domingo, 29 de novembro de 2020

Convite: Dia internacional das pessoas com deficiência - Webinar "A Empregabilidade e a Deficiência"

No âmbito da celebração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, aAssociação Cabra Cega e a Associação Voa, Inclusão para a deficiência debatem o tema "A Empregabilidade e a Deficiência".
O debate introduzir-se-á com a publicação diária de vídeos relacionados com o tema e culminará com um Webinar no próximo sábado 5 de Dezembro entre as 16h30 e as 18h, via Zoom com transmissão em direto pelo facebook.


Com vista a abranger todas as áreas envolvidas neste processo, convidamos, entre outros, os seguintes oradores a participar:
Dr.ª Ana Sofia Antunes , secretária de Estado da inclusão das pessoas com deficiência,
- Políticas de inclusão

Dr. Carlos Pinto , Diretor do IEFP de Torres Vedras,
- Medidas de apoio ao emprego de pessoas com deficiência

Filipe Baptista, com deficiência visual , Mestre em sociologia
Daniel Ribeiro, com deficiência motora, formação em gestão e programação de sistemas informáticos
- Pessoas com deficiência desempregadas: As dificuldades na procura de emprego

Diogo Melo, cego, Engenheiro de software na Critical Software
Ana Cristina Antunes, tetraplégica, técnica administrativa/ rececionista no IPOC (instituto português de osteopatia clássica)
Eduardo Jorge, tetraplégico, Gerente num restaurante solidário
- Pessoas com deficiência empregadas: A integração no emprego

Dr.ª Vanda Cardoso e Dr.ª Paula Santos, respetivamente diretora e coordenadora da Quinta do Espirito Santo, Comunidade Vida e Paz
- Experiência enquanto empregador privado de pessoas com deficiência e promotor de reinserção de pessoas na vida ativa

Eng.º José Alberto Quintino, Presidente do município de Sobral de Monte Agraço
- Experiência enquanto empregador público de pessoas com deficiência

Vanda Nunes, Diretora da Valor T (Talento e Transformação)
- Testemunho da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa enquanto empregador e parceiro na construção de uma nova resposta para a empregabilidade de pessoas com deficiência

Participação no Webinar, Limitada a 100 participantes, gratuita
Associação Cabra Cega está convidando você para uma reunião Zoom agendada.
Tópico: Dia Internacional da pessoa com deficiência, Webinar "A Empregabilidade e a Deficiência"
Hora: 5 dez 2020 04:30 PM Lisboa
Entrar na reunião Zoom
https://zoom.us/j/98229351302...
ID da reunião: 982 2935 1302
Senha de acesso: 9agys9

Mais informação: Evento facebook.

sábado, 14 de novembro de 2020

Colóquio Internacional: Deficiência e Vida Independente em Portugal: desafios e potencialidades

A Vida Independente tem-se sedimentando internacionalmente enquanto a defesa de que as pessoas com deficiência devem ter o controlo sobre todas as decisões que dizem respeito às suas vidas. Trata-se de proclamar o direito a viverem em contextos em que não sejam subjugadas pelas lógicas da dependência do cuidado familiar ou das soluções oferecidas em contextos institucionais que, sem atenderem às suas especificidades, as colocam numa situação de vulnerabilidade, impedindo-as de tomar decisões em relação às suas vidas. Este direito encontra-se plasmado no art. 19.º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Em Portugal o primeiro Centro de Vida Independente foi criado em Dezembro de 2015 na cidade de Lisboa resultante de um projeto-piloto financiado pelo município e só em 2017 foi aprovado o programa “Modelo de Apoio à Vida Independente” (MAVI), que deu origem à criação de projetos-piloto a nível nacional que se encontram atualmente a decorrer. A Vida Independente continua, assim, a ser uma possibilidade para algumas pessoas e não um direito generalizado à totalidade das pessoas com deficiência em Portugal.

O colóquio internacional – "Deficiência e Vida Independente em Portugal: desafios e potencialidades" – é uma organização conjunta do projecto “DECIDE - Deficiência e autodeterminação: o desafio da "vida independente" em Portugal”, que assim marca o encerramento das suas atividades, e do Centro de Apoio à Vida Independente de Lisboa do CVI. Para além da apresentação e discussão dos resultados finais do projeto DECIDE, este colóquio constituirá um momento de reflexão sobre as soluções de Vida Independente oferecidas às pessoas com deficiência em Portugal lidas à luz da experiência internacional. O colóquio contará, mais uma vez, com a participação de Adolf Ratzka (Fundador e diretor do Independent Living Institute – Suécia) e da European Network on Independent Living (ENIL), bem como de representantes de diferentes países europeus (Suécia, Suíça, Bulgária, Inglaterra e Espanha) que nos apresentarão as soluções encontradas nos seus países para implementar a Vida Independente para pessoas com deficiência.

