quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CARTÃO ESTACIONAMENTO PARA DEFICIENTES E DECLARAÇÃO MULTIUSO


O CARTÃO DE ESTACIONAMENTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA,possibilita aos cidadãos portadores de deficiência motora, igual ou superior a 60%, ou seus acompanhantes ,(caso em que o deficiente não possa conduzir) estacionar os seus veículos em locais especialmente indicados.
Cartão esse que é válido por 5 anos e reconhecido em todo espaço comunitário, pois obedece a um modelo comunitário uniforme.

Para requerer o Cartão de Estacionamento deve o interessado ou quem o represente, apresentar o Formulário modelo 13, Declaração Multiuso como prova grau de invalidez, documentos do veículo e respectivas fotocópias, Bilhete de Identidade e fotocópia, Carta de Condução de quem vai conduzir veiculo e fotocópia (não impede que depois cartão seja utilizado noutros veículos que não referente documentos apresentados), no IMTT-Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, (antes designada Direcção Regional de Viação) da área da sua residência. Existe uma delegação em cada Distrito.

Tratando-se de pessoas com deficiência das Forças Armadas ou a elas equiparadas, a certificação do grau de incapacidade faz-se através do Cartão de Pessoa Deficiente das Forças Armadas, emitido pelo Ministério da Defesa Nacional.

O Cartão deve ser colocado junto ao pára-brisas dianteiro do seu automóvel, de forma visível do exterior, sempre que este se encontre estacionado nos locais que lhe estão especialmente destinados.

Para obter estes lugares de estacionamento junto da sua habitação ou do seu local de trabalho deve dirigir-se à Câmara Municipal da sua localidade.
Mais informação

DECLARAÇÃO MULTIUSO

Atestado Médico de Incapacidade Multiuso, é a Declaração que comprova a situação e grau de Incapacidade, emitida em resultado de uma Junta Médica.
Chama-se Multiuso porque é depois utilizada como comprovativo para as várias situações de direitos ou benefícios.

Como consegui-la:

1) Marcar uma Consulta no Centro de Saúde da sua area e explicar que é para adquirir Declaração de Multiuso (não é uma consulta normal com o Médico de Família, é com o Delegado de Saúde ou seu adjunto).
2) Deverá haver um Impresso para preencher antes da Consulta; atendendo a que para alguns fins, como para a obtenção do Dístico de Estacionamento, a Declaração tem que ter um conteúdo específico, não esquecer de assinalar esta finalidade no Impresso, se for o caso.
3) Levar Relatório e Exames para a Consulta, da qual resultará a marcação da Junta Médica.
4) Aguardar Convocatória e ir à Junta Médica, por lei deve ser até 60 dias.
5) Esperar pela Emissão da Declaração, que será entregue logo na altura.

A avaliação de incapacidade é calculada de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidade, e passada pelo presidente da junta médica.

Caso não concorde com o resultado da avaliação efectuada, deve apresentar recurso no prazo de 30 dias para o Director Geral de Saúde

Atenção, esta Declaração Multiuso fica sempre connosco, as entidades a quem tiver que ser apresentada podem tirar fotocópia mas têm sempre que nos devolver o original.

Caso pertença às Forças Armadas, Policia de Segurança Pública ou Guarda Nacional Republicana dirija-se aos seus respectivos serviços de saúde.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

ENTREVISTA DO NOSSO AMIGO CARLOS LOURENÇO AO PROGRAMA "VIDA NOVA" DA SIC



Mais imagens aqui

Tu mereces tudo, Carlos. És um belíssimo exemplo de esperança, persistência, ajuda ao próximo, dignidade, força de vontade e luta para todos nós.

Quanto a mim agradeço tua disponibilidade e prontidão para me ajudares durante teu voluntariado no CMRA.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

AJUDAS TÉCNICAS/PRODUTOS DE APOIO


Todos nós sabemos da importância das ajudas técnica (agora rebaptizadas de “produtos de apoio”) nas nossas vidas. Eu por exemplo neste momento procuro uma cadeira de rodas eléctrica de verticalização e até agora nenhuma preenche minhas necessidades. Só aceitarei uma que realmente me sirva na perfeição.

Importante é que nunca, mas nunca se deixem influenciar e comprem ou aceitem o que vos impingirem. Têm que ser vós a decidir o que vão usar. Lembrem-se que maioria das vezes basta uma mínima diferença no equipamento para nos sentirmos logo desconfortáveis.

Vejo que maioria não conhece o que tem direito. Por isso aqui está a lista homologada de ajudas técnicas/produtos de apoio para 2009. Tudo o que consta nesta lista abaixo pode e deve ser prescrito caso assim entendam técnicos e vocês mesmos.
Por exemplo: o computador é considerado produto de apoio. Verifico que poucos sabem disso e por isso não pedem prescrição seus médicos.

CONSULTEM AQUI LISTA HOMOLOGADA PARA CORRENTE ANO DE AJUDAS TÉCNICAS/PRODUTOS DE APOIO

Mais sobre ajudas técnicas/produtos de apoio:

"Qualquer produto (incluindo dispositivos, equipamentos, instrumentos, tecnologia e software), especialmente produzido ou geralmente disponível, para prevenir, compensar, monitorizar, aliviar ou neutralizar as incapacidades, limitações das actividades e restrições na participação" (Norma ISO 9999:2007). Os produtos de apoio podem ser utensílios simples ou complexos que podem envolver alta tecnologia, nomeadamente electrónica, informática ou telemática.

Exemplos de produtos de apoio são:
Cadeiras de rodas, andarilhos, canadianas,
almofadas para prevenir úlceras de pressão, colchões ortopédicos, camas articuladas,
materiais e equipamentos para a alimentação (garfos, colheres, pratos, copos adaptados), etc.,etc., etc.,...

Os produtos de apoio destinam-se às pessoas com deficiência ou incapacidade, aos idosos ou, aos que de forma temporária ou definitiva, necessitam de as utilizar. São meios indispensáveis para a funcionalidade e integração das pessoas com incapacidade ou deficiência.

Escolher um produto de apoio é um processo que deve ser feito de uma forma cuidada, reflectida e rigorosa. Deve ser feita uma avaliação, com a presença da pessoa com necessidades especiais, pelos técnicos ou médicos especialistas
Sendo os produtos de apoio, os recursos disponíveis para uma maior funcionalidade, devem ser adequados a cada situação, e indicados quais os cuidados de manutenção a ter com cada um (se possível, deve ser feita uma revisão periódica).
Todos estes materiais devem ser seguros, resistentes, duráveis e esteticamente aceitáveis pelo próprio e pelos seus familiares. O utilizador deverá informar-se junto dos técnicos e dos fornecedores qual a melhor solução em termos económicos, valorizando o binómio custo/eficácia.

Os produtos de apoio são prescritos, atribuídos e financiados no âmbito da reabilitação médico funcional, através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou de outros subsistemas de Saúde.
Por exemplo, se uma pessoa estiver internada num hospital e necessitar de produtos de apoio, deverá ser o próprio hospital a fornecer o material e equipamento necessários à sua reabilitação e integração. Nessa altura, o médico juntamente com a equipa técnica prescreve o produto adequado e deverá ser realizado o ensino para que a pessoa se adapte e aprenda a utilizá-lo da melhor forma.

Os produtos de apoio para a educação são atribuídas pelo Ministério da Educação (que não intervém neste Sistema Supletivo), através dos Apoios Educativos e Centros de Recursos das Escolas.
Nas Universidades, a atribuição de produtos de apoio depende da forma como cada uma está organizada. Há Universidades que já têm, por exemplo, centros de apoio aos estudantes com deficiência ou incapacidade.

Ainda, para além do Sistema Supletivo, há outras entidades que podem, a título excepcional ou pontual, atribuir e financiar os Produtos de Apoio, nomeadamente as Câmaras Municipais, as Juntas de Freguesia, a Cruz Vermelha e certas Associações que não constam do Despacho Regulamentar.

