terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha participação no 10º Congresso Nacional de Deficientes

Este Sábado participei no 10º Congresso Nacional de Deficientes, realizado na INATEL da Costa da Caparica, organizado pela Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD). O tema principal era "LUTAR POR UM SÉCULO XXI INCLUSIVO/UNIR O MOVIMENTO ASSOCIATIVO".

Uma decepção. O mesmo de sempre: discursos politicamente correctos, feitos pelos mesmos de sempre, formalidades do costume, promessas...porque tem que se continuar a bater nas mesmas teclas, a fazer o mesmo de sempre? A mim tudo aquilo não me diz nada. Porque não nos juntarmos informalmente e debatermos nossos problemas, trocarmos ideias, dúvidas, unirmos esforços, no lugar daqueles enfadonhos e ultrapassados modelos?

Bem, couberam-me uns minutinhos para discursar e neles tentei apresentar factos. Sim, factos. Falar bonito não sei, falar só para agradar não condiz com minha personalidade. Deixo aqui aos meus leitores o que foquei: (cliquem por favor nas palavras sublinhadas, que terão enquadramento do que me refiro).

1 - O representante da INATEL social, presente no congresso, tentou vender e vangloriar-se do seu programa “Abrir Portas à Diferença”. Expliquei-lhe que não é como diz. Eu fui impedido de participar nesse programa, porque as suas unidades hoteleiras não têm casas de banho acessíveis para dependentes e que inclusive naquele momento nem o rosto podia lavar, porque a casa de banho do Hotel não permite que entre nela.

2 - Perguntei à mesa onde está a inclusão. Eles (organizadores do congresso) foram os primeiros a discriminar-nos. Somente disponibilizaram transportes a partir do Largo do Rato em Lisboa. Eu e outros que vivem fora de Lisboa somos diferentes, não temos direito a transporte.
Não há verbas para transportes? Recebam-nos através de videoconferência. Não custa nada. Aí se vê que é falta de vontade.

Sites da CNOD, APD e maioria é desnecessário procura-los. Sempre desactualizados e nada apelativos. Será que não sabem que nós dependentes temos como única ferramenta para chegar até eles a Internet? Hoje em dia qualquer leigo sabe e tem uma página na net, mais actualizada que as deles.

3 - Contei-lhes a humilhação que passei ao ser examinado no meio da via pública, no Serviço de Saúde Pública de Tomar, por uma junta médica, por o edifício não tem acessos a cadeira de rodas.

4 - Expliquei-lhes que o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, não faculta transporte a dependentes após alta hospitalar. Que nos despeja e abandona na nossa cadeira de rodas, na estação de Santa Apolónia, Oriente ou outra.

5 - Que estamos impedidos de fazer formação e ou continuar estudos, porque não nos facultam transporte. Que Centro de Reabilitação Profissional de Alcoitão e ou Gaia, não nos aceitam, porque não têm dinheiro para contratar quem nos auxilie. Novas Oportunidades e afins que tanto se orgulham e publicitam é só para os outros.

6 - Que dia 09 de Novembro de 2009, relatei estas, e outras injustiças a toda a entidade possível, e inclusive a algumas daquelas Associações e nem uma resposta obtive. Somente Gabinete da Senhora Secretária de Estado, através do chefe de seu gabinete, Drº Rui Daniel e seu adjunto Drº Luis Vale se interessaram por mim e me receberam. Inclusive até hoje sempre que sou contactado através do TETRAPLÉGICOS, por alguém que sofre injustiças, Drº Luis Vale me auxilia. Tendo já desbloqueado imensas situações. Do associativismo nada.

O que não pude dizer, visto a mesa ter-me interpelado que meu tempo tinha esgotado:

a) Centro de Reabilitação de Alcoitão deixa muito a desejar.
b) Conseguir uma assinatura dos centros de saúde numa credencial, que autorize nossa ida a uma consulta com um especialista é maioria das vezes recusado.
c) Conseguir Ajudas Técnicas/Produtos de Apoio neste momento é quase impossível.
d) Apoio domiciliário é inexistente.
e) Ir a umas urgências hospitalares, só pagando transporte, etc, etc e etc.

Houve uma Mãe que no seu discurso emocionante, de procura de respostas, muito incentivou o mostrarmo-nos, irmos para a rua. Sempre achei uma excelente ideia, como em tempos o mostrei publicamente. Pensem nisso.

Não poderia deixar de agradecer esta minha presença neste Congresso, ao Élio Castelo (foto acima) e Drª Inês Apolinário, Assistente Social da ANDST de Chelas. Muito obrigado!

Primeiro aluno a tirar curso com teleaulas quer abrir portas


David Varela sofre de uma doença que o impossibilita de ir ao ISCTE e beneficia de tecnologia avançada para tirar o curso. O objectivo é levar esta possibilidade a outras pessoas.

No início da aula, depois de saudar a turma, as primeiras palavras da professora vão para David. "Tem dúvidas da semana anterior?", pergunta Madalena Ramos, docente de Análise de Dados, dirigindo o olhar para o monitor em cima da secretária. David não está ali na sala de aula, com a turma de Sociologia do 2.º ano, mas, do lado de lá do computador, acompanha-a a par e passo. Interage, põe questões, e até espreita a sala através da câmara que comanda à distância.

Aos 24 anos, David Varela é o primeiro aluno do ensino superior a ter teleaulas. Porque sofre de uma doença neuromuscular progressiva e severa, que lhe tira a mobilidade, não pode deslocar-se à faculdade. Mas este problema grave não o impediu de se candidatar ao curso de Sociologia no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). No ano passado, assistiu às aulas via Skype, mas este ano recebeu apoio da Fundação PT e obteve tecnologia mais avançada.

"Foi uma aventura", conta, entre risos, deitado no sofá da sua sala e com o computador junto ao rosto. "Como não sou de desistir facilmente, candidatei-me, mesmo sabendo que o ensino superior não disponibilizava condições a alunos como eu", acrescenta.

No ensino secundário, David já usufruiu desta tecnologia da PT, mas a "grande vitória" foi conseguir estendê-la ao superior. Para que, tal como ele, outras pessoas com deficiência não abdiquem do sonho de tirar um curso. "E muitos Davids, que no fim do secundário possam vir atrás. Abrir portas a outros foi sempre o meu objectivo pessoal."

Da sua sala, David vê o quadro, a turma e o professor. "Sinto mesmo que estou dentro da sala", explica, mostrando no monitor as facilidades do sistema: receber ficheiros, falar à distância e manipular a câmara da parede da sala, apontando-a para onde quiser.

Em casa, David sente-se sozinho por não ter os colegas para conviver. Ele que "gosta tanto de festas", admite. Mas há vantagens em não ter de vir do Barreiro até Lisboa, sublinha com um sorriso optimista. "Levanto-me 15 minutos antes da aula começar e nunca apanho trânsito."

A tecnologia está a funcionar há poucos dias, mas tanto alunos como docentes já se habituaram à presença de David e a superar falhas que possam ocorrer na comunicação. "Ele é participativo mas prefere tirar dúvidas no final da aula, por e-mail ou Skype", diz a professora Madalena Ramos. A sala está reservada para a turma, para poderem fazer trabalhos de grupo em videoconferência.

Este ano, David já veio ao ISCTE apresentar um trabalho e praxar os caloiros. "Ele está muito bem integrado. Encontrou aqui laços de amizade", diz Andreia, amiga e colega que o acompanha desde 2009. "Ainda havia muitos tabus, porque as pessoas não sabiam como agir. Mas como costumo dizer, ele só tem um problema: precisa que alguém lhe empurre a cadeira de rodas."

Quebrar preconceitos é o lema de David, que quando for sociólogo quer investigar o ramo do associativismo. "Sou muito empenhado na luta dos 'meus'. Para a sociedade nos aceitar, temos de sair de casa. Pois olhos que não vêem são como coração que não sente." DN

Gala de Inclusão em Leiria

A Câmara Municipal de Leiria, o Governo Civil do Distrito de Leiria e o Instituto Politécnico de Leria, associam-se com o intuito de Comemorar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, levando a cabo a realização da I Gala da Inclusão.

A Gala, para além de ter como objectivo a entrega de Brinquedos adaptados, resultantes da campanha “ Mil brinquedos Mil sorrisos “ terá também, como objectivo primordial, chamar a atenção da Sociedade Civil para a problemática da Diferença.

Serão também premiados com o Galardão da Inclusão, entidades, pessoas em nome individual e instituições/empresas que se tenham distinguido nesta área, nas seguintes categorias: Reportagem/Documentário, Investigação Aplicada, Boas Práticas de Inclusão no Mundo do Trabalho, Desporto, Acessibilidades e Mérito Regional eleitos por um júri isento, nomeado para o efeito.

O evento terá lugar no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e a entrada é restrita aos convidados.

Contactos:

CRID - Centro de Recursos para a Inclusão Digital, ESE, IPL | e-mail: crid@esel.ipleiria.pt RedeSolidária

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Maia/Açores precisa de centro para crianças deficientes

Santa Casa da Maia tem cinco crianças institucionalizadas, mas não tem um espaço próprio para elas. Duas estão mesmo a residir no já lotado lar de idosos

A Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo da Maia quer criar um Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) com capacidade para oito crianças com deficiência, bem como melhorar as condições do seu lar de idosos.

O processo do CAO está já concluído junto do Governo Regional, devendo a obra arrancar o mais rapidamente possível, assegura o provedor da Santa Casa da Maia, Laudalino Rodrigues.

A Santa Casa já tem neste momento cinco crianças deficientes a residir nas suas instalações, sendo que duas delas estão no lar de idosos e três na valência destinada aos jovens sem família. Uma situação que, para além de estar longe do ideal em termos de cuidados, também prejudica a própria função do lar de idosos, que foi previsto para 12 utentes e já vai em 18, sendo que 16 são idosos e os outros dois são as já citadas crianças deficientes.

“E já temos uma lista de espera para o lar de idosos de 35 pessoas, daí que por vezes queiramos acorrer às situações mais gravosas e não conseguimos”, alerta o provedor da Santa Casa da Maia, lembrando que o lar funciona praticamente como uma unidade de cuidados continuados, uma vez que a maioria dos idosos que lá reside já não tem autonomia. AO Online

Mercados, bazares e feiras por um Natal mais solidário!

A proximidade do Natal faz surgir, um pouco por todo o país, as mais variadas iniciativas de solidariedade que apelam à sensibilidade das pessoas. Bazares, mercados e feiras natalícias multiplicam-se e alguns têm como objectivo contribuir para causas e gestos nobres. Este Natal, ofereça prendas originais, ajudando quem mais precisa.

Bazar de Natal de Serralves

Até ao dia 31 de Dezembro (das 10h00 às 19h00; de 20 a 23 das 10h00 às 23h00; de 24 a 31 das 10h00 às 16h00), encontra, junto à entrada do Museu de Serralves, um espaço adaptado ao ambiente natalício, onde os visitantes poderão encontrar centenas de ideias para prendas originais. Entre cabazes com produtos do Parque de Serralves, produtos gourmet, artigos de decoração e casa, acessórios de moda, papelaria, brinquedos didácticos, jardinagem e decorações de Natal, pretende-se que a escolha seja diversificada. Paralelamente ao bazar, realizam-se nos dias 11 e 18 de Dezembro dois workshops sobre embrulhos e centro de mesas de Natal. Cada um custa 55 euros e as inscrições podem ser feitas até dia 6 de Dezembro no Balcão de informações do Museu de Serralves.