A minha participação acontecerá no dia 18 das14h15 - 15h45 - Mesa redonda
Vida Independente em Portugal: experiências, soluções e desafios
Jorge Falcato (Representante do CVI)
Teresa Guimarães (Presidente da APPACDM do PORTO - em representação da Humanitas)
Rogério Cação (Vice-Presidente do Conselho de Administração da FENACERCI)
Joaquim Brites (Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Neuromusculares - APN)
Representante da ACAPO
Abílio Cunha (Presidente da Direção da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral - FAPPC)

Moderador: Eduardo Jorge (ativista pelos direitos das pessoas com deficiência em Portugal)

Fonte e mais informação na página do projecto DECIDE e na página dedicada ao colóquio.

Organização: Projeto “DECIDE - Deficiência e autodeterminação: o desafio da "vida independente" em Portugal” (PTDC/IVC-SOC/6484/2014 - POCI-01-0145-FEDER-016803), CAVI LISBOA do CVI ( CAVI 124/2016 – C reconhecido pelo Decreto - Lei n.º 129/2017, de 9 de outubro)
_________________________

Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis.

18 novembro:
https://us02web.zoom.us/j/87024259816?pwd=bjBhdGxjU25SSHZqREhTZTBETGloQT09
ID da reunião: 870 2425 9816
Password: 0112

19 novembro
https://us02web.zoom.us/j/86582740675?pwd=N245emR5RHNYQmp1SDUwNERMSTNqUT09
ID da reunião: 865 8274 0675
Password: 0112

20 novembro
https://us02web.zoom.us/j/82987628352?pwd=RURJOWxWNTc0Q0tHYjRqaXBLUVM1Zz09
ID da reunião: 829 8762 8352
Password: 0112

21 novembro
https://us02web.zoom.us/j/84826736681?pwd=MzN1TDkxZHNjRFEwQzFaMjFibktpUT09
ID da reunião: 848 2673 6681
Password: 0112

Agradecemos que todos/as os/as participantes mantenham o microfone silenciado até ao momento do debate. O anfitrião da sessão reserva-se o direito de expulsão do/a participante que não respeite as normas da sala.

As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Nova cadeira Quickie Q50 R com sistema de encarte

Nova cadeira Quickie Q50 R com baterias em lítio, sistema de encarte e com um peso leve, sem baterias e encosto. Ideal para viagens. Tem Certificado CE e Certificado de Dispositivo Médico.



Características da Cadeira:

Eletrónica original Curtiss-Wright VSI com caixa de controlo integrada, Bateria de lítio de 30Amph, Motores de 150 watts sem escovas, Velocidade máxima de 6km/h, Sistema de encarte, Plataforma de apoio para os pés em alumínio, dobrável e regulável em altura em 2 posições, Encosto desmontável e ajustável em altura, Base do assento com correias com ajuste na área central, Apoios de braços dobráveis e com bloqueio de posição, Cores disponíveis para pormenores: vermelho, verde e azul, Largura total: 60 cm, Comprimento total: 86,5cm até 109 cm, Altura total: 90,5 cm até 100,5 cm, Máxima inclinação de segurança: 8º, Parte mínima mais pesada (sem bateria, almofada e encosto): 29,5 kg, Peso máximo de utilizador: 136kg.

Fonte e mais informações: Ergométrica

domingo, 1 de novembro de 2020

O que mudou na vida do Zé Maria com a assistência pessoal

 As minhas duas últimas crónicas no jornal Abarca. A 1ª é o relato do meu amigo Zé Maria, autor do blogue "brincadeirices", sobre a sua experiência com assistência pessoal. Na 2ª crónica escrevo eu sobre a importância de continuarmos a lutar pela Vida Independente.

O que mudou com a assistência pessoal

A 18 de novembro de 2006 (há mais de 13 anos, outra vida, hrumpf!), o Zé Maria teve um TCE (Traumatismo Crânio Encefálico) grave devido a um acidente de viação causado por sonolência ao volante. Foi a entrada num mundo novo de reaprendizagens e novidades, um desafio que se fosse fácil não tinha piada.
Vai falando e andando melhor com subidas e descidas numa progressão algo inconstante mas sempre positiva num processo longo, qual maratona. A assistência pessoal sempre sentira como um projeto muito à frente, arrojado mas que não precisava, não queria: genial mas como ir à lua.

Sempre achou que tornar-se mais dependente de outros era algo que não queria (coisa de miúdo, como o vírus tem demonstrado: somos todos interdependentes), não fala e não anda mas vai cantar e brincar ao pé coxinho, é um brincalhão. De facto, percebo agora que é dar dois passos atrás para dar um à frente, qualquer pessoa é um misto de órgãos, sensações, sentires, muita coisa; não se percebendo bem o que é o todo, por vezes. E sendo eu um ser que precisa muito de pessoas, adapta-se a mim este projeto como uma mãe a um filho.

Já não sei bem (ou sei mas não interessa para aqui) como surgiu o primeiro passo mas ia receoso e confiante, receoso porque tinha medo de perder intimidade; confiante porque tinha visto como funcionava bem com um grande amigo meu e funcionava muito bem: dava-lhe vida, nem sabia o quanto isto ia ser importante para mim. Como todas as novidades só sabes se é bom depois de experimentares e a uma reunião via zoom com o F., seguiu-se uma reunião presencial, ficara acordado avançar com o projeto: o próximo passo seríamos só nós dois.

