quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Abertura dos Jogos Paralimpicos Londres 2012

Após destacar a forte cultura britânica na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, Londres optou por ressaltar a evolução mundial da tecnologia na festa que abriu a Paraolimpíada nesta quarta-feira, na capital britânica. Com discretos números artísticos, mas todos guiados pela peça “A Tempestade”, de William Shakespeare, o evento desta noite foi protagonizado pelas invenções e descobertas de gênios como Isaac Newton e Stephen Hawking. As pessoas com deficiência tiveram destaque em momentos líricos da festa, muitas vezes voando pelo palco presas por cabos e cordas.

A presença do físico britânico foi um dos pontos altos da cerimônia. Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica e hoje, aos 70 anos, raramente faz aparições públicas, narrou grande parte da cerimônia desta quarta-feira.
Os Jogos foram oficialmente abertos pela rainha após discursos de Philip Craven e do presidente do comitê organizador da Olimpíada e da Paraolímpiada, Sebastian Coe. “Prepare-se para ser inspirado. Prepare-se para ser surpreendido. Prepare-se para ser comovido pelos Jogos Paraolímpicos de Londres-2012”, declarou Coe. Os protocolos se seguiram com o hasteamento da bandeira, a execução do hino paraolímpico e os juramentos de atletas, treinadores e técnicos.
Um novo bloco sobre tecnologias e descobertas trouxe mais uma vez os personagens Próspero e Miranda de volta ao palco e priorizou a participação de pessoas com deficiências físicas. O número ainda deu destaque aos feitos de Newton, como seu famoso experimento com uma maçã para comprovar a teoria da gravidade – os 62 mil presentes receberam maçãs e as morderam neste momento do show -, e ao clássico da literatura “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley .

O grande momento da noite, o acendimento da pira paraolímpica, começou com um vídeo mostrando imagens do revezamento da tocha pelo Reino Unido.
O fogo entrou no estádio pelas mãos de Joe Townsend, triatleta paraolímpico e comandante da Marinha Real, e depois foi conduzido por outros esportistas com deficiências até chegar a Margaret Maughan. Primeira britânica a conquistar uma medalha paraolímpica, nos Jogos de Roma-1960, ela acendeu uma das pétalas da grande pira em forma de flor desenhada por Thomas Heatherwick. Todo o objeto foi tomado pelo fogo, a música-tema dos Jogos – “I Am What I Am” – foi cantada e uma grande queima de fogos fora do estádio encerrou a festa.

Fonte: Deficiente Ciente    Acompanhe AQUI os Jogos Paralimpicos em direto.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Hipocrisia...

Quando em Portugal se anuncia que o Governo pretende reduzir, ainda mais do que fez Sócrates, as deduções fiscais das pessoas com deficiência, Passos Coelho vai a Londres tirar uma fotografia com os atletas paralímpicos e afirma que o grupo de 30 atletas nacionais que vão competir no evento é um "exemplo e inspiração" enquanto "pessoas que todos os dias lutam contra a adversidade e que fazem por superar-se a si próprios para se poderem integrar, para poderem viver de acordo com os nossos padrões de bem-estar e de dignidade pessoal e humana”.


Pois fique certo, Sr. Primeiro Ministro, que as medidas anunciadas são um excelente contributo para que as pessoas com deficiência, pegando nas suas palavras, não possam “viver de acordo com os nossos padrões de bem-estar e de dignidade pessoal e humana”.

Também pode ficar certo que não vamos ficar.

Texto: Jorge Falcato Fonte: Deficientes Indignados

sábado, 25 de agosto de 2012

Contrato Emprego Inserção para Pessoas com Deficiências e Incapacidades

Como sabemos emprego está dificil para os ditos  normais imaginem para nós...de qualquer maneira existe o  Contrato Emprego-Inserção para Pessoas com Deficiências e Incapacidades do IEFP que nos permite trabalhar durante um ano em regime de estágio em qualquer IPSS, Autarquia, Junta...aconselho-vos a procurarem diretamente entidades da vossa área que se enquadrem nessas exigências e questiona-los se vos aceitam nas suas organizações.
Leiam e estudem o regulamento AQUI e verão que quem vos receber somente pagará o valor referente ao seguro de trabalho. É uma pequena quantia. Vocês receberão o equivalente ao IAS 419,00, acrescido de subsidio de alimentação e transporte.
Importante: focar bem alto nos ouvidos dos vossos possiveis empregadores que não terão que pagar vosso ordenado, se edificios forem inacessiveis é da responsabilidade do IEFP torna-los acessiveis. Tarefa deles é somente dar-vos uma chance.
Se encontrarem quem vos aceite é entrar imediatamente em contato com o IEFP. Aconselho-vos a fazerem o trabalho de procurarem quem vos possa empregar primeiro porque se ficarem à espera do IEFP nada acontecerá. 
Abaixo fica a informação completa e qualquer dúvida podem me enviar email.

Eduardo Jorge

Os Objetivos

Promover e apoiar a sua transição para o mercado de trabalho através da participação das pessoas com deficiências e incapacidades em atividades socialmente úteis com vista a reforçar as suas competências relacionais e pessoais, valorizar a autoestima, bem como estimular hábitos de trabalho.

Os Destinatários

Pessoas com deficiências e incapacidades, desempregadas ou à procura do 1.º emprego, inscritas nos Centros de Emprego.O Projeto-Tipo

Realização de atividades socialmente úteis, em entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, durante um período máximo de 12 meses.

Apoios

Bolsa de ocupação mensal no valor do IAS para desempregados que não estejam a auferir prestações de desemprego;

Bolsa mensal complementar no valor de 20% do IAS para os desempregados beneficiários do subsídio de desemprego ou do subsídio social de desemprego;

Despesas de transporte;
Subsídio de alimentação;
Seguro de acidentes pessoais.

O Enquadramento Legal

Decreto-Lei n.º 290/2009, de 12 de outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 24/2011, de 16 de Junho
Despacho Normativo n.º 18/2010, publicado no Diário da República, 2ª série, n.º 124, de 29-06-2010
Portaria n.º 128/2009, de 30 de janeiro, republicada pela Portaria n.º 164/2011, de 18 abril
Para obter informação mais detalhada sobre esta modalidade de Emprego Apoiado dirija-se ao Centro de Emprego da sua área ou consulte o Manual de Procedimentos(atualizado em 28-02-2012).
Nota: Para as candidaturas apresentadas e decididas até 18 de abril de 2011, consultar o respetivo Manual de Procedimentos.

Relatório anual reclamações por discriminação 2011

EU: O INR está obrigado a apresentar anualmente um relatório com detalhes sobre as queixas existentes relacionadas com a lei da não discriminação com base na deficiência. Surpreendam-se como eu sobre o nº de queixas apresentadas durante o ano passado. 
Toca a reclamar pessoal. Só 57 pessoas foram discriminadas o ano passado no nosso pais e avançaram com processos? Claro que não. 

Texto do INR...  É proibido discriminar pessoas com base na deficiência e no risco agravado de saúde.
Esta proibição está prevista na Lei n.º 46/2006, de 28 de Agosto que abrange a discriminação, quer directa, quer indirecta.

A aplicação desta lei implica que todos devemos prevenir e remediar os actos que se traduzam na violação de quaisquer direitos fundamentais, ou na recusa ou condicionamento do exercício de quaisquer direitos económicos, sociais, culturais ou outros, por quaisquer pessoas, em razão da deficiência.
Estão também previstas sanções a aplicar a quem não respeita esta proibição.

O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., recebe as queixas apresentadas, encaminha-as para as entidades competentes e elabora um relatório anual sobre a aplicação da Lei nº 46/2006.
Todos somos responsáveis por combater a discriminação com base na deficiência e por isso devemos estar bem informados sobre esta realidade para podermos participar e construir uma sociedade mais justa.

Consulte a informação disponível sobre os relatórios anuais já apresentados.
Poderá ainda utilizar o Formulário de Queixa que elaborámos para denunciar situações de discriminação, enviando-o depois para inr@inr.mtss.pt.

Um resumo do relatório que podem aceder AQUI

A informação constante nos dois capítulos anteriores referente ao conjunto de queixas apresentadas ao INR, I.P. (sete queixas) e ao conjunto de informação prestada pelas entidades com competência em termos de instrução de processos (quarenta e seis), apresenta-nos um total de cinquenta e quatro queixas durante o ano de 2011.

Assim, relativamente ao INR, I.P. sete queixas foram recebidas e encaminhadas para as respetivas entidades competentes. Das sete queixas encaminhadas, de duas não foi dado conhecimento ao INR, I.P. pelas entidades a quem remeteu, das restantes cinco, três encontram-se em análise e duas foram arquivadas, uma por infirmação do alegado e outra por resolução.