Mercadinho de Natal de Penela

Inserido na programação do Penela Presépio, o município apresenta, de 4 de Dezembro de 2010 a 2 de Janeiro de 2011, um Mercadinho de Natal, recheado dos produtos mais típicos da região. Neste mercado de agricultura tradicional, familiar e biológica, e de artesanato, pode viver o verdadeiro espírito de Natal e de solidariedade social, também aqui presente através da participação das IPSS do concelho de Penela, com os seus bazares natalícios. A visitar, no Castelo de Penela, aos domingos, das 10h00 às 19h00.

Mercadinho Solidário de São Brás de Alportel

No Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social, São Brás de Alportel junta-se à causa com um Mercadinho Solidário, a decorrer dia 28 de Novembro, das 10h00 às 17h00, no Mercado Municipal. Aqui pode descobrir uma mão cheia de boas razões para ser solidário e viver o verdadeiro espírito do Natal. Neste Mercadinho pode encontrar originais presentes de Natal e, ao comprar, estará a ajudar quem mais precisa e a contribuir para importantes causas de solidariedade. Neste espaço pode ainda apreciar uma exposição de trabalhos de verdadeira arte solidária.

Feira de Natal do BIPP

O Fórum Picoas recebe, até ao dia 27 de Novembro, das 11h00 às 20h00, a quinta edição da Feira de Natal do BIPP. Nas área de gourmet, decoração, livros e dvd's, brinquedos, bijutaria e acessórios de moda, encontram-se centenas de presentes de grandes marcas a preços fantásticos, que vão permitir tornar este Natal numa grande onda de solidariedade. Ao fazer as compras neste feira está a ajudar o BIPP, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que apoia, integra, colabora e orienta famílias de pessoas com necessidades especiais. Entre os dias 3 e 5 de Dezembro, a Feira de Natal do BIPP passa para o Évora Hotel. Não perca os melhores presentes para a família e o máximo de carinho para quem é especial.

Mercado de Natal de Viseu

O Rossio de Viseu será novamente palco de um original Mercado de Natal, a decorrer de 1 de Dezembro de 2010 a 9 de Janeiro de 2011. É o regresso à ideia das Casinhas de Natal, cujo objectivo é atrair os habitantes e os visitantes de Viseu à zona nobre da cidade. E os atractivos são mais que muitos: há sopas e chocolate quente, doces e salgados variados e muito artesanato para ver e comprar. Para melhorar ainda mais o ambiente, a Praça da República vibra com as iluminações alusivas à época, em tons azuis, dourados e vermelhos, o mesmo padrão das principais avenidas, ruas e rotundas de Viseu.

Natalis - Feira Internacional de Lisboa

O Centro de Congressos de Lisboa acolhe, de 11 a 19 de Dezembro, a Natalis - Feira de Natal de Lisboa, um certame onde pode encontrar prendas de Natal, numa oferta que se estende do artesanato à gastronomia tradicional e gourmet, passando pelos acessórios de moda e joalharia. As receitas de bilheteira da feira revertem inteiramente a favor das instituições de solidariedade social presentes neste certame. A oferta será acompanhada de momentos de animação destinados à família ao longo da feira.

1ª Feira Sintra Solidária

A Câmara Municipal de Sintra vai levar a efeito, nos dias 26, 27 e 28 de Novembro, das 12h00 às 19h00, no Salão Polivalente da Igreja de S. Miguel, em Sintra, a 1ª Feira Sintra Solidária, a qual decorre na época natalícia por ser a altura em que existe uma vontade natural para comprar presentes e onde o espírito solidário está implícito. Produtos de artesanato, gastronomia e mostra de projectos de animação são algumas das atracções que pode encontrar nesta feira.
Informação completa: aeiou

Lançamento de Manuais Sobre Doenças Neuromusculares


Mais informação: APN

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Acções de sensibilização para as necessidades especiais em Óbidos

O Grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos pretende, em parceria com a Associação de Pais da Escola Josefa de Óbidos, com a Câmara Municipal de Óbidos, através do Programa de Apoio a Munícipes com Necessidades Especiais e do Programa Melhor Idade, e com a Óbidos Patrimonium, no âmbito do evento Vila Natal 2010, levar a cabo um conjunto de iniciativas que têm como objectivo chamar a atenção da comunidade em geral para a importância da inclusão de indivíduos com necessidades especiais.

No dia 8 de Dezembro, pelas 16 horas, vai inaugurar-se uma exposição de fotografia intitulada “Marcados na Diferença”, sobre as actividades desenvolvidas ao longo do ano lectivo com a população com necessidades especiais, que estará patente do Átrio da Casa da Música, em Óbidos, durante todo o evento do Vila Natal 2010, até 2 de Janeiro de 2011.

Também no dia 8, pelas 17 horas, no Auditório da Casa da Música, estará em cena a peça “Um Monólogo”, de Gregory Motton, versão cénica e encenação de Marco Paiva, com António Coutinho, apresentada pelo Grupo de Teatro Crinabel, cujos actores são portadores de necessidades especiais. Os bilhetes, que terão o preço unitário simbólico de 5 euros, serão vendidos por alunos da Escola Josefa de Óbidos e destinam-se à aquisição de uma cama articulada com colchão para uma das utentes da Unidade de Apoio à Multideficiência de Óbidos AMO.

De um protótipo criado por professores da Escola Josefa de Óbidos surgiu a “Mascote” da acção “Marcar a Diferença”. Trata-se de um simpático e colorido polvo estilizado para ser utilizado como “pin” (pregadeira) e que está a ser produzido em grande escala pelos idosos utentes dos 12 Centros de Convívio do Programa Melhor Idade. Mais uma vez os idosos do concelho de Óbidos mostram o seu espírito de solidariedade, colaborando em iniciativas de carácter social.

Esta mascote destina-se a uma angariação de fundos a ser levada a cabo pela Associação de Pais da Escola Josefa de Óbidos durante o evento Vila Natal 2010.
Jornal das Caldas

iPad e necessidades especiais

Aplle - IPad

Vouzela pretende eliminar barreiras arquitectónicas no concelho

O Município de Vouzela viu recentemente aprovada a sua candidatura ao programa Rampa, no âmbito do QREN, Tipologia de Intervenção 6.5 – Acções de Investigação, Sensibilização e promoção de Boas Práticas no âmbito da Deficiência.

Com este projecto, a autarquia pretende proceder à elaboração de um diagnóstico das barreiras urbanísticas e arquitectónicas existentes no concelho, bem como de um plano estratégico de soluções integradas de acessibilidade para todos.

O futuro Plano Municipal de Promoção de Acessibilidades prevê desenvolver um conjunto de acções ao nível do levantamento e diagnóstico da via púbica; dos edifícios e equipamentos públicos, quer da tutela da autarquia, edifícios das juntas de freguesia e Instituições Particulares de Solidariedade Social; dos transportes públicos e das acessibilidades de informação e comunicação.

A candidatura, cujo montante de investimento ronda os 102 mil euros, foi aprovada em 100% e deverá ser executada entre 2011 e 2012.

O Presidente da Câmara de Vouzela, Telmo Antunes, considera que as barreiras arquitectónicas são um dos principais problemas de urbanismo a resolver.

O objectivo desta candidatura, segundo o autarca, é promover a igualdade social, pois como defende Telmo Antunes “eliminar as barreiras arquitectónicas significa iniciar um processo de integração das pessoas com mobilidade condicionada, não só ao nível do acesso a direitos de participação cívica, como também à qualificação, à educação, ao mercado de trabalho e ao acesso a bens e serviços sociais relevantes para estes cidadãos”, conclui. Viseumais.com

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Capas para rodas da cadeira


São pequenos, coloridos e projetados para encaixar sobre as rodas da cadeira.

Eles permitem que você personalize as rodas ao seu estilo.

Muitos modelos e de diferentes tamanhos e estilos estão disponíveis.

Contacte-nos com quaisquer dúvidas sobre dimensionamento, desenhos ou métodos de fixação!

Informação completa, aqui.

Forum Europeu da Deficiência (FED)


A voz forte de pessoas com deficiência na Europa

O Fórum Europeu da Deficiência (FED) é uma organização europeia independente e não-governamental (ONGA), que representa os interesses de 65 milhões de pessoas com deficiência na União Europeia e defende seus direitos.

A EDF é a única plataforma europeia das pessoas com deficiência,comandada por pessoas com deficiência ou as famílias de pessoas com deficiência incapazes de se representar a si mesmo.

A EDF tem a missão de promover a igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência e para proteger seus Direitos Humanos, certificando-se que nenhuma decisão relativa a pessoas com deficiência são tomadas sem as pessoas com deficiência.

FED foi criado em 1996 por suas organizações para defender questões de interesse comum a todos os grupos de deficiência, e para ser uma voz independente e forte para os cidadãos com deficiência em relação às instituições da UE e outras autoridades europeias.

Desde essa data, o Fórum Europeu da Deficiência tem desempenhado um papel fundamental para garantir que todas as políticas pertinentes da União Europeia e iniciativas levam em conta as pessoas com deficiência.

FED não tem nenhuma afiliação política ou religiosa, não representa qualquer interesse específico ou de um país e não é uma instituição ou organismo europeu.

É uma plataforma europeia democrática que acredita que uma sociedade na qual as pessoas com deficiência sejam plenamente incluídas, é uma sociedade melhor para todos.

The Care E On

Mais informação, aqui.

Quatro em cada dez mulheres com mais de 60 anos são vítimas de abuso

Quatro em cada dez mulheres portuguesas com mais de 60 anos afirmam ter vivido algum tipo de abuso no último ano cometido por alguém próximo.

Um terço dos casos (32,9 por cento) relatados são abusos emocionais ou psicológicos, segundo os resultados de um estudo da Escola de Psicologia da Universidade do Minho.

Seguem-se os abusos financeiros (16,5 por cento), a violação de direitos pessoais (12,8), a negligência (9,9), o abuso sexual (3,6) e o abuso físico (2,8).

Ana João Santos, uma das autoras deste estudo, explicou que a «a maior parte deste tipo de abusos» é cometido pelo «marido ou companheiro, tirando a negligência e o abuso físico» que são mais levados a cabo pela «filha».

Segundo a autora do estudo, apenas um terço das mulheres relata o caso a alguém, na maior parte das vezes «à família ou a um amigo».

Pelo contrário, apenas 1,4 por cento das mulheres idosas alvo de abuso foram ter com a polícia. sendo ainda mais raras as que disseram que essa denúncia foi útil.

Os abusos são sofridos muitas vezes de forma continuada. «Uma em cada quatro das mulheres mal tratadas sofreram vários acções abusivas uma vez por semana ou uma vez por mês durante os últimos 12 meses», disse Ana João Santos.

Muitas mulheres abusadas têm sentimentos de impotência, depressão ou dificuldades em dormir e pesadelos.

Os investigadores da Universidade do Minho concluem que os maus-tratos a mulheres idosas continuam a ser um problema oculto. TSF

Mount'n Mover


Detalhes. Mais informações, aqui.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Utentes obrigados a subir 36 degraus


O foco da discussão é a avaria dos elevadores da estação de comboios de S. Pedro, recentemente remodela para a construção de uma passagem pedonal inferior, que faz a ligação entre os lados Norte e Sul da linha. Uma obra muito contestada pelos utentes e comerciantes da zona, mas uma medida que a autarquia achou necessária para diminuir o número de atropelamentos na linha férrea. Os utentes são obrigados a usar as escadas.

"Todos os dias tenho de subir e descer 36 degraus", disse, indignada, Regina Gonçalves, de 80 anos. Uma rotina que se arrasta há 15 dias. Esta reformada alerta para o facto de a estação de comboios ser usada por idosos, muitos deles com problemas de saúde. Porém, a ausência de elevadores também dificulta a circulação de deficientes e carrinhos de bebé. "Os dois elevadores exteriores são da responsabilidade da Câmara de Cascais", acusa a utente, denunciando a existência de um litígio entre a autarquia e a Refer, que levou a câmara a cortar a electricidade "sem aviso prévio".

