domingo, 30 de março de 2014

Vende-se carrinha usada Paravan adaptada para cadeira de rodas

Vende-se carrinha usada adaptada para cadeira de rodas (imagem abaixo), com 2.986 de cilindrada, marca Ford, modelo YDR (Windstar), com 5 lugares ano 1998, a gasolina, 230.000 kms, rampa automática.


Mais informações através de msg ou tetraplégicos@gmail.com


Invenção de uma mãe com filho em cadeira de rodas ajuda-o a andar pela primeira vez

A invenção de uma mãe que deu ao seu filho cadeirante a oportunidade de caminhar foi lançado no mercado de todo o mundo.
Uma empresa da Irlanda do Norte transformou a ideia de Debby Elnatan em um produto que pode transformar a vida de inúmeras crianças deficientes.
Ela projetou um suporte que permitiria Rotem seu filho com paralisia cerebral a ficar de pé e, anexando-o a si mesma, deixa pai e filho tomar medidas em conjunto.
Depois de uma busca global por uma empresa para produzir em massa o seu “Upsee”, a mãe que é de Israel escolheu na Irlanda do Norte o fabricante Leckey, que tem um longo histórico em fazer equipamentos para crianças com necessidades especiais.
Depois de testes bem sucedidos com as famílias no Reino Unido, EUA e Canadá, o Firefly Upsee foi lançado hoje no mundo.
“É maravilhoso ver este produto disponível para famílias em todo o mundo”, disse a Sra. Elnatan, que estava na inauguração oficial da fábrica Leckey em Lisburn.
” Quando meu filho tinha dois anos de idade , foi-me dito por profissionais médicos que” ele não sabia o que suas pernas são e não tem consciência delas. “
” Isso foi uma coisa incrivelmente difícil para uma mãe ouvir. Comecei a levá-lo dia após dia , o que foi uma tarefa muito árdua para nós dois . Fora da minha dor e desespero veio a ideia para o Upsee e estou muito contente de vê-lo ser concretizada .
Ele inclui um apoio para a criança , que preso a um cinto usado por um adulto, e sandálias especialmente projetados que permitem que o pai e a criança deem o passo ao mesmo tempo, deixando as mãos livres para brincar e outras tarefas.
Designers , engenheiros, especialistas em têxteis e terapeutas da equipe Firefly de Leckey vêm trabalhando no projeto desde 2012.
” Quando meu filho tinha dois anos de idade , foi-me dito por profissionais médicos que” ele não sabia o que suas pernas são e não tem consciência delas. “
” Isso foi uma coisa incrivelmente difícil para uma mãe ouvir. Comecei a levá-lo dia após dia , o que foi uma tarefa muito árdua para nós dois . Fora da minha dor e desespero veio a ideia para o Upsee e estou muito contente de vê-lo ser concretizada .
Ele inclui um apoio para a criança , que preso a um cinto usado por um adulto, e sandálias especialmente projetados que permitem que o pai e a criança deem o passo ao mesmo tempo, deixando as mãos livres para brincar e outras tarefas.
Designers , engenheiros, especialistas em têxteis e terapeutas da equipe Firefly de Leckey vêm trabalhando no projeto desde 2012
Enviado por vários leitores, sendo o 1º deles o José Mariano

Ajude o Centro Social do Pego através do seu IRS

Com o contributo de muitos, o Centro Social do Pego teve um reembolso de 1.716,76 euros, relativamente a 2012, através da consignação fiscal de 0,5% do IRS, a qual é retirada do total que o estado liquida e não do reembolso que é devido ao contribuinte. Um muito obrigado a todos os que contribuíram para tal. Mais uma vez lhe pedimos que volte a contribuir neste programa de consignação e esperamos que muitos mais nos ajudem neste pequeno gesto que acaba por ser muito importante para nós.

Desde já, o nosso muito obrigado.

Leia a informação presente nesta foto abaixo apresentada.

Ajude a Associação A Creche de Braga através do seu IRS

Se deseja ajudar a Associação A Creche de Braga, com 98 anos de existência, a crescer cada vez mais, aquando da entrega em suporte de papel ou do envio pela Internet, da sua declaração de modelo 3 de IRS, de um amigo ou de um conhecido, e sem quaisquer custos (prejuízos) para os mesmos, quer em termos do reembolso ou de pagamento de IRS, faça a consignação (contributo) de 0,5% do imposto liquidado, nos termos do n.º 6 do Artigo 32 da Lei n.º 16/2001 de 22 de Junho.

Para tal, no campo 901 do quadro 9 do anexo H - BENEFÍCIOS FISCAIS E DEDUÇÕES, assinale com a letra X o quadrado "IRS" respeitante a Instituições Particulares de Solidariedade ou Pessoas Coletivas de Utilidade Pública e indique o NIPC 500 875 278.

As nossas crianças agradecem.

Em suporte de papel:

- Durante o mês de Março, se apenas tiverem sido recebidos ou colocados à disposição rendimento de trabalho dependente (categoria A) e/ou pensões (categoria H).

- Durante o mês de Abril se tiverem sido obtidos rendimentos de outras categorias ou for exigível a apresentação do anexo G1.

Via Internet:

- Durante o mês de Abril, se apenas tiverem sido recebidos ou colocados á disposição rendimento de trabalho dependente (categoria A) e/ou pensões (categoria H).

- Durante o mês de Maio se tiverem sido obtidos rendimentos de outras categorias ou for exigível a apresentação do anexo G1.

Aproveitamos para agradecer igualmente a todos que no ano transato contribuíram para que a Autoridade Tributária e Aduaneira nos tivesse creditado, a este título, o montante de 2 189, 92 €.

Os melhores cumprimentos


Pel'A Direção

Enviado por Mário Relvas

Estudo sobre o impacto da integração profissional na qualidade de vida das pessoas com deficiência

O investigador Carlos Veiga defendeu, que as instituições que dão formação a deficientes devem apostar mais em práticas que promovam a qualidade de vida no dia-a-dia, para que haja uma efectiva inclusão social.

"Devem alterar o paradigma formativo para dar mais atenção àquilo que é a qualidade de vida do quotidiano dos formandos do que, ainda que sem deixar de o fazer, às questões laborais", disse à Lusa o docente da Universidade do Minho.

Carlos Veiga coordenou um estudo sobre o impacto da integração profissional na qualidade de vida das pessoas com deficiência, hoje apresentado nas instalações da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu, que nele participou juntamente com outras cinco instituições do país.

O estudo, que partiu de um desafio lançado pela Formem - Federação Portuguesa de Centros de Formação Profissional e Emprego de Pessoas com Deficiência, envolveu uma amostra de 36 ex-formandos (seis de cada instituição), que estão inseridos no mercado de trabalho e foi feito por uma equipa de cinco investigadores das universidades do Minho e de Évora.