Para desencadear qualquer processo de atribuição e financiamento de Produtos de Apoio é sempre necessário uma prescrição médica. É o médico e a equipa do hospital da rede hospitalar que consta do Despacho anual do Director do Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P., que na consulta externa, prescreve o produto adequada à situação.
É importante salientar que os Produtos de Apoio colocados através de intervenção cirúrgica não são abrangidos pelo orçamento do Sistema Supletivo.
Mais informação

Atenção: quem adquiriu deficiência através de acidente trabalho, não está somente sujeito à lista homologada de Produtos de Apoio. Desde que se faça prova da utilidade do equipamento, e seja prescrito.

ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIFICAS ESPECIAIS


Os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente com programa educativo individual organizado nos termos do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio, têm ainda, supletivamente em relação às ajudas técnicas a prestar por outras entidades de que beneficiem, direito às seguintes comparticipações da responsabilidade dos municípios ou do Ministério da Educação, no âmbito da acção social escolar e nos termos do artigo 8.º:

a) Alimentação — totalidade do custo;

b) Transportes — totalidade do custo para os alunos que residama menos de 3 km do estabelecimento de ensino, bem como para os alunos que frequentam as escolas de referência ou as unidades de ensino estruturado e de apoio especializado a que se referem as alíneas a) e b) dos n.os 2 e 3 do artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro;

c) Manuais e material escolar de acordo com as tabelas anexas para a generalidade dos alunos, no escalão mais favorável;

d) Tecnologias de apoio — comparticipação na aquisição das tecnologias de apoio a que se refere o artigo 22.º do Decreto -Lei n.º 3/2008,de 7 de Janeiro, até um montante igual ao atribuído para o material escolar do mesmo nível de ensino, no escalão mais elevado, conforme o anexo III do presente despacho.

2 — No caso de não poderem ser utilizados os transportes regulares ou os transportes escolares, a comparticipação a que se refere a alínea b) do número anterior é da responsabilidade do Ministério da Educação.

Despacho n.º 13170/2009 de 4 de Junho
Definição de um conjunto de regras relativas a matrículas e renovação de matrículas, a distribuição das crianças e alunos pelos vários estabelecimentos, a constituição de turmas e ao regime de funcionamento. Destaca-se relativamente à constituição das turmas, que os grupos que integrem crianças com Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente, podem justificar a redução de alunos por turma.Estas são constituídos por 20 crianças, não podendo incluir mais de 2 crianças nessas condições, desde que tal se justifique pelo seu perfil de funcionalidade e esteja consagrado no respectivo PEI.e cujo programa educativo individual assim o determine.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DOR NEUROPÁTICA E LESÃO MEDULAR


Um especialista em cefaleias e dor neuropática revelou que uma em cada três pessoas com lesão medular sofre de dor neuropática, descrita como algo ardente, que provoca uma sensação de formigueiro ou de espasmo, com mais intensidade durante o primeiro ano após ter ocorrido a lesão.

O Dr. Manuel Lara, responsável pela Unidade de Cefaleias e Dor Neuropática do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário La Paz, em Madrid, explicou que para estes pacientes existe mais dor e um maior nível de sofrimento, o que faz com que muitas vezes as pessoas sejam afectadas também a nível psicológico.

O especialista indicou que isto faz com que a dor crónica seja uma patologia perturbadora, uma vez que tem uma repercussão muito importante na vida dos pacientes, provocando o aparecimento de outras condições, como depressão, pânico, ansiedade, dificuldade em dormir, entre outras.

Entre os medicamento para combater a dor existe um tratamento progressivo, que começa com anti-inflamatórios e antidepressivos e, caso estes não resolvam o problema, poderá ser necessário experimentar a neuroestimulação nos seus diversos níveis e modalidades.

Finalmente, se esta não surtir o efeito desejado e a dor persistir, a última abordagem deste tratamento seria a cirurgia tradicional, que consiste em cortar o nervo cirurgicamente, algo que apenas se realiza em casos muito concretos e persistentes.

Por seu lado, o presidente da Federação Nacional espanhola Aspaym (Associação de Lesionados Medulares e Grandes Incapacitados Físicos), Alberto de Pinto, assinalou que duas abordagens que contribuem para diminuir a intensidade da dor neuropática, ao alcance de qualquer um, são evitar as infecções urinárias e da bexiga, juntamente com a ingestão de ómega-9 no leite.

A dor neuropática é devida a uma anormalidade em qualquer ponto da via nervosa. Uma determinada anomalia altera os sinais nervosos, que, deste modo, são interpretados de forma anormal no cérebro. A dor neuropática pode produzir uma dor profunda ou uma sensação como a hipersensibilidade ao tacto.

ACRESCENTO: realmente viver com estas dores tem sido terrível. Tomo 1.600 grs de Neurontin (gabapentina) diários e mesmo assim suporta-las em certas alturas torna-se quase impossível. Pior é conseguir dormir com tranquilidade. Quase nunca consigo.
Mas conheço colegas que sofrem ainda mais que eu.

NOVA LEI DE ACOMPANHAMENTO DE DEFICIENTES EM INTERNAMENTO HOSPITALAR


Conheça a Lei n.º 106/2009, de 14 de Setembro, de acompanhamento familiar de pessoas com deficiência ou em situação de dependência em internamento hospitalar.

1 — As pessoas deficientes ou em situação de dependência, as pessoas com doença incurável em estado avançado e as pessoas em estado final de vida, internadas em hospital ou unidade de saúde, têm direito ao acompanhamento permanente de ascendente, de descendente, do cônjuge ou equiparado e, na ausência ou impedimento destes ou por sua vontade, de pessoa por si designada.

Condições do acompanhamento

1 — O acompanhamento familiar permanente é exercido tanto no período diurno como nocturno, e com respeito pelas instruções e regras técnicas relativas aos cuidados de saúde aplicáveis e pelas demais normas estabelecidas no respectivo regulamento hospitalar.

2 — É vedado ao acompanhante assistir a intervenções cirúrgicas a que a pessoa internada seja submetida, bem como a tratamentos em que a sua presença seja prejudicial para a correcção e eficácia dos mesmos, excepto se para tal for dada autorização pelo clínico responsável.

Cooperação entre o acompanhante e os serviços

1 — Os profissionais de saúde devem prestar ao acompanhante a conveniente informação e orientação para que este possa, se assim o entender, sob a supervisão daqueles, colaborar na prestação de cuidados à pessoa internada.

2 — Os acompanhantes devem cumprir as instruções que, nos termos da presente lei, lhes forem dadas pelos profissionais de saúde.

Refeições

O acompanhante da pessoa internada, desde que esteja isento do pagamento de taxa moderadora no acesso às prestações de saúde no âmbito do Sistema Nacional de Saúde, tem direito a refeição gratuita, no hospital ou na unidade de saúde, se permanecer na instituição seis horas por dia, e sempre que verificada uma das seguintes condições:

a) A pessoa internada se encontre em perigo de vida;

b) A pessoa internada se encontre no período pós-operatório e até 48 horas depois da intervenção;

c) Quando a acompanhante seja mãe e esteja a amamentar a criança internada;

d) Quando a pessoa internada esteja isolada por razões de critério médico-cirúrgico;

e) Quando o acompanhante resida a uma distância superior a 30 km do local onde se situa o hospital ou a unidade de saúde onde decorre o internamento.
Ausência de acompanhante

Quando a pessoa internada não esteja acompanhada nos termos da presente lei, a administração do hospital ou da unidade de saúde deve diligenciar para que lhe seja prestado o atendimento personalizado necessário e adequado à situação

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

NÃO DESPERDICE SEU VOTO

As eleições estão á porta e nós deficientes que tão ignorados temos sido pelos sucessivos governos, não deveriamos desperdiçar nosso voto. Para quem não leu os programas dos partidos e continua com dúvidas.