Regina Gonçalves contactou com a Câmara de Cascais, que garantiu o envio de um técnico para resolver o problema. Mas ontem o problema persistia.

Contactada pelo CM, a Rede Ferroviária Nacional (Refer) diz ter conhecimento da existência de dois elevadores avariados na estação de S. Pedro do Estoril, remetendo a responsabilidade da manutenção para a autarquia de Cascais. A mesma fonte negou a existência de qualquer litígio entre a Câmara e a empresa.

Por sua vez, a autarquia esclarece que os "elevadores ainda estavam a ser alimentados via contador de obra e a EDP terá efectuado o corte, uma vez que a obra ficou terminada". A câmara acrescenta que já foi solicitada à EDP a instalação dos contadores definitivos, um processo que diz ser "burocrático" e "demorado". CM

ASTA de Almeida premiada por apoio a deficientes

A Associação Sócio-Terapêutica de Almeida foi a vencedora do Prémio Manuel António da Mota. A associação funciona há dez anos numa pequena aldeia do concelho raiano de Almeida. Apoia dezenas de pessoas portadoras de deficiência.

Abrantes - Aprovada candidatura ao Progrma Rampa

Foi aprovada a candidatura apresentada pela Comunidade Urbana do Médio Tejo ao programa RAMPA, do projecto PIAL – Programa Intermunicipal de Acessibilidade Local Médio Tejo, no âmbito POPH, Programa Operacional de Potencial Humano.

A candidatura consistiu na apresentação de um conjunto de planos locais de promoção da acessibilidade a elaborar para os aglomerados urbanos de Abrantes, Rossio ao Sul do Tejo, Pego, Tramagal, Entroncamento, Ourém, Fátima e Tomar.
O montante total de investimento aprovado foi no valor de 300.000,00€, com uma taxa de financiamento FSE de 71,65%.

As componentes de investimento serão aplicadas num Plano de Promoção da Acessibilidade traduzido no levantamento das condições de acessibilidade no espaço público e a sua articulação com os edifícios públicos; realização de um diagnóstico e mapa das condições de acessibilidade em espaço público; proposta de percursos acessíveis e a apresentação de um plano geral das intervenções em espaço público. Será também aplicado numa solução Web sig para mapa da acessibilidade e acções de formação / sensibilização. Na vertente da formação, a candidatura integra também a realização de um Workshop no Médio Tejo e várias acções de formação para funcionários das autarquias, cidadãos com deficiência e técnicos que intervêm no espaço público.

A candidatura apresentada conta com a participação dos seguintes parceiros locais: Centro de Recuperação e Integração de Abrantes; Centro de Ensino e Recuperação do Entroncamento e Centro de Apoio a Deficientes Profundos João Paulo II.

O Programa RAMPA – Regime de Apoio aos Municípios para a Acessibilidade, apoia a elaboração de planos locais ou regionais que promovam as acessibilidades no espaço público, ao serviço da melhoria da qualidade de vida, da mobilidade urbana, tendo como grande pano de fundo e preocupação e a melhoria da acessibilidade para as pessoas com deficiências ou incapacidades. Corresponde à segunda geração de planos de promoção de acessibilidades apoiados pelo POPH no âmbito da Tipologia de Intervenção 6.5 – Acções de Investigação, Sensibilização e Promoção de Boas Práticas no âmbito da deficiência. metronews

David Varela


Olá, chamo-me David Varela tenho 24 anos e sou um jovem diferente mas igual a todos os outros jovens. A única diferença é que sofro de uma doença neuro-muscular que me faz depender de terceiros na ordem dos 94%. Posso mesmo dizer que movimento pouco mais que o dedo polegar. Esta dependência não me fez desistir de nada e de continuar a ter uma vida que todos os jovens têm. Vou a discotecas, saiu com os amigos, vou a festas, nada me faz ser diferente. Apenas a sociedade me faz sentir diferente, mas mesmo contra esta sociedade eu luto e luto por todos os jovens, e não jovens, que tenham as mesmas diferenças. Prova disto é que me tornei recentemente o primeiro aluno numa universidade Portuguesa e um dos primeiros do Mundo a tirar um curso no Ensino Superior através de videoconferência. Estou neste momento a tirar o segundo ano da licenciatura de Sociologia no ISCTE com uma média de 16 valores. Consegui abrir caminho para que outras pessoas com uma deficiência severa consiga se licenciar através do ensino à distância.

Crio este blog com o objectivo de dar a conhecer a minha História e que seja usada como exemplo para os outros jovens que são diferentes mas iguais e suas respectivas famílias. Este Blog também tem um outro objectivo, criar um movimento que lute pelas desigualdades e diferenças que a sociedade nos faz sentir.

Todos unidos conseguiremos mudar algo.

Conto com vocês para denunciar situações como por exemplo barreiras arquitectónicas ou para me contactarem para podemos todos juntos resolver todas as situações (incluindo uma palavra, um desabafo ou ajuda para melhorar a qualidade de vida ou realizar sonhos).

Fico à vossa espera, pois este Blog é para vocês!

Beijos e abraços,
David Varela

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Processos de deficientes de guerra ainda muito atrasados


Ministério informou Provedoria de Justiça sobre garantia do ramo para acelerar casos.

Está por cumprir a promessa do Exército, feita em Março, de "tornar inferior a um ano o período de conclusão de qualquer processo" de antigos combatentes, para obtenção de invalidez ou qualificação como deficientes das Forças Armadas.

O chefe do Estado-Maior do ramo (CEME) assumiu também o compromisso de "implementar medidas adicionais" para que, "no final do primeiro semestre, todos os processos anteriores a 2009 estejam concluídos". Porém, uma fonte do ramo admitiu ontem ao DN que os processos "estão atrasados ano e meio a dois anos", enquanto outro oficial era mais taxativo: "Seguramente que ainda há processos anteriores a 2009."

A garantia do Exército foi transmitida há meio ano pelo secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, ao provedor de Justiça, Alfredo de Sousa - o qual está à "espera que esse prazo seja cumprido por parte do Ministério da Defesa", adiantaram fontes ligadas ao caso.

Esta situação de longos e sistemáticos atrasos na marcação e realização de diligências médicas, assim como na elaboração dos subsequentes relatórios pela Comissão Permanente de Informações e Pareceres (CPIP) da Direcção dos Serviços de Saúde (DSS) do Exército, arrasta-se na Provedoria de Justiça há pelo menos uma década (ver caixa).

Marcos Perestrello, na carta a Alfredo de Sousa, dizia que o CEME tinha feito "um memorando onde demonstra[va] avanços significativos na tramitação dos processos", resultantes da nomeação de um novo director da DSS do Exército em Março de 2009.

Esse director "tomou medidas para regularizar a situação dos excessivos atrasos", uma das quais passou pela "distribuição dos processos" aos médicos dos vários hospitais militares, contou ao DN uma fonte conhecedora da carta. DN

Cadeira de Rodas Eléctrica


Mais, aqui.

Crianças com deficiência em risco de ficar sem apoio nas escolas


Milhares de alunos das escolas públicas com necessidades especiais estão em risco de ficar sem apoio especializado nos próximos meses. Em causa estão as verbas que o Ministério da Educação ainda não pagou aos centros de recursos para a inclusão. As dívidas acumulam-se desde o início do ano lectivo e boa parte das instituições que asseguram o acompanhamento destas crianças nos agrupamentos escolares de todo o país estão à beira da ruptura financeira.

A Federação Portuguesa de Autismo e a Humanitas - Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - são apenas duas das organizações que alertam para o perigo de suspender a sua actividade caso o governo não regularize as dívidas até final deste ano. Só na Humanitas são pelo menos 12 as instituições com centros de recursos para a inclusão que temem não conseguir pagar já no próximo mês as despesas correntes e os salários de centenas de técnicos que acompanham 1650 crianças deficientes a estudar em todas as regiões do país, excepto no Algarve.

Não tendo ainda transferido as verbas referentes aos meses de Setembro, Outubro e Novembro, o Ministério da Educação deve já 440 mil euros às instituições federadas na Humanitas. "A principal consequência dessa demora é a suspensão a muito curto prazo dos projectos que desenvolvemos nas escolas e que passam sobretudo pelo apoio especializado prestado por terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas ou psicólogos", explica o vice--presidente da federação, João Dias.

Na mesma situação encontram-se os dois centros de recursos para a inclusão da Federação Portuguesa de Autismo, que acompanham 250 crianças nas escolas das regiões de Lisboa e Porto. "Temos contratos para cumprir com os agrupamentos escolares, mas a sua execução depende das verbas do Ministério da Educação", esclarece a dirigente da federação, Isabel Cottinelli Telmo.

O governo concedeu este ano à federação de autismo uma verba superior a 200 mil euros e, por enquanto, a dívida do ministério ascende a 46 815 euros. Entre Setembro e Novembro, Isabel Telmo explica que usou os subsídios de Natal e de férias deste ano para pagar os salários dos técnicos, as despesas correntes e ainda os encargos com as obras que estão a decorrer na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.

Porém, em 1 de Janeiro esse pé de meia estará esgotado: "Se entretanto as dívidas não forem liquidadas não temos alternativa senão suspender a nossa actividade", avisa a presidente, que, no entanto, diz acreditar na "boa vontade" das direcções regionais de educação (DRE) para sair deste impasse.

Contudo, a resolução do problema não estará dependente das cinco direcções regionais de educação. Tanto a Humanitas como a Federação Portuguesa de Autismo já questionaram diversas vezes as DRE e obtiveram repetidamente a mesma resposta. "Dizem-nos que desconhecem quando as verbas serão pagas e que a questão só poderá ser solucionada pela tutela", conta João Dias.

O mês de Novembro está a acabar e ainda "não há qualquer resposta", apesar dos "emails enviados às direcções regionais e ao secretário de Estado adjunto da Educação [Alexandre Ventura]", conta o vice-presidente da Humanitas. O i tentou ainda contactar a Federação de Cooperativas de Solidariedade Social para saber se o problema se estende às suas instituições, mas essa informação não chegou a tempo, uma vez que os dois dirigentes se encontram fora do país. O valor total da dívida e o número de instituições e crianças afectadas é outra incógnita, uma vez que o Ministério da Educação não esclareceu as dúvidas do i até ao fecho desta edição. i

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Associação Social Cultural e Desportiva «OS TROVÕES» - Barreiro Criou empresa de Prestação de serviços que dá trabalho a Cidadãos Portadores de Defici


A Associação Social Cultural e Desportiva “ OS TROVÕES “, Instituição Particular de Solidariedade Social, realizou a sua Assembleia-Geral Ordinária, onde aprovou o Plano de Actividades e Orçamento para 2011.

Na reunião da Assembleia Geral foi divulgado que a criou uma Empresa de Prestação de Serviços dentro desta Associação, na qual 75% dos seus colaboradores são Cidadãos Portadores de Deficiência.

O Plano de Actividades e Orçamento para 2011, após apresentado aos Associados, foi aprovado por unanimidade.
Na mesma reunião, no decorrer do ponto «Informações», foram divulgados os novos Patrocinadores para a equipa de Basquetebol em Cadeira de Rodas, e os apoios de prestados por algumas entidades para aquisição de novas Cadeiras.
Um aspecto relevante da vida da associação foi a criação de uma Empresa de Prestação de Serviços dentro desta Associação, na qual 75% dos seus colaboradores são Cidadãos Portadores de Deficiência. Mais informações: Rostos Online

Centro de Alcoitão aplica tecnologias virtuais em recuperações reais


Um tanque para facilitar a marcha a doentes paraplégicos concentra as atenções junto das piscinas do Centro de Reabilitação de Alcoitão e faz parte de uma lista de inovações, algumas das quais únicas em Portugal.

