil de usar, a altura do assento é inferior à de uma cadeira de rodas, o que facilita a transferência da pessoa. Para maior conforto tem um apoia pés. (existindo um espaço entre o apoia pés e o assento, permitindo colocar os pés na areia ou na água)
É fabricado num material de alta resistência e de fácil manutenção. O Tiralô é facilmente desmontável o que permite o seu transporte em viaturas convencionais.
Alberto (Beto) com Castelo de Belver ao fundo
Beto resolveu sair do Tiralô e aventurar-se por uns momentos livre. Conseguiu.
Castelo de Belver que está sempre presente
Por último (já estão cansados/as de tantas fotos e assim não reparam no meu soberbo físico hehe!!) eu a tentar refrescar-me com um geladito.
Olá Eduardo,
ResponderEliminarNão deixa de ser curioso por vezes ser mais fácil frequentar uma praia do que conseguir deslocar-se numa cidade ou entrar nas instalações de um organismo público.
Claro que também irei visitar esta linda praia fluvial.
Um grande abraço.
Alberto
Bem colocada a sua questão, Alberto!
ResponderEliminarVai adorar a praia e lugar.
Fique bem.
Prezado Alberto,
ResponderEliminarSou mãe de dois garotos: Yuri e Hugo. Yuri teve anoxia neonatal, deixando sequelas de moderada a severa. Com muita luta, ele contrariou parecer médico: veio a andar, se formou em publicidade e propaganda, trabalha na petrobras há 10 anos. Hugo formou-se em pedagogia, enfermagem e trabalha na equoterapia (atividade em que se utiliza o cavalo como recurso terapêutico). Ajudando Yuri a crescer... cresci também: Publiquei dois livros, amos na segunda edição e Instituir a Associação Bahiana de Equoterapia, em parceria com a Polícia Militar da Bahia (Esquadrão de Polícia Montada) e o Exército Brasileiro (19º- Batalhão de Caçadores), onde dedico na assistência social, com o trabalho voluntário as pessoas menos favorecidas.
A entidade é mantida através de doações e,atualmente atendemos 131 crianças carentes, portadoras de deficiências: física, mental, comportamental, motora, visual e auditiva. E uma demanda reprimida de aproximadamente 500 pessoas.
Quanto ao equipamento tiralô, acho fantástico, já conhecia este projeto e vejo que as tecnologias assistivas, vem contribuindo cada vez mais para melhor qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Salvador/Bahia certamente oferecerá condições para a implantação deste projeto.
Conheça um pouco da nossa história
www.equoterapia.org.br (depoimento de Yuri e meus livros: Minha caminhada e Minha caminhada II - equoterapia cavalgar é preciso!
equoterapiabahia@blogspot.com
Atenciosamente,
Maria Cristina Guimarães Brito
Presidente da Associação Bahiana de Equoterapia
Maria Cristina, obrigado pela visita e comentário.
ResponderEliminarBonita sua luta...Aí está a prova de que se ficarmos quietos e a lamentar-mo-nos é que não se resolve nada.
Irei divulgar na página principal, logo que possível, seus projectos e trabalho.
Muito boa sorte para si, seus filhos e causas.
Disponha e apareça sempre.
Fique bem.
Cara que lugar mais lindo, quantos km de Sao Paulo ?
ResponderEliminarrsrsrs
Wanderley, uns bons milhares de certeza...rs
ResponderEliminarAinda ontem pessoal bem me tentou levar para lá. Mas 44 graus de temperatura não me permitiram sair do ar condicionado. Desperdício, não é?
Estive a ver a tua entrevista ao teu repórter amigo, e gostei muito de te conhecer. Parabéns!
Fica bem.