EM SEGUIDA ESTÃO TODAS AS REFERÊNCIAS A QUESTÕES RELACIONADAS COM A DEFICIÊNCIA QUE SE ENCONTRAM NOS PROGRAMAS DOS MAIORES PARTIDOS.


PARTIDO SOCIALISTA: Garantir, no quadro da legislatura, que nenhuma pessoa com deficiência que motive uma incapacidade total (ou muito elevada) para o trabalho fique abaixo do limiar da pobreza. O valor das prestações que são devidas a pessoas com este grau de deficiência será, pois, progressivamente aumentado, de forma a garantir aquele limiar mínimo de rendimento a cerca de 50.000 cidadãos;

Reforçar o apoio social a cidadãos com deficiência e incapacidades:
a) Melhorar as condições de activação profissional dos cidadãos com deficiência, e melhorar o regime de incentivos ao emprego e de acumulação de prestações com rendimentos de trabalho;
b) Continuar a reforçar a rede de equipamentos e serviços sociais para pessoas com deficiência, com atenção particular à situação das famílias mais idosas com filhos com deficiência mas sem apoio residencial permanente; e desenvolver os serviços de apoio domiciliário a pessoas com deficiência;
c) Criar um programa nacional de melhoria das acessibilidades nos serviços públicos;
d) Criar um programa de apoio à reabilitação e activação profissional dos beneficiários de pensões de invalidez, promovendo deste modo a melhoria dos seus rendimentos;

IV - Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida,mais desporto, melhor qualidade de vida.
Apostar no contributo do associativismo de base, em cooperação com a Confederação de Desporto de Portugal, Federação Portuguesa das Colectividades de Desporto, Cultura e Recreio e INATEL, promovendo o desporto em proximidade, sem descriminações derivadas do género, de deficiência ou proveniência étnica ou cultural;

Aprofundar a descentralização, uma administração autárquica para o Séc. XXI

Aprovação até 2011 das Cartas Sociais Municipais, prevendo a rede de equipamentos sociais a criar na próxima década, de modo a atingir os objectivos de coesão social definidos a nível nacional no apoio à primeira infância, aos idosos, aos cidadãos portadores de deficiência e no combate à exclusão social;

Reconhecer, dignificar e apoiar os Antigos Combatentes, incluindo os Deficientes das Forças Armadas.
Programa completo aqui

PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA: Os desígnios mais nobres do princípio da igualdade determinam que os cidadãos portadoresde deficiência usufruam dos mesmos direitos e correspondentes deveres, universalmente reconhecidos.

Nesse desiderato, o PPD/PSD compromete-se a realizar uma audaz política nacional de prevenção, reabilitação e integração dos cidadãos portadores de deficiência.
Vamos promover a inserção sócio-profissional da pessoa com deficiência, reforçando significativamente os incentivos concedidos às entidades empregadoras, e criando mecanismos de reconhecimento público pelo sucesso e mérito da plena integração da pessoa com deficiência.

A acessibilidade constitui um imperativo da vida quotidiana. Os cidadãos com necessidades especiais enfrentam, diariamente, barreiras ambientais impeditivas da sua participação plena e em condições de igualdade na vida em sociedade.
A existência de barreiras urbanísticas e arquitectónicas consubstancia um factor de discriminação destes cidadãos, pelo que incumbe ao Estado proceder à sua eliminação, por forma a garantir a integração plena e a qualidade de vida destes cidadãos.
Assim, é intenção do PPD/PSD concretizar o Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade como instrumento estruturante das medidas que visam a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos e, em especial, das pessoas portadoras de deficiência, e a realização dos direitos de cidadania deste segmento da população já por si tão vulnerável por razões culturais, sociais e económicas.
Desenvolver a rede de cuidados continuados às a inclusão social dos jovens portadores de deficiências;

Mas o Desporto para Todos envolve, necessariamente, programas adaptados às populações com necessidades especiais e, logo, o apoio às estruturas representativas do Desporto para Deficientes e ao Movimento Paralímpico.
Programa completo aqui

BLOCO DE ESQUERDA: As pessoas com deficiência ou incapacidades constituem uma significativa minoria na nossa sociedade. São8,2% da população entre os 18 e os 70 anos, dos quais 21,1 % não sabe ler nem escrever ou não frequentou a escola e somente 4,9% tem o ensino secundário ou superior. São pessoas afastadas do trabalho e da autonomia: o valor da sua taxa de actividade é menos de metade do valor no universo de referência. A isto acresce uma taxa de desemprego duas vezes e meia superior à média nacional. São ainda pessoas pobres: 71,4% das pessoas com deficiências e incapacidades estão integradas em famílias, que têm em média 2,4 elementos, que têm um rendimento líquido de 1.000 euros.

Assim, a realidade da vida das pessoas portadoras de deficiência é marcada pela precariedade económica, pelo desemprego e pela exclusão das mais importantes arenas de vida social.

Tais problemas têm sido sistematicamente negligenciados e, apesar da propaganda do PS, estamos perante um ciclo vicioso de invisibilidade e discriminação, perpetuado pela falta de vontade política dos sucessivos governos. Urge tomar medidas que conduzam à integração social de pessoas que estão longe de ter as mínimas condições para a sua integração social e para a igualização de oportunidades, medidas que passam estas pelo reforço dos seus direitos e pela criação de mecanismos capazes de fazer valer direitos adquiridos.

A unânime aprovação parlamentar da lei anti-discriminatória, em 2006, deveria ter significado um avanço concreto. No entanto, não só ainda não foi totalmente regulamentada, como permanece sem efectiva fiscalização.

Por outro lado, o próprio governo não cumpre a lei quando nada faz para que os serviços públicos cumpram as quotas de emprego estabelecidas para as pessoas com deficiência.
Os planos tão exaltados pela Secretaria de Estado para a reabilitação permitem a criação de guetos nas escolas e discriminam estes cidadãos e cidadãs em relação à feitura de seguros, possibilitam a existência de barreiras arquitectónicas por mais dez anos e retiram os benefícios fiscais.

É igualmente fundamental que a tutela assuma um comportamento de maior diálogo com as organizações de pessoas com deficiência de modo a que os principais interessados possam ter um papel fundamental nas políticas que lhes digam respeito.

O Bloco proporá as seguintes prioridades no combate à discriminação com base em deficiência:

• Remodelação da acessibilidade no espaço público que exclui as pessoas com deficiência. Importaria definir legislativamente um curto prazo para obrigar à transformação das estruturas existentes, que garanta o cumprimento do que for doravante edificado. Para tal é essencial que se aumentam as sanções, actualmente irrisórias, para as situações de incumprimento.

• Obrigatoriedade de realização, no prazo de um ano, pelos diversos organismos do Poder Central e Autarquias de Planos de Acessibilidade, no âmbito da sua área de intervenção, de planos definidos e calendarizados que garantam o integral cumprimento do disposto no Decreto Lei 163/06 acerca da adaptação do edificado.

• Que sejam repostos os benefícios fiscais que foram retirados aos portadores de deficiência, pois são condição para melhorar o nível de vida de quem tem que suportar os custos da deficiência para desempenhar um trabalho.

• Aumento da pensão social de invalidez, actualmente inferior a 200 euros.

• Criação de uma rede de assistência pessoal, que apoie a independência na vida diária das pessoas com deficiências mais incapacitantes.

• A reformulação do actual sistema de ajudas técnicas, criando um sistema nacional e uniformizado para a atribuição de ajudas que se baseie em processos de atribuição ágeis e transparentes. As formas de atribuição vigentes são dispersas, burocráticas e pouco clã

• Elaboração de uma nova tabela de incapacidades de acordo com os conceitos da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. É com base nas taxas de incapacidade que se afere se alguém tem acesso a prestações sociais, deduções ou benefícios fiscais.