O equipamento chegou há pouco tempo e está na lista de inovações na área da reabilitação que têm ajudado doentes dentro e fora do centro de Alcoitão, no concelho de Cascais.

O tanque foi experimentado por um jovem paraplégico sob o olhar atento da mãe, da equipa de saúde que o acompanha e por outros profissionais que dão nota positiva aos exercícios que o jovem consegue fazer.

O centro conta há 10 anos com um laboratório de marcha, único no país, e que visualmente faz lembrar como são criados os personagens virtuais para cinema.

O último dos melhoramentos no sistema aconteceu este ano, conta o coordenador clínico do laboratório, Jorge Jacinto, admitindo trabalhar com a mesma tecnologia do filme 'Avatar', mas fazendo um uso "bem real".

Câmaras de infra-vermelhos detetam os 'transmissores' colocados no corpo dos examinados para que seja reconstituído o movimento do corpo e detetados possíveis problemas.

Jorge Jacinto explica que no laboratório se pode "objetivar, quantificar" e orientar os médicos sobre quais os medicamentos a receitar, assim como avaliar depois o efeito dos tratamentos.

O médico justifica o facto do laboratório ser o único no país, por ser "muito diferenciado": "não é um exame que se deve pedir a toda a gente, é preciso ter uma pergunta concreta para a qual exista uma resposta, é como uma ressonância magnética".

Tal como outros exames no centro de Alcoitão, este está disponível para doentes externos, mas a sua utilidade ainda está "subvalorizada" e aos 100 feitos anualmente podem juntar-se "calmamente" outros tantos, acrescenta o médico.

A fisiatra Virgínia Reis é responsável pelo laboratório de posição de sentado, onde são avaliados doentes dependentes de cadeiras de rodas.

Recorrendo a um 'tapete' ligado a um computador e colocado no assento da cadeira, os técnicos analisam e escolhem as almofadas mais apropriadas, explica a médica.

Outros componentes das cadeiras também são avaliados para dar "estabilidade, conforto e melhorar a qualidade de vida das pessoas dependentes de cadeira de rodas", resume.

Numa outra sala, a fisiatra Beatriz Condeça coordena outro equipamento único em Portugal: o 'cockpit' de um automóvel para avaliar a aptidão, ou falta dela, para conduzir.

Os testes efetuados indicam também a possível necessidade de "ajudas técnicas" para conduzir. "Fazemos a avaliação e chegamos a uma conclusão", explica a fisiatra, referindo que são depois escritos relatórios para os médicos assistentes ou delegados de saúde.

Nestas provas é feita uma avaliação global do doente e a triagem de défices cognitivos, além dos físicos.

Margarida Reis, terapeuta ocupacional, é a anfitriã para apresentar um sistema informático com vários programas de reabilitação cognitiva como, por exemplo, um treino de memória verbal.

Junto ao espaço onde trabalha também existem o "magic eye" (olho mágico) e o "magic key", que possibilita a pessoas impedidas de se movimentar de usar o computador com o olhar e aproveitar na prática o melhor da tecnologia. SIC Online

Entre 20 a 40% do dinheiro gasto em Saúde é desperdiçado


Entre 20 a 40 por cento do dinheiro investido em saúde é desperdiçado, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgado e que aconselha os países a melhorar a eficiência em vez de cortar nos gastos.

«Num momento em que o dinheiro escasseia, o conselho para os países é o seguinte: antes de procurarem onde cortar os gastos com assistência médica, há que procurar opções que melhorem a sua eficiência», refere a directora-geral da OMS, Margaret Chan, numa mensagem introdutória do relatório.

Segundo o relatório sobre o financiamento dos sistemas de saúde, as estimativas globais apontam que entre 20 a 40 por cento das despesas de saúde são desperdiçadas, «privando muitas pessoas de cuidados extremamente necessários».

Os gastos com medicamentos representam mais de 20 por cento da despesa total de saúde a nível mundial, com a OMS a aconselhar uma melhor utilização de fármacos.

Aliás, como exemplo de ineficiência, o documento dá conta de que «mais de metade da totalidade dos remédios é prescrita, dispensada ou vendida inadequadamente e metade dos doentes não toma os fármacos que são prescritos ou dispensados».

A organização recomenda também uma melhor gestão hospitalar e frisa que, segundo estudos recentes, as unidades hospitalares poderiam ganhar mais 15 por cento do que actualmente sem terem que gastar mais.

Numa análise à universalidade da cobertura dos serviços de saúde, o relatório refere que os países se confrontam com algumas barreiras: disponibilidade de recursos, uso ineficiente de verbas e dependência excessiva do pagamento directo pelos serviços.

«A obrigação de pagar directamente por serviços no momento em que deles precisam, seja de modo formal ou clandestino, impede que milhões de pessoas recebam assistência médica quando precisam», frisa o documento.

Nota ainda que quanto mais pobre é o país, maior é a proporção das despesas financiadas através de pagamentos directos (que não envolve participação através de impostos ou com base nos rendimentos).

«O mundo está ainda longe da cobertura universal, onde todas as pessoas tenham acesso a serviços de saúde sem o medo de dificuldades financeiras por deles usufruírem», conclui a OMS.

Apesar dos mecanismos de financiamento usados pelos estados mais ricos ou desenvolvidos, a organização lembra que «nenhum dos países cobre realmente 100 por cento da população, para 100 por cento dos serviços disponíveis e em 100 por cento dos custos, sem listas de espera». Sol

Geraldo Rocha, tetraplégico, precisa fazer uma cirurgia para continuar vivendo!

Após acidente Geraldo Rocha ficou tetraplégico. Depois de diversas passagens por hospitais hoje ele precisa fazer uma cirurgia para continuar vivendo.

Há 20 anos atrás, jovem, Geraldo Rocha se reuniu com mais 6 amigos em Sapucaia. O reencontro dos 7 amigos, hoje chamado de resenha, teve um fim trágico. Os jovem ingeriam bebida alcoólica e com o passar das horas, não se sabe ao certo os motivos, os colegas empurraram Geraldo que caiu de um altura aproximada de 9 metros. Assista o vídeo.

Nenhum dos companheiros prestaram socorro a Geraldo. Duas pessoas que passavam pelo local o viram e percebendo que ele havia bebido levaram-no segurando pelos braços e pernas.

A partir deste dia Geraldo passou por diversos momentos de provação. Em Caratinga e Ipatinga o diagnóstico dos médicos na época foram os mesmos: morte instantânea! Para dar algumas horas a mais de vida a Geraldo um médico em Ipatinga realizou um procedimento onde seu crânio foi perfurado. Geraldo ficou trinta dias no Hospital Márcio Cunha. Lutando contra a morte familiares de Geraldo levaram-no para Belo Horizonte.

Geraldo se deparou com a morte por diversas vezes, mas lutar pela sobrevivência o fez mais forte. Hoje ele aprendeu a conviver com todas as suas dificuldades e para quem acredita que ele é uma pessoa inconformada com suas condições, está enganado! O assistido do Asilo Pastor Geraldo Sales fez de seu arrependimento em desobedecer à sua mãe uma lição de vida. Aos 42 anos de idade Geraldo dá seu testemunho onde é chamado e a intenção é orientar jovens a valorizar a vida, ouvir os pais, pessoas mais experientes e ter a consciência de que a prudência é necessária.

Geraldo Rocha gravou um DVD onde destaca os detalhes de sua vida, vendendo-os pelo valor de R$10,00 cada. Hoje, mais uma vez, ele conta com a solidariedade e o apoio das pessoas para continuar fazendo o que ele mais gosta: viver!

Devido a sucessão de problemas de saúde, Geraldo sempre tomou medicamentos para infecções urinárias. No decorrer destes 20 anos, as bactérias se tornaram resistentes aos remédios e agora, a única solução, é realizar a cirurgia de Litotripsia, no valor de R$ 4000,00, para não morrer.

Os médicos foram claros, Geraldo não resistiria a uma cirurgia de cortes, nem hemodiálise. Por isso precisa fazer a cirurgia a 'laser'. E quem puder colaborar, pode depositar qualquer quantia no Banco Bradesco - Agência: 0467-7, Conta Corrente: 0505584-9 - ou entrar em contato através do telefone: (33) 3321-5023, do Asilo Pastor Geraldo Sales e saber como ajudar Geraldo Sales. Deficiente-Ciente

Acessibilidade: Barcelos tem plano aprovado


O Município de Barcelos viu aprovado a candidatura ao programa Rampa - Regime de Apoio aos Municípios Para a Acessibilidade - no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), do Quadro de Referência Estratégico-Nacional — informou fonte da autarquia.
O projecto apresentado pela Câmara Municipal, no valor de 297.523,00 euros, a repartir pelos anos de 2011 e 2012, é financiado a cem por cento pelo POPH, adianta uma nota à comunicação social.

Acessibilidade para todos

Segundo a mesma fonte autárquica, a candidatura incide sobre as acções de investigação, sensibilização e promoção de boas práticas ao nível das acessibilidades. Pretende-se “elaborar um Plano Local de Promoção da Acessibilidade para Todos na área urbana do Município de Barcelo s, culminando num instrumento de planeamento que servirá de orientação à operacionalização do plano em cinco áreas: espaço público, edificado, transportes, comunicação e infoacessibilidade”, contribuindo, assim, “para a inclusão social e melhoria da qualidade de vida das populações”, refere Hélder Tomé, coordenador do projecto.

No âmbito do Plano Local de Promoção da Acessibilidade será elaborado “um diagnóstico da situação actual em matéria de barreiras urbanísticas e arquitectónicas”, e desenvolvidas “acções de formação, informação, sensibilização e estudos”, que mobilizarão também a sociedade civil, com vista à “introdução do percurso acessível e design inclusivo, em conformidade com a Lei das Acessibilidades DL 163/06 de 8 de Agosto. Correio do Minho

domingo, 21 de novembro de 2010

Minha fobia ao subir rampas

Há uns três nos atrás, ao subir uma rampa normalíssima e que já tinha subido outras vezes, caí da cadeira de rodas. Felizmente meu corpo ficou entre um dos lados da cadeira e portão. Consequências físicas nenhumas, mas psicológicas, muitas.
Tantas que nunca mais pude ter liberdade. Apanhei um medo inexplicável de qualquer elevação e terreno irregular. Sair sozinho é um martírio. Deparo-me com uma elevação no meu trajecto, por mais pequena que seja, ultrapassa-la impensável.
Lá vou ver se tenho outra alternativa. Tento todas as hipóteses, menos passar por ali. Se não houver, lá vou eu pedir que alguém se ponha atrás da cadeira. Tento explicar o inexplicável...desculpe, mas rodas não têm andado bem, tenho travões com problemas...e assim consigo subir. Se não aparecer ninguém para ajudar, volto para trás.

Tentei várias vezes ultrapassar estes medos. Fui mesmo enfrentar problema. Mas começam os batimentos no coração a acelerar, eu que não tenho sensibilidade nenhuma, até formigueiro nas pernas tenho. Respiração quase para, etc.

Jeito foi pedir apoio psicológico. Andei em dois psicólogos, inclusive do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Mas não adiantou nada. Tentei experimentar outra psicóloga e dias atrás comecei a ser atendido por ela. Estou a gostar. Perguntou-me o que eu achava que deveria ser feito, para me ajudar. Disse-lhe que ir para o terreno e enfrentar os medos de frente. Neste caso as rampas e pisos irregulares. Ainda por cima a rampa onde cai, fica em frente ao consultório. É na Junta de Freguesia. Foi o que fizemos e embora fobia continue, estou a ficar muito mais confiante e seguro.