O Instituto de Seguros de Portugal, I.P. referiu a existência de quinze queixas, das quais, oito estiveram relacionadas com a recusa (ou adiamento) na contratação e sete com a aplicação de agravamentos de prémio ou de exclusões específicas de cobertura. De salientar que, nenhum destes casos deu origem à abertura de processos contraordenacionais, uma vez que, segundo o referido Instituto, não foi possível recolher indícios suficientes da existência de uma prática discriminatória punida por lei, tendo presente o seu entendimento sobre a aplicação conjugada da aplicação da Lei n.º 46/2006, de 28 de agosto, e do regime jurídico do contrato de seguro, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/2008, de 16 de abril.

No que concerne à Inspeção-Geral da Administração Local, foi recebida uma queixa, relativa a questões de acessibilidade, relacionando-se com obras na via pública, tal queixa foi remetida ao respetivo município, o qual ainda não se pronunciou.

A Inspeção-Geral da Educação recebeu três queixas, uma por alegada existência de práticas discriminatórias, por parte de um estabelecimento de ensino na distribuição de serviço docente, outra por prática discriminatória relativa a aluno com deficiência, e outra por falta de acessibilidade. Estas queixas foram arquivadas.

O perigoso doping usado pelos atletas paralimpicos

EU: Sempre usamos estes truques no nosso dia a dia para subirmos a tensão e sairmos num piscar de olhos de um momento aflitivo para um mais calmo. 
No meu caso quando sinto que forças estão a desaparecer empurro bruscamente os joelhos contra o suporte almofadado do suporte de pés da cadeira de rodas e ou passo a mão por baixo do escroto, por cima das calças, num movimento ascendente e repentino, mas sem magoar. ao mesmo tempo que forço o tronco contra o encosto da cadeira. Consigo dessa maneira mais uns minutinhos de fôlego naquelas horas de aflição. 

Mas desconhecia que estas técnicas atingiam esta dimensão nos atletas. Fiquei impressionado com os riscos que correm. A questão de permitir voluntariamente o enchimento da bexiga e de não a esvaziar é de loucos. Sei bem o que custa. Acontece-me várias vezes não conseguir esvazia-la e as dores na cabeça são indescritíveis, tensão descontrolada, todo molhado com suor, visões.... Nenhum medicamento as diminui. Só despejando a bexiga. Isso porque entramos num quadro de DISREFLEXIA que pode nos deixar sequelas gravíssimas. Este ano devo ter passado por umas 5 ou mais. Tive sorte...estes atletas são loucos.

Eduardo Jorge

Uma maneira estranha de doping para atletas com lesões na medula espinhal chama a atenção nos Jogos Paralímpicos de Londres. Para elevar a pressão arterial e acelerar o batimento cardíaco, eles prendem a urina, usam choques elétricos e chegam até a quebrar dedos dos pés intencionalmente com um um martelo. De acordo com a BBC, 17% dos paratletas em Londres já admitiram que usaram alguns desses métodos de melhora de performance no esporte.

O doping paralímpico parece estranho, mas é explicado pela ciência. Enquanto os atletas sem deficiências aumentam a pressão arterial normalmente com exercícios, atletas com lesões na medula espinhal não conseguem ter o mesmo resultado e acelerar o batimento cardíaco. Portanto, este tipo de doping faz muita diferença, permitindo que o corpo aguente mais treinamentos e fique mais preparado para conquistar medalhas.

"Eu tentei de muitas maneiras fazer isso. Você pode deixar sua bexiga encher, basicamente não indo ao banheiro por horas e deixando a dor da sua bexiga agir sobre seu corpo. Algumas pessoas enchem a bexiga através de um cateter para o estímulo vir mais rapidamente - é o mais comum - e você pode rapidamente se livrar da dor após o estímulo deixando a urina escorrer por ali", revelou o alpinista tetraplégico Brad Zdanivsky, do Canadá.

"Já fui mais fundo e usei estímulos elétricos nos dedos dos pés, na perna e até mesmo nos testículos", completou Zdanivsky. A prática, além de ser perigosa para a saúde, é ilegal desde 1994, e os testes são feitos antes das competições. Porém, nada impede que o paratleta prepare seu corpo nos treinamentos utilizando esta forma de doping, que desaparece algumas horas depois.

Fonte: Yahoo

Transferências para o carro

Várias hipóteses...


Eu vou mais por esta



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Carlos Quaresma suspeito de enorme burla na Fundação AGAPE

Uma investigação RTP concluiu que a Fundação AGAPE, organização sueca que desenvolve atividades humanitárias, tem suspeitas de uma gigantesca burla onde estará envolvido o emigrante português Carlos Quaresma, antigo jogador de futebol, que durante anos intermediou os donativos da Fundação em Portugal.

A luta pelos direitos dos deficientes russos

Perspektiva é uma organização russa que coloca os próprios deficientes em campanhas para reconhecimento dos seus direitos, num país onde continuam a ser discriminados.

"Você é deficiente, não pode viajar sozinha, não tem o direito de voar", foi a frase que Natalia Prisetskaya ouviu quando estava prestes a embarcar num avião russo para uma vulgar viagens de negócios. Processou a companhia e conseguiu receber uma indemnização, num caso que teve amplo destaque mediático na Rússia.

A decisão do tribunal foi anunciada cerca de dois meses antes da Rússia ter ratificado, em maio passado, a Convenção para os Direitos de Pessoas com Deficiências. Mas as 13 mil pessoas com deficiências existentes na Rússia continuam a ser alvo da mais elementar discriminação.

O reconhecimento de que os deficientes têm direitos a serem tratados de modo a usufruirem das mesmas oportunidades que os outros cidadãos está ainda muito longe de ser uma realidade na Rússia e essa é a principal luta da Perspektiva, uma associação que coloca os próprios deficientes a realizar campanhas de sensibilização e ações de formação para o reconhecimento dos seus direitos.

Conheça alguns dos membros da Perspektiva e o trabalho que têm desenvolvido através dos magnifícios retratos captados pela objetiva de Platon e também de um vídeo desenvolvido com a organização não-governamental Human Rights Watch.

Reino Unido: Tetraplégico que viu negada eutanásia morreu em casa

O britânico Tony Nicklinson, tetraplégico que na semana passada viu negado o direito ao suicídio assistido, morreu em casa aos 58 anos.

O Supremo Tribunal de Londres decidiu não conceder o direito à eutanásia ao homem que tinha sofrido um acidente vascular cerebral em 2005.

Nicklinson sofria da síndrome de encarceramento há sete anos, tendo perfeitas capacidades mentais mas sendo incapaz de se movimentar ou falar (excepto piscar os olhos).

«Adeus mundo, chegou a minha hora. Passei um bom bocado», lê-se num post no Twitter.

Recorde-se que a Justiça inglesa tinha afirmado que o caso devia ser debatido no Parlamento e pela sociedade, não cabendo a Tony Nicklinson «decidir se a lei sobre a morte assistida deve ser mudada»

Obrigado Drº Alberto Neves de Melo

Drº Alberto Neves de Melo

Nem sei como começar esta mensagem. Tenho tanto para dizer que fazer uma selecção é-me difícil. Queria dizer tudo. Não parar…sinto cá dentro que só assim conseguiria que ele e todos os meus leitores soubessem o quanto sou grato a um grande homem que se chama Drº Alberto Neves de Melo. Mas também sei que não aprova que se faça publicidade ao bem que faz. Mas vou arriscar. Sou pessoa que adora agradecer e sempre fui grato e admirador de quem faz o bem sem desejar nada em troca.

Vou retirar a partir de agora o “Drº” porque sempre fez questão que o trata-se somente por Alberto. Bem tentei insistir no titulo, mas foi peremptório e cedi ao seu pedido. Não conheço o Alberto pessoalmente, esse prazer tem sido adiado frequentemente, mas isso não o impede de apoiar juridicamente o Tetraplégicos. Todos os casos que lhe envio tenho resposta imediata e fa-lo gratuitamente, trabalha em prol do próximo e por amor. Nunca diz não seja o caso difícil ou não, e respostas são imediatas. Já me ajudou a resolver inúmeros processos. Nem imaginam quantos. Alberto tem prazer em colaborar, dizer presente…a prova da sua preocupação com o outro é também o Guia dos Direitos e Deveres do Doente Oncológico, da sua autoria e seu blog Escritos Dispersos.

Deixo-vos um facto que jamais esquecerei. Através dele ficam a conhecer melhor a bondade e solidariedade deste senhor. Certa vez desabafei no Tetraplégicos que não poderia tirar um curso profissional com duração de um ano e meio, numa cidade a 70km da minha por falta de transporte adaptado. Contatou-me a oferecer a sua casa nessa localidade sem custos nenhuns. Isso basta para se ter uma ideia da sua capacidade para ajudar. Gestos idênticos tenho vários.