• Criação de condições para que a escola inclusiva possa ser uma realidade. As crianças e jovens comdeficiência deparam-se com gravíssimas carências no ensino integrado, constituindo o ensino básico e secundário uma escola para a desigualdade.

• Estabelecer as condições para o apoio aos estudantes no ensino superior. Até hoje não existe sequer um quadro legal que obrigue as instituições do ensino superior a terem estruturas que garantam a formação das pessoas com deficiência em condições de igualdade. Só quatro universidades têm estruturas criadas por sua iniciativa e segundo modelos fragmentados. Cabe ao governo assegurar a extensão e o financiamento de tais estruturas.

• Reforço dos direitos de participação eleitoral das pessoas com deficiência visual, prevendo para tal a produção de boletins de votos que, de forma simplificada, permitam o exercício do direito ao voto destes cidadãos e respeitem o princípio da pessoalidade.

A FRAUDE DO PSD E CDS, E OS NOVOS ATAQUES DO PS CONTRA OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Durante a legislatura que agora se concluiu, foram aprovados por unanimidade diversos projectos de Lei de Bases da Defi ciência, entre as quais o proposto pelo Bloco de Esquerda, que nasceu de um texto da Associação Portuguesa de Deficientes. Mas, por vontade do PSD e do PP, os projectos nunca foram discutidos na especialidade e fi caram dois anos na gaveta. Terminada a legislatura, os projectos caducaram e tudo volta à estaca zero. Depois, a maioria absoluta do PS concentrou-se em atacar os direitos dos trabalhadores com defi ciência sobretudo pela via fiscal, poupando 30 milhões de euros no exercício de 2007 através da anulação de benefícios, sem que tenha havido nenhuma alteração relevante da situação de acessibilidade social e de inclusão das pessoas com deficiência.

Estatuto do Doente Crónico, que defina as responsabilidades do Estado no apoio aos portadores de doença crónica (e deficiência) e respectivas famílias;
Programa completo aqui


PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS: Promover o acesso efectivo dos deficientes ao mercado de trabalho e a integração sócio-profissional de grupos com dificuldades de inserção.

O reforço da protecção social para os cidadãos deficientes e suas famílias no âmbito do reforço das prestações sociais, na melhoria da atribuição de ajudas técnicas e na garantia de celeridade, eficácia e qualidade nas respostas às suas necessidades específicas a partir dos serviços do Sistema de Segurança Social em articulação com outras importantes áreas; a criação de uma Rede Pública de Equipamentos e Serviços Sociais nas diversas valências, com uma adequada distribuição nacional (apoio a crianças e jovens, idosos, cidadãos deficientes, vítimas de prostituição e tráfico e de violência doméstica).

Continuam a escassear, especialmente na rede pública, equipamentos de apoio à infância, às pessoas com deficiência e aos idosos, bem como redes de apoio domiciliário.

Na prossecução do objectivo de uma efectiva política de igualdade, importa prosseguir e reforçar medidas e orientações que: deêm combate a todo o tipo de discriminação designadamente em função da orientação sexual, da deficiência ou do sexo.
Programa completo aqui

CDS-PARTIDO POPULAR:Cerca de 18% da população portuguesa vive com menos de 406 € por mês. Os idosos continuam a ser o grupo social mais exposto à pobreza.

A prioridade do CDS estará, certamente, no apoio a esta geração desfavorecida. Quando falamos em apoio, não referimos apenas as prestações sociais. Dirigimos a nossa acção, também, para os serviços que permitem melhor acompanhamento na doença e na invalidez; para as instituições de acolhimento durante o dia ou em permanência; para a rede de homens e mulheres que tornam possível o apoio domiciliário; para as instituições que trabalham com deficientes. acessibilidades para deficientes, restabelecer direitos sociais dos Deficientes das Forças Armadas que, inexplicavelmente, foram cortados, encarando com outra dignidade este sector da nossa população.
Programa completo aqui
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Fonte: Blog Beneficios Fiscais

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CENTRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO DO ALCOITÃO

Durante muitos anos o sonho de qualquer lesado medular era fazer a reabilitação neste centro. Além de ser único no país e por isso vagas não abundarem. Ainda havia o senão de não serem admitidos pacientes com problemas de pele.

Hoje felizmente já existe o Centro Medicina de Reabilitação do Centro que fica em Tocha e do Sul, que fica em São Brás de Alportel com mesmas características e no caso do CMRA já não há o impedimento de pacientes com esses problemas de serem admitidos. Pelo contrário. Muitos são os casos que causa de internamento são problemas de pele. E nesse caso Centro faz um trabalho fantástico na sua recuperação.

Problema de hoje na admissão pacientes é que credenciais têm que ter autorização dos directores dos Centros de Saúde. Anteriormente bastaria uma declaração médica acompanhada de respectiva credencial passadas pelo médico de família. Exigências que fazem com que muitos interessados com necessidades absolutas de uma consulta urgente desesperem por uma autorização, isto quando na maioria das vezes inclusive lhe é recusada.

Muito me têm perguntado sobre Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão. Pois bem..aqui fica minha opinião: A ideia com que fiquei é que CMRA cumpre sua função. Menos bem numas coisas e normal noutras. Nada que impressione. Infelizmente única coisa que realmente destaco são os profissionais que lá trabalham. Gostaria muito de elogia-lo, mas não o farei só para agradar. Achei-o burocrático demais. E fiquei com sensação que algo impede aqueles que têm ideias... sangue novo... vontades... inovações para implantar que a força dos mais velhos não o permitem. Acho que cada um faz seu serviço certinho e nada de inventar. Baseiam-se em cumprir e pronto. São obrigados a isso para bem de uma falsa estabilidade.

Apercebi-me do descontentamento de alguns utentes. Pena não reclamarem nos lugares próprios. Dizem que por receio. Eu tento entender e até reconheço que nalguns casos poderão ter suas razões. Tenho que respeitar. Aceitar não aceito. Até porque são os que mais defeitos e erros apontam. Somente não o fazem abertamente. Infelizmente acontece o mesmo em outras situações. Sempre que é preciso união e forças conjugadas, dificuldades agravam-se. Agora mesmo está bem patente injustiça do nosso governo em não comparticipar no implante do Neuroestimulador de Brindley, que para muitos seria um enorme passo em frente na sua qualidade de vida. Tentei em vão juntar forças para que juntos fizéssemos pressão junto responsáveis pela injustiça, mas esbarrei em imensas dúvidas deste e daquela.

Após verificar algumas criticas de colegas de internamento e apercebendo-me eu de outras, resolvi em nome individual - visto que somente mais dois estavam dispostos a assinar lista- fazer chegar carta á direcção Centro.

Dia seguinte Srº Pedro Reis -Administrador- e Drª Maria de Jesus, -directora clínica- tiveram a gentileza de me irem dar conhecimento recebimento carta e disponibilizarem-se para em conjunto resolvermos eventuais problemas. Sinceramente não esperava tão célere resposta.

Fiquei com excelente impressão e simpatia pelo Drº Pedro Reis. Drª Maria de Jesus não participou. Somente presencial. Daí não me pronunciar.

Enumero alguns dos itens que descrevemos na lista de sugestões/criticas:

1)tomadas acesso electricidade nos quartos inacessíveis a quem se desloca em cadeira de rodas. Todos hoje em dia temos telemóveis, pc's, mp4, etc., para carregar.
2)Botões ar condicionado idem;
3)Internet sem cobertura nos quartos. Passamos imensas horas acamados. Escusado será dizer da sua importância;
4)Máquinas de café e de outros produtos não adaptadas. Não faço ideia se existem adaptações. Pelo menos tenta-se;
5)No bar/restaurante particular, funcionários só nos servem nas mesas, segundo eles por gentileza. Inclusive chegam a recusar;
6)Alimentação tem muitas falhas.