Um dia destes ao descerem-me a rampa para entrar numa carrinha adaptada, fiquei quieto e sem alguém atrás na cadeira, não subi. Diz-me motorista: ah, logo vi que deveria ter tido o acidente recente! Até medo de subir a rampa tem! Vá, vamos lá! E eu que ando de cadeira de rodas há 19 anos...

Nesta foto são bem visíveis as rodas anti-volteio. E sei bem que sua função é não deixar a cadeira de rodas virar-se. Mas interiorizar a informação, é outra coisa...

1ª Assembleia Anual do Conselho Consultivo da CP para as Pessoas com Necessidades Especiais


A CP realizou a 1ª Assembleia Anual do seu Conselho Consultivo para as Pessoas com Necessidades Especiais, na Sede, em Lisboa.

A ADFA participou e apresentou uma proposta sobre a redução de 75% nas tarifas para os deficientes militares, como está previsto no diploma que consagra o regime jurídico dos Deficientes das Forças Armadas, DL 43/76, de 20 de Janeiro.

Na agenda da reunião também estiveram um ponto de situação do presidente do Conselho de Administração da CP sobre as actividades da empresa quanto às acessibilidades. O conselheiro da CP para o Cliente com Necessidades Especiais, António Neves, fez um enquadramento e sensibilização sobre os clientes portadores de deficiência.

A ADFA faz parte da Comissão para Material e Acessibilidades, no âmbito deste fórum de acompanhamento na CP. A Associação integra também a Comissão de Informação.

A participação da ADFA decorre do protocolo que a Associação firmou com a CP em Maio de 2010. Está previsto que a Associação canalize informações, sugestões ou reclamações para aquele Conselho.
Mais informação: ADFA

Ajudem esta estudante por favor. Eu já o fiz

Olá, meu nome é Denise, sou brasileira, mas atualmente moro em Portugal. Estou aqui fazendo mestrado em Design de Moda. E estou desenvolvendo um projeto de Design Inclusivo, e devido a isso preciso MUITO da ajuda de vocês. Pois o meu objetivo como designer de moda não é apenas criar um vestuário “fácil” para o deficiente físico, mas sim um vestuário preocupado com as suas necessidades específicas, como a ergonomia, o conforto e principalmente com o design e a estética.

Por estes motivos e para entender e tentar solucionar as verdadeiras necessidades do utilizador, conto com a colaboração de vocês no preenchimento deste questionário.

Clique, aqui.

Eu prometo que é simples e rápido!!!

Desde já agradeço muito pela participação!!!

Congresso Nacional de Enfermagem de Reabilitação


O Congresso Nacional de Enfermagem de Reabilitação realiza-se, pela primeira vez na Madeira, mais precisamente no Hotel Vila Galé, em Santa Cruz, entre os próximos dias 2 e 4 de Dezembro. Nesta iniciativa da Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação são esperados mais de 500 enfermeiros de todo o país.

No dia 3, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a associação promove um contacto com a população, iniciado junto ao auditório da Casa da Luz e seguindo um roteiro até à Câmara Municipal do Funchal. Nesse percurso, entre outras coisas, haverá um jogo de basquetebol com deficientes em cadeiras de rodas e enfermeiros que emprestarão cadeiras de rodas e canadianas, para que qualquer pessoa possa ter uma ligeira experiência do que é ser deficiente.

Sob o lema »Acrescentar qualidade de vida», o congresso visa o debate de questões relativas à profissão e a oportunidade de dar a conhecer projectos na área da enfermagem de reabilitação, implementados há algum tempo no terreno e já com resultados mensuráveis, que demonstram os ganhos em saúde para os utentes que deles beneficiam.

Simultaneamente, irão decorrer dez workshops, doze comunicações livres e vários pósteres, dos quais sete irão estar a concurso.

Haverá, ainda, um concurso de fotografia e vídeo sobre temas desta área da enfermagem. Jornal da Madeira

Deficiente queixa-se de discriminação

Um deficiente motor acusa a Associação de Moradores das Andorinhas, em Braga, de discriminação. A BragaHabit atribuiu-lhe uma casa naquele bairro e até construiu uma rampa, nas traseiras, mas os moradores não aceitam a alteração da fachada do prédio.

António Conceição Fontes, 53 anos, foi atirado para uma cadeira de rodas, em 2005, ano em que sofreu uma trombose. Desde então, solicitou à Bragahabit uma casa com melhor acesso que a que habita. Em Março de 2003 recebeu a notícia da atribuição de um rés-do-chão, no bairro das Andorinhas, mas quando foi visitar a casa, ficou acordado com as técnicas da Bragahabit que havia a necessidade de proceder a algumas adaptações.

"A técnica é que disse que seria feita uma rampa nas traseiras, porque na porta principal há três degraus. Também concordou em alargar portas e adaptar a casa de banho. Passados dois ou três meses arrancaram as obras e, em Agosto, passei lá e já estava pronta e tinham aberto um buraco para colocar a porta. Fiquei muito feliz", diz António Fontes. A ansiedade de mudar para a nova casa levou António a deslocar-se ao local diariamente, até que estranhou que as obras tivessem parado. "Desloquei-me à Bragahabit e informaram-me que havia um problema. No dia anterior tinha-se realizado uma reunião dos moradores do prédio com a Associação de Moradores das Andorinhas e a Bragahabit, em que foi dado a conhecer que os moradores não concordavam com a colocação da rampa", relata Fontes.

Segundo um morador do bloco 22 do Bairro das Andorinhas, em causa não está, "nem nunca esteve, a ida deste senhor para o bairro, até porque existe um caso semelhante, em que a Bragahabit também fez uma rampa disfarçada. Esta rampa era uma aberração, porque tinha uns dez metros de comprimento". Este mesmo morador alerta para o facto de ter sido feito grande esforço em pintar os prédios, pelo que seria um contra-senso permitir semelhante obra. "A Associação propôs, inclusive, a colocação de uma rampa mecânica", disse o morador. JN

UA adquire cadeira com verticalização para cedência temporária aos estudantes da UA


Na continuidade das políticas de inclusão que a Universidade de Aveiro tem vindo a pôr em prática, a Reitoria adquiriu uma cadeira de rodas de propulsão manual e verticalização eléctrica para uso exclusivo nos laboratórios ou noutras salas de aula da UA, onde decorram trabalhos escolares que justifiquem a sua utilização. Graças à verticalização, os estudantes portadores de deficiência poderão realizar os seus trabalhos com maior autonomia e conforto.

A UA tem procurado, de várias formas, tornar-se, cada vez mais, uma universidade inclusiva, proporcionando aos seus estudantes com necessidades especiais (NEEs), dentro do que é viável, condições para que possam prosseguir os seus estudos em situação de igualdade de oportunidades.

A Reitoria possui, desde Maio passado, uma cadeira de rodas manual para empréstimo temporário a qualquer membro da comunidade académica, com preferência a alunos que utilizam este auxiliar de locomoção.

Para além disso, um olhar atento descobrirá, no Campus Universitário, rampas de acesso aos edifícios, desnivelamento de passeios, sanitários adaptados, uma residência com condições para alunos com deficiência motora, e plataformas elevatórias no Complexo Pedagógico e Serviços de Acção Social.

De referir, ainda, a existência de serviços e gabinetes com algumas funções específicas na área das necessidades especiais: o Gabinete Pedagógico, que centraliza o apoio aos estudantes com NEEs; a Biblioteca da UA, que disponibiliza serviços e equipamentos específicos para utilizadores invisuais, amblíopes e com deficiência motora; os Serviços Técnicos, que cuidam das acessibilidades físicas; os Serviços de Acção Social, os Serviços Académicos, a Associação Académica, bem como, os docentes que adequam os métodos de ensino e avaliação a cada caso; e um grupo de investigadores que está à procura de soluções para resolver situações mais complexas dos nossos estudantes com NEEs, nomeadamente na área da surdez.

No fundo, como refere a Dra. Gracinda Martins, coordenadora do Gabinete Pedagógico, «todas as pessoas que fazem parte da UA – docentes, alunos e funcionários - têm vindo a demonstrar uma grande sensibilidade e boa vontade na eliminação dos obstáculos da diferença. No presente ano lectivo, são 60 os alunos com necessidades especiais (portadores de deficiências motoras, sensoriais, doenças crónicas, dislexia, síndrome de asperger, entre outras) que frequentam a UA, em cursos de formação inicial e pós-graduação e ensino pós-secundário. Sabemos que há ainda muito para fazer na área da inclusão e a nossa insatisfação não terá fim … usá-la-emos como incentivo para fazermos mais e melhor».

Para mais informação relativa à inclusão dos estudantes com necessidades especiais, os interessados podem contactar o Gabinete Pedagógico, pelo tel.: 234 370 206 ou pelo email: gracinda@ua.pt.
Deficiente-Fórum

Direcção Regional de Educação e Reabilitação da Madeira


Neste momento, são apoiadas pelo serviço social da Direcção Regional de Educação e Reabilitação 4.200 pessoas, entre elas adultos e crianças.

Segundo revelou ontem a directora regional da tutela, na abertura do seminário subordinado ao tema “Intervenção Social: Que Perspectivas?” realizado no auditório da Escola Dr. Horário Bento de Gouveia, o serviço social da DREER intervém em todos aqueles casos de «uma forma directa com alguns e indirecta com outros» mas também com os casos que não estavam registados e que aparecem, por exemplo, quando uma pessoa sofre um acidente e fica paraplégica e necessita de orientação para o novo estilo que vida que terá de enfrentar.

Neste âmbito, Maria José Camacho explicou que existe na DREER «uma Divisão de Apoio e Reabilitação Social que tem um Gabinete de Apoio ao Deficiente, criado para informar e canalizar as famílias para os apoios a que têm direito e há também os técnicos do serviço social que têm uma intervenção específica, quer junto das famílias, quer junto dos utentes e dos técnicos que trabalham com a população».
O encontro de ontem, esclareceu ainda a directora regional, «serviu para reflectir práticas e partilhar com os parceiros externos — Segurança Social e Instituto de Emprego da Madeira — no relacionamento que existe ao nível da inclusão social e laboral de jovens com necessidades especiais».

Região tem entre 17 a 20 técnicos na área social

Francisco Fernandes disse ontem que «desde que os serviços na área da Educação foram regionalizados, a Educação Especial foi uma das áreas em que se transferiram competências para a Região, inclusivamente com um modelo ligeiramente diferente daquele que se passava a nível nacional».

Na abertura do seminário, o secretário regional de Educação e Cultura, lembrou que na Região «a estrutura da Educação Especial e da Reabilitação está dotada de meios e recursos técnicos e de especializações profissionais específicas, precisamente porque esta componente social tem sido uma das preocupações e é uma parte importante da estrutura da Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação».
O governante revelou também que existem na Região entre 17 a 20 técnicos na área social e que estes estão distribuídos na rede dos centros de actividades ocupacionais e dos centros de apoios psicopedagógicos.

Também o facto de haver, «de uma forma quase generalizada, a associação da deficiência a situações de exclusão social, tais como, desestruturação social, alcoolismo, toxicodependência ou problemas laborais» obrigam, no seu entender, «as instituições que acolhem crianças e jovens a ter uma atenção ao aspecto social mais profundo do que teriam se essas situações não ocorressem».

Instituto garante igualdade no direito ao trabalho

Como parceiro externo da Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação, o Instituto de Emprego da Madeira, ontem representado no seminário “Intervenção Social: que perspectivas?”, pelo seu director, Sidónio Fernandes, tem vindo a integrar, da mesma forma, as pessoas com e sem necessidades especiais no mundo do trabalho. O que apenas diferencia uns dos outros, explicou o responsável, «é o incentivo que é feito junto das entidades empregadoras, nomeadamente, através dos programas de apoio que são feitos às empresas e instituições que contratam trabalhadores portadores de deficiência».