O estudo mostrou que os ex-formandos têm "muitas vezes dificuldades em construir, manter e dinamizar relações de amizade significantes" e que o convívio extra laboral é normalmente "esporádico, de curta duração e sem diversificação de locais".

No que respeita às relações amorosas, "sentem muita dificuldade" em entrar nelas, sendo que apenas oito tinham namorada ou companheira. Segundo o estudo, "a maioria dos relacionamentos é de curta duração e de nível muito elementar", sendo que 78% dos ex-formandos nunca se tinha envolvido em relações amorosas.

Estes resultados levam Carlos Veiga a questionar se as políticas e as práticas das organizações formadoras "estão a cumprir o paradigma mais actual da inclusão das pessoas com deficiência, que é o acesso à qualidade de vida". "Isso significa ter uma vida autónoma, independente, com participação social e cívica. Não é entrar no mercado de trabalho, ganhar um dinheiro e a vida permanecer igual. A entrada no mercado de trabalho tem de trazer mais qualidade de vida", defendeu.

O coordenador do estudo referiu que "as grandes tendências apontam para que a qualidade de vida das pessoas não tenha sentido o abalo positivo que seria desejável". Admitiu que, com a entrada no mercado de trabalho, "há pequenas conquistas, como mais alguns amigos ou pelo menos pessoas que entraram nas suas vidas, uma melhoria da capacidade financeira que já permite ir almoçar ou jantar fora de vez em quando e comprar um ou outro objecto".

"Mas, e as relações amorosas? Têm parceiro? Poucos deles. Tiram proveito das relações de amizade? Muito pouco. As pessoas conseguem ir a mais espaços, diversificar as actividades da sua vida? Muito pouco", acrescentou.

Ainda que a formação dê algumas ferramentas aos deficientes para entrarem no mercado de trabalho, o investigador defendeu que as instituições "têm de mudar a forma como ensinam, como praticam a formação".

Exemplificou que as associações desenvolvem frequentemente actividades como levar os deficientes ao cinema, à praia, ao teatro, a participar nalguns jogos, "mas não os ensinam verdadeiramente a entrar nessas actividades, não os treinam para isso". "No fundo, mostram-lhe as coisas, mais do que os preparar para poderem usufruir destas coisas", explicou.

Na sua opinião, tal contribuiu para que "a rotina do quotidiano seja da casa para o trabalho e do trabalho para casa", não estando treinados, por exemplo, para ir comprar um bilhete para o cinema ou para um jogo de futebol.

Neste âmbito, o treino de mobilidade é uma das sugestões que a equipa deixa às instituições. "Se têm amigos, se até arranjam uma namorada ou um namorado, mas depois não conseguem ir ter com eles, como é que alimentam a relação?", questionou.

Um livro com os resultados do estudo vai começar na próxima semana a ser distribuído gratuitamente pelas instituições e ficará disponível em formato digital na página da Formem e do Instituto Nacional de Reabilitação.

Fonte: Público

Apoie a ANACED através da consignação de 0,5% do seu IRS

Exmo. Sr. ou Sr.ª:

A ANACED é uma IPSS, de âmbito nacional sem fins lucrativos cujo objectivo é promover, apoiar e desenvolver as capacidades dos artistas com deficiência e combater a exclusão social a que estas pessoas estão votadas pelo estigma da deficiência que cola imediatamente, na imaginação das pessoas, a incapacidade.

Se acha que o trabalho que realizamos para promover e divulgar as capacidades artísticas das pessoas com deficiência, contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva, então não se esqueça de nós na hora de preencher a sua declaração do IRS, porque a sua contribuição (sem qualquer encargo para si, pois não vai pagar mais imposto nem receber menos devolução, se for esse o caso) faz toda a diferença para continuarmos a desenvolver o nosso trabalho!

Indique o NIPC (502 471 263) no Quadro 9, do Anexo H da Declaração de IRS e assinale com um X a opção “Instituições Particulares de Solidariedade Social ou Pessoas Coletivas de Utilidade Pública”.

Muito Obrigada!

A Direcção da ANACED

 
 ANACED
Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência
Rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda
1349 -011 Lisboa
Tels. 21 363 68 36 – 21 361 69 10
Fax 21 364 86 39
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Enviado por email

Cidadãos com deficiência já têm nova residência no Cartaxo

No passado dia 27 de março, foi inaugurada no Cartaxo a estrutura residencial Casa João Manuel,
da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de Santarém, com capacidade para acolher 17 pessoas – 12 em lar residencial e cinco em residência autónoma.

A cerimónia inaugural contou com a presença do diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém, Tiago Leite, em representação do Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, do presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, da benemérita Maria Helena Freire e outros elementos da família que doaram o prédio rústico e urbano onde foi erguida a nova valência, autarcas dos concelhos do Cartaxo e Santarém, presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, presidente da União Distrital das Instituições de Solidariedade Social (IPSS), representantes de entidades das áreas da saúde, educação, ação social e segurança, bem como muitos utentes, familiares e amigos da instituição.

Após o descerramento da placa da inauguração, teve lugar a bênção da nova valência, pelo vigário da Diocese de Santarém, padre Aníbal Vieira.

Este momento tão aguardado pela APPACDM de Santarém foi definido pelo presidente da instituição como “o concretizar de um sonho”, que começou a tornar-se realidade no dia 11 de maio de 2012, com o lançamento da primeira pedra. Luís da Silva Amaral recordou a frase que pronunciou na altura, “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”, afirmando que “não chega sonhar, é preciso também querer”.

O presidente da APPACDM de Santarém acrescentou que a obra teve um custo final de cerca de um milhão de euros e que “só foi possível com a união de muitos esforços e vontades”, a começar pelo apoio do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, do construtor e técnicos que acompanharam a obra, da Câmara Municipal do Cartaxo, dos empresários e colaboradores da instituição.

Luís da Silva Amaral dirigiu uma palavra especial de agradecimento à família Freire, “porque sem ela não seria possível concretizar esta obra”, reforçou, acrescentando que “todos podemos continuar a sonhar e se juntarmos o nosso querer, podemos continuar a nossa missão”.

Presidente da Câmara do Cartaxo defende que “o verdadeiro cimento de uma comunidade forte e sólida são os laços de afeto”

As primeiras palavras de Pedro Magalhães Ribeiro foram para a família Freire. O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo considerou que, com a inauguração desta nova valência, “honra-se a memória de João Manuel. Esta foi sempre uma casa de felicidade e vai continuar a proporcionar muita felicidade àqueles que a habitam, e isso só é possível graças a este gesto de grande generosidade da família Freire”.

Pedro Magalhães Ribeiro reconheceu também o trabalho de todos os que contribuíram para que este sonho se tornasse realidade, nomeadamente à direção e técnicos da instituição, àqueles que o antecederam no cargo de presidente da Câmara e profissionais da Segurança Social.