Todas as sugestões foram respeitadas e muito bem aceites pelo Drº Pedro Reis. Antes de ter minha alta médica, quis saber como estava assunto a ser tratado. Foi imediatamente marcada pela Assistente Social do gabinete Apoio ao Utente Drª Eunisia Ferro uma reunião.
Compareceu Srº administrador e Drª Eunisia Ferro. Foi-me renovada certeza de que tudo iriam fazer para ir ao encontro dos nossos desejos.
Agradeço maneira simpática como fui atendido e principalmente o respeito que mostraram por nossas sugestões.

Mas reafirmo o que deixei bem claro na reunião: CONTINUAREI ATENTO.

Srº Administrador teve a simpatia de realçar a importância da participação de nós utentes no dia á dia do centro. Sendo apresentando criticas como foi o caso ou não.

Ao convite que me fez para não aparecer só para consultas e sim também em palestras, voluntariado, e outros eventos. CONVITE ACEITE.

Quero deixar um obrigado a todos os profissionais que me auxiliaram e trataram:

AUXILIARES: ANINHA sempre pronta a ajudar; LEONEL aquela máquina; SOFIA obrigado pelo excelente corte de cabelo; ALICE tenho saudades da sua alegria e simpatia; SALVADOR obrigado pelo profissionalismo na nossa higiene pessoal; ALZIRA a comandante (cuide bem de si); ANA COSTA gostei da maneira directa que me tratou. Tu para cá e para lá. Até nos sentimos mais à vontade!; LA SALETE obrigado pela força e protecção aquando idas IMI.

ENFERMEIROS: NUNO, você deu-me confiança no inicio e sua incondicional disponibilidade para me ajudar sempre, nunca esquecerei. Não trabalhe é tão depressa. Assim não chega a velho em boas condições. Obrigado!; NILTON, gostei da sua maneira de me explicar pormenores da sua área, com tanto gosto. Aprendi muito consigo; RUTE, você é uma ternura e grande profissional. Essa fita no cabelo fica-lhe a matar!; VANESSA, cumpridora, atenta, interessada em ajudar, humana... VASCO, discreto, amigo e presente; DIOGO, igualdade (somos todos importantes por igual para ele), descomplicação e á vontade, ORLANDO; que dizer deste cubano “de uma figa”? Se não fosse tão hiperactivo seria quase perfeito; ALEXANDRA, quase não se dá por ela, mas na hora da verdade está sempre presente. Sua alegria faz-nos bem; ANABELA, (mantenha sempre esse sotaque lindo alentejano), só assusta quando no turno de madrugada aparece junto das nossas camas toda despenteada. Observem. Fora isso só doçura e coisas boas; FRANCISCO, desenrascado, amigo colegas, respeitador; JOÃO, educado, sincero, sensível e pronto para tudo; ORLANDA, o que dizer deste ser cheio de coisas bonitas! Humilde, honesta, profissional, simples, acessível e incapaz de negar uma ajuda; LUIS, foi uma surpresa muito agradável. Parecia-me distante e até arrogante no inicio. Nada disso! Grande amigo de todos, gosto pela profissão, 1º sempre o utente, claro, atencioso. A si em especial obrigado por tudo; por último a Chefe ÉLIA, despretensiosa, interessada, trabalhadora, gabinete sempre de porta aberta diz muita coisa, sensível e educada.

MÉDICOS: Os que lidei de perto obrigado por saberem pedir desculpa e principalmente pela disponibilidade. Qualquer lugar que os abordássemos tínhamos sempre toda a atenção pela sua parte.

D. FÁTIMA da limpeza, obrigado pelas ajudas que me prestou e desculpe ter pisado chão molhado e limpo algumas vezes., D.MARIA JOSÉ das fotocópias, foi um prazer conhece-la, INALDA do refeitório, espero que saia vencedora de suas lutas e que não perca seu filho até TIAGO fisioterapeuta, ISABEL JANELA terapeuta ocupacional e Enfº NUNO A.V.D.

Obrigado a todos e desculpem qualquer coisa. Aos que não referi mesmo obrigado e não os mencionei porque não tive oportunidade de conhece-los tão bem como aos restantes.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE REABILITAÇÃO E ACESSIBILIDADE HUMANAS

Em 2010, Portugal vai formar os primeiros licenciados europeus em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas. O curso abriu no ano lectivo 2007/2008 na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O curso tem como objectivo formar técnicos capazes de utilizar a tecnologia ao serviço da melhoria das condições de vida das populações com necessidades especiais - pessoas com deficiência, idosos e acamados.

O plano curricular da nova licenciatura da UTAD aposta na interdisciplinaridade e atravessa áreas que vão desde as tecnológicas (Informática, Engenharia Mecânica, Electrónica e Automação, Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade) até às ciências sociais (Reabilitação, Gerontologia, Gestão, Serviço Social).

A Licenciatura em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas é um curso de 1º ciclo criado em 2006 de acordo com o modelo de Bolonha, com a duração de três anos (seis semestres) e com 180 ECTS.

A licenciatura responde às necessidades de formar novos profissionais nesta área, como aliás ficou identificado no Programa Nacional para a Participação dos Cidadãos com Necessidades Especiais na Sociedade da Informação e no Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade aprovados em Conselho de Ministros em 2003 e 2006 respectivamente.

Mais detalhes: aqui e aqui

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ACESSIBILIDADE AO PATRIMÓNIO HISTÓRICO EDIFICADO


O Instituto Nacional para a Reabilitação, IP (INR) está a organizar uma acção de formação sobre "Acessibilidade ao Património Histórico Edificado".

Mais informações no blogue ACESSIBILIDADE PORTUGAL do incansável Arquitecto: Pedro Homem de Gouveia.

Aproveito para agradecer tudo que Arquitecto tem feito para derrubar barreiras no nosso país. Principalmente barreiras nas cabeças dos responsáveis por uma discriminação constante contra todos nós com mobilidade reduzida.

Bem haja Srº Arquitecto! Bem sei que tarefa não tem sido fácil. Mas também sei que desistir não condiz consigo.

OBRIGADO POR TUDO! PESSOAS ASSIM FAZEM-NOS SENTIR MAIS FORTES PARA CONTINUARMOS NOSSO DIA A DIA.

Tive o prazer no CMRA de divulgar seu trabalho e mais prazeroso ainda foi verificar que muitos profissionais ligados à reabilitação já conhecem e admiram sua obra.

Nelson Mendes


Chamo-me Nelson Firmino Almeida Mendes, nasci na Guiné-Bissau e actualmente encontro-me com 37 anos de idade.
Toda a minha luta pela sobrevivência começou quando eu tinha 16 anos de idade, na altura estava no 8º ano de escolaridade, a minha Mãe encontrava-se internada no Hospital, aqui em Portugal, por causa de um problema de diabetes. Veio a falecer em Dezembro de 2004.

Éramos 6 Irmãos e também o meu Pai a viver na Guiné-Bissau. Assim que cheguei a Portugal, fui directamente para a urgência do Hospital de São José, onde fiquei internado para fazer os exames médicos. Algumas semanas depois fui transferido para o Hospital de Curry Cabral, para ser seguido pelo Doutor Maio Miguel.
No dia 8 de Junho de 1990 fui transferido, de novo, para o Hospital de São José, onde fui operado a um tumor cervical, no dia 12 de Julho de 1990. Na altura perguntei a minha Mãe quanto tempo é que tinha demorado a minha cirurgia, ela respondeu-me que a cirurgia demorara 8 horas. Essas foram as minhas primeiras palavras quando recuperei todos os meus sentidos. Nesse momento tentei mexer as minhas pernas, mas não consegui, comecei logo a chorar e, ao mesmo tempo, perdi toda a vontade de viver.