A este respeito, Sidónio Fernandes adiantou que até ao momento não foi encontrada nenhuma resistência, isto é, «o número de pessoas que se inscrevem, assumindo serem portadoras de alguma deficiência, no Instituto de Emprego, e o tempo que têm de esperar para conseguir um emprego não é superior ao de uma outra pessoa», revelou. Além disso, acrescentou o responsável, «a nossa sociedade está muito aberta a isso e da parte dos empregadores temos recebido todo o apoio nesse aspecto».
Jornal da Madeira

Prova Super Especial “Tolerância Zero à exclusão”

O Kartódromo do Faial será palco, no próximo dia 4 de Dezembro, da Prova Super Especial “Tolerância Zero à exclusão” cujos principais protagonistas são cerca de 220 pessoas com mobilidade condicionada e com deficiência.

Este evento, apresentado ontem, e enquadrado na Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais é promovido pelo Marítimo numa parceria com o Centro de Actividades Ocupacionais de Machico e a Associação Portuguesa de Deficientes Motores da Madeira e a colaboração de diversas entidades, bem como a boa vontade dos pilotos de rali que ali vão levar os seus carros para proporcionar uma experiência única num carro de rali na pista do kartódromo do Faial.

Na apresentação do evento Gonçalo Heniques sublinhou que o “futebol é o pilar” do Marítimo, mas são eventos como o de 4 de Dezembro, bem como o jogo de futebol solidário no dia 1 na Ribeira Brava, que dão a “verdadeira dimensão humana” do clube. O dirigente do Marítimo considera que a “prova especial” que vai realizar-se, entre as 11 e as 18 horas, na pista do Faial é uma “experiência única para cerca de 220 pessoas com deficiência motora. Será uma experiência para relembrar por aqueles que vão estar presentes”.

A directora regional da Educação Especial e Reabilitação destacou este evento que vai decorrer na pista do Faial, porque se trata de uma iniciativa que “vai proporcionar felicidade a centenas de jovens que concerteza terão o privilégio de contactar de perto com os carros e os pilotos. Pensar na felicidade e na cidadania destas pessoas é um acto louvável e que nos apraz referir e agradecer”.

Lembrando que o lema da Direcção Regional é que para que a inclusão se torne realidade supõe diferentes agentes e actores, Maria José Camacho considerou que “sem a comunidade, sem os parceiros e sem aqueles que no exterior os acolhem, os orientam e lhes dão as mãos e oportunidades para eles serem melhores cidadãos à sua medida, não seria possível falar desta inclusão. Eles entregam-se a uma actividade e ao momento e vivem com intensidade”. Por isso aquela responsável não tem dúvidas de que as actividades na pista do Faial “vai ser o dia e o momento que vale e fala por si, sem passado e sem futuro, e que eles vão viver intensamente e que lhes vai dar verdadeiras lições de vida”.

As actividades no kartódromo no dia 4 de Dezembro arrancam às 11 horas com a secção de boas vindas, seguido da abertura do evento com cadeiras de rodas e os carros de rali numa volta à pista do kartódromo. Ainda antes do almoço tem início o baptismo dos co-pilotos especiais nos carros de rali, na denominada super-especial. As actividades prosseguem ao longo da tarde até à entrega de lembranças aos participantes, cerca das 17.30 horas. Jornal da Madeira

'Histórias da Ajudaris'


O “Histórias da Ajudaris” é um livro repleto de histórias mágicas, escritas e contadas por jovens escritores com idades entre os 3 e os 9 anos e ilustradas por 26 ilustradores, que se entregaram com empenho e afinco, à importante tarefa, de dar cor e forma, às palavras impressas.

Mas, este é também um livro, que apenas foi possível levar a cabo, com o esforço e a dedicação da Ajudaris, uma jovem Associação de solidariedade social, que teve a ideia original de convidar cerca de 700 crianças, de 12 estabelecimentos de ensino, do Concelho do Porto, para contarem as suas histórias de encantar, com resultados absolutamente deliciosos, traduzindo-se num livro em que podemos encontrar histórias cheias de bons sentimentos, alegria e boa disposição!

O projecto Histórias da Ajudaris surge da necessidade de fomentar a interacção e a partilha entre grupos de crianças de diferentes estratos sociais, incentivar os hábitos de leitura e escrita de forma natural e espontânea, bem como despertar as crianças para a importância da solidariedade no dia-a-dia.

Isto porque a venda do livro reverte integralmente para a criação de um serviço de apoio domiciliário direccionado a pessoas com mobilidade reduzida.

Novas formas para angariar verbas


No Natal de 2009, o projecto 'Arredonda' convidava os clientes das lojas como a 'Worten' a arredondarem o valor das compras e doarem esse excedente a uma instituição de solidariedade.

A iniciativa resultou em 260 mil euros, que foram aplicados na aquisição de nove carrinhas adaptadas que foram entregues a associações dedicadas à deficiência mental, integradas na plataforma 'Humanitas'.

Já no princípio deste ano, com o 20 de Fevereiro, a SONAE disponibilizou as centenas de lojas Modelo e Continente para a segunda edição do 'Arredonda', subordinada à ideia "Juntos pela Madeira'. Com o apoio da RTP foram angariados, em pouco mais de um mês, 800 mil euros.

O projecto inovador de angariação de fundos é da responsabilidade da 'LINK', uma organização sem fins lucrativos com sede em Lisboa que liga o mundo empresarial e as instituições.

Criada por Luísa Vilar, profissional com mais de 20 anos de experiência na área da comunicação, a organização nasceu com o objectivo de se tornar uma plataforma de apoio profissional a IPSS, assentando num conceito inovador de entreajuda, sedimentado na ligação entre o mundo empresarial e estas instituições através do voluntariado de profissionais da comunicação.

"Todos sabemos que a maior parte das associações sem fins lucrativos, nomeadamente as de cariz social, não têm disponibilidade, nem conhecimento, para promoverem a sua actividade e simultaneamente angariarem os patrocínios e os voluntários, tão necessários para a continuação da sua actividade meritória", explica. É por isso que a 'LINK' assume como missão criar e promover projectos de comunicação com interesse para empresas que facilitem a angariação de fundos para as IPSS.

Assim surgiu o 'Arredonda', um projecto que tem tido sucesso. É por isso que neste Natal haverá nova edição do 'Para Ajudar Basta Arredondar', desta vez a favor d'Ajuda de Berço, uma conhecida Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que está neste momento a atravessar uma situação financeira limite e em risco de fechar até ao final do ano, por falta de verbas.

Além do 'Arredonda', a 'LINK' desenvolve também o 'Hora Extraordinária', projecto através do qual os melhores profissionais do país são convidados a oferecer horas do seu tempo para ajudar causas ou instituições sociais. "Arquitectos, advogados, gestores, artistas e empreendedores de todas as áreas - uma hora do seu tempo pode fazer a diferença na gestão de uma escola, na construção dum orfanato, na divulgação de uma causa social...".

No futuro e com o trabalho dos profissionais de marketing e comunicação da 'LINK', também devidamente 'doado', a organização promete continuar a usar novas formas para aguçar a responsabilidade social de cada uma dos cidadãos. Porque, como defendem os responsáveis, não basta ajudar, é preciso também saber ajudar. Dnoticias.pt

Apenas três escolas pediram voluntários


Escola de Vil de Soito, em Viseu, abre vagas pelo segundo ano consecutivo. Outras duas só este ano pediram reformados

No Agrupamento de Escolas de Vil de Soito, em Viseu, desde o ano passado que duas professoras reformadas vão duas horas por semana à escola dar apoio aos alunos com necessidades educati- vas especiais e ajudar no estudo acompanhado. As docentes voltaram à escola ao abrigo do Regime de Voluntariado, que desde 2009 permite este regresso, mas que ainda poucas escolas parecem estar a aproveitar.

Neste ano lectivo, apenas três instituições, incluindo a de Vil de Soito, publicaram o aviso de concurso para recrutar professores voluntários. No Agrupamento de Escolas de Canedo, Santa Maria da Feira, o concurso foi aberto pa- ra este ano lectivo e terá havido apenas dois candidatos, mas que ainda não começaram a traba-lhar. Já na Escola Secundária de Arouca, o concurso foi aberto na terça-feira e, segundo as declarações da directora da escola ao jornal i, ainda ninguém se mostrou interessado.

As direcções regionais de educação são responsáveis por elaborar relatórios anuais sobre actividade voluntária dos professores, mas disseram ao DN não ter re-gisto de nenhum concurso deste tipo. Também a Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE) não conhece concursos de professores voluntários, isto porque as escolas podem abrir as vagas individualmente ou através de projectos em parceria com outras entidades, sem obrigato-riedade de publicitar o concurso na DGRHE, conforme referiu ao DN fonte deste serviço.

Os professores voluntários não podem dar aulas, estando limitados a actividades de apoio para alunos ou professores (ver caixa). No caso da Escola de Vil de Soito, as docentes que regressaram estão na escola duas horas por semana. "As professoras trabalharam aqui. Uma delas está apontada há pouco tempo e a outra já está há uns seis ou sete anos", explica ao DN Hernâni Oliveira, adjunto do director. São os alunos do 5.º e 6.º anos que beneficiam do acompanhamento e da ajuda destas duas professoras, acrescenta o responsável da escola.

A opção do agrupamento em contratar professores voluntários não ficou a dever-se a problemas financeiros, como acontece na Secundária de Arouca. Neste último caso, a directora Adília Cruz reconheceu, citada pelo jornal i, que lançava as vagas para poder concretizar um projecto de cidadania para o qual falta dinheiro para a contratação de professores.

Já na Escola de Vil de Soito a ligação com os antigos professores sempre foi grande, confessa Hernâni Oliveira, e foi daí que surgiu a ideia de pedir voluntários. "Não só os antigos professores nos convidam para as suas actividades como nós os convidamos para vir à escola." E as próprias docentes acabam por ser "uma mais-valia ao contribuir com os seus conhecimentos", acrescenta o elemento da direcção da escola.

O trabalho de voluntário não prevê remunerações para os docentes. Podendo apenas ser compensados nas despesas de deslocação, mas as professoras de Vil de Soito "abdicaram dessa ajuda". Um gesto que Hernâni Oliveira reconhece não ser comum. "Nem toda a gente tem este espírito, e a prova disso é que não houve muita gente a responder ao concurso." DN

Estação de Metro das Olaias


Elevadores da Estação de Metro das Olaias em Lisboa, avariados e ML sem pressa nenhuma de os por operacionais.

Deficiente-Fórum

Sentidos Proibidos

São testemunhos reais e capítulos marcantes. Eles estão atados a uma cadeira de rodas e não têm total mobilidade. A acessibilidade é proibida em vários sentidos. Não é interdita na esquerda nem na direita. Nem está assinalada com o sinal vermelho. É mais que isso.

Chega antes da palavra acessível e depois de acessão. Pela linguagem do dicionário acessibilidade significa «Qualidade do que é acessível, do que tem acesso. Facilidade, possibilidade na aquisição, na aproximação: a acessibilidade de um emprego.» Muitas vezes é uma usada de forma inadequada.
Homens e mulheres. Raparigas e rapazes. Uns conversam à vontade sobre o assunto. Outros encolhem-se e apoiam-se nos monossílabos. Mas em cada palavra que soletram, ouve-se o tom de sonhadores. Não demonstram pressa em chegar ao cume da felicidade. Não querem ficar para trás. Por isso, todos os dias são vencedores e heróis de uma aventura de barreiras arquitectónicas. Gincanas que se atravessam em cada esquina. Toda a rua é uma surpresa. E cada surpresa é uma viagem cheia de adrenalina imposta.