O F. era brasileiro (fala mais vocálica, o que é bom para mim), moreno, paulista, entroncado, mais novo que eu e bem disposto, sorriso fácil: começou bem, não roubava espaço, extremamente humilde, bastante recetivo e tão prestável que me deixa pouco à vontade: você vai ter que ter paciência para eu não o entender, pensava: já estou habituado. A Fala como é hábito tem-se desenvolvido bem pelo contacto.

Várias indicações tinha tido: de ser preciso manter alguma distância não confundido afetos com o lado profissional, manter alguma formalidade, não querendo criar amizades. Quem me conhece sabe como é infrutífero este pedido, não tenho jeito para ser patrão, dizia. Minha fonte de confiança neste projeto dizia-me: quero alertar-te para a necessidade de seres patrão à tua maneira em certas circunstancias.

O meu AP F. tem sido um rever, de novo, minha vida de privilégios por outros olhos (passeios, família e amigos), um constante falar de acabar o dia cansado, um rir até não conseguir falar, tem sido autonomia. O F melhorou a minha vida, é (exageradamente) calmo, da paz e dá gosto apresentar-lhe amigos de quem gosta e é gostado.

Tenho ganho mobilidade na cadeira de rodas (tripé e fala não combinam e não quero desperdiçar a companhia...) e treinado a fala acabando o dia cansado; a fala tem melhorado muito pelo constante uso.
Prevejo (ou talvez não…) que também no andar vou passar para outras fases após cimentar sua presença. Tenho tido companheiros, familiares, ao longo destes 14 anos, mais íntimos e para quem a minha vida não é uma novidade; agora, tenho que estar mais atento, ativo ao trânsito para indicar (e ser patrão à minha maneira) e mostrar, descobrir gostos em comum.

Tenho estado como anestesiado, apaixonado, pelo F., a minha vida ganhou ânimo, só quero que esta sensação/relação se prolongue. A primeira semana com o AP F soube bem. Sinto-me com maior poder/autonomia sobre a vida e gosto de a ver, à vida!  Por Zé Maria.


Vamos lutar pela Vida Independente? 

"Uma coisa vos posso dizer, e tenho muita confiança no que vos vou dizer, que é: O grande passo está dado. Pôr a vida independente na rua foi o grande passo. A partir daqui, acabar com ela vai ser muito, mas muito mais difícil porque a partir daqui as pessoas sabem o que é a vida independente; sabem o que é beneficiar deste apoio; os assistentes pessoais conhecem o seu valor; as famílias conhecem o valor desta resposta...E estou certa que a partir deste momento, todos vocês, em conjunto comigo, são um movimento único para lutar pela permanência desta resposta por muito, muito e muito tempo. Não vislumbro qualquer tipo de cenário futuro em que a vida independente não seja uma realidade".

Assim falou a Secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, no passado dia 15 de outubro num encontro promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, intitulado “Boas práticas de apoio à vida independente: o que mudou?" na presença de algumas equipas técnicas dos Centros de Apoio à Vida Independente espalhados pelo país convidados para o evento.

O Decreto-Lei nº 129/2017 de 9 de outubro, aprovou o programa "Modelo de Apoio à Vida Independente" (MAVI), definindo as regras e condições aplicáveis ao desenvolvimento da atividade de assistência pessoal, mas somente no primeiro trimestre de 2019 as pessoas com deficiência puderem beneficiar da tão esperada assistência pessoal através de projetos-piloto criados por Centros de Apoio à Vida Independente.

Esses projetos-piloto têm a duração de 3 anos. Falta menos de dois anos para o seu término. O prometido é no final dos 3 anos a assistência pessoal deixar de ser um projeto-piloto e em 2023 passar a ser uma realidade sem as limitações atuais, mas pelas palavras da Secretária de Estado, isso só acontecerá se a partir de agora nos juntarmos a si, e criarmos um movimento único para lutar pela permanência da assistência pessoal em definitivo.

Por experiência própria sabia que o prometido não é devido quando a promessa vem da parte do Governo, neste caso nada como ser relembrado por um membro do Governo. Quanto a mim o convite da nossa Secretária de Estado está aceite. Infelizmente não me resta outra alternativa. Ainda cheguei a ter a esperança que a luta tinha terminado. Que já tinha feito a minha parte, mas pelas suas palavras vejo que me enganei. Próximo passo é tentar saber como me juntar à Secretária de Estado Ana Sofia Antunes e fazer parte do movimento.

Simplificação do processo de reconhecimento do Estatuto do Cuidador Informal

Foi publicada, no dia 28 de outubro, em Diário da República, a Portaria n.º 256/2020 que simplifica o processo de reconhecimento do Estatuto do Cuidador Informal, aprovado em anexo à Lei n.º 100/2019, de 6 de setembro.



Esta Portaria elimina a necessidade de atestado médico que certifique que o requerente possui condições físicas e psicológicas adequadas e prevê, até 31 de dezembro de 2020, a possibilidade de apresentação de documentos que impliquem atos médicos em momento posterior.

Fonte: INR