Não pensem que sua vida é fácil e que está a dedicar-se ao próximo porque não sabe como ocupar o seu tempo. Nada disso. Tem família, filhas pequenas, e muito com que se preocupar. Sempre que lhe agradeço diz que não é necessário e minimiza. Não sabendo como lhe mostrar a minha eterna gratidão, mesmo correndo o risco de que não aprove eu te-lo feito publicamente, resolvi arriscar. Pois nunca esqueço quem me faz o bem. Alberto sou-lhe eternamente grato e desculpe todo o trabalho que lhe tenho dado nos últimos anos. Você é muito especial para mim e desejo-lhe muitas felicidades. Um dia gostaria de lhe poder retribuir um pouquinho que seja. Sempre que necessitar da minha modesta ajuda, estarei sempre ao seu dispor. Obrigado por tudo e admiro-o demais.

Eduardo Jorge

Santa Casa substitui cheque por entrega direta dos produtos para pessoas com deficiência


As cadeiras de rodas e outros produtos de apoio a pessoas com deficiência e idosos passam a ser entregues diretamente pela Misericórdia de Lisboa aos requerentes

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) já iniciou o processo de atribuição direta de produtos destinados a apoiar pessoas com deficiência e idosos.

Luisa Dias foi a primeira beneficiária a receber uma cadeira de rodas elétrica, no passado dia 16 de Agosto, por meio deste método, em que o requerente passa a receber diretamente o produto a que se candidatou em vez de lhe ser atribuído um cheque para o adquirir. A entrega é feita na presença da empresa fornecedora do produto de apoio e da terapeuta ocupacional do Serviço de Gestão de Produtos de Apoio da SCML - SGPA.

No âmbito do programa de financiamento de produtos de apoio onde a SCML se substitui à Segurança Social na Cidade de Lisboa desde 2003, foram satisfeitas 31 das 140 candidaturas apresentadas até agora, este ano, para produtos como cadeiras de rodas, andarilhos, equipamentos para treino de músculos respiratórios, unidades de oxigénio, almofadas para sentar ou colchões para prevenir úlceras de pressão, entre outras.

Em média, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa recebe 150 candidaturas anuais e com este novo modelo pretende prestar um serviço de maior qualidade e de satisfação dos seus utentes - requerentes.

Ao Serviço de Gestão de Produtos de Apoio da SCML compete a gestão por empréstimo dos produtos de apoio a todos os equipamentos da Misericórdia de Lisboa, bem como a avaliação e gestão dos financiamentos provenientes da Segurança Social para o financiamento dos produtos de apoio a requerentes que residam em Lisboa.

Na avaliação que faz de cada pedido, a SCML segue o princípio do "impacto que o produto de apoio tem na vida do requerente-beneficiário".

O tempo

Ai o tempo...é sobre ele que desta vez escrevo no Vida Mais Livre

Durante alguns anos, a minha vida foi uma grande monotonia. Resumia-se a passar o dia a ver os quatro canais de televisão existentes e a ler, só mais tarde apareceu a internet e TV a cabo, compatíveis com meus rendimentos. Quando havia na programação algo que me entusiasmasse, ficava o dia todo com a expectativa que ia passar uns bons momentos. Parecia que ia ter um grande acontecimento. Se teria algo que me dava prazer, ficava desejoso que chegasse o momento. Minha vida era só isso.

O tempo demorava uma eternidade a passar. Era horrível levantar-me sem ter perspectivas de vida, algo para fazer, objetivos. No inverno, que sair de casa se torna mais difícil, era pior. Nos dias de sol, permitia-me ler na rua, ver e sentir a natureza… atenuava um pouco esse tédio. O telefone também me permitia passar algum tempo em conversa com amigos que estavam na mesma situação que eu, já que, os ditos normais, nunca tinham tempo para conversas.

Achava muito estranho nunca terem uns minutinhos livres para um simples telefonema. Atendiam o telefone e a conversa era sempre a mesma: ando para te ligar há muito tempo, mas o tempo nunca permite, ou desculpa acabei de chegar, e ou ainda estou a fazer isto, falta-me fazer aquilo… Notava-se que lhes estava a tirar seu precioso tempo. Como passava dias inteiros sem ter nada para fazer, de vez em quando, dava-me muita vontade de falar com alguém e, como sabemos [em Portugal], telefone fixo é gratuito… Juntava o útil ao agradável. Mas acabei por desistir de ligar para alguns, e para outros só ligava e ligo se for algum assunto urgente.

Hoje, compreendo-os melhor. Passa-se mais ou menos o mesmo comigo. Nem quero acreditar quando me vejo a responder da mesma forma. Como de há um ano para cá, tenho o privilégio de trabalhar e estudar, o tempo livre deixou de ser o mesmo. Não consigo ligar para todas as pessoas todas as vezes que desejaria, e nessas horas, vem-me logo à memória, o tempo em que acontecia o contrário. Ninguém tinha tempo para mim. TV fico vários dias sem a ligar. Livros para ler vão acumulando e há alturas que já tenho saudades de ver qualquer coisa, e inclusive de não ter nada para fazer… Mas não troco de maneira nenhuma esta minha nova vida pela anterior. Estou a adorar ter voltado ao ativo e é este o lugar pelo qual sempre lutei e quero ficar durante muitos e muitos anos. O menos bom é não poder dar a atenção que meus amigos merecem.

Que me desculpem aqueles a quem não tenho ligado tantas vezes como anteriormente, mas sabem que vou ligando. Não deixem é de me ligar como eu fiz com quem não tinha tempo para mim, e a esses, minhas desculpas.

Uma palavra para os anormais...

Certamente, todos já viram pessoas todas tortas, pessoas que coxeiam tremendamente, que têm braços tortos, que têm os olhos divergentes, que têm orelhas incompletas, que não têm pés, ou mãos, ou pernas, ou braços, até que, em lugar do nariz têm um buraco, que têm os olhos longe um do outro, que não têm olhos… pois, e já pensaram como é bom para a torta, coxa, sem membro andar?; para a de olhos divergentes ver?; para qualquer uma delas ser consciente,pensar, viver, SER FELIZ – ou vocês não pensam, e fazem parte do monte de energúmeros incapazes anormais que não aceitam as diferenças?

É, a tradição de fechar em casa os “diferentes da norma” foi passando, mas a visão que se tem e faz de cada ser humano com diferença não passa!
E, haja um qualquer deficit, serão sempre as diferenças “visíveis” que provocam a exclusão por incompreensão.

Vá lá… PENSE, e não seja "anormal"!!!!!!

Alguém que é coxo, cego ou seja lá o que for, é alguém que não pode levar etiquetas de quem o não conhece – como dizia a uma amiga com deficiência motora (porque, também ela, pela sua juventude, se apresentava como “deficiente”): deficiência não é identidade – faz parte de quem a tem, mas não é a sua principal caraterística!

Porque o normal é Ser* humano! [*verbo]

Fato de surf adaptado

A apresentação do primeiro fato concebido em exclusivo para portadores de deficiência decorreu durante o Festival “Surf at Night”, em Cortegaça.

A SURFaddict - Associação Portuguesa de Surf Adaptado apresentou, no sábado, na praia de Cortegaça, em Ovar, o primeiro fato de surf adaptado do mundo.

Trata-se de um fato concebido em exclusivo para a SURFaddict e adaptado a diferentes tipos de praticantes, tendo sido desenvolvido pela Janga, uma empresa da Figueira da Foz, que o concebeu de acordo com as indicações da associação e dos praticantes de surf adaptado.

“Este fato é mais elástico do que os outros” disse Nuno Vitorino, da Associação Portuguesa de Surf Adaptado, também ele deficiente motor, que explicou, numa reportagem à SIC, que o fato tem ainda uns fechos do lado exterior das pernas para ajudar a vesti-lo, bem como tem a particularidade de estar dotado de velcro na parte interior das coxas e pernas, permitindo que estas fiquem seguras durante a prática desportiva. “Ao segurar as pernas, elas não abrem ao ‘dropar’ as ondas em cima da prancha”, explicou.

Mais uma discriminação em razão da deficiência

Caros amigos, depois de toda a vossa ajuda para adaptar o carro do Hugo assim como ajuda da Oficina do Condutor - Escola de Condução para que podesse ser concluida a carta de condução, a escola marcado o exame de condução que foi previamente tratado com documentação ao ACP do porto, entidade que verificou toda a documentação, dando a mesma por válida e aceitou a marcação do exame de conduçao em carro proprio no dia de hoje as 13.30.
O Hugo e o Instrutor Helder, dirigiram-se ao ACP do Porto e foi recusado a execução do exame com a desculpa de o carro do Hugo não estar munido de 5 lugares.