A vida num minuto

O acidente foi há seis anos. No dia 14 de Junho de 2004 Manuela Ralha estava de saída para um dia normal de trabalho. Era a altura que dava aulas na escola Martinho Vaz de Castelo Branco, na Póvoa de Sta. Iria e tinha várias actividades relacionadas com a música. Dirigia grupos corais e dava aulas de técnica vocal. Professora e amiga tinha auxiliado uma colega de Religião e Moral, que ia apresentar as Marchas Populares na escola. Era o dia da exibição.

Estava parada numa fila de trânsito, na estrada que vai para Vialonga, a 100 metros do portão da Central de Cervejas. O trânsito estava parado e estava na fila. De repente apareceu um camião desorientado. O embate apanhou-lhe de surpresa e deu-se o acidente que mudou para sempre a vida de Manuela. ‘A vida num minuto’ é o nome do blogue que criou para transpor os seus sentimentos nesta luta. As rotinas fora de casa são poucas, mas as dificuldades inerentes à falta de acessibilidade são mais que uma mão cheia. Residente em Vila Franca de Xira, a deslocação para a fisioterapia todos os dias não é fácil. Os obstáculos são inúmeros nesta viagem. “Quando chego ao pé do edifício, tenho que ser ajudada porque tem lancis no passeio demasiado altos, carros mal estacionados, rampas de acesso ao edifício Planície em Vila Franca demasiado inclinadas…e o acesso ao edifício faz-se se o elevador não estiver avariado. Depois espero que me vão buscar no regresso”, relata.

Além desta viagem, Manuela tem a fazeres fora do seu lar. Demoram muito mais que o tempo que previa. Basta pôr o corpo fora de casa e começa a aventura. “Uns dias vou às compras, que faz parte do meu papel de mulher e mãe, o que é também uma aventura, devido ao sítio onde colocam os produtos, normalmente demasiado altos. Se tenho que ir ao multibanco, é uma festa. Estico-me para o utilizar e quase caio da cadeira abaixo, porque não estão devidamente adaptados”, conta. E acrescenta lembrando alguns episódios: “Os restaurantes onde vou primam pelo problema da minha cadeira não caber debaixo da mesa, ao que eu já me habituei, e das casas de banho não permitirem a utilização de pessoas com mobilidade condicionada, o que faz de mim muitas vezes uma atleta de alta competição ou uma artista de circo. Não tenho acesso à saúde, porque a minha médica de família fica no centro de saúde de Vila Franca de Xira, no segundo andar, sem elevador”.

As barreiras arquitectónicas

Telefones públicos e multibancos. As pessoas com limitações locomotoras são esquecidas nestas actividades. As sugestões para contornar este problema podem ser algumas. David Fonseca estuda no curso de reabilitação psicomotora na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e está familiarizado com esta lacuna. “Hoje em dia que se fala tanto em telecomunicações e nos média, uma cabine telefónica que tenha tamanho para uma cadeira de rodas e um telefone público com uma altura mais baixa para uma pessoa de locomoção limitada por um determinado período da vida ou de forma permanente poder telefonar ou consultar as informações dadas por cabinas de informação pública. Penso que as entidades responsáveis deviam estar muito atenta pois à muito tempo que se sabe que há cabinas mais largas e telefones mais baixos que se poderiam aplicar,”sugere.

Acessibilidade e reabilitação são temas muito debatidos nos dias de hoje. Abel Trigo é dos primeiros licenciados em engenharia de reabilitação e acessibilidade humanas pela faculdade de Vila Real. “Este curso consiste na aplicação da ciência e da tecnologia na melhoria da qualidade de vida de populações com necessidades especiais, nomeadamente pessoas com deficiência, idosos e acamados em áreas como o acesso a tecnologias e serviços, educação, emprego, saúde e reabilitação funcional, mobilidade e transportes, vida independente e recreação,” decifra este curso.

Nos dias que correm o ideal de eliminação de barreiras ainda está muito longe. “Nunca poderemos falar de uma igualdade ou de uma situação ideal, uma vez que o ser humano não foi feito para andar numa cadeira de rodas, e porque a morfologia dos terrenos e a própria paisagem natural impossibilitará sempre o acesso, por aquelas, a alguns espaços ou locais. Ainda assim, quero acreditar que, de forma geral, o caminho será este”, realça Pedro Andrade de 30 anos, um rapaz de mobilidade reduzida.

O atletismo em cadeira de rodas

Ainda no distrito de Vila Real, mas na vila de Lordelo, Mário Trindade já é um herói atleta paraplégico. Na vila ainda se observa algumas barreiras arquitectónicas, mas com o passar do tempo têm vindo a desaparecer. A autarquia de Lordelo mostrou-se sensível a esta problemática e com esta atitude foi atribuída a bandeira grau ouro no que diz respeito às acessibilidades. 1992 foi um ano marcante na vida deste atleta. Um ano em que tudo mudou devido a uma escoliose. A operação para corrigir não correu tão bem como era esperado e quando abriu os olhos da cirurgia já estava paraplégico. “Estou longe de ser uma estrela, mas sinto que sou uma pessoa que algumas pessoas admiram pela minha força e vontade de ir a luta. Dar a volta por cima só tinha uma coisa em mente quero viver e ser feliz, e aquilo que me causava alguma tristeza tenta mudar, para mim nunca foi difícil aceitar o facto de ter de passar os dias numa cadeira de rodas e isso ajudou muito, as pessoas que lidam diariamente comigo esquecem-se que uso uma cadeira de rodas, isto porque eu em parte também quase me esqueço, se temos um problema…ele é muito maior se lhe damos demasiada importância”, confessa.

Do outro lado do oceano mas ainda em Portugal, o atleta Hélder Fernandes já lutou por inúmeras barreiras, mas ainda está longe da meta de obstáculos. “Tirando o que já tenho e consegui, falta-me uma habitação, própria, mas como vivo de uma pensão de invalidez, não tenho acesso ao crédito bancário, para conseguir uma casa minha”, confessa. E de Ponta Delgada acrescenta: “Aqui nos Açores, falta uma mentalidade mais aberta, por parte dos Açorianos, em relação às pessoas com deficiência, para tudo, para o desporto, para socializarem, trabalharem, acomodam-se muito, e cruzam os braços, ficando em casa.”

A acessibilidade no emprego

Acessibilidade é também no emprego. Mas a realidade mostra uma total inviabilidade quanto a esta lacuna de várias pessoas. Para os necessitados o centro de emprego não resolve os problemas. “Quando fiquei paraplégico inscrevi-me no centro de emprego, mas nunca me chamaram para nada. Até que comecei eu a procurar. Trabalhei durante cinco anos num salão de jogos. Mais tarde tive num clube de vídeo durante um ano. No final desse ano fui tirar um curso de auxiliar administrativo e depois fui trabalhar para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde estive durante quatro anos. Depois deixei de trabalhar para me dedicar ao desporto de corpo e alma”, conta o atleta.

Em Armação de Pêra, Pedro Alves Andrade está desempregado. Desde 2007 que está numa cadeira de rodas. “O instituto do emprego não resolve estas situações! Com o momento de “crise” e desemprego que se vive, o centro de emprego tem dificuldades extra em colocar trabalhadores com deficiência. Ainda para mais, quando todos os apoios e incentivos à contratação de trabalhadores com mobilidade reduzida, não saem do papel! Estou inscrito há 5 meses e tive 0 propostas”, relata com revolta.

As molestas covas na calçada

Buracos e mais buracos. Concavidades e falhas nos passeios. Passadeiras de peões sem rampas. As barreiras arquitectónicas não param de aparecer. A cada passeio existe um muro de dificuldades por passar. Dos mais pequenos casos até aos grandes problemas. Com uma pequena diferença, estes cidadãos estão impossibilitados de uma movimentação normal e sem ajudas por todas as cidades. Portador de uma paralisia cerebral, Pedro Monteiro partilha a sua rotina com a cidade de Aveiro e sugere contornos para esta inacessibilidade: “Deve-se sensibilizar pessoas com deficiência e as famílias a terem outros comportamentos perante a sociedade, saindo mais de casa, a não ter vergonha por andarem numa cadeira de rodas, a participarem, activamente, na sociedade e não em grupos fechados que só servem ainda mais para discriminarem as pessoas ‘ora lá vem o grupo do deficiente’”. E acrescenta: “Depois disso, a sociedade começavam a ver as pessoas com deficiência com respeito e pessoas com os mesmos direitos e deveres. Até lá, somos vistos como Judeus na Alemanha Nazi.”

A descriminação

Descriminação é palavra que não falta na revolta destes seres especiais. “Há um certo tipo de descriminação por parte da sociedade. Embora ano após ano se note uma grande melhoria, mas principalmente nas cidades mais pequenas, vilas, aldeias ainda há muita descriminação. Quando fiquei deficiente aqui há uns 17 anos atrás também fui muitas vezes descriminado, nas minhas procuras de trabalho ouvi muitos “não” por ser deficiente, pois não tinha uma boa postura para estar por trás de um balcão, e muitas vezes ouvia a palavra coitadinho, mais isso para mim era dar-me ainda mais força para continuar”, confessa Mário Trindade.
Contudo, há quem tenha uma opinião mais positiva. “Talvez não haja descriminação. Apesar de tudo, a mentalidade da sociedade foi evoluindo e hoje, será injusto falar em descriminação”, afirma Pedro Andrade.

Mas os episódios de descriminação não terminam. Nelson Mendes não esquece o 10º ano de escolaridade. “Cheguei a chorar na turma porque eu não conseguia passar os apontamentos no quadro, porque a professora de Biologia e Geologia apagava os apontamentos antes de eu terminar de escrever. Muitos dos meus apontamentos tinha o início e não tinha o fim. E só não consegui completar o 10º ano de Escolaridade, porque apareceram-me as escarras «feridas» na minha perna esquerda, devido as muitas horas que eu ficava sentado na minha cadeira de rodas, dado que só podia ficar sentado 4 horas seguidos e eu fazia 7 horas seguidas”, relembra.

As leis da acessibilidade e os edifícios

Os edifícios que não cumprem as leis da acessibilidade para deficientes preenchem as linhas de Portugal inteiro. Prédios altos com escadas, sem elevadores nem rampas são o que não falta em todas as cidades portuguesas. Porém ainda se consegue observar um ou outro edifício construído a pensar nestes seres. Pedro Homem de Gouveia é arquitecto na Câmara Municipal de Lisboa e descodifica o modo de realização destas construções. “A acessibilidade deve ser o mais natural, discreta e integrada possível. A “imagem” da acessibilidade deve ser, no fundo, a falta de barreiras. O essencial a ter em conta é que a acessibilidade está em causa ao longo de todo o processo, nas várias escalas do projecto (desde o momento em que se define a altura a que vai ficar a entrada, até ao momento em que se escolhe o tipo de torneira) e nas várias fases da obra. E não só da obra, da gestão também – o melhor exemplo (negativo) é o do WC acessível que está trancado e ocupado com material de limpeza.”

As cadeiras de rodas estão numa constante corrida de obstáculos. As portas dos edifícios não têm medidas adequadas para este transporte. Para ser acessível uma porta deve ter uma largura útil (livre) mínima de 77cm, e dispor de ambos os lados de uma zona de manobra (espaço livre) que permita a quem passa manobrar a cadeira de rodas de forma a alcançar o puxador da porta. Não se pode chamar normal a uma porta que não deixa parte dos seus utilizadores passar. As passagens têm de ser acessíveis a todos para que sejam consideradas ‘normais’.

O arquitecto Pedro Gouveia está a par da importância da acessibilidade na concepção dos edifícios de habitação. “A acessibilidade é fundamental. Primeiro, porque é um direito – todos têm o direito de usufruir plenamente dos edifícios, bens e serviços. Segundo, porque é uma questão de interesse público – e isto, o envelhecimento demográfico vai tornar cada vez mais evidente, à medida que uma parte cada vez maior da população vai perdendo a autonomia devido às barreiras à acessibilidade, gerando uma procura de serviços de apoio que será insustentável para o erário público. Terceiro, porque é um critério objectivo de qualidade – edificações acessíveis serão sempre mais confortáveis, seguras e funcionais, em benefício de todos os utilizadores (com ou sem deficiência) ”, refere.

As pessoas com dificuldades locomotoras são esquecidas nas plantas dos edifícios. Mas há quem defenda que este esquecimento pode diminuir. “Se existe esquecimento, têm tendência a diminuir. É um facto, que devemos ter presente, que a legislação que estabelece as exigências em matéria de acessibilidade é relativamente inovadora, especialmente se tivermos em conta hábitos que já levam centenas ou milhares de anos. Isto é um desafio para todos os agentes do sector da construção. Actualmente, não podem ser licenciadas obras que não cumpram as normas de acessibilidade exigíveis em cada caso, e os profissionais têm uma noção cada vez mais clara das responsabilidades em que incorrem em caso de incumprimento (civil, criminal, disciplinar, etc.)”, sustenta o arquitecto da Câmara Municipal de Lisboa.

As associações de … apoio

Siglas de cores diferentes. Presidentes com rostos diferentes e histórias de vida distintas. As associações de apoio a estas pessoas são inúmeras, mas há quem não as veja com grande utilidade. “Portugal gosta de criar becos, ou grupos, faz parte da raça humana criar grupinhos, logo cedo na infância criamos os nossos grupos de amigos falamos com A, B, C e desprezamos o D, as Associações, na maneira geral, só existem para criar grupinhos e para lutar pelas mesmas causas do que outro grupo só com nome diferente, assim só estamos a diminuir o poder de todos os deficientes se houvesse uma única associação. Mas pronto até é divertido e dá para angariar dinheiro para almoços e jantares. Veja o caso da Espanha que só tem uma grande associação de Deficiente, a ONCE”, analisa Pedro Monteiro, portador de uma paralisia cerebral. Apoiada nesta ideia, Manuela Ralha vai mais longe. “Muitas vezes estas associações servem-se a si próprias em vez de servirem o propósito dos associados ou do grupo que deveriam apoiar. Por exemplo, quantos somos? No Brasil foram feitos censos para permitir que haja uma noção efectiva da população portadora de deficiência…porque os cidadãos brasileiros, os portadores de deficiência foram para a rua protestar, mas isso é outra história. Nós somos um povo muito passivo em tudo. Se de facto as associações trabalhassem mais, haveria um apoio mais efectivo, uma fiscalização mais firme e uma inclusão mais efectiva”, sublinha.

A Organização Mundial de Saúde define hoje a Incapacidade como um produto da relação entre a pessoa e o meio. Por outras palavras, a Incapacidade não é uma “cruz” que a pessoa carrega e que só a ela diz respeito, mas algo que é provocado pela forma como uma edificação não respeita as necessidades do utilizador. Existem edifícios incapacitantes, que geram vários tipos de dificuldades: na circulação, orientação, etc.

São muitos, os seres bípedes que correm todos os dias a calçada preocupados com os horários a cumprir e, não reparam nos que precisam de uma mão. Mas há muitos que reparam e que em vez de ajudar, humilham os que têm contrariedades de movimento. “Mas que raio de gente é esta? Que confunde deficiência com debilidade mental? Ninguém é deficiente por vontade própria. Mas ninguém se deve envergonhar da deficiência”, invocou Marina Mota expressando raiva e rancor na peça ‘Piratada à portuguesa’ que esteve nos palcos em 2009.

Muitas pessoas envergonham-se da sua debilitação. “Porque não é fácil conviver com uma situação de dependência. Porque não têm apoio psicológico nem familiar que as faça enfrentar a situação. Porque as barreiras físicas e psicológicas são tantas que a pessoa desiste, pura e simplesmente desiste. Eu própria sinto-me por vezes, como o dom Quixote, a lutar contra moinhos de vento e apetece-me desistir, baixar os braços, entregar-me à depressão. A sociedade é demasiado cruel com aqueles que são diferentes”, clarifica Manuela Ralha.

Noutra perspectiva há quem tenha uma opinião distinta. “A meu ver os deficientes não precisam de qualquer apoio solidário. Precisam sim do direito de possuir uma vida digna e lutar por isso. Temos o apoio do terceiro mundo”, sublinha Pedro Monteiro de Aveiro.

O quotidiano

As rotinas destes cidadãos diferem em muito. Os cuidados são mais que muitos. Os olhos têm de estar bem abertos. Atenção aos sentidos proibidos. Reduzir a velocidade e conduzir a cadeira de rodas com prudência. Tolerância zero. O perigo anda à espreita. Ana Couto tem 21 anos e desde o acidente de parto teve a companhia da cadeira de rodas. “Um dia saí com uns amigos para ir visitar umas faculdades. Uma delas foi o ISEG que fica no Rato. Aqui em Odivelas no metro, por acaso existe acessibilidade, mas a chegada ao metro do Rato foi uma aventura. Existe um elevador para o exterior, mas por azar não estava a funcionar. Tive que ir ao colo dos meus amigos e ainda por cima, aquelas escadas são íngremes e devem ser mais ou menos 80 escadas. E ao chegar a rua, os passeios estão completos de carros”, conta.

Mas há ainda quem não altere a rotina pela diferença de movimento. “Sou dirigente associativo e atleta. Levanto-me por volta das 8h30m, vou treinar cerca de uma hora. Depois de um duche vou tratar de assuntos da associação, tais como reuniões, palestras em escolas, inscrições em provas. Por volta do meio – dia almoço. Da parte da tarde, ou fico em casa a tratar de assuntos da ANACR, tais como ver o correio, actualizar sites com noticias, enviar e-mails para associados, isto ate por volta das 17h. Mais tarde volto a ir ate a pista da UTAD para mais um treino de 1h30m. Após o treino regresso a casa, janto e por volta das 20h30m vou tomar café conviver um pouco com alguns amigos, e por volta das 0h00m hora de ir dormir”, relata Mário Trindade.

Estudante do segundo ano de psicologia na cidade do Porto, Maria Basto teve problemas no parto. As consequências resumiram-se a uma cadeira de rodas. Movimenta-se sem receios. Quando chega a horas de viajar não olha para trás. “Viajo como qualquer outra pessoa. Passo a cadeira para o porão e vou sentada no lugar que me é destinado”, expõe. Nos aeroportos os cuidados são muitos. “Ainda só viajei algumas vezes e não para muito longe. De carro e avião. Guardei excelente opinião do atendimento e acessibilidades ao nível dos aeroportos Europeus onde passei.”

As idas ao tribunal para Manuela Ralha foram difíceis. “Foi de facto memorável. Imagine chegar ao tribunal e deparar-se com uma escadaria interminável à entrada e outra para a sala de audiências. Fiquei enervadíssima, até porque não suporto andar no ar. Claro que me recusei a que me levassem, mas estava a chover. Então, entrei pelo lado dos presidiários, o meu marido e o segurança pegaram na cadeira em peso no ar e puseram-me lá dentro. Permaneci em baixo, sem saber como as coisas estavam a decorrer, enquanto o meu advogado subia e descia a escada para me perguntar o que eu pretendia fazer cada vez que necessário. Senti-me um cachorro abandonado. Foi absolutamente humilhante,” revela.

Andar nos transportes públicos também não é tarefa fácil. Com 38 anos de idade, Nelson Mendes conhece bem esta realidade. Um tumor cervical transformou a sua actividade e a sua mobilidade. “É muito duro e muito pesado andar de cadeira de rodas. Nem sequer conseguimos andar de transportes públicos. Para podermos andar de comboio temos que ligar para a CP com 48 horas de antecedência e dizer a que horas saímos e a que horas vamos voltar. Não temos direito de ir passear quando quisermos e voltarmos quando pretendermos”, constata Nelson Mendes.

O esquecimento dos cidadãos

Os serviços públicos não dão prioridade a estes seres diferentes. Não existem senhas para atendimento prioritário. Os passeios estão ocupados pelo mal estacionamento dos veículos. Esquecimento ou desprezo dos cidadãos. “Estava-me a esquecer também dos deficientes sociais, aqueles que ocupam o estacionamento daqueles que precisam, dos cidadãos que entopem as caixas prioritárias e dos que dizem que os deficientes deviam ficar trancados em casa… Todos estes “deficientes sociais” tornam as minhas saídas maravilhosas…e contribuem cada vez mais para que eu fique em casa, sem vontade de sair. Mas eu sou teimosa e continuo a insistir em fazer uma vida integrada, embora na maior parte das vezes não o consiga”, salienta Manuela Ralha.

A esperança diária

Os desejos de largar o veículo de quatro rodas são infinitos. Nas redes sociais, todos se unem numa família. Quando há novidades, ninguém fica sem informação. Os comentários chovem e a esperança observa-se em cada sílaba escrita. «Ser Lesado: Tratamento com células-tronco traz esperança a paraplégicos» é o título que se vê publicado num perfil do facebook. Segundo mais tarde, a partilha de ideias dispara. “Estou numa cadeira de rodas há 15 anos e o meu sonho já não é andar, mas sim voar”, Paulo Gominho. “Sou cadeirante tetraplégico há 13 anos, se esse tratamento me deixar paraplégico, já fico satisfeito porque, troquei a esperança pela pressa!”, Flávio Caldeira. Mas há ainda quem se revolte com estas notícias. “Os resultados dessas mesmas descobertas já tem “clientes” os restantes “tristes” tem de se limitar ao seu enquadramento físico e estabelecido pelo MUNDO…mas um dia vencerão!”

Parem de dar falsas esperanças”, Bruno Gregório. “Basta de sermos cobaias, somos humanos, por tal devemos ser tratados como tal. Mas hospitais que fazem estes testes, deviam dar conta de também da manutenção dos mesmos, não operar uns tantos para sacar os subsídios e depois colocar os operandos ao Deus dará. Que eu saiba, no Rovisco Pais aconteceu umas tantas operações, eu pelo menos tenho conhecimento de quando lá passei, de cinco. Pois estes mesmos estão entregues a si próprios, porque as cobaias não já não servem, e a manutenção, sim digo manutenção, porque foram usados como objectos, nunca mais os chamaram. Se chamaram alguns, foi só para consultas de rotina, e outros foram lá por pedidos e cunhas à doutora Arminda, a quem desde já dou já os meus parabéns por ter sido a única do quadro de médicos que mais zelou pelos seus doentes, obrigado Drª Arminda”, Martinho Horta. São comentários que não terminam. Respostas que apoiam. Apelos e palavras de força que se lêem com olhos bem abertos.

Construir uma melhor acessibilidade para incapacitados é um dos desejos de todas estas pessoas com deficiência e para isso tem de existir uma arquitectura para todos. No fundo mudar a mobilidade negativa para positiva. Definir acessibilidade torna-se cismático. Mas o arquitecto Pedro Homem de Gouveia propõe: “A acessibilidade é a capacidade do meio edificado de assegurar a todos uma igual oportunidade de uso, de uma forma directa, imediata, permanente e a mais autónoma possível.”

“Não sei o que é ser paraplégico porque não sou, mas ser possuidor de uma paralisia cerebral em Portugal é o poder de mudar muitas mentalidades, lutar e dar valor à vida”, afirma Pedro Monteiro. Susana Cruto