Pensava comigo mesmo, que já não tinha um braço, passei tantas dificuldades para ultrapassar essa barreira, até o Estado Guineense me tinha proibido de concorrer a uma bolsa de estudo para Cuba, só porque sou deficiente dum dos braços, sendo esse braço o direito. Passados 6 meses fui á minha primeira consulta no Hospital de Medicina e Reabilitação de Alcoitão, através da ajuda da Enfermeira Sarafana, onde fiquei internado durante 3 meses.

Durante todo esse tempo fiquei a fazer fisioterapia e a ser seguido pelo Doutor Licínio e a sua equipa Médica. É claro que não voltei a andar de novo com as minhas próprias pernas, mas melhorei muito ao nível do tronco e da mobilidade dos membros superiores, e até já me conseguia passar da cama para a cadeira de rodas e da cadeira de rodas para a cama, sozinho, sem a ajuda de ninguém. Um dia fomos a uma consulta, eu, a minha Mãe e com a ajuda da Dona Manuela; Foi no Hospital Amadora – Sintra, fui atendido por uma Médica de nome Leonor Prates, que ficou com muita pena de mim, ao ver na posição em que me encontrava, e arranjou-me uma cama articulada com o respectivo colchão antiescara. Enviou-me para um outro Médico, que era o Professor dela, que trabalhava no Hospital Egas Moniz, mas quando fomos para lá, esse Medico deu-nos muitas desculpas para não aceitar o meu caso.
No caminho de volta parra a casa, pude ver a cara da minha Mãe, que estavam tão triste e quase chorando, sem saber o que fazer para me ajudar tentou esconder a tristeza.

Assim que chegamos a casa, a minha Mãe tirou-me as roupas e guardou-as no roupeiro e foi para o quarto dela e começou a chorar.
No dia seguinte a dona Manuela veio visitar-me, viu os meus desenhos, os mais bonitos, que eu tinha acabado de pintar, na altura, e estava preso a parede do meu quarto para secar. Ela ficou muito contente e perguntou-me se tenho mais desenhos, mas como eu tinha vergonha de mostrar todas as minhas pinturas, respondi-lhe que não. Naquela altura o meu sobrinho estava a entrar no quarto e disse:
- O tio tem mais outros desenhos dentro do roupeiro.
Quando a dona Manuela abriu a porta do guarda – roupa, caíram todos os meus desenhos por cima dela e com toda a sua paciência começou a vê-los, um a um, até ao fim. Quando foi embora ligou para um amigo dela e contou-lhe do meu caso e também sobre os meus desenhos.

Passadas duas semanas a dona Manuela veio visitar-me, mas agora trazendo um amigo, o Médico Cardiologista de nome Luís a quem me apresentou. Quando ele chegou ao pé de mim, ficou revoltado com o meu caso, de forma que entrou na minha luta pela sobrevivência. Foi falar do meu caso com um colega dele, e este tentou ajudar-me aplicando uma injecção na coluna. Esta opção correu mal e acabei por ficar em coma por algumas horas ou por um ou dois dias; também perdi a visão por vários meses, para depois começar recuperá-la aos poucos; quando voltei para a casa retomei as minhas pinturas.

Em 1998 o meu Pai faleceu com problema de pulmões.
No 2001 foi o inicio da luz ao fundo do túnel, e foi nesse ano que o Doutor Luís me apresentou um grupo de jovens que faz parte de uma Associação de nome «Associação Ponte», que viram as minhas pinturas e organizaram a minha primeira exposição de pintura plástica, intitulado de nome «Super arte» através da qual comecei a arranjar mais força para lutar.

Esta exposição era, para mim, era uma coisa nunca ante imaginada, fiquei contente por ter a coragem de mostrar os meus desenhos nessa exposição, mas ao mesmo tempo senti tristeza por tudo o que estava a acontecer comigo e pela falta que sentia do meu Pai e da minha Mãe, que naquele dia não estava lá para ver os meus trabalhos.
Esta Associação chamou as televisões; SIC, TVI e a RTP1, e para o meu espanto só apareceu a TVI e os Jornais Regionais de Sintra, que fizeram a reportagem dos meus trabalho e com os pedidos de socorro que resolvi fazer na altura para os Médicos Portugueses.

Foi nessa exposição que conheci um Jornalista que trabalha num Jornal Regional de Sintra, de nome Neves Pedro, que fez uma reportagem dos meus trabalhos, com os meus pedidos de ajuda, e resolveu ajudar-me na procura do Medico que aceitasse o meu caso.
No início do ano 2002 o senhor Neves Pedro organizou uma exposição dos meus trabalhos, na Igreja Paroquial de Rio de Mouro, e fez um pedido a vários cantores Portugueses para me ajudarem; um desses cantores é o Marco Paulo, que fez um pedido de ajuda através da televisão «TVI». Depois dessa exposição, fiz a minha matricula na escola Padre Alberto Neto, em Rio do Mouro, para concluir o mru 9º ano de escolaridade.

Hoje já posso dizer, com a graça de Deus, que estou a frequentar as aulas na Escola Padre Alberto Neto, em Rio de Mouro, e já conclui o nono ano de escolaridade no ano lectivo 2006\ 2007 e cumprir metade da promessa que fiz á minha Mãe: de que vou continuar os meus estudos e concluir o meu 9º ano de escolaridade e de concluir um corso profissional de informática, de que tanto anseio
Em 2004, acabei por publicar um livro ilustrado, com a ajuda do hospital de medicina e reabilitação do Alcoitão e da Santa Casa de Misericórdia, de titulo Roubo de peixe.

ACRESCENTO: em geral quando vou escrever sobre alguém é-me complicado, porque nunca sei se as palavras que estou a usar são as certas para passar a imagem que tenciono.

Com Nelson corro também esse risco, mas nunca por culpa dele. Pois ele é das pessoas mais transparentes que conheci. Seus olhos dizem tudo.

Pedi ao Nelson que escrevesse sobre ele. O texto acima é de sua autoria. Gostaria que para o conhecerem melhor visitem seu blogue. Caso queiram adquirir algum dos seus quadros podem contacta-lo pelo mail firminoamendes@gmail.com seria excelente para o artista Nelson Mendes. Deixo em baixo uma amostra do seu trabalho.

Nelson Mendes que estão a conhecer já passou por momentos horríveis. Sabem que por exemplo já esteve 8 anos seguidos deitado numa cama sem sequer se levantar um único dia? Que para que se pudesse sentar, e assim pelo menos poder deslocar-se numa cadeira de rodas eléctrica, e não continuar a viver numa cama para sempre, foi sujeito uma complicada operação em que inclusive lhe tiveram que remover uma parte óssea?

Pois é...e como estes episódios há muitos mais. Importante no meio disto tudo é que Nelson continua de cabeça erguida, sorridente, feliz á sua maneira, cheio de força para continuar a viver, não revoltado, e sempre pronto a ajudar o próximo.
Vou contar um episódio que mostra bondade do Nelson: no Centro utentes entram... têm alta... e isto torna-se rotina. Nelson até porque está acamado e devido gravidade sua situação está internado há mais tempo. Vai vendo sair e entrar colegas todos os meses.

Portugal ao abrigo de protocolos governamentais que tem com nossas antigas colónias, dá-lhes apoio em várias áreas, neste caso recebendo doentes que lá não teriam hipótese nenhuma de um tratamento adequado, que como sabem têm sistemas saúde e equipamentos nalguns casos quase inexistentes ou mesmo inexistentes. Infelizmente alguns doentes desesperam por uma transferência para nossos hospitais sem isso nunca acontecer. Dizem que é das burocracias. Eu digo que é da inércia e maldade de algumas pessoas.

Chegou ao quarto do Nelson o Carlos (foto a seguir) um rapaz com 21 anos, Cabo Verdiano a esse abrigo. Tetraplégico, muito debilitado, dificuldades comunicação...como em geral faço com novatos fui ter com ele, apresentar-me, por-me á sua disposição, e dar-lhe força.
Soube por ele que o que mais desejaria era um mp4 para ouvir músicas da sua terra. Isto semana que tive alta. Comecei tentativa de proporcionar-lhe esse desejo. No mesmo dia no ginásio vejo-o todo sorridente com aparelho nos ouvidos. Questionei-o. Respondeu-me que tinha sido Nelson que lhe tinha emprestado. Ao falar no assunto ao Nelson disse-me que lhe tinha emprestado o dele e ficado sem.

Nelson acamado, sei que adora música, estava sempre a usá-lo. Mas preferiu ficar sem e emprestar a uma pessoa que conheceu á uns dias. Ainda me acrescentou que tinha guardados 10,00 euros para que quando pudesse andar na cadeira comprar um ao Carlos. Isto sim são gestos e acções que me enchem de felicidade e para mim vivê-las é um privilégio imenso. Isto sim dá-me força e razões para viver e acreditar num mundo melhor. Bem haja Nelson.

E sabendo eu das dificuldades que Nelson passa em termos financeiros, mais importante se torna seu gesto. Nelson confidenciou-me que quer comprar um disco externo multimédia. Para ele seria mais uma independência a nível de conteúdos. Com um simples comando comandava muita coisa. Mas como não tinha dinheiro iria começar a tentar juntar mensalmente uns tostões para quem sabe um dia poder compra-lo. Disse-me que sempre faz isso. Nunca sabe se junta quantia e quando, mas tenta.

Por tudo isto, conhecer este ser maravilhoso para mim foi uma bênção. Fico muito lisonjeado e feliz por ele se considerar também meu amigo.

Mais sobre Nelson Mendes: aqui, aqui e aqui








domingo, 13 de setembro de 2009

MINHA ALTA DO CENTRO MEDICINA REABILITAÇÃO ALCOITÃO



Tive alta esta sexta-feira dia 11. A nível da bexiga vim pior do que fui. Mas conscientes de que tudo foi feito para alterar quadro.
Agora resta-me hipótese implante Neuroestimulador. Dia 29 presente mês voltarei á consulta no Hospital CUF Descobertas com urologista e veremos...

Quanto aos posicionamentos de pé, irei retomá-los pelo menos duas vezes por semana. Ainda irei mais uma vez conhecer melhor todas cadeiras eléctricas de verticalização que há no mercado e escolher com mais calma.

Fisioterapia irei iniciá-la depois de escolher uma clínica que me agrade. Fortalecimento membros superiores e equilíbrio agradecem.

Transferências para e do carro para cadeira consigo fazê-las com ajuda terceiros. Um pouco difícil, mas importante é que funciona.

Srº Manuel Jacinto teve alta também na última sexta-feira. Despedida foi feita num jantar na quinta-feira, no refeitório do 4º piso com petiscos trazidos por ele e D. Noemia*. Juntou-se ao grupo Srº Rui Costa, paraplégico há largos anos que chegou para nosso quarto para avaliações.

*D.Noemia foi uma companhia constante durante meu internamento. Obrigado pelos passeios em conjunto, comidinha caseira (principalmente brasileira) e muitos miminhos. Obrigado por tudo.

Difícil foi despedida na sexta-feira. Já tinha referido as estranhas sensações ao ver nossos colegas partirem. Agora calhou-me a mim despedir-me. Quero relembrar que foram quase 3 meses passados em conjunto. Partilha-se uma imensidão de situações. Mais tristezas que alegrias. Mais derrotas que vitórias. Mais lágrimas que sorrisos.

No meu quarto do grupo ficou o João Brites e o Beto, no meu caso despedir-me do João foi traumático. Só o gesto “aperto de mão” saiu. Minha voz não saiu e um enorme nó na garganta me impediu de falar. Só lágrimas estavam desejosas de saltar cá para fora.
Nem olhá-lo nos olhos foi possível. Verifiquei que ele também se debatia numa grande angústia. Afastamos nossas cadeiras e solução foi fugirmos da situação. Só sei dizer que entrei no táxi e silêncio acompanhou-me por vários quilometros. Só horas depois consegui falar.

Foi muito triste deixar o João numa fase menos boa. Teve que abrandar na fisioterapia. Últimos dias só injectáveis lhe aliviam de alguma maneira as dores. Seu problema de pele, embora melhor também nunca mais o deixa em paz.

Fiquei com um carinho e admiração muito grande pelo João. É um homem de grande carácter, respeitador, educado e se depender dele nunca haverá problemas no mundo. Conhece-lo foi um privilégio. Tudo farei para que nossos contactos continuem. João, é com muito prazer que te tenho como amigo.
Só desejo que de uma vez por todas problemas se afastem e João recupere para que assim possa recomeçar a construção de uma nova vida junto de sua família.

Beto já se encontra bem e dentro de dias terá alta. Vamos de certeza nos encontrar várias vezes.

Srº Jacinto foi para seu Algarve. Desde inicio que simpatizei com ele. Não me canso de frisar e admirar sua força. Nunca o ouvi reclamar uma única vez da sua situação. Fico feliz ter-se interessado pela informática. Pc no seu caso é uma excelente companhia.

Desejo de coração que Srº Jacinto continue sempre alegre e que não sofra mais. Pois já teve sofrimento suficiente.

Ti-nó-ni porte-se mal e nunca deixe de ser essa criança adulta.

TMN ACABA LANÇAR TARIFÁRIO ESPECIAL PARA PORTADORES INCAPACIDADE IGUAL OU SUPERIOR 60%


COMUNICAR.TMN ALADIM é o mais recente tarifário da TMN criado para cidadãos com dificuldades ou incapacidades.

O comunicar.tmn Aladim tem uma mensalidade de apenas 4,95 euros em resultado do apoio da Fundação PT, que através da subsidiação em 50% do valor original da oferta, 9,90 euros, contribui para a expressiva redução do tarifário, tornando-o ainda mais convidativo.

Para aderir ao novo serviço tarifário da TMN, basta ir a um ponto de venda da rede de lojas PT e solicitar a alteração do tarifário actual para o comunicar.tmn Aladim, mediante a apresentação de documentação certificada. Que será declaração da incapacidade, que terá de ser igual ou superior a 60%. Para o esclarecimento de dúvidas, a TMN disponibiliza, para além das lojas, outros pontos de contacto com o cliente, caso do 1696 (a partir das redes TMN e PT Comunicações) e da Linha Directa Soluções Especiais PT, disponível através do 800206206 (em funcionamento nos dias úteis, das 9h00 às 19h00).

De recordar que a Portugal Telecom, através da Fundação PT, disponibiliza um conjunto de ofertas especiais subsidiadas, compreendendo soluções tecnológicas e serviços à medida das pessoas com necessidades especiais.

No Programa Aladim da PT estão incluídos diferentes serviços móveis e fixos, tais como o ADSL.PT Aladim, o RDIS.PT Aladim e o SAPO Internet Móvel.PT Aladim.
Noticia completa: aqui

BOLA DE NEVE É OUTRO PROJECTO PT ACABADO DE INICIAR.

A Portugal Telecom, através da Fundação PT, e em parceria com a Qualcomm Incorporated e a Direcção Geral de Saúde lançaram o projecto Bola de Neve.

Os doentes internados nas unidades de saúde serão o público-alvo deste projecto. Serão identificadas pelo serviço de saúde as necessidades de equipamento tecnológico em cada uma das 23 unidades hospitalares. A avaliação técnica dos doentes será feita em articulação com os cerca de 80 Núcleos para a Inclusão Digital, instalados pela Fundação PT em todo o país, em escolas, universidades, instituições privadas de solidariedade social e misericórdias.

Por outro lado, irá também "garantir-se a cobertura nacional e assegurar a existência de técnicos, nomeadamente nas áreas da terapia da fala, educação, psicologia e/ou enfermagem, preparados para dominar as tecnologias móveis contempladas no Bola de Neve", revela a Portugal Telecom.

A empresa informa que "nos Núcleos 3G para a Comunicação Aumentativa, serão utilizados computadores portáteis com aplicações especiais de comunicação aumentativa, destinadas a doentes com deficiências motora ou da fala, que passarão assim a ter acesso à Internet e a poder enviar e receber SMS".

Refere, ainda, que, "para muitos doentes, estes portáteis serão o seu único meio de comunicação. Após a saída das unidades hospitalares, estes cidadãos beneficiarão do Sistema Nacional de Saúde, das condições previstas por instituições privadas de solidariedade social ou, ainda, do apoio dos programas subsidiados pela Fundação PT".
Noticia completa: aqui

sábado, 12 de setembro de 2009

Alamal: Praia fluvial acessivel

Como vocês sabem, desde que nossa saúde esteja estabilizada, médicos autorizam-nos (e até incentivam) a passar fins-de-semana nas nossas casas.
Fim-de-semana de 4 a 6 de Setembro a meu convite, Alberto (colega quarto) veio passá-lo comigo.

Como minha região está muito bem servida de praias fluviais e lindos parques lazer, fomos passar o Sábado num deles que vos quero apresentar -caso não conheçam- e recomendar.

Muitos espaços verdes, com tiralô, nadadores salvadores que nos auxiliam nas idas á água são muito amáveis e disponíveis, verifiquem que esplanada, banho chuveiros, wc's adaptados, areia e água está tudo muito bem interligado.

Está localizada na margem esquerda do rio Tejo, entre Gavião e Belver e está classificada como “Praia Acessível”. Tem nadador salvador e areal marinho renovado todos os anos.
Tem um magnífico passadiço (Infelizmente não acessível nossas cadeiras de rodas), com cerca de 2 km, que bordeja o rio desde a praia até a ponte de Belver-Gavião: são freixos, amieiros, salgueiros, sobreiros.

A praia está integrada no complexo da Quinta do Alamal, de que herdou o nome e que foi adquirida pela autarquia em 1997.
Actualmente tem sanitários, balneários, primeiros socorros, snack-bar. Centro Aventura do Alamal (centro integrado de lazer). Pode-se ainda praticar diferentes actividades desportivas e de aventura, pesca desportiva, circuitos pedestres, desportos náuticos e passeios de canoa e de barco pelo Rio Tejo. -Nenhuma modalidade adaptada-.

O "TIRALÔ OU CADEIRA ANFÍBIA" É CONSIDERADO AJUDA TÉCNICA

São de origem francesa, e serve para deslocar mais facilmente pela areia, (terrenos irregulares com pedras, por exemplo), e levar ao banho as pessoas com mobilidade condicionada (deficientes, idosos, etc.) globalizando a ideia de praia para todos.

O Tiralô, é considerado uma Ajuda Técnica, por isso só paga 5% de IVA, o que não o impede de ter um preço que não é muito acessível – como a maior parte das ajudas técnicas!!! Segurados podem pedir prescrição médica e assim adquiri-lo sem encargo nenhum.

A cadeira anfíbia tem grande flutuabilidade e estabilidade, suportando perfeitamente as ondas, que em situações normais existem nas nossas praias. Deve ser usada com o auxílio de pelo menos uma pessoa.

O Tiralô não é uma embarcação, e portando não deve ser usada como tal.

É fácil de usar, a altura do assento é inferior à de uma cadeira de rodas, o que facilita a transferência da pessoa. Para maior conforto tem um apoia pés. (existindo um espaço entre o apoia pés e o assento, permitindo colocar os pés na areia ou na água)

É fabricado num material de alta resistência e de fácil manutenção. O Tiralô é facilmente desmontável o que permite o seu transporte em viaturas convencionais.

Alberto (Beto) com Castelo de Belver ao fundo

Beto resolveu sair do Tiralô e aventurar-se por uns momentos livre. Conseguiu.

Castelo de Belver que está sempre presente

Por último (já estão cansados/as de tantas fotos e assim não reparam no meu soberbo físico hehe!!) eu a tentar refrescar-me com um geladito.

sábado, 5 de setembro de 2009

12º EVERY FINE ARTS FESTIVAL

A instituição RESIDENTIAL SOCIAL CARE HOME da Polónia, organiza todos os anos um Festival de Artes Internacional em Novembro, o EVERY FINE ARTES FESTIVAL.

Este festival visa apresentar e expor todo o tipo de trabalhos artísticos e artesanais criados por pessoas com deficiência.

Este ano, realiza-se na cidade de Lódz, na Polónia, de 2 de Novembro a 14 de Novembro de 2009.

Cada pessoa poderá enviar até 3 peças de arte (pintura, escultura, desenho, artesanato) assinadas e com a data de nascimento dos autores até dia 20 de Outubro de 2009.

Quem estiver interessado, poderá contactar a responsável do projecto via e-mail, para Teresa Grzelcczak : teresatex@wp.pl

Foto: "Nosso" Nelson Mendes a pintar acamado.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

D. AURORA



Conheci D. Aurora no grupo da fisioterapia respiratória. Devido eu estar no 1º piso e ela no 4º, nossa convivência fora grupo é pouca. Mas o pouco que conheci dela foi o suficiente para verificar que é um ser muito bonito, emotivo, sensível, lutador, e cheio de vontade de viver.
Feição do seu rosto transmite ternura e calma. Sempre sorridente, bem disposta e cheia de energia.

Tetraplégica com quase nenhum movimento dos membros superiores e inferiores, tem 58 anos, casada, Mãe de dois filhos adultos e avó de um neto. Vive arredores de Lisboa, na sua casa com ajuda sua empregada que muito estima e seu marido que nunca deixou de estar a seu lado e a apoiar em tudo que ela precise.
Sua família é sua âncora. Sempre prontos a proporcionarem-lhe uma vida o mais digna possível. Fins-de-semana inclusive há sempre tempo para a levarem a belos passeios.
Fala do seu genro com imenso carinho, emoção e orgulho. Inclusive com lágrimas a correrem-lhe pelo rosto abaixo, lembra um episódio em que seu genro durante uma visita que lhe fez ao Hospital, nos primeiros dias de seu levante para a cadeira, lhe limpou rosto cheio lágrimas, e muitos outros excessos com uma ternura tão tocante que jamais esquecerá.

Até aos 35 anos de idade fez uma vida normalíssima. Inclusive trabalhava como profissional de seguros. Até que começou a verificar um pé sempre inchado, corpo inteiro repleto de lesões avermelhadas na pele, excepto rosto.
Consultou dermatologista que logo lhe detectou ARTRITE PSORIÁTICA de origem nervosa e a informou que doença era incurável. Não satisfeita com informação, resolve ir a Londres a uma consulta com outro especialista.
Não adiantou porque informação que lhe prestaram não foi diferente que portuguesa.

Até aos 40 anos seu estado saúde foi sempre piorando. Inclusive somente andava com ajuda de andarilho devido pouca mobilidade e dedos começaram deformar-se.

Para piorar mais ainda a situação, sofreu uma queda da cama que a atirou para cadeira de rodas. RESSONANCIA MAGNÉTICA verificou lesão medula. Foi logo operada e dias depois enviada aqui para o CMRA para reabilitação.

Não poder andar. Sua falta movimentos membros e ser dependente dos outros é sua maior angústia.

Adora conviver. Por isso não abdica de juntamente com mais 5 amigas, ir todos os dias da semana beber seu chazinho e desfrutar de umas tardes agradáveis, num café perto de sua casa.