Contudo:
Nos termos e ao abrigo do disposto no n.o 6 do artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 221/95, de 1 de Setembro, e no artigo 2.o do Decreto n.o 39 987, de 22 de Dezembro de 1954:
Manda o Governo, pelo Ministro da Administração interna, o seguinte:

1.o - Os exames de condução só podem realizar-se em veículos licenciados para instrução ou para exames, excepto nos seguintes casos:

a) Exames de indivíduos que, em resultado de exame médico ou psicológico, só possam conduzir determinados tipos de veículos ou veículos adaptados;

a Lei é clara mas o ACP pensa estar acima da lei, devemos tambem referir q o ACP porto não tem instalações sanitarias adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida nem possui um elevador, o acesso ao ACP do porto é feito atraves de uma vasta escadaria SEM CORRIMÃO, segundo a legislação portuguesa actual o Decreto-Lei nº163/2006 de 8 de Agosto Artigo 6.º define que no Licenciamento de estabelecimentos as autoridades administrativas competentes para o licenciamento de estabelecimentos comerciais, escolares, de saúde e turismo e estabelecimentos abertos ao público abrangidos pelo presente decreto-lei devem recusar a emissão da licença ou autorização de funcionamento quando esses estabelecimentos não cumpram as normas técnicas constantes do anexo que o integra. A câmara municipal deve, obrigatoriamente, para efeitos do disposto no número anterior, comunicar às entidades administrativas competentes as situações de incumprimento das normas técnicas anexas a este decreto-lei -> não tem acessos não pode estar aberto!

Vamos todos espalhar esta vergonha? Agradecedemos desde já à escola de condução oficina do condutor por desde sempre ter apoiado o Hugo nesta sua cruzada e estar a fazer os possiveis e impossiveis para o Hugo poder concluir a carta de condução!!!!

espalhem a vergonha do ACP amigos!

obrigado -> FORÇA HUGO VAIS CONSEGUIR, NÃO DESANIMES PAH!!!

Conheçam melhor o Hugo Sobre Rodas

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Acessibilidades contribuem para a atratividade da praia da Foz do Lisandro

A bandeira anuncia-a e a prática comprova que a classificação de 'praia acessível' é um dos fatores de atratividade de pessoas com mobilidade reduzida à praia da Foz do Lisandro, na Ericeira, no concelho de Mafra.

Na praia que ostenta o galardão "praia acessível" é visível a aposta na criação de estruturas facilitadoras do acesso a pessoas com menos mobilidade.

Passadiços de madeira facilitam a circulação entre o parque de estacionamento, com cerca de 250 lugares (seis do quais para portadores de deficiência) e o extenso areal onde, dos cerca de vinte chapéus de colmo disponibilizados por cada um dos concessionários, dois são reservados a deficientes.

Condições determinantes na escolha desta praia por parte de instituições como a Associação de Solidariedade e Apoio Social do Pessoal da TAP, que a elegeram para o passeio semanal dos idosos.

"É a [praia] mais acessível, especialmente para nós, que andamos de cadeira de rodas,", reconhece Ermelinda Sousa, de 68 anos, uma das utentes do lar.

Entre cantorias, correrias e banhos no mar, a importância das boas acessibilidades da praia, passa praticamente despercebida às vinte crianças da colónia de férias promovida pela empresa Try-Out.

Mas para os mentores do projeto, que fazem questão de incluir nos grupos crianças com deficiência ou limitações, as acessibilidades são determinantes na escolha da Foz do Lisandro.

"No caso de crianças com cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida esta é uma praia que dá boas repostas", afirma João Bexiga, sócio da Try-Out, sublinhando a existência de estruturas como o "parqueamento com lugares disponíveis viaturas de transporte de crianças" ou o facto de todo o passadiço ser " muito acessível" e permitir " caminhar desde o parque de estacionamento até à última concessão, com rampa em todos os acesso ao areal".

Por outro lado, salienta, "no areal, existem viaturas [cadeiras designadas por tiralô] adaptadas para levar as crianças à água o que possibilita que a criança possa tomar banho, à semelhança do que acontece com os outros participantes, reduzindo a exclusão desse participante no campo de férias".

Bastante requisitado, o tiralô disponível oferece, segundo o nadador -salvador Emanuel Severino, "quase sempre satisfação garantida" a quem, sem ele, dificilmente teria oportunidade de usufruir de um banho de mar.

Mas, a cumprirem-se os projetos do concessionário do bar "Limipicos", João Fidalgo, em breve a mobilidade reduzida deixará de ser impedimento para a prática de atividades mais radicais.

"Quando aceitámos este projeto contemplámos algumas atividades de turismo aventura, através da realização de passeios em cadeiras adaptadas ou atividades específicas para esse tipo de pessoas", revelou o empresário que pretende "ainda durante este verão dar início a aulas de surf e depois, durante o inverno implementar passeios de BTT e passeios de cadeiras de rodas".

Para isso está, em parceria com o irmão, engenheiro mecânico, a desenvolver "o projeto de uma bicicleta todo o terreno de quatro rodas" que pretende implementar no próximo inverno.

Até lá, deixa a garantia de que, tanto na praia como no bar, condições não faltam ao espaço onde desde as casas de banho com chuveiros adaptados, à esplanada com amplos corredores, tudo está preparado para tornar a praia verdadeiramente acessível a todos.

Lusa/Fim

Qual é Qual? Novo software adaptado

O Qual é Qual ? é um software adaptado que consiste num conjunto de atividades onde é possível abordar e desenvolver os seguintes conceitos:

. Noção de Igualdade
. Noção de Organização Espacial
. Associação Semântica
. Noção de Categorização
. Discriminação Auditiva por associação de imagem/som
. Identificação de cores

O Software está adaptado às várias interfaces de acesso:

. Rato
. Ecrã Tátil
. 1 ou 2 Manípulos

Faça aqui o download da versão demonstração!

Na aquisição do software terá disponível mais de 40 animações !

Preço de Lançamento:
1 Licença: 34,90 € (iva incluído)
3 Licenças: 83,76 € (iva incluído)
5 Licenças: 122,15 € (iva incluído)

Fonte e informação completa sobre todos os produtos: Anditec

Inverte A Cena: Associação Portuguesa de Jovens Contra o Bullying

Bom dia Somos a Inverte A Cena Associação Portuguesa Contra o Bullying

Vimos por este pedir que divulguem tragam até nós casos da Causa

Vistem o nosso blogue http://inverteacena.blogspot.pt/ Visitem-nos no facebook

Enviem-nos um mail associacaoinverteacena@gmail.com

Escrevam-nos para Rua do Comércio, nº52, 
2350-027 Santarém

Sem outro assunto de momento,

Com os Melhores cumprimentos

Vítor Manuel Lopes Grácio Ferreira - Presidente do Conselho Fiscal

Enviado por e-mail

domingo, 19 de agosto de 2012

Iªs Jornadas em Traumatologia Vértebro Medular

«Cuidar da Pessoa com Traumatismo Vértebro Medular: da Lesão à Integração na Comunidade»; «Adquirir a Autonomia: Área de Cuidados - Eliminação e Sexualidade»; «Abordagem Interdisciplinar à Pessoa com Lesão Vértebro Medular»; «Vivência e Inovação em Equipa», são alguns dos temas em análise nas Iªs Jornadas em Traumatologia Vértebro Medular.

Trata-se de uma organização da Unidade Vértebro Medular do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, e da Associação Científica dos Enfermeiros (ACE).

Fonte e informação completa: Ordem dos Enfermeiros

Bomba para encher pneus de cadeira de rodas

Encher os pneus das minhas cadeiras de rodas foi sempre um problema. Os da Quickie Salsa então só com compressores e por perto não tenho nenhum aparelho. Os portáteis são caros e nada práticos. A Rumba como viajo com ela vai dando para encher em bombas de gasolina, mas nem sempre calibram como devido, tendo inclusive já rebentado as camaras de ar várias vezes,  umas horas após enchimento dos pneus. Enche-los com as bombas pequenas é uma canseira...

Resolvi comprar e experimentar a da imagem e parece que é bem mais fácil de manobrar e útil. Vamos ver...pelo menos os braços não cansam.

Questões de Ordem Sexual: Análise Qualitativa das Dúvidas Após uma Lesão Medular

Este artigo apresenta e discute os resultados obtidos junto de 35 portugueses com lesão medular adquirida a quem foi perguntado que tipo de questões de ordem sexual gostariam de colocar à equipa clínica que os assiste. 

Através da colheita de dados individual foram elaboradas categorias significativas, que emergiram das percepções dos sujeitos, constituindo, assim, o discurso do grupo que originou a conclusão. 

Este estudo permitiu o acesso a significados que traduziram as necessidades percebidas relativamente a informações de ordem clínica, frequentemente negligenciadas.

João Henriques tomou posse como provedor na Lousã

Foi um salão nobre cheio aquele que aplaudiu, em pé, o novo provedor da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã, João Henriques, numa cerimónia onde este e o próprio grupo técnico e o recém criado Conselho Consultivo tomaram posse, assinalando a continuidade de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos no concelho.

João Henriques assumiu-se preparado para abraçar este desafio - que já acarinha desde 2006, altura em que se tornou assessor do primeiro provedor das pessoas com incapacidade da Lousã, Ernesto Carvalhinho que, agora passará a coordenar o recém criado Conselho Consultivo - confessando esperar «fazer o melhor», e pedindo «ao grupo técnico criatividade para defender os direitos de todos» e a «colaboração de todos os lousanenses» neste trabalho.

Livro Viajantes Inesperados

Aproveito a dica do Blog Deficiente Ciente que recomenda a leitura do livro “Viajantes Inesperados” do autor Carlo Lepri, lançado pela Editora Saberes. Um livro imperdível que analisa a condição humana e existencial das pessoas com deficiência.

Fonte e informação completa: Deficiente Ciente

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quem quer participar no Programa Saltar Barreiras da RTP?

Exmo Senhor Eduardo Jorge:

Sou produtora de uma rubrica chamada "Saltar Barreiras" que irá para o ar em Setembro no Programa Praça da Alegria. O programa pretende dar a conhecer o que tem vindo a ser feito nas cidades portuguesas na questão das acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida. Neste momento estamos à procura de pessoas com mobilidade reduzida ( invisuais, pessoas em cadeira de rodas, amputados) que estejam dispostas a partilhar a sua história. Interessa-nos a história de vida da pessoa, aquilo que ela é enquanto pessoa integrante da sociedade, o que ela faz, o que gosta, como superou, o que faz nos seus tempos livres.

Venho por este meio pedir a Vossa Excelência que se conhecer algum caso que ache que mereça ser partilhado, nos faculte os contactos.

P.s. Foi o Senhor Miguel Loureiro que recomendou o seu blog para conseguir alguns contactos.

Atentamente,

Raquel Ferraz
Produtora Saltar Barreiras
938962346

Ajudas Técnicas/Produtos de Apoio: Porque o INR nada faz?

EU: No seu ponto nº 4 o Despacho n.º 3520/2012 informa: "As verbas referidas nos números anteriores poderão vir a ser reforçadas durante o ano de 2012, por despacho conjunto dos Ministérios da Economia e do Emprego, da Saúde e da Solidariedade e Segurança Social, mediante parecer da(s) entidade(s) financiadora(s) e do Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P."

Na maioria do país conseguir através do SAPA por exemplo fraldas, algálias, cateteres, etc. (para não mencionar outros produtos mais caros) está a ser impossivel. Processos vêm todos indeferidos por falta de verbas. Mas como bem podemos ver acima, no seu ponto nº 4, o INR pode e deve agir. Porque não o faz? Vejam abaixo a resposta dada pelo INR. Em verde está sublinhada a frase que não se entende. Ou seja, INR informa que desde que as verbas esgotem nada mais haverá a fazer...mas há, está claro no ponto nº 4. Será que INR se esqueceu?

Exmo Srº

Na sequência da mensagem de correio eletrónico que enviou para o Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., (INR, I.P.), que mereceu a nossa melhor atenção e, no que se refere à prescrição de uma cadeira de rodas elétrica, informo V. Ex.ª do seguinte:

O Despacho n.º 6133/2012, de 10 de maio, II série, os Produtos de Apoio (Ajudas Técnicas), no n.º 5 determina que o financiamento é de 100 %, quando o Produto de Apoio (Ajuda Técnica) não conste das tabelas de reembolsos do Serviço Nacional de Saúde, do subsistema de saúde de que o cidadão é beneficiário, ou quando não é comparticipado por companhia seguradora. Quando o Produto de Apoio (Ajuda Técnica) consta das tabelas de reembolsos do Serviço Nacional de Saúde, de subsistema de saúde, ou, ainda, quando é coberta por companhia seguradora, o financiamento é do montante correspondente à diferença entre o custo do Produto de Apoio (Ajuda Técnica) e o valor da respetiva comparticipação. Ou seja o subsistema de saúde reembolsa um determinado valor e a diferença entre o valor reembolsado e o valor do produto de apoio é objeto de financiamento. De referir que este financiamento termina quando esgotada a verba atribuída à entidade financiadora.

Assim, tratando-se de uma cadeira de rodas elétrica, consta da lista homologada anexa ao referido despacho (anexo III) com o código 12 23 06, e tem o nível de prescrição 1, 2 e 3 e poderá ser prescrita por:

- PA/AT de Nível 1 - Centros de Saúde e Hospitais de Nível 1;

- PA/AT de Nível 2 - Hospitais de Nível 1 plataforma B e Hospitais Distritais;

- PA/AT de Nível 3 - Hospitais Distritais plataforma A, Hospitais Centrais, Centros Especializados com equipa de reabilitação constituída por médico e pessoal técnico especializado de acordo com a tipologia da deficiência.

Nesse contexto, V. Ex.ª poderá obter uma prescrição junto do Centro de Saúde da sua área de residência, de um hospital, bem como junto de um Centro Especializado com equipa de reabilitação constituída por médico e pessoal técnico especializado.

De referir que, quando as prescrições são efetuadas pelos hospitais os mesmos são entidades financiadoras. No caso da prescrição ser efetuada por um centro especializado ou por um centro de saúde, o processo de financiamento é realizado junto do Centro Distrital da Segurança Social da área de residência do requerente.

Quando o processo de financiamento for realizado pelo Centro Distrital da Segurança Social, o processo de instrução de candidatura deve obedecer às seguintes condições:

a) Preenchimento correto da ficha de prescrição (Anexo I) obrigatoriamente incluindo: fotocópia legível do bilhete de identidade ou cartão do cidadão e três (3) orçamentos distintos para aquisição do Produto de Apoio (Ajuda Técnica), atualizados e datados referentes ao ano do pedido.

De referir que a análise do processo está sujeita à verificação da necessidade e ou impacto que o produto de apoio terá para o requerente/candidato, no contexto da sua vida quotidiana.

Para mais esclarecimentos poderá aceder ao site do INR, I.P. www.inr.pt, no menu “perguntas frequentes”, http://www.inr.pt/content/1/59/ajudas-tecnicas-produtos-de-apoio.

Colocando-nos à disposição de V. Ex.ª, para qualquer outro esclarecimento de que necessite através do e-mail inr@inr.msss.pt, agradecemos o preenchimento do Inquérito de Satisfação que se encontra em anexo à presente resposta.

Com os melhores cumprimentos,

O Conselho Diretivo do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
Av. Conde de Valbom nº 63
1069 - 178 Lisboa
Email: inr@inr.msss.pt
Web: www.inr.pt

Almofada antiescaras Amovida


A nova almofada Amovida anti-escaras foi concebida para assegurar uma ideal distribuição do peso e prevenindo assim úlceras de pressão.

Em testes efectuados,  para medições de pressão utilizou-se um boneco sentado, representando um indivíduo de peso médio (80 kg). Os testes demonstaram que  a Almofada Amovida (A) reduz significativamente a pressão máxima na área onde podem desenvolver-se úlceras de pressão ( conhecida como a área de tuberosidade isquiática), comparando com uma almofada standard de 6 cm para cadeira de rodas (B).


Enviado e informação completa em Valgus Ortopedia

Ser cadeirante...

O texto abaixo foi escrito por Leticia Oliveira.

SER CADEIRANTE…

Ser cadeirante é ter o poder de emudecer as pessoas quando você passa…

Ser cadeirante é não conseguir passar despercebido, mesmo quando você quer sumir! E ser completamente ignorado quando existe um andante ao seu lado. E isso não faz sentido, as pernas e os braços podem não estar funcionando bem, mas o resto está!

Ser cadeirante é amar elevadores e rampas e detestar escadas… Tapetes? Só se forem voadores, por favor! Ser cadeirante é andar de ônibus e se sentir como um “Power Ranger” a diferença é que você chega ao ponto e diz: “é hora de MOFAR”.

Ser cadeirante é ter alguém falando com você como se você fosse criança, mesmo que você já tenha mais de duas décadas.

Ser cadeirante é despertar uma cordialidade súbita e estabanada em algumas pessoas. É engraçado, mas a gente não ri, porque é bom saber que ao menos existem pessoas tentando nos tratar como iguais e uma hora eles aprendem!

Ser cadeirante é conquistar o grande amor da sua vida e deixar as pessoas impressionadas… E depois ficar impressionado por não entender o porquê do espanto.

Ser cadeirante é ter uma veia cômica exacerbada. É fato, só com muito bom humor pra tocar a vida, as rodas e o povo sem noção que aparece no caminho.

Ser cadeirante e ficar grávida é ter a certeza de ouvir: “Como isso aconteceu?” Foi a cegonha, eu não tenho dúvidas! Os pés de repolho não são acessíveis! Ser cadeirante é ter repelente a falsidade. Amigos falsos e cadeiras são como objetos de mesma polaridade se repelem automaticamente.

Ser cadeirante é ser empurrado por ai mesmo quando você queria ficar parado. É saber como se sentem os carrinhos de supermercado! Ser cadeirante é encarar o absurdo de gente sem noção que acha que porque já estamos sentados podemos esperar, mesmo!

Ser cadeirante é uma vez na vida desejar furar os quatro pneus e o step de quem desrespeita as vagas preferenciais.

Ser cadeirante é se sentir uma ilha na sessão de cinema… Porque os espaços reservados geralmente são um tablado ou na turma do gargarejo e com uma distancia mais que segura pra que você não entre em contato com os outros andantes, mesmo que um deles seja seu cônjuge!

Ser cadeirante é a certeza de conhecer todos os cantinhos. Porque Deus do céu, todo mundo quer arrumar um cantinho para nós?

Ser cadeirante é ter que comprar roupas no “olhômetro” porque na maioria das lojas as cadeiras não entram nos provadores Ser cadeirante é viver e conviver com o fantasma das infecções urinárias. E desconfio seriamente que a falta de banheiros adaptados contribua para isso.

Ser cadeirante é se sentir o próprio guarda volumes ambulante em passeios pelo shopping Ser cadeirante é curtir handbike, surf, basquete e outras coisas que deixam os andantes sedentários morrendo de inveja. Ser cadeirante é dançar maravilhosamente, com entusiasmo e colocar alguns “pés-de- valsa” no bolso…

Ser cadeirante é ter um colinho sempre a postos para a pessoa amada… E isso é uma grannndeeee vantagem! Ser cadeirante (e mulher) é encarar o desafio de adaptar a moda pra conseguir ficar confortável além de mais bonita.

Ser cadeirante é se virar nos trinta pra não sobrar mês no fim do dinheiro, porque a conta básica de tudo que um cadeirante precisa… Ai… Ai… Ai… Essa merece ser chamada de Dolorosa.

Ser cadeirante é deixar um montão de médicos com cara de: “e agora o que eu faço” quando você entra pela porta do consultório… Algumas vezes é impossível entrar, a cadeira trava na porta…

Ser cadeirante é olhar um corrimão ou um canteiro no meio de uma rampa, ou se deparar com rampas que acabam em um degrau de escada e se perguntar: Onde estudou a criatura que projetou isso? Será mesmo que estudou?

Ser cadeirante é ter vontade de grudar alguns políticos em uma cadeira por um dia e fazer com que eles possam testar os lugares que enchem a boca pra chamar de acessíveis…

Ser cadeirante é ir à praia mesmo sabendo que cadeiras + areia + maresia não são uma boa combinação! Ser cadeirante é sentir ao menos uma vez na vida vontade de sentar no chão e jogar a cadeira na cabeça de outro ser humano.

Enviado por e-mail

Casas de banho adaptadas


Noções Gerais

Os WC's adaptados atendem a quem utiliza cadeira de rodas, aparelhos ortopédicos, próteses e também a quem precisa de apoio, como idosos e crianças.

Os sanitários para pessoas com deficiência física devem ser facilmente acessados, ficando próximos das circulações principais e sinalizados. 

Veja o artigo completo sobre casas de banho adaptadas no Deficiente Ciente.

Reino Unido: tetraplégico sem direito a eutanásia

A Justiça do Reino Unido decidiu hoje negar a um homem paralisado do pescoço para baixo a possibilidade de realizar eutanásia, afirmando que o caso deve ser debatido no Parlamento e pela sociedade.

Com 58 anos, Tony Nicklinson tem a síndrome de encarceramento há sete anos depois de ter sofrido um derrame e perdido a capacidade motora.

O homem, que só consegue comunicar com piscadelas dos olhos, classifica a sua vida de «um pesadelo».

Nicklinson procurou obter «luz verde» para o suicídio assistido, argumentando que a impossibilidade de proceder à eutanásia significa a condenação a «uma vida de sofrimento crescente».

O caso de Tony Nicklinson assume contornos especiais na matérias da eutanásia, já que ele nunca seria capaz de ingerir sozinho as substâncias letais. Tal procedimento obrigaria a uma intervenção de terceiros, o que configura o cenário de homicídio perante a Lei.

A defesa do paralítico diz que este é um caso de «necessidade» e de «direitos humanos», considerando que Nicklinson deve poder ter direito à morte assistida sem que os médicos envolvidos tenham que responder criminalmente.

Contudo, a Justiça diz que a Lei é «clara» quando classifica a eutanásia como «crime de homicídio». Em reacção à decisão, o homem manifestou-se «devastado» e assegurou que vai recorrer.


EU: Há muito tempo que não lia o termo "PARALITICO" (fase sublinhada acima). Aconselho o jornalista a atualizar-se e já agora deixo dois textos muito interessantes sobre este tema: Rede Saci e Regina Cohen

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Lar da Boa Vontade para pessoas com deficiência fisica

O Lar da Boa Vontade é um lugar especial para o cuidado e internamento de pessoas deficientes motores, de ambos os sexos, que não precisam de internamento hospitalar e não tem meios familiares.

A cultura do nosso lar foca na abertura, igualdade, respeito e alegria. Procuramos oferecer aos residentes uma vida cheia de oportunidade, actividade e desenvolvimento físico, psicológico e social.

Vem nos visitar para ver. Pode também contribuir com o seu donativo ou o seu tempo.

Fonte e informação completa: Lar da Boa Vontade

EU: É o único que conheço em Portugal que recebe pessoas com deficiência fisica e tem acordo com a Segurança Social. Já fui convidado a visita-lo e não desgostei do que vi. Gostei do facto de cada utente decorar o seu espaço à sua maneira. 
Problema é que existe uma enorme lista de espera para se conseguir uma vaga e quem tenha mais de 45 anos não entra. 

Testamento Vital


Entra hoje em vigor a Lei n.º 25/2012 que regula as diretivas antecipadas de vontade, designadamente sob a forma de testamento vital, e a nomeação de procurador de cuidados de saúde e cria o Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV).
O diploma define, entre outros, que:
As diretivas antecipadas de vontade, designadamente sob a forma de testamento vital, são o documento unilateral e livremente revogável a qualquer momento pelo próprio, no qual uma pessoa maior de idade e capaz, que não se encontre interdita ou inabilitada por anomalia psíquica, manifesta antecipadamente a sua vontade consciente, livre e esclarecida, no que concerne aos cuidados de saúde que deseja receber, ou não deseja receber, no caso de, por qualquer razão, se encontrar incapaz de expressar a sua vontade pessoal e autonomamente.

Podem constar do documento de diretivas antecipadas de vontade as disposições que expressem a vontade clara e inequívoca do outorgante, nomeadamente:

Não ser submetido a tratamento de suporte artificial das funções vitais;
Não ser submetido a tratamento fútil, inútil ou desproporcionado no seu quadro clínico e de acordo com as boas práticas profissionais, nomeadamente no que concerne às medidas de suporte básico de vida e às medidas de alimentação e hidratação artificiais que apenas visem retardar o processo natural de morte;
Receber os cuidados paliativos adequados ao respeito pelo seu direito a uma intervenção global no sofrimento determinado por doença grave ou irreversível, em fase avançada, incluindo uma terapêutica sintomática apropriada;
Não ser submetido a tratamentos que se encontrem em fase experimental;
Autorizar ou recusar a participação em programas de investigação científica ou ensaios clínicos.

As diretivas antecipadas de vontade são formalizadas através de documento escrito, assinado presencialmente perante funcionário devidamente habilitado do Registo Nacional do Testamento Vital ou notário, do qual conste:

A identificação completa do outorgante;
O lugar, a data e a hora da sua assinatura;
As situações clínicas em que as diretivas antecipadas de vontade produzem efeitos;
As opções e instruções relativas a cuidados de saúde que o outorgante deseja ou não receber, no caso de se encontrar em alguma das situações referidas na alínea anterior;
As declarações de renovação, alteração ou revogação das diretivas antecipadas de vontade, caso existam.

São juridicamente inexistentes, não produzindo qualquer efeito, as diretivas antecipadas de vontade:

Que sejam contrárias à lei, à ordem pública ou determinem uma atuação contrária às boas práticas;
Cujo cumprimento possa provocar deliberadamente a morte não natural e evitável, tal como prevista nos artigos 134.º e 135.º do Código Penal;
Em que o outorgante não tenha expressado, clara e inequivocamente, a sua vontade.

É assegurado aos profissionais de saúde que prestam cuidados de saúde ao outorgante o direito à objeção de consciência quando solicitados para o cumprimento do disposto no documento de diretivas antecipadas de vontade.
Ninguém pode ser discriminado no acesso a cuidados de saúde ou na subscrição de um contrato de seguro, em virtude de ter ou não outorgado um documento de diretivas antecipadas de vontade.

Fonte e mais informação: Portal da Saúde

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Jogos Paralimpicos Londres 2012


Está a chegar o dia de nossos representantes entrarem em ação. Assim como nas outras edições dos Jogos Paralimpicos de certeza que o número de medalhas vai ser superior às alcançadas pelos nossos atletas ditos normais, mas o protagonismo continuará a ser bem inferior.

Conheça aqui nossos heróis.

Mais informações: Comite Paralimpico de Portugal

Cedema: Lar Residencial, Residências Autónomas e Centro de Dia - Telhadinho

O “Lar Telhadinho” é um projecto polivalente que inclui um lar, duas residências autónomas e um centro de dia, que garantem uma solução de presente e de futuro. Foi pensado para dar resposta não só à necessidade de alojamento e ocupação das pessoas portadoras de deficiência mental, mas também para garantir que estas possam interagir com o mundo exterior, através do contacto com a população local. A criação de oportunidades de emprego, que contempla a existência de vagas para pessoas com necessidades especiais, não só diminui o desemprego como melhora as condições de vida das famílias locais. Não só o lar mas também as residências autónomas são uma resposta concreta à ansiedade de pais numa faixa etária avançada com medo de morrerem e deixarem os filhos entregues a desconhecidos ou sós.

Ao ser criado um Centro de Dia, a CEDEMA assegura o seu papel activo no impedimento da exclusão e isolamento dos idosos. Outro dos objectivos deste projecto consiste em investigar os benefícios cognitivos e comportamentais nas pessoas com deficiência que partilhem o mesmo espaço com o seu ascendente em comparação com os que estão separados ou em casa sem apoios especiais.

O projecto “Lar do Telhadinho” proporciona actividades de reabilitação e lazer monitorizadas por uma equipa técnica multidisciplinar e pretende cimentar um ambiente de inclusão através de actividades desportivas, culturais e artísticas no seio das comunidades. O projecto concede ainda a reabilitação ou formação aos jovens provenientes de zonas geograficamente mais afastadas da Grande Lisboa que necessitam de alojamento durante a semana, beneficiando simultaneamente do treino de vida autónonoma.

A construção do Lar Telhadinho, vai ser financiado pela Segurança Social no âmbito do Programa Pares, (cerca de 50%) e também iremos receber apoio Financeiro da Câmara Municipal de Odivelas.
No entanto ainda temos que angariar cerca de 600.000,00€, para a sua angariação estão a ser desenvolvidos vários contactos com empresas e entidades que queira apoiar esta iniciativa.

Uma das forma de poderem contribuir é adquirindo acções no site da Bolsa de Valores Sociais, referentes a este projecto. Pode fazê-lo clicando aqui! OBRIGADA

Fonte e mais informação: Cedema

domingo, 12 de agosto de 2012

Deficiente Fórum e Miguel Loureiro

Há algum tempo que ando para escrever sobre o Deficiente Fórum. Fórum sobre deficiência, único em Portugal, cujo serviço que nos presta a todos é louvável. Também faço parte dele com muito gosto. Sou um dos moderadores, mas infelizmente não consigo dedicar-lhe o tempo que desejaria. Mas isso não quer dizer que não esteja presente sempre que necessitam do meu apoio. Estou sempre disponível quando precisam de mim. Qualquer questão que nos seja colocada tem a resposta em menos de 24 horas. Existe uma equipa definida para responder às variadas questões sobre diferentes tipos de deficiência. Ninguém fica sem respostas.

Impossível não destacar o nosso querido administrador Miguel Loureiro e nossa assistente social e moderadora Sandra Freitas (Sininho). A Sandra e todos os outros membros vão-me desculpar, mas o Miguel Loureiro é a cara do Deficiente Fórum. Não existe um dia, minuto, segundo que não esteja ao seu serviço. Está directamente ligado. A sua dedicação é impar. Nunca se cansa de estar a trabalhar para todos nós. E fa-lo por gosto. Conheço-o bem e sei disso. Sem o Miguel Loureiro o Fórum não seria a mesma coisa. A ele todo o meu agradecimento e desculpa não te ajudar como desejaria.

Moradores no concelho de Abrantes e não só ajude por favor

A Associação VIDA tem em curso um estudo nacional para determinar a “amigabilidade” de Portugal, seguindo as indicações da Organização Mundial da Saúde.

Precisamos de recolher 12 inquéritos no concelho de Abrantes.

Vimos pedir a sua ajuda para divulgar esta iniciativa.

P.F reenvie este email para todas as pessoas com mais de 55 anos de idade, que possam ter interesse em responder ao inquérito.

Muito Obrigada !

A Equipe do Projecto CIDADES

Se tem mais de 55 Anos de Idade e quer participar no estudo nacional que a Associação VIDA está a realizar, pf manifeste a sua opinião, sobre a cidade/vila/aldeia onde vive aqui: https://www.surveymonkey.com/s.aspx?sm=GI41e27sCfRBraVjZ7ZFeKn4WnF2s3xUeceCg2wGzB8%3d

O inquérito demora cerca de 10 minutos a ser respondido.

A recolha destes dados é confidencial e anónima, no entanto a Associação VIDA irá OFERECER O "MANUAL CASA SEGURA", a todos os respondentes, que nos enviem um email (vida@viver.org) mencionando a data de nascimento e a freguesia onde vivem. Oferta válida para os respondentes residentes nos concelhos da amostra (ver lista mais abaixo), até ao limite de exemplares disponíveis.

Saiba mais sobre o Projecto cIDADES em: http://projectotio.net/cidades

Enviado por email.

Tetraplégica vai receber mais de um milhão de euros de indemnização

A jovem de Benavente que ficou tetraplégica quando uma árvore caiu em cima do carro onde seguia com o seu namorado vai receber uma indemnização de 1,5 milhões de euros. O caso arrasta-se na justiça há 12 anos e agora o Supremo Tribunal de Justiça fixou a quantia que a dona do terreno onde estava a árvore vai ter que pagar a Mónica Silva, que na altura do acidente era funcionária da Câmara de Benavente. O filho da proprietária, Francisco Palma, considera a decisão “escandalosa” e “inacreditável”.

O acidente ocorreu na Estrada Nacional 118, entre Benavente e Samora Correia. Mónica tinha na altura 19 anos. Seguiu-se uma batalha jurídica na qual também se pedia a responsabilidade da Estradas de Portugal, que acabou por ser absolvida por se considerar que a empresa pública não podia ser culpada pela queda da árvore que pertencia a um privado. A proprietária do terreno foi recorrendo das decisões que eram sempre favoráveis à vítima, alegando que fazia a vigilância aos arbustos e árvores existentes no local. Invocava também o excesso de velocidade, atendendo às condições climatéricas adversas que se verificavam no local.

No acórdão, o Supremo considera que a proprietária omitiu, de forma “continuada e persistente” o seu dever de vigilância sobre a árvore. O tribunal foi sensível ao “permanente estado de amargura, desespero e angústia” causado a Mónica, que perdeu a vontade de viver. “Muitas vezes tem pedido que lhe ponham termo à vida”, sublinham os juízes do tribunal. Mónica Silva ansiava constituir família e realizar-se profissionalmente quando sofreu o acidente. O advogado da família, Vítor Miragaia, disse a O MIRANTE que finalmente se fez justiça apesar da espera de 12 anos. A decisão passa a servir de referência em decisões na primeira instância de casos semelhantes.

No entender de Francisco Palma, que gere os terrenos da mãe em Benavente, o julgamento pecou por falta de perícias. “O tribunal nunca quis saber o que se passou com o condutor, se os ocupantes do carro levavam cinto de segurança ou não e se árvores daquele tipo podem realmente apodrecer e cair”, conta. Francisco Palma admite que a família terá que vender terrenos para pagar a indemnização, realçando que numa altura de crise não será fácil.

Recorde-se que o automóvel de Mónica Silva, que estava a ser conduzido em Dezembro de 2000 pelo namorado, foi atingido às 21h30 por uma acácia de 15 metros de altura. A árvore estava inclinada sobre a estrada e plantada a pouco mais de três metros da faixa de rodagem. A jovem foi atirada para uma cadeira de rodas e necessita de assistência permanente de terceiros. Ficou com sensibilidade apenas do pescoço para cima e nos ombros, dificuldades respiratórias e uma incapacidade funcional de 95 por cento. Antes do acidente Mónica era uma apaixonada por danças de salão e chegou a competir por todo o país.

A força de viver

Três anos depois do acidente Mónica Silva, então com 22 anos, passou a dedicar-se à pintura de postais com a boca para angariar dinheiro para fazer face às despesas e comprar uma cadeira de rodas melhor. Os postais eram alusivos à natureza, com desenhos de flores e borboletas. Numa reportagem de O MIRANTE, Mónica contava que começou a interessar-se pela pintura por influência de uma prima que estudava Educação Visual. A jovem, que trabalhava no museu municipal de Benavente na altura do acidente, confessou que gosta de navegar na internet e comunicar com outros cibernautas. Mónica dizia na altura que “a esperança é a última a morrer”. Fonte: O Mirante


Lista das praias acessíveis em 2012

Praia Acessível - Praia para Todos, começado em 2004, é fruto de uma parceria inicialmente protagonizada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., o Instituto da Água, I.P., o Turismo de Portugal e o Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Conheça a lista das praias acessiveis em 2012.

Com este Projecto, e na sequência do que se encontra previsto para a orla costeira e atendendo também à legislação sobre acessibilidade, designadamente o que dispõe o Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de Agosto, pretende-se que as zonas balneares, designadas como tal no âmbito do Artigo 51º do Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de Agosto, reúnam um conjunto de condições que permitam o seu uso por todas as pessoas, sem que se ponha em causa a idade e as dificuldades de locomoção ou mobilidade.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Resposta à minha reclamação à falta de acessibilidades no Serviço Saúde Pública de Tomar. Revoltante.

No dia 23 de Novembro de 2009, desloquei-me até ao Centro de Saúde de Tomar/Serviço de Saúde Pública, em Tomar, para ser observado por uma junta médica e me atribuírem o grau de incapacidade para fins de Atestado Médico de Incapacidade Multiusos. Até parece que 20 anos depois deixaria de ser tetraplégico e voltava a andar por milagre. Mas isso é outro assunto…

Conseguir um estacionamento perto do edifício foi uma aventura. Não se entende como é possível um lugar existente para supostamente receber pessoas com deficiência não possuir locais próprios de estacionamento…essa foi a primeira dificuldade, mas o pior estava para vir. Ao começar a tirar a cadeira de rodas eléctrica do táxi, o funcionário do Centro de Saúde aborda-nos e avisa que a minha cadeira de rodas não conseguiria entrar no edifício e aconselhou-me a não sair do veiculo que iria ser examinado na via pública. Isso fiz, e minutos depois a equipa médica estava junto do táxi e com a porta lateral aberta começam a fazer-me perguntas, ver meus relatórios, exames de diagnóstico e pediram para abrir fecho das calças para se certificarem se tinha fralda e algália. Tudo isso a uns dois metros das mesas de uma esplanada. Terminaram o serviço e recebo meu Atestado Médico Multiusos com o grau de incapacidade de 90%. Na altura ainda estive para reclamar mas estava de táxi, confuso com tudo aquilo e muita pressa que fiquei para o fazer depois. Chegado a casa reclamo oficialmente para várias entidades incluindo ERS, INR, Centro de Saúde de Abrantes que sabendo que me deslocava em cadeira de rodas me enviou para lá, mas respostas zero. Dia 27 de Julho último, e aproveitando o Dia da Reclamação, uma iniciativa a nível nacional levada a cabo pelo Movimento (d)Eficientes Indignados, exactamente para exigirmos do Governo o cumprimento da lei das acessibilidades, desloco-me na companhia de outros amigos até ao local e procedo à reclamação oficial no livro de reclamações. Acabo de receber por parte do Diretor Executivo, Dr Fernando Siborro a resposta a essa reclamação. Nem queria acreditar no que estava a ler. Nunca pensei ser possível tamanha indiferença e falta de respeito pela humilhação que passei. No lugar de um pedido de desculpa e assumir os erros pela discriminação que fui sujeito, recebo uma resposta descabida e sem nexo como podem observar.

1 - Afirmam que nenhum de nós se chegou até á referida porta dos serviços. Não é verdade e a foto que tiramos na altura prova-o.
2 – Assumem que o edifício não tem acessibilidades, mas acrescentam que sempre que necessário é colocada uma rampa amovível que permite a entrada a utilizadores de cadeiras de rodas. Mas tem acessibilidades ou não? A dita rampa está mais que evidente que ultrapassa os 6% de inclinação que como sabemos é o limite imposto por lei e segundo funcionário foram necessários quatro anos para conseguir ter esta preciosidade. Sendo assim houve alturas que nem rampa existiu.

3 – Os lanços de degraus são realmente dois na entrada, e dois no interior do edifício, isto para não mencionarmos também a falta do passeio rebaixado. Convido-os a prestarem bem atenção no espaço após a rampa. Qualquer leigo se apercebe que mesmo conseguindo ultrapassar esse obstáculo que é a rampa inclinadíssima da entrada, não consegue ultrapassar o conjunto de degraus seguinte, a não ser que consigam suspender no ar a cadeira de rodas durante tempo suficiente para que alguém venha buscar a rampa à entrada, e a coloque por baixo da cadeira. Naquele espaço não cabe a cadeira e rampa.
4 – Também referem que a Presidente das Juntas Médicas afirma que se um utente com mobilidade reduzida não se conseguir dirigir até ao interior do edifício que para agilizar o acesso é examinado na via pública, mas sempre dentro do veiculo que o transporta. Mas onde ficamos? Por um lado afirmam que sempre que necessário é colocada uma rampa amovível que permite a entrada a utilizadores de cadeiras de rodas para qualquer uma das salas existentes, mas por outro lado afirmam que caso um utente com mobilidade reduzida não consiga entrar no edifício é examinado pela junta médica na rua. Mas se têm acessibilidades examinam utente na rua porquê? No final da carta afirmam que jamais observaram alguém na rua…

5 – No penúltimo parágrafo da resposta à minha reclamação desmentem-me. Afirmam que nunca examinaram ninguém na rua, mas mais uma vez se contradizem. Acima escrevem que caso existam casos em que os utentes com mobilidade reduzida não consigam entrar no edifício são observados no exterior do edifício. Será que abrir uma porta do veiculo e mandar descer as calças a uma pessoa, como foi o meu caso não é examinar na via pública? Fico sem ser esclarecido…E quanto a ser perto de uma esplanada também é fácil de provar. Ainda existe, e qualquer pessoa o pode confirmar.

Perante esta decepcionante e despropositada resposta desafio o Sr Diretor Executivo Fernando Siborro, e a Sra Presidente das Juntas Médicas a acompanhar-me até ao edifício em causa, e provar o que afirmam. Faço questão que pessoalmente me expliquem como entrar no edifício e salas que referem.

Dificil entender porque o Sr Director ignora estes factos, e mais ainda a sua falta de sensibilidade, humanidade e falta de respeito para comigo. Quero deixar bem claro que jamais esquecerei a humilhação que passei, e esta resposta veio agravar ainda mais a minha revolta.

Eduardo Jorge

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Menino tetraplégico espera 13 anos para se fazer justiça

Oito anos é o tempo médio que um tribunal demora a decidir um caso de erro médico. Os dados mostram que é nas urgências, na cirurgia e na obstetrícia que os utentes mais se queixam dos profissonais de saúde. A demora da decisão jurídica é uma tortura para profissionais e famílias.

Sérgio esperou treze anos para que os tribunais decidissem. Um erro médico deixou o menino tetraplégico e só agora é que o Centro Hospitalar do Porto vai pagar uma indemnização. O caso foi mediático e é um exemplo da forma como os tribunais decidem casos de erro médico.

A farmacêutica Lígia Ernesto estudou a incidência de erros dos profissionais de saúde publicados na comunicação social desde 1974. Na tese de mestrado lê-se que é nas urgências, na cirurgia e em obstetrícia que mais erros ocorrem. Os hospitais de Santa Maria, Amadora-Sintra e de Viseu são as unidades que mais problemas trazem aos utentes.

Para que a aplicação das decisões judiciais seja feita de forma mais rápida, a Ordem dos Médicos está a preparar uma alteração dos estatutos.

Fonte e reportagem em video: TVI24