domingo, 21 de junho de 2009

FÉRIAS PARA MÃES FILHOS DEFICIENTENS EM FÁTIMA


Em Agosto e agora também em Setembro de 2009, pelo quarto ano consecutivo, o Santuário de Fátima, com apoio na organização do Movimento da Mensagem de Fátima (MMF), proporcionará férias para mães de pessoas com deficiência que cuidam dos seus filhos em casa totalmente grátis.

As inscrições estão abertas, até 30 de Junho.

A actividade desenvolver-se-á em três períodos de uma semana. No primeiro poderão participar deficientes com idades compreendidas entre os 7 e os 20 anos. Na segunda e terceira semana aqueles que têm entre 21 e 40 anos de idade.
A proposta de inscrição está disponível aqui e deve ser enviada para o Movimento da Mensagem de Fátima.

COMUNICAÇÃO HOSPITALAR


A formação de médicos e enfermeiros para comunicar notícias negativas aos utentes não é uma prioridade dos Hospitais Portugueses: apenas 33% o fazem, ou seja, somente 3 em cada 10 unidades de saúde. No total, 71% das instituições sentem necessidade de formação específica em técnicas de comunicação. Estas são algumas das principais conclusões reveladas pelo 1.º Estudo Nacional “Comunicação Hospitalar em Portugal”, realizado junto de 90 Hospitais gerais, públicos e privados, de todo o país. Uma iniciativa conjunta da Breathe Health®, divisão de saúde do Grupo Inforpress, e Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Universidade Nova de Lisboa.

Os resultados da investigação foram apresentados esta semana, na ENSP, a que se seguiu uma mesa redonda “A definição de médico competente engloba a vertente do ‘saber’, conseguir transformar ‘saber em acção’ e habilidade de comunicação. A ciência de tratar, que é o fim da medicina, exige grande competências comunicacionais e é fundamental a comunidade médica ter esta premissa presente. Em última instância, um médico que não sabe comunicar eficazmente é um profissional incompleto”, considera o Dr. Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos”.

Acontece Srº Bastonário que maioria dos médicas são inatingíveis para seus pacientes. Contacta-los para saber algo só através familiares que muitas vezes vindos de longe com todo o incomodo que isso implica, e não encontram nunca o Senhor Doutor disponível.

Eu recebi a bombástica noticia que era tetraplégico muitos dias depois de continuamente perguntar qual era meu problema. E um belo dia um Senhor Doutor teve tempo de friamente me dizer: TU NUNCA MAIS VAIS ANDAR JOVEM. Ao acordar segundos depois e tentar ver se era sonho. Senhor Doutor já não estava. Isto em 1991. Fico muito triste por muitos Eduardos e Marias que assim ainda aconteça.

“As conclusões do estudo são muito claras e confirmam o diagnóstico inicial. Os Hospitais estão despertos para a importância da comunicação, mas não estão a formar os especialistas para essa área. Num universo em que o factor comunicacional tem um peso preponderante, é imperativo que as administrações não se fiquem pela preocupação e materializem esse sentimento através de investimentos e acções concretas de comunicação”, defende o Prof. Paulo Kuteev-Moreira, Professor da ENSP e Coordenador Científico do estudo.
Fonte:Inforpress

sábado, 20 de junho de 2009

1º TÁXI ADAPTADO PARA DEFICIENTES NA CIDADE DO PORTO


Florêncio Almeida presidente da A.N.T.R.A.L perante possibilidade de existência de táxis adaptados a pessoas com mobilidade reduzida no nosso país. Achou-se no direito de pensar por todos seus associados e por todos utilizadores táxis e dizer que não achava viável essa possibilidade por questões financeiras e ainda teve descaramento de acrescentar que pessoas ditas normais não se sentiriam confortáveis em viajaram num táxi adaptado.

Quanta insensibilidade, arrogância, falta de civismo e respeito pelos outros. Felizmente sua opinião não vingou porque depois de cidades como Braga, Lisboa e Vila Nova de Famalicão acaba de ser posto a circular esta segunda-feira, o primeiro táxi para transporte de pessoas com dificuldades motoras na Cidade do Porto. A Táxis Guimarães, Lda colocou assim em funcionamento um serviço com capacidade para transporte de oito pessoas, duas delas em cadeira de rodas.

Rui Rio, Presidente Câmara Municipal do Porto apadrinhou iniciativa e até incentivou outros empresários a seguir mesmo exemplo.

Em baixo deixo um texto soberbo da nossa Laurinda Alves. Aliás todos agradecimentos são poucos a esta magnifica cidadã. Sempre esteve patente seu civismo e luta pelas injustiças. Para quem não sabe acrescento que exerce voluntariado através Associação Salvador na ajuda pessoas diferentes.

INCLUIR? NÃO OBRIGADO!
 
Num país onde a esmagadora maioria de pessoas portadoras de deficiência são obrigadas a ficar em casa por não terem condições para vencer os obstáculos na rua, é perverso ouvir declarações públicas feitas por pessoas aparentemente responsáveis que se recusam a dar passos para incluir os mais frágeis.
 
Falo de Florêncio Almeida, presidente da Antral, que explica com toda a eloquência possível que “não há mercado” para este tipo de transporte e que “as pessoas sem deficiência não querem viajar em táxis próprios para deficientes”. Inspirado, Florêncio Almeida, vai mais longe e admite: “eu próprio não gosto de ser conotado com o que não sou”. Extraordinário raciocínio, este. Mas há mais e continuo a citar o que li no Público de dia 22 de Agosto: “o que eu quero é trabalhar e não fazer serviço social”. Bravo! Uma boutade pareceu-lhe pouca coisa, duas ou três de enfiada deram-lhe certamente outra assurance discursiva.
 
Pois bem caro Florêncio a serem verdade, estas suas afirmações falam por si e infelizmente dizem o pior. Mostram uma total insensibilidade e revelam uma ignorância chocante. Isto para não falar da falta de estratégia empresarial e da ausência de sentido do negócio. Mas vamos por partes.
 
Ao contrário de Florêncio Almeida, a maior parte das pessoas que não tem handicaps físicos sente-se muito mais confortável quando anda em transportes onde há lugares ou circunstâncias adaptadas aos deficientes do que quando percebe que estes foram completamente excluídos.
 
É completamente falso que os ditos normais se recusem a apanhar um táxi adaptado para pessoas com necessidades especiais. Aqui e em qualquer lugar todos ganhamos com a inclusão e por isso é bom que Florêncio Almeida fale por si, coisa que obviamente não pode fazer por ser presidente de uma Associação que representa uma classe com milhares de profissionais.
 
Uma coisa é as pessoas sem handicaps não se lembrarem que são precisas adaptações, outra radicalmente diferente é estas mesmas pessoas recusarem estas adaptações com argumentos patéticos. Nesta linha é bom que Florêncio Almeida separe as águas e não amplie uma voz distorcida.
 
Quanto a não gostar de ser conotado com o que não é, neste caso particular com pessoas com deficiência, cada um sabe de si. Eu lido perfeitamente com todos os tipos de deficiência e a única que verdadeiramente me incomoda é a deficiência moral. Essa sim, incomoda-me por revelar pobreza de espírito e indigência moral, passe a redundância.
 
Finalmente a questão do serviço social. Numa época em que todos temos consciência de que o empreendedorismo e a responsabilidade social das empresas são uma aposta ganha à partida, não fica bem a ninguém defender o indefensável. Se Florêncio Almeida não faz nem quer fazer que se chegue para o lado e deixe que outros façam o que tem que ser feito.
 
Uma cidade como Lisboa precisa urgentemente de táxis adaptados para deficientes, para velhinhos com bengalas, para pessoas frágeis ou doentes, para homens e mulheres que fizeram operações graves, para pais e mães que têm filhos pequenos ou bebés de colo e, quem sabe, até para um dia o próprio Florêncio Almeida poder transportar algum familiar ou amigo que tenha dificuldades de locomoção. Contra estes factos não há argumentos. Ou há, senhor Florêncio Almeida?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

AJUDAS TÉCNICAS PARA ACESSO PISCINA E PRAIA



Inicio verão: calor, férias, piscinas, praias...aqui ficam algumas informações sobre ajudas técnicas existentes para nos facilitarem acesso à água.

À esquerda o elevador transferências PAL de e para piscinas: desmontável, com rodízio e cadeira que nos coloca na água parece-me razoável para quem tem falta equilíbrio no tronco, comando à prova de água e podendo ser manuseado pelo utilizador e se preferirem e ou tiverem mobilidade reduzida podem encontrar alguns que nos transferem usando funda.

À direita cadeira MARINA de acesso praia: também desmontável o que facilita transporte e rodas largas para facilitar movimentos em vários tipos terrenos.

Aqui fica também mais uma vez site da Agência de Viagens ACCESSIBLE PORTUGAL.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

ROUPA ADAPTADA PARA UTILIZADORES DE CADEIRAS DE RODA



WEADAPT empresa minhota em colaboração com vários parceiros e após três anos de estudo conseguiu tirar do papel e por no mercado primeira colecção de vestuário especifico para utilizadores de cadeiras de roda. Felizmente projecto é para continuar. Cabe-nos a nós utilizadores apoiar esta magnifica ideia comprando seus produtos.

No contacto que tive com empresa entusiasmo equipa não tem limites. Simpatia, vontade de servir e disponibilidade igualmente. Parabéns e muito sucesso!

WeAdapt começou quando Miguel Carvalho, professor na Universidade do Minho, foi desafiado por uma aluna romena para ser seu orientador numa tese sobre vestuário para deficientes. A ideia acabou por o conquistar e reuniu uma equipa de mais quatro pessoas, com proveniências tão diversas como a indústria têxtil, engenharia de polímeros, electrónica, mecânica, física e psicologia.

Para além de vestuário especialmente adaptado à posição de sentado, que está no mercado ‘online’ com a etiqueta ‘Wea’, os modelos possuem acabamentos funcionais com características anti-odor, de amaciamento, cicatrizante ou hidratante, bolsa interior calças para saco colector, elástico parte trás calças, tornando-os mais adequados e funcionais para todos nós.

Dispositivos de reconstituição física que equilibram os volumes corporais dos nossos membros inferiores estão também em estudo pela WeAdapt.

Interessados podem contactar WeAdapt e encomendar exactamente vestuário como desejam e necessitam, inclusive se precisarem deslocam-se vossas casas.

Clica aqui e vê o magnifico desfile colecção de roupa. Parabéns pela diversidade dos modelos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ADAPTAÇÕES PARA COMPUTADORES


O Roller Plus Joystick (imagem à direita)foi especialmente concebido para permitir um melhor acesso ao computador, quando o utilizador tenha dificuldades em usar o rato convencional. Possui todas as características do Roller II, apresentando ainda um botão para controlo de velocidade, um botão de arrastamento, um botão para o duplo clique e botões que permitem apenas os movimentos cima/baixo (movimentos em linha vertical) ou esquerda/direita (movimentos em linha horizontal) do cursor


Smart Nav - apontador de cabeça
O apontador de cabeça Smart Nav torna possível o acesso ao computador por meio de um pequeno reflector que se coloca na testa, nos óculos ou no boné. Este reflector comunica com um emissor de infra-vermelhos que se coloca sobre o monitor (inclui adaptador para monitores portáteis). Os movimentos da cabeça traduzem-se no ecrã em acções realizadas pelo rato. É possível fazer tudo o que se faz com o rato: clique, duplo clique, arrastar.
Liga-se directamente à porta USB e pode ser usado simultaneamente com outro rato. Leve e fácil de utilizar, este aparelho permite o controlo total do computador através da cabeça.
Mais software e tecnologias interactivas: aqui

terça-feira, 16 de junho de 2009

TEMPERATURA E TETRAPLEGIA

Com chegada do calor chega o sofrimento na maioria dos tetraplégicos com temperaturas altas e nossa dificuldade em controlar super aquecimento nossos corpos. Vamos esclarecer esse assunto um pouco mais:

Um corpo sem lesão medular é capaz de manter uma temperatura corporal constante, seja qual for a temperatura ambiente. Em um ambiente quente, o corpo envia um sinal para o cérebro através da medula espinhal, para informar o corpo do super aquecimento, o cérebro envia um sinal de volta para baixo da espinal medula e diz para esfriar o corpo por si mesmo, transpiramos o suor evapora e refresca a pele.

A maioria das pessoas com lesão medular completa, não transpira abaixo do nível da lesão e muitos nem sequer acima da lesão (embora possam transpirar devido a disreflexia autonômica). Com a perda da capacidade de transpirar torna-se necessário controlar nossas condições ambientais. Portanto, se estivermos sujeitos a uma temperatura alta, especialmente quando humidade é grande, a temperatura corporal começa a subir..Alguns dos sintomas de super aquecimento que eu sinto, são dor de cabeça, congestão nasal, sensação de desmaio, um enorme mal estar, fadiga e reduzida concentração. Se não for possível estar num lugar com ambiente controlado por um aparelho de ar condicionado, uma das melhores maneiras de uma pessoa com uma lesão medular arrefecer é ter uma toalha molhada fria envolta em torno da parte de trás do pescoço e substitui-la sempre que ficar quente. A pele também deve ser molhada para baixo lesão para permitir que a água evapore da pele e, consequentemente arrefecer o corpo em baixo. É um pouco como transpirar artificialmente. Também ajuda ter um spray com água e molharmos a cabeça e ombros várias vezes com água fria para arrefecermos corpo e beber bastantes líquidos frios (principalmente água), comer regularmente. Para a congestão nasal, eu uso um descongestionante nasal, e é surpreendente quão efectivo isto pode ser pelo resfriamento do corpo abaixo lesão.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

AJUDA PARA ALMOFADA ANTI-ESCARAS






A ROHO acabou de lançar no mercado um equipamento com o nome de Sensor Proximidade Merlin que tem a função de vigiar continuamente a nossa almofada anti-escaras ao nível da inflação e alerta-nos para quaisquer mudanças que ocorram.

Depois de ajustarmos a almofada às nossas necessidades o sensor testa-a de dez em dez minutos garantindo os niveis que predefinimos.

Ou seja: assume por nós controle mantendo-nos totalmente despreocupados.


Neste caso deixamos de necessitar apoio terceiros para nos fazerem testes e alterações nas almofadas e também não corremos mais o risco de estarmos a prejudicar nossa saúde usando uma almofada que não está a proteger-nos como é sua função.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

DESPESAS SAÚDE GRATUITAS A PARTIR 2010 PARA DEFICIENTES DAS FORÇAS ARMADAS

O Ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, anunciou esta quinta-feira, em Lisboa, que os deficientes das Forças Armadas vão ter assistência médica e medicamentosa gratuitos, mas só a partir de 1 de Janeiro de 2010. A medida, já aprovada no Parlamento, inclui todas as despesas de saúde e não só as relacionadas com as lesões. O Governo promete alargar ainda o leque de opções das entidades que prestam os serviços.
Os deficientes das Forças Armadas poderão recorrer aos hospitais militares, aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e a entidades convencionadas com Instituto de Acção Social das Forças Armadas. Segundo uma nota do Ministério 'os deficientes militares deverão inscrever-se como beneficiários da ADM (Assistência na doença aos militares das Forças Armadas)'.Atenção que estas medidas não abrangem as famílias.O universo de pessoas abrangidas pode rondar as dez mil. Mas, oficialmente, o Governo vai proceder a um levantamento para implementar este novo modelo de assistência.
O ministro da Defesa divulgou ainda que o lar militar da Cruz Vermelha está em reconversão para aumentar as actuais 45 vagas para 100. E terá 'mais valências', referiu Severiano Teixeira. Esta iniciativa enquadra-se num protocolo entre Ministério e ADFA-REDE Solidária.

Parabéns A.D.F.A! 35 anos depois justiça foi feita. Pena ser só em 2010 e governo não olhar também para os outros deficientes.

ROBÔ CONTROLADO PELO CÉREBRO A 1.500 KM DISTÂNCIA

em Jornal de Noticias Uma nova tecnologia que permite controlar um robô, a mais de 1.500 quilómetros de distância, utilizando apenas ondas cerebrais e a visão, foi desenvolvida por cientistas portugueses e suíços.

O projecto, coordenado por um investigador da Universidade de Coimbra, permite que um utilizador, na Suíça, com um computador e um dispositivo de eléctrodos na cabeça possa controlar uma máquina, em Portugal, por controlo remoto.

O cientista, na Suíça, "vê imagens de cá e reage lá", interagindo com o robô "sem teclas, apenas através de ondas cerebrais", disse à Agência Lusa Jorge Dias, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

"É um sistema de feedback visual", acrescentou, frisando que o investigador suíço dá "ordens" ao robô com a visão, através de um sistema direccional que permite à máquina mover-se para a direita ou esquerda, para cima e para baixo.

Argumenta que é uma tecnologia com "forte impacto social" já que permitirá que pessoas com deficiências motoras muito graves possam obter mais autonomia no seu dia-a-dia.

"Com um simples e discreto dispositivo de eléctrodos, cidadãos com necessidades muito especiais, por exemplo, TETRAPLÉGICOS ou acamados, terão autonomia para realizar tarefas quotidianas como atender o telefone, pedir ajuda, abrir a porta ou abrir o frigorífico", ilustrou Jorge Dias.

Sublinhando que o conceito de comando de uma máquina através de ondas cerebrais "está provado e validado", Jorge Dias sustentou que "a grande dificuldade e desafio" do projecto passava por garantir "uma interface robusta" entre os dados cerebrais e o robô, o que foi conseguido.

"No máximo, dentro de 5 anos esta nova tecnologia será mais popular porque é financeiramente atractiva e sem dificuldade de manuseamento", destacou.

terça-feira, 9 de junho de 2009

LIBERDADE DE ESCOLHER Por Paulo Faria

A tetraplegia é de certo, das deficiências adquiridas, a mais incapacitante. Ela pode acontecer na vida de um momento para o outro. Toma-nos de surpresa e altera a nossa vida irremediavelmente.

Pode acontecer a todos, homens, mulheres, novos, velhos, ricos ou pobres.
Como em todas as deficiências, também na tetraplegia, cada deficiente é único, e por a lesão se situar numa zona muito nobre do Sistema Nervoso Central, a cervical, o desvio de um milímetro mais para cima ou para baixo, trás grandes diferenças na qualidade de vida de um tetra. São contingências, variáveis não controladas, sorte ou falta dela é tudo e não é nada.

A partir do momento da lesão voltamos todos a um ponto zero, onde já estivemos mas não nos lembramos, a nossa mais profunda infância.
Temos de aprender tudo de novo e agora limitados pela deficiência funcional do nosso corpo, pelo estado da arte da medicina reabilitação, pelas ajudas técnicas, pelas ajudas pessoais e poderia continuar. O importante resume-se a duas coisas, aproveitar o que restou do nosso corpo e aproveitar as ajudas que estão disponíveis.
Dependendo muito da idade de cada um, vamos ter de tomar opções difíceis que nos acompanharão para toda a vida. Educar o nosso corpo a novas rotinas e as nossas mentes a novas realidades.

Tomar opções e escolher caminhos é o que nos resta fazer pois a única coisa que ficou a trabalhar a 100% foi o nosso cérebro.

MAS SEREMOS NÓS LIVRES PARA ESCOLHER OS NOSSOS PROJECTOS DE VIDA?

Márcio Vieira

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domingo, 7 de junho de 2009

ESPASTECIDADE

Todos nós sabemos bem o que são ESPASMOS, aqueles movimentos bruscos e involuntários que nalgumas vezes quase nos atiram da cadeira ao chão e que sempre aparecem sem aviso prévio .Quando ocorre um ferimento na medula espinal, o corpo entra em choque espinal. Durante este tempo ocorrem mudanças nas células nervosas que controlam a actividade muscular.
ESPASTECIDADE é um exagero dos reflexos normais que ocorrem quando o organismo é estimulado em determinadas maneiras. Em um corpo dito normal, um estímulo na pele é sentido, e um sinal sensorial é enviado para o arco reflexo que viaja para o cérebro através da medula espinal, o cérebro, em seguida, avalia o estimulo, e se o sinal enviado não é perigoso, há um sinal inibitório estabelecido na espinal medula, que anula o reflexo do movimento do músculo.Em uma pessoa com uma lesão medular este sinal é bloqueado pelos danos estruturais na medula, e os reflexos naturais são autorizados a continuar resultando em uma contracção do músculo.
A melhor maneira de gerir ou reduzir espasmos excessivos é a fisioterapia diária. Existem medicamentos utilizados para tratar a espasticidade. Todos têm alguns efeitos colaterais e não eliminam completamente a espasticidade.
Atenção que espastecidade também pode servir como um mecanismo de alerta para identificar dor ou problemas em áreas onde não há nenhuma sensação. Muitos de nós sabemos que temos uma infecção urinária, um problema na pele ou outro problema qualquer devido aumento dos espasmos musculares. Por estas razões, o tratamento é geralmente iniciado apenas quando espasticidade interfere com o sono ou os limites da capacidade funcional de cada um de nós.
A cirurgia é muitas vezes indicada no tratamento da espasticidade grave. Outro tratamento da espasticidade grave é a implantação de um infusor intratecal de Baclofeno. A bomba fornece uma quantidade de Baclofeno programável directamente para o fluido em torno da medula espinal. A droga, em seguida, inibe o sinal no arco reflexo da medula e para a estimulação do músculo para espasmo. Porque a droga é entregue directamente à medula espinal, uma pequena quantidade pode ser usada em comparação com uma grande quantia que poderá ter de ser tomado por via oral. Quando uma bomba Baclofeno é implantada, os tratamentos orais são geralmente parados.
Posso adiantar que eu tomo Lioresal 25mg ( aí está o Baclofeno em acção) comprimidos e tem resolvido meu problema com espastecidade.

A COLUA VERTEBRAL E TETRAPLEGIA


A coluna vertebral apoia a cabeça e inclui a espinal medula.

A coluna vertebral é composta de 26 ossos individuais, estes ossos são referidos como vértebras. A coluna vertebral é dividida em 5 diferentes áreas que contêm grupos de vértebras e são agrupadas do seguinte modo:

7 vértebras cervicais no pescoço.

12 vértebras torácicas na parte superior das costas correspondentes a cada par de costelas.

5 vértebras lombares na parte inferior das costas.

5 vértebras sacrais que se fundiram para formar o chamado 1 osso sacro.

4 coccígea vértebras que são fundidas para formar o cóccix ou tailbone.

As vértebras são referidas pelo seu nome e número, contando a partir do topo da coluna vertebral como se segue:

As vértebras cervicais são C1 - C7

As vértebras torácicas são T1-T12

As lombares são L1 - L5

O sacro e cóccix não têm números e cada uma é pensada como um osso. O canal espinal estende-se do forame magno até o hiato sacral, no seu interior está a MEDULA ESPINAL.

TETRAPLEGIA acontece quando há uma lesão medular nas vertebras cervicais C1 a C7. A medula espinal funciona como uma autoestrada, para transmissão rápida dos impulsos nervosos entre o cérebro e o sistema nervoso periférico. Quando acontece uma lesão a transmissão é cortada e ordens do cérebro são ignoradas. Daí a perda total dos movimentos e da sensibilidade (total ou não) do tronco e dos membros superiores e inferiores.
Fonte: SCML

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PRAIAS ACESSIVEIS

Chegou o calor e com a abertura época balnear nesta última segunda-feira dia 01 de Junho começa a procura de soluções para tentarmos ir a uma praia. Felizmente vão aparecendo aqui e ali algumas alternativas. Bem sabemos que maioria das praias ditas acessíveis estão longe de satisfazerem nossas necessidades em acessibilidades. Para os interessados aqui está uma lista praias ditas acessíveis no nosso país.


Câmara Municipal de Cascais mais uma vez se torna um exemplo a nível nacional na tentativa de reunir condições para que a praia de Carcavelos seja realmente usufruída em iguais condições por todos.


Vê aqui mais informação...

terça-feira, 2 de junho de 2009

TENSÃO ARTERIAL BAIXA

Após acidente tinha desmaios constantes, dor de cabeça, falta de força, até para falar eu tinha dificuldade. Ao levantar-me cama e sentar-me cadeira era desmaio na certa e só uns 20 minutos depois recuperava um pouco normalidade. Única coisa que ajudava um pouco era deitar cadeira de costas, fluxo sanguíneo voltava circular e melhorava. Isto durante uns 16 anos e mesmo sendo atendido frequentemente nas melhores clínicas e pelos melhores especialistas. Sempre que me queixava lá vinha a resposta habitual: "isso é devido sua patologia", nada há a fazer.

Há dois anos num internamento para exames de rotina no Centro de Reabilitação de Alcoitão tive uma queda tensão e lá veio o desmaio do costume. Veio imediatamente equipa médica e depois medir valores chegaram na hora à conclusão que sofria de HIPOTENSÃO -tensão demasiado baixa- e com aqueles valores ninguém poderia viver. Inclusive de tão baixa aparelho nem detectava valores na maioria das vezes.

Sou muito cuidadoso e responsável com minha saúde. Todas vezes que ia consultas -inclusive tenho acompanhamento médico vezes que necessitar pago pelo seguro em minha casa- primeira coisa que me queixava era destes sintomas, todas vezes tiravam valores tensão arterial e verificavam que em geral meus valores eram mínima de 3 e máxima 4. Porque nunca nenhum profissional associou: desmaios, tonturas, dor de cabeça e falta de força à tensão arterial baixa? Mistério...na mesma hora me medicaram e após mais uns exames fiquei diariamente a tomar determinado medicamento para estabilização valores tensão. Senti melhoras imediatas e hoje mesmo tensão arterial tendo valores baixos eu sinto-me revigorado. Nunca mais tive um desmaio, tontura ou qualquer sintoma. Minha qualidade de vida melhorou muito.

Conclusão: talvez alguém esteja a passar pelo mesmo que passei e quem sabe este testemunho o possa ajudar.