“Uma sociedade mede-se pela forma como tratamos e ajudamos os mais desprotegidos. Com a nossa ação, com políticas públicas, comunidade e sociedade civil, devemos trabalhar em conjunto para alcançar aquilo que todos procuramos na nossa vida, que é concretizar um projeto de felicidade”, afirmou, acrescentando que “o verdadeiro cimento de uma comunidade forte e sólida são os laços de afeto, e as próprias famílias e esta casa são um exemplo disso. Mais do que as relações de sangue, são os afetos que fazem com que a nossa sociedade seja mais solidária e esteja de braços abertos para receber aqueles que mais precisam de apoio e ajuda”.

O presidente da Câmara Municipal afirmou ainda que “a maior parte das valências sociais que temos são fruto do trabalho árduo das IPSS” e que a inauguração desta nova estrutura permitiu aumentar as respostas sociais no concelho. “O Cartaxo está hoje mais rico, porque consegue hoje proporcionar a estas pessoas condições para que possam construir o seu projeto de felicidade”.

Diretor da Segurança Social fez um agradecimento especial à família Freire, que doou a propriedade onde nasceu a Casa João Manuel

Tiago Leite considerou a inauguração da Casa João Manuel “um momento muito especial” e, olhando “a sala cheia de pessoas de várias quadrantes e diferentes responsabilidades que se uniram por uma causa”, afirmou que “se a vida do dia a dia fosse mais assim, estou convicto de que teríamos uma sociedade bem melhor e conseguiríamos sair do marasmo em que nos encontramos”.

Também o diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém fez um agradecimento especial à família Freire e enalteceu a cooperação das Câmaras Municipais do Cartaxo e de Santarém, “que desde a primeira hora deram as mãos, puseram de parte a relação partidária e tiveram a capacidade de canalizar as suas forças para esta obra”, sublinhou.

O “espírito de coesão que sempre existiu nesta obra” refletiu-se também no envolvimento da direção e técnicos da instituição e da empresa construtora, acrescentou Tiago Leite.

O diretor do Centro Distrital da Segurança Social afirmou ainda que “a presença de tão grande número de dirigentes de outras instituições sociais nesta inauguração demonstra uma grande união. Se todos nos unirmos nestas causas, será muito mais fácil ultrapassar as dificuldades, e a nível do distrito, temos tido muito essa colaboração, com uma grande partilha de ideias e formas de gerir, o que tem permitido aprender muito uns com os outros”, referiu.

Diretora técnica da instituição afirmou que os utentes passaram a ter uma segunda mãe, a benemérita Maria Helena Freire

Para a diretora técnica da instituição, Maria do Céu Dias, a Casa João Manuel contém sonho, memórias, amor, afeto e sensibilidade e nasceu de uma “grande vontade”, concretizada 18 anos depois de ter prometido à família Freire que iria desenvolver todos os seus esforços para tornar este sonho realidade.

“Estas pessoas passaram hoje a ter uma segunda mãe, a D. Maria Helena Freire. Esta casa vai continuar a acolher jovens, a estar de mãos dadas com este coração tão cheio de generosidade, continuar a sonhar, a acreditar e a recordar o João Manuel”, referiu Maria do Céu Dias.

Muito emocionada, Maria Helena Freire recordou “os dias de grande felicidade” que a família passou na casa de verão no Cartaxo, hoje Casa João Manuel. “O João gostava muito de aqui estar, fomos muito felizes aqui e toda a gente se sentia muito bem aqui. Já no início esta casa foi abençoada e agora é a casa do meu filho, esperamos que seja para a eternidade”, referiu.

Fonte: O Ribatejo

sexta-feira, 28 de março de 2014

Museu da Marinha acessível?

O primeiro aniversário do Lisboa (In)Acessível foi celebrado no dia 14 de Fevereiro de 2014, com uma visita guiada ao Museu da Marinha, em Belém. Esta visita foi conduzida pela nossa querida amiga Olímpia Gordon,* guia do museu desde 2002.

A Carina B., a Madalena B. e eu fizemos-nos acompanhar pela Andreia Ribeiro, nossa colega no curso “Acessibilidade: Uma visão Integrada” promovido pela Acesso Cultura.

Continue a ler AQUI

Equitação adaptada: Campeão de Portugal precisa de patrocinios

O meu nome é Gonçalo Ribeiro da Fonseca, tenho 17 anos de Idade. Ando na equitação desde os 13 anos e comecei a participar em provas em 2011.Sou cavaleiro de desporto, faço Para Dressage, porque tenho problemas motores e cerebrais.

Em 2012 fui Vice-Campeão de Portugal no grau 1b. E em 2013 consegui ser Campeão de Portugal no grau 2.

Este ano porque vim morar para Abrantes com os meus pais estou mais longe do locais onde se fazem mais concursos de Dressage que é em Cascais, onde eu morava, e por isso vou necessitar de ajudas e apoios para me deslocar a Alfeizerão, Santarém, Beloura e Cascais e fazer os apuramentos para poder estar novamente no Campeonato em 2014 que quero novamente ganhar.

Este ano além do prémio de Campeão de Portugal, também recebi o prémio da Golegã e já sei que vou receber um prémio da Câmara de Cascais, porque fui campeao quando morava em Cascais.

Porque as despesas em deslocações vão ser mais, procuro patrocínio/apoio para a época de 2014 que me ajude nas despesas de transporte, penso do meu cavalo e aulas de equitacao porque sempre
necessito de melhorar.

Em troca de apoio posso colocar publicidade no suadoro do meu cavalo e mostrar as coisas de Abrantes quando for a Cascais aos concursos se conseguir apoios.

Estou a estudar no Sardoal e faco equitacao na quinta do cabrito. Tenho um site que podem ver em
http://goncalo-ribeiro-fonseca.webnode.pt/

Campeonato de Portugal de Para-Dressage 2013

Se não puderem ou quiserem dar ajuda digam-me, na mesma, não faz mal eu compreendo.
Obrigado
Gonçalo R. Fonseca

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Seminário Sesimbra, um Destino para Todos

Exm.ºs Srs.,

Encontram-se ainda abertas as inscrições para o Seminário “Sesimbra um Destino para Todos” que contará com a presença de várias entidades que tanto a nível nacional como da Europa debatem a temática do Turismo Acessível.

Um destino acessível é um destino para todos, não só quem nos visita mas também para os residentes. Assim, todos nós temos a responsabilidade de apoiar e promover estas iniciativas de forma a que cada vez mais o desenho da acessibilidade seja uma realidade.

A formação profissional, formas de promoção e casos de boas práticas serão também abordados neste Seminário.

No final haverá espaço para um debate.
Contamos com a vossa presença.

Enviado por email

Descriminação das Finanças para com os cidadãos com incapacidades

Exmos. Senhores,
Ministra das Finanças
Secretário de Estado das Finanças
Deputados
Presidente do INR
Jornalistas
Associações de Doentes Crónicos / Deficientes

Braga, 27 de Março de 2014

Assunto: Descriminação das Finanças para com os cidadãos com incapacidades (doença, deficiência, …).

O Portal das Finanças não deixa os cidadãos que têm uma incapacidade maior ou igual a 60% pagar o IUC – Imposto Único de Circulação pela internet, obrigando-os a deslocar a uma repartição de Finanças para o poder fazer. Não deveriam ser, estes, os cidadãos prioritários a pagar pela internet, em vez de se deslocarem a uma Tesouraria das Finanças?

Compreendemos que estes cidadãos tenham de fazer uma primeira prova em como estão na posse do atestado multiusos com uma incapacidade maior ou igual a 60%. As Finanças deviam ficar com a validade do atestado multiusos.

Não compreendemos esta burocracia no IUC. Será que, estes cidadãos, só podem entregar a declaração de IRS numa Repartição de Finanças? Estes cidadãos só o saberão em Abril e, nessa altura, terão de pagar multa porque deveriam ter entregue a declaração de IRS em papel em Março.

Com os nossos melhores cumprimentos,
O Presidente da Direcção da TEM
Paulo Alexandre Pereira

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Fenprof e associações de deficientes levam queixa a organizações internacionais

“Em causa está o contínuo desrespeito do Governo português por muitas crianças e jovens com
NEE e as suas famílias”, defendem as organizações signatárias As condições em que se está a ser prestada a educação especial em Portugal vão ser alvo de denúncias junto de organizações internacionais como a UNESCO e a OIT, anunciou hoje, em Lisboa, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof). “Os problemas identificados no início do ano letivo mantêm-se”, afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, em conferência de imprensa conjunta com a Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD) e a Associação Nacional de Deficientes (AND).

 Os dirigentes da Fenprof afirmam que um levantamento realizado junto dos órgãos de gestão das escolas, que obteve 229 respostas e ficou concluído em fevereiro, mostra um aumento do número de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e uma diminuição de docentes destacados para esta área, a par de excesso de alunos nas turmas. De acordo com os dados hoje apresentados, o número de alunos com NEE passou de 13.121, no ano letivo 2012/2013, para 13.689, no ano em curso. Por outro lado, segundo a mesma fonte, verificou-se uma diminuição no número de docentes de educação especial, de 1.204 para 1.149, no mesmo período. É também referida a colocação tardia de docentes, “muitos apenas a partir de novembro”. As três estruturas denunciaram ainda que continua a ser ultrapassado o limite legal para constituição de turmas que integrem alunos com necessidades especiais de apoio. As turmas com mais de 20 alunos e/ou mais de dois alunos com NEE mantém-se porque, “apesar do protesto de docentes e encarregados de educação, o Ministério da Educação, em inúmeros casos não permitiu o desdobramento de turmas”, lê-se no documento distribuído à imprensa.

 As três organizações anunciaram hoje que, “face a situação tão negativa”, vão avançar com queixas junto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da agência das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO), da Internacional da Educação (IE) e do Forum Europeu da Deficiência (FED). Serão igualmente informados o Ministério da Educação, a Assembleia da República, os deputados europeus e as candidaturas às eleições europeias, marcadas para maio. “Em causa está o contínuo desrespeito do Governo português por muitas crianças e jovens com NEE e as suas famílias”, defendem as organizações signatárias. De acordo com a Fenprof, há casos de crianças que apenas têm meia hora de apoio por semana. Entre os vários casos apresentados, está o de um agrupamento em Amarante, com 137 alunos a necessitar de apoio e apenas oito docentes para efeito. “O horário de docentes de educação especial é de 22 horas letivas por semana”, explicou Ana Simões, da Fenprof, indicando que estes profissionais chegam a ter largas dezenas de alunos para apoiar.

O levantamento efetuado revela também que o número de técnicos passou de 481, no ano passado, para 534, este ano, mas que sofreu “uma forte redução” o número de horas para apoiar alunos com NEE. “Muitos estão contratados a tempo parcial”, disse Mário Nogueira. De 04 a 10 de maio, as organizações vão juntar-se a uma iniciativa mundial, a semana de ação global pela educação “Deficiência e Educação”, durante a qual procurarão sensibilizar a população para esta temática, através da distribuição de informação e da realização de encontros e debates.

Fonte: Jornal i

quinta-feira, 27 de março de 2014

Desespero de uma mãe de um filho com deficiência


"Boa tarde, desde já peço imensa desculpa pelo incomodo desta mensagem... mas hoje sinto-me a mãe mais impotente deste país. Sou mãe de um menino com 12 anos que sofre de uma doença rara (Distrofia neuroaxonal) doença degenerativa, neste momento o meu menino está práticamente acamado, hoje pedi ajuda nos serviços sociais, pois estou no desemprego há um ano e 4 meses e em Agosto o meu subsídio acaba, emprego não consigo, pois com um filho acamado e com um horário de escola de 7 horas diárias e de 2ª a 6ª, é dificil conseguir um trabalho, vivo sozinha com o meu filho, não tenho mais ninguém para tomar conta dele nos restantes horários nem fins de semana nem feriados, e a srª assistente social diz-me q tenho de trabalhar, que não tenho direito a ajudas de subsidios para eu sobreviver, está inscrito numa instituição para ficar interno mas está lotada, e também não é o que quero, pois queria ser eu a tomar conta do meu menino, quero ser eu apanhar todos os seus sorrisos, quero ser eu a confortá-lo nas suas dores, quero ser eu a dar-lhe tudo, até que a doença me o leve, porquê que o tenho que o entregar a outras pessoas se eu sempre tomei conta dele, sempre lutei tanto para ele ter tudo... Agora estou no meu limite... perguntei á sr.ª assistente o porquê de ás instituições o serviço social pagar e a nós mães não termos o direito de ter nem q fosse o ordenado mínimo, nestas situações de limite,,, dei-lhe um exemplo:que no Reino Unido os pais tem opção de escolha e se escolherem ter os filhos em casa os serviços sociais pagam aos pais.. ela respondeu-me "pois"... Peço desculpa com o meu desabafo,sei que vocês lutam muito por direitos e expus a aqui a minha situação...

Com os melhores cumprimentos

Rita Faustino"

Mensagem recebida na nossa página que achamos que todos devem ter conhecimento.

Fonte: Movimento (d)Eficientes Indignados

Mais atividades desportivas adaptadas pensadas para si! Responda ao questionário

A Associação Salvador, numa aposta clara de integração das pessoas com deficiência motora pela via do
desporto, irá promover a prática de novas atividades e retomar a prática de outras, dando continuidade ao projeto de Desporto Adaptado.

A nossa oferta, em termos de desporto adaptado, oferece as seguintes modalidades/ atividades:
 
  • O Espaço Desportivo Adaptado, localizado no Estádio 1º de Maio, em Alvalade, continua a oferecer a prática de cardiofitness/ musculação, ciclismo (handbikes), iniciação ao meio aquático e dança.
  • Continua a decorrer na Marina do Parque das Nações a prática regular canoagem (que teve início em 2014) e de vela adaptada, todas as quartas-feiras entre as 15h00 e as 17h00.
  • Durante o mês de abril, iremos começar com a prática de hipoterapia no Hipódromo do Campo Grande.
  • Em maio, retomaremos a prática regular de surf adaptado na Praia de Carcavelos, todos os sábados, e uma quarta-feira por mês para instituições, até ao final de novembro.

Preparámos um questionário para perceber o seu interesse em participar nestas atividades. Pedimos, por favor, que respondaaté dia 3 de abril, clicando aqui!

Obrigado,
A Equipa da Associação Salvador

Reino Unido: Auxiliares filmadas a agredir tetraplégico em hospital

Duas auxiliares num hospital privado arriscam pena de prisão, no Reino Unido, depois de terem admitido que esbofetearam, deram palmadas e humilharam um paciente com deficiência.

De acordo com o «The Telegraph», Rita Page e Lynette Crook foram secretamente filmadas depois de a família do jovem, que não pode ser identificado por razões legais, se ter mostrado preocupada com a forma como ele estava a ser tratado. As duas mulheres são vistas a bater nas pernas da vítima e a insultá-la, enquanto lhe mudam a roupa de cama.

Page, de 68 anos, pode ser ouvida a dizer: «Tu não vai vencer-nos sua b*****. Há uma linha muito ténue entre abuso e negligência. Não te atrevas a ficar doente, menino, não te atrevas. Sua escumalha nojenta».

Crook, de 33 anos, afirma: «É melhor não pensares em ficar doente, rapaz. Eu não trato doentes, então para com isso, escumalha».

As imagens foram recolhidas entre 28 de Agosto de 2012 e 19 setembro de 2012 pela família do paciente internado no Priory Highbank, um hospital privado especializado no tratamento de distúrbios neurológicos, em Greater Manchester.

A família, acreditando que as preocupações em relação à assistência prestada ao jovem, não tinham sido comunicadas aos responsáveis do hospital, decidiu agir por conta própria: escondeu secretamente câmaras de vigilância no quarto do rapaz, que sofre de danos cerebrais provocados por um acidente na infância. O filme foi depois entregue à polícia e as duas auxiliares acabaram suspensas de funções e detidas.

As mesmas imagens surgem agora na comunicação social, numa altura em que Rita Page e Lynette Crook, acusadas de maus-tratos, tomaram conhecimento, na primeira sessão do julgamento, de que enfrentam uma pena de prisão.

Segunda-feira, no primeiro dia do julgamento, que decorre no tribunal de Bolton Crown Court, Rita Page declarou-se culpada de dois crimes relacionados com a linguagem abusiva que utilizou e as palmadas que deu na perna do paciente quando lutava para lhe colocar uma almofada entre as pernas.

Na mesma sessão do julgamento, Lynette Crook declarou-se culpada de três acusações relacionadas com o ter espetado uma caneta no tronco e na cabeça do paciente enquanto ele estava a dormir, e também com o uso de linguagem abusiva e o bater-lhe na perna enquanto lhe media a pressão arterial.

Um porta-voz fez entretanto saber que a administração do hospital Priory Highbank «lamenta profundamente as ações inaceitáveis destes dois membros da equipa, ambas com mais de dez anos de serviço».


Fonte: TVI 24

FENPROF diz que a Educação Inclusiva está a sofrer forte retrocesso

O levantamento, realizado pela FENPROF, a nível nacional junto dos órgãos de gestão das escolas
vem comprovar que muitas das situações problemáticas denunciadas no início do ano letivo de 2013/2014 e que atingem alunos com necessidades educativas especiais (NEE) ainda persistem.

O número significativo de respostas (229) que resultam do levantamento efetuado, segundo esta entidade, são suficientes para denunciar o comportamento, por parte do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que nega os princípios básicos da inclusão educativa.

Entre os problemas apontados destacam-se, no presente ano letivo, o aumento do número de alunos com NEE em contraposição à diminuição do número de docentes da Educação Especial se comparado com o ano letivo de 2012/2013 e, consequentemente, a manutenção do número excessivo de alunos com NEE por turma – turmas constituídas por mais de 20 alunos e/ou mais de dois alunos com NEE mantêm-se porque, apesar do protesto de docentes e encarregados de educação, o MEC, em inúmeros casos, não permitiu o desdobramento de turmas.

O levantamento efetuado também questionou o número de técnicos verificando-se que, no ano transato, era de 481 e, no corrente ano letivo, é de 534. “Apesar do número ter aumentado, os órgãos de gestão referem a forte redução do número de horas desses técnicos para apoio aos alunos com NEE. Grande parte do apoio é prestado por profissionais que exercem a sua atividade fora das escolas, existindo ainda alunos em lista de espera para acesso a apoio especializado (terapia da fala e psicologia)”, pode ler-se no comunicado enviado à Plural&Singular.

A FENPROF acusa ainda que o MEC se prepara para alterar a lei e/ou alguns dos normativos referentes à EE em que muitos alunos não têm os apoios indispensáveis nas escolas e as famílias deixaram de receber o subsídio de Educação Especial que lhes garantia o acesso a apoios e terapias. “Na ausência de respostas por parte das escolas, como deveria acontecer, muitos alunos são obrigados a recorrer a apoios especializados prestados em instituições”, constata no comunicado.

A FENPROF (Federação Nacional dos Professores), a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) e a CNOD - Confederação Nacional Dos Organismos de Deficientes prossegue com a denuncia, junto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), dos problemas que têm sido identificados nas escolas e que põem em causa a inclusão na escola pública.

Fonte: Plural & Singular

segunda-feira, 24 de março de 2014

A aventura de um tetraplégico para conseguir uma vida digna

Meus amigos, a partir de hoje (17 de Julho de 2013) vou relatar neste espaço todos os passos que
vou realizar na tentativa de conseguir um lar residencial que me possa vir a acolher. Tem que ser público e subsidiado pelo Estado porque valor mensal da minha reforma é de aproximadamente € 420 (quatrocentos e vinte euros) e com este valor não poderei de certeza pagar mensalidade num lar particular.

Gostaria também de vos explicar que vou iniciar a procura de um lar porque Junta de Freguesia onde atualmente trabalho vai deixar de existir devido à iluminada lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias e como ainda vigora a proibição de novas contratações no Estado, embora possam existir excepções desde que fundamentadas e com autorização do ministro das Finanças, não estão a ver a Câmara Municipal de Abrantes que nunca se preocupou em cumprir com os 5% de quotas de emprego previstas na legislação para pessoas com deficiência a contatar o Ministro para abrir uma exceção e me propor um contrato a termo. Meu contrato termina no dia 01 de Novembro do corrente ano e obviamente que se não trabalhar não vou receber, e por sua vez não poderei continuar na minha casa. Dai começar desde já a procurar uma alternativa.

As alternativas ao lar residencial são:

1-Acolhimento Familiar:
Resposta social que consiste em integrar temporária ou permanentemente pessoas adultas com deficiência, em famílias capazes de lhes proporcionar um ambiente estável e seguro.

Objetivos:
-Acolher pessoas com deficiência;
-Garantir à pessoa acolhida um ambiente sócio-familiar e afetivo propício à satisfação das suas necessidades básicas e ao respeito pela sua identidade, personalidade e privacidade;
-Facilitar a relação com a comunidade, com vista à sua integração social;
-Reforçar a autoestima e a autonomia pessoal e social e
-Evitar ou retardar o internamento em instituições.

2-Apoio Domiciliário:
Resposta social que consiste na prestação de cuidados e serviços a famílias e ou pessoas que se encontrem no seu domicílio, em situação de dependência física e ou psíquica e que não possam assegurar, temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e ou a realização das atividades instrumentais da vida diária, nem disponham de apoio familiar para o efeito.

Objetivos:
-Concorrer para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e famílias;
-Contribuir para a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar;
-Contribuir para a permanência das pessoas no seu meio habitual de vida, retardando ou evitando o recurso a estruturas residenciais;
-Promover estratégias de desenvolvimento da autonomia;
-Prestar os cuidados e serviços adequados às necessidades dos utentes (mediante contratualização);
-Facilitar o acesso a serviços da comunidade e
-Reforçar as competências e capacidades das famílias e de outros cuidadores.

O serviço de apoio domiciliário (SAD) deve:
-Disponibilizar os cuidados e serviços todos os dias da semana garantindo, sempre que necessário, o apoio aos sábados, domingos e feriados;
-Prestar pelo menos quatro dos seguintes cuidados e serviços:
a) Cuidados de higiene e conforto pessoal;
b) Higiene habitacional, estritamente necessária à natureza dos cuidados prestados;
c) Fornecimento e apoio nas refeições, respeitando as dietas com prescrição médica;
d) Tratamento da roupa do uso pessoal do utente;
e) Atividades de animação e socialização, designadamente, animação, lazer, cultura, aquisição de bens e géneros alimentícios, pagamento de serviços, deslocação a entidades da comunidade e
f) Serviço de teleassistência.
O SAD pode, ainda, assegurar: Formação e sensibilização dos familiares e cuidadores informais para a prestação de cuidados aos utentes; Apoio psicossocial; Confeção de alimentos no domicílio;
Transporte; Cuidados de imagem; Realização de pequenas modificações ou reparações no domicílio e Realização de atividades ocupacionais.

Mediante estas ofertas (pelo menos segundo a Segurança Social) optei pelo lar residencial porque: Acolhimento Familiar ISS informou-me que não está a funcionar em pleno, e Apoio Domiciliário na minha área de residência, não funciona durante os fins-de-semana, noites e feriados.

MEUS PASSOS PARA CONSEGUIR UM LAR RESIDENCIAL

- Consultei a Carta Social: Uma decepção. Pouco clara, muitas falhas, falta informação relevante;

- Encontrei na Carta Social dois lares em Portugal destinados a receber tetraplégicos, mas só aceitam inscrições até aos 45 anos (tenho 51) e só haverá vagas livres se algum dos utentes que o frequenta actualmente vier a falecer.

- Em 17 de Julho de 2013 contatei o assistente social da minha área e expus-lhe o meu caso. Como a Carta Social é muito confusa, questionei-o também se não teria uma lista dos lares com os quais a Segurança Social tem protocolos. Respondeu que não tinha conhecimento da sua existência e pediu-me que o contatasse segunda feira próxima, dia 22 de Julho, porque entretanto iria tentar informar-se junto de uma colega que domina melhor esta área. Mas realçou que não vai ser fácil conseguir-me um lar subsidiado e se viesse a acontecer seria a primeira vez. Muito estranho pois vejamos o que consta no site da Segurança Social sobre lar residencial para adultos com deficiência:

Equipamento destinado a pessoas com deficiência, com idade igual ou superior a 16 anos, que se encontram impedidas, temporária ou definitivamente, de residir no seu meio familiar (12 a 24 pessoas).

Objetivos:
-Disponibilizar alojamento permanente ou temporário a jovens e adultos com deficiência;
-Garantir condições de bem-estar e qualidade de vida adequadas às necessidades dos utentes;
-Promover estratégias de reforço da autoestima, da autonomia pessoal e social e
-Privilegiar a relação com a família e com a comunidade
E quanto a custos o ISS avisa que: As pessoas que beneficiam deste tipo de apoios pagam um valor pelo serviço prestado – comparticipação familiar – o qual é calculado com base nos rendimentos da família.

Como me candidatar:
Para obter informações sobre estes apoios sociais deve dirigir-se:
-Aos centros distritais do Instituto da Segurança Social da área de residência ou aos serviços de atendimento da Segurança Social da área da residência;
-À instituição particular de solidariedade social que presta o apoio ou
-À Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.


Foi o que fiz. Dirigi-me ao ISS da minha área de residência e resposta foi a que relato acima.Segunda Feira voltarei a contata-los e continuarei a dar-vos conhecimento de tudo que vai acontecendo.

4º - Dia 19 de Julho: Fui contatado por uma pessoa que leu minha noticia a informar-me sobre a possibilidade de ir morar e trabalhar num lar residencial nos arredores de Lisboa. Embora seja somente uma hipótese não deixa de ser uma excelente noticia.

5º - 03 de Agosto de 2013: Há duas semanas que tento contatar meu assistente social para saber se tem novidades e nada. Como sabem só existem 2 lares em Portugal que são exclusivos para pessoas com deficiência fisica. O da Boa Vontade em Carcavelos, que só aceita inscrições de utentes até aos 45 anos, e o  Lar Residencial da Casa de Santo Amaro em Lagos que aceita inscrições até aos 55 anos. Já recebi as fichas de inscrição e já me inscrevi.

6º - 09 de Agosto de 2013: Desde o dia 17 de Julho que aguardo respostas por parte do meu assistente social. Contata-lo tentei durante dias em vão...resolvi contatar por email o Serviço de Atendimento para Pessoas com Necessidades da Segurança Social. Vejam abaixo troca de emails:

1Boa tarde
Agradece-se a indicação do seu contacto telefonico, para que possamos dar orientações às técnicas de Abrantes no sentido de o contactarem para marcação de um atendimento ou visita domiciliária.

Poderá no entanto, continuar a insistir com o nº de telefone abaixo indicado, pois é através dele que habitualmente falamos com os técnicos.

Com os melhores cumprimentos
Maria José Lambéria
Instituto da Segurança Social, IP.
Centro Distrital de Santarém
Unidade de Desenvolvimento Social e Programas
Núcleo de Intervenção Social
Chefe de Setor

2De: Eduardo [mailto:tetraplegicos@gmail.com]
Enviada: sexta-feira, 9 de Agosto de 2013 18:54
Para: M.José.Serrador
Assunto: Re: Marcar Atendimento

Certo. Hoje tentei várias vezes ligar para o respetivo número em vão. Irei continuar a fazê-lo durante a semana que vem.
Meus contatos constam no formulário, mas envio-os novamente.
De manhã... e de tarde ...

Grato
Eduardo Jorge

3- Boa Tarde
Informa-se que o Dr. Francisco Faria se encontra de férias, regressando ao Serviço dia 19 de agosto, sendo o seu dia de atendimento semanal às quartas feiras, das 9H30 ás 12h30.

Mais se informa que em sua substituição se encontram ao Serviço as técnicas, Dora Grácio e Paula Cristovão.

Para qualquer contacto telefonico poerá contactar os respetivos técnicos através do tel: 241361265.

Com os melhores cumprimentos
Maria José Lambéria
Instituto da Segurança Social, IP.
Centro Distrital de Santarém
Unidade de Desenvolvimento Social e Programas
Núcleo de Intervenção Social
Chefe de Setor

4- Boa tarde,
Obrigado pela resposta.
Eu conheço o nº que me envia e tenho ligado para o mesmo hå 15 dias praticamente todos os dias, mas ninguém atende. Por exatamente não atenderem é que vos contatei.

O ISS Abrantes não tem acesso a cadeiras de rodas como a que uso, além disso não tenho transporte próprio adaptado e também não existem públicos acessiveis. Vivo a 20km de Abrantes...não existe um endereço de email que me possam facultar para contatar ação social de Abrantes ou técnicos ligarem-me?

Cumprimentos
Eduardo Jorge

5-Bom dia

As técnicas de Abrantes já tiveram indicação para o contactar no sentido de acordarem qual a melhor forma de lhe garantir o atendimento que solicita.

Cumprimentos

E fui imediatamente contatado telefonicamente pela Dra Dora Grácio, que me explicou que o melhor é esperar pelo colega. Assim como eu, também ela só tem conhecimento da existência de dois lares residenciais para pessoas com deficiência fisica, e que entrar em lares de idosos também não é fácil, que quem tem que tratar de tudo somos nós, e que geralmente para encontrar uma vaga demora meses, e que comparticipa-los não é fácil, que geralmente são as familias a pagar na totalidade. Irei aguardar chegada de férias do meu assistente social.

Entretanto fico a saber por uma amiga que o Lar Casa de Santo Amaro, (um dos dois que recebe pessoas com deficiência fisica) é acusado de maltratar os seus utentes. Vejam no video:




Ou seja, só existem dois lares em Portugal para receber pessoas com deficiência motora, um está lotado e só aceita inscrições até aos 45 anos, e entrar lá só falecendo algum dos atuais utentes, e o outro maltrata os seus clientes...

7º - 23 de Agosto de 2013: Finalmente consegui conversar com o meu assistente social, e a resposta é a que imaginava. Não existem alternativas. Somente entrar num lar de idosos e que quem tem que o encontrar sou eu. Nada fazem porque para além de só existirem dois lares para receber especificamente pessoas com deficiência fisica, (num deles não posso entrar porque lista de espera é extensa e só aceitam inscrições de candidatos até aos 45 anos e o outro, que é a Casa de Santo Amaro em Lagos, imprensa tem relatado maus tratos aos seus utentes desde 2008) não existem vagas disponíveis para pessoas com deficiência, e inclusive em lares de idosos.
Acrescentou que todos os equipamentos que iniciarem sua atividade a partir de agora, terão obrigatoriedade de reservar duas das suas vagas para a Segurança Social, mas neste momento a Segurança Social somente tem ao seu dispor um número minimo de vagas de emergência para idosos.
Ou seja: tenho que procurar um lar público que me aceite dentro das minhas capacidades financeiras (€ 420 mensais) e negociar preços. O que quer dizer, "desenrascar-me".

Próximo passo é enviar exposição para o INR- Instituto Nacional Reabilitação.

8º - Última semana de Agosto: Vários leitores e amigos se têm juntado à minha luta e tentam ajudar. Segui o conselho da Dina Barradas e tentei contatar um conceito diferente e de alternativa aos tradicionais lares que são as aldeias lares. Existem duas em Portugal.
A aldeia de São José de Alcalar, construída de raiz na freguesia da Mexilhoeira Grande, em Portimão, e de São Martinho das Amoreiras, no concelho de Odemira (Beja), no Alentejo.

A aldeia lar de Alcalar tem sua lotação esgotada, e uma lista de espera de uma centena de pessoas, além disso só está a aceitar clientes da região, mas pediu-me que fizesse uma exposição por escrito á direção. Já o fiz. De Beja, ainda aguardo resposta.

Segui também a sugestão da Marisa Cristina que trabalha no lar da SCM da Ponte de Sôr e me o aconselhou, mas está com lotação esgotada no lar comparticipado pelo Estado, e nas residências assistidas existe uma vaga, mas o valor da mensalidade são 1.200,00 e sem comparticipação.

9º - Primeira semana de Setembro: Amigos, entretanto graças a todos vocês criou-se uma enorme onda de solidariedade. Recebi ofertas de dinheiro, (que obviamente não aceitei) de lares que se disponibilizaram a colaborar e até ofertas de entrevista para possíveis empregos. A todos agradeci, e agradeço imenso, mas tenho excelentes notícias. Em principio vou continuar mais um ano a trabalhar e ganhar meu sustento. Isso porque o meu presidente José Ferreira, e o IEFP de Abrantes nunca desistiram. Continuaram a procurar todas as possibilidades e alternativas para que continuasse nas mesmas condições, praticamente sem custos para a entidade. Será ao abrigo do Programa Património Ativo/Medida CEI-Património - projetos de contratos emprego-inserção. (convém lerem bem toda esta informação. Entidade praticamente não terá custos connosco). Não temos é direito a descontos para a Segurança Social, férias, e respetivo subsidio, assim como não teremos também direito ao subsidio de Natal.

Parece que tudo acabou em bem. Quando tudo estiver no papel, voltarei aqui.

 Conclusão: Está mais do que evidente que esta falta de apoios não pode continuar. Alternativa é um serviço de apoio domiciliário, através de profissionais bem preparadas, 365 dias e noites por ano, e adaptado ás especificidades de cada um de nós, para quem desejar continuar na sua residência e junto dos seus familiares e amigos, ou Estado entregar-nos diretamente os valores que transfere para os lares de idosos que existem, e cada um de nós gerir esse dinheiro e nossas vidas.
Além disso têm que existir estruturas em quantidade, e qualidade, para receber pessoas com nossas necessidades. Somente dois espaços a nível nacional é uma afronta a todos nós. Nos países ditos civilizados existem várias alternativas e ofertas, uma delas são residências assistidas em alternativa à institucionalização num lar, vivemos naquele espaço como se fosse nas nossas casas, e temos apoio de cuidadores pagos pelo Estado. Ficou também claro que as Misericórdias se esquecem de nós. 

Mas a solução que melhor serviria minhas necessidades é sem dúvida assistente pessoal, para isso teria que receber por parte do Estado valores suficientes para lhe pagar.

Por tudo isso e muito mais, brevemente terão notícias sobre a nossa luta na rua, para denunciar e reverter esta situação.

Mais uma vez muito obrigado a todos que estiveram ao meu lado, principalmente IEFP-Serviço de Abrantes no nome da Dra Lurdes Botas, e presidente da ainda Junta de Freguesia da Concavada, José Ferreira.


10º - 11 de outubro: Ação na Assembleia da República para denunciar esta situação. Veja mais informações AQUI.

02 de novembro de 2013: Em resposta a uma das minhas exposições sobre falta de respostas ao INR-Instituto Nacional para a Reabilitação, recebo esta comunicação:

Exmo. Senhor

Com referência ao email de 02 de setembro de 2013, o qual mereceu a melhor atenção, da parte do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR, I.P.), no qual solicita informação sobre lares residenciais, e para que este Instituto proceda a uma análise, sinalização e correta resposta da situação apresentada, vimos solicitar informação sobre a zona de residência de V.Exa., bem como, caso deseje ser, diretamente contatado por uma instituição ou entidade com a valência solicitada, a identificação dos dados necessários para os devidos procedimento.

Com os melhores cumprimentos,
O Conselho Diretivo do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P

EU: Pelos vistos o INR encontrou uma instituição disponível para me receber. Fez o trabalho que meu assistente social não conseguiu fazer. Estou curioso. Agora quero conhece-la. Darei noticias.

27 de novembro de 2013: Dando seguimento á minha odisseia sobre a procura de alternativa para a minha situação, recebi um telefonema por parte de uma assistente social do INR-Instituto Nacional para a Reabilitação, a questionar-me se desejaria ser institucionalizado no meu Distrito. Respondi que ultimamente houve várias alterações na minha vida, facto que me leva neste momento a recusar ser despejado num lar de idosos, mas sim permanecer na minha residência com apoio. Não tem lógica nenhuma deixar o meu estágio curricular, estágio profissional e tudo o resto para ir começar tudo de novo.

Que iria reportar minhas exigências á Segurança Social da minha área, e tudo fazer para que venha a ter esse apoio, e nesse caso poder continuar a morar na minha casa. Aviso-a obviamente que não tenciono que somente o meu caso seja resolvido, mas sim a nivel nacional. Institucionalização tem que ser abolida. Cada um de nós deve ter o direito de escolher onde, e com quem deseja viver.

Entretanto contato única IPSS da minha área de residência que presta apoio domiciliário, mas somente disponibilizam os serviços de refeições, higiene habitação e pessoal, e também tratam da roupa (tudo por 55% dos meus rendimentos). Mas falta os fim‑de‑semana, feriados, noites e dia do treino, o que faz toda a diferença.

Até dia 09 de dezembro tenho de ter tudo resolvido. Quem me apoiava vai deixar de o fazer por motivos de saúde. A partir desse dia ficarei sozinho.

Tenho pressa e novos capitulos virão, pois a partir do dia 9 de dezembro fico totalmente sozinho, pessoa que me apoiava ficou impossibilitado de o fazer devido a doença e foi morar para outra cidade.

03 de dezembro de 2013: mais uma resposta do INR:

Exmo. Senhor,
Eduardo Jorge

 Na sequência do email de V.Exª do dia 9 de novembro, e do recente contato telefónico estabelecido no qual se apurou que não pretende ser institucionalizado, mas ser apoiado no domicílio, informamos que a sua situação foi devidamente sinalizada, tendo-se solicitado intervenção adequada. Assim, informamos que V.Exª poderá ser, eventualmente contatado ou caso este organismo seja informado das instituições com vagas, facultar-lhe-emos a devida informação.

Colocamo-nos à disposição de V. Ex.ª para qualquer outro esclarecimento adicional, aproveitando a oportunidade para remeter o Inquérito de Satisfação, em anexo, à presente resposta, agradecendo o seu preenchimento e envio para o endereço eletrónico nele indicado.

Com os melhores cumprimentos,
 O Conselho Diretivo do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P

08 de dezembro respondi: 
Exmos Senhores,
Agradeço a vossa resposta, mas informo que não aguentarei muito mais tempo sem apoio. Deve haver algum equívoco. Informam que "Assim, informamos que V.Exª poderá ser, eventualmente contatado ou caso este organismo seja informado das instituições com vagas, facultar-lhe-emos a devida informação". 
Não tenciono ter conhecimento das instituições com vagas. Não desejo ser institucionalizado. Ficou bem claro nos nossos contatos.

Com os meus cumprimentos.
Eduardo Jorge


20 dezembro de 2013: dou conhecimento do meu caso ao Sr Secretário de Estado Solidariedade e Segurança Social:

Desculpe o incomodo, mas tinha que lhe relatar o que se passa de momento comigo: Ainda na sequência da nossa reunião, e sobre as razões que me levaram á greve de fome no dia 03 de Outubro último, não podia deixar de lhe comunicar a minha situação atual, e as dificuldades que uma pessoa dependente passa em Portugal. A pessoa que me dava algum apoio, deixou de o fazer, por motivos de saúde e estado avançado de idade. Ou seja, a partir de hoje estou totalmente sozinho. Tanto o INR e ou o ISS da minha área (Dr Francisco de Abrantes), até agora não encontraram respostas para o meu caso.

Minha situação é infelizmente vivenciada por muitos mais, e respostas sociais são nulas ou inadequadas. Veja: solicitei apoio domiciliário na única IPSS da minha área de residência e já iniciaram prestação dos seguintes serviços: almoço que consiste em entregar um termo com comida em cima da mesa e sair imediatamente; Higiene habitação, mas somente os espaços da casa que utilizo; Tratamento da roupa e higiene pessoas que se baseia em virem uma vez por dia e com os minutos contados.

Mas só isso não basta. Preciso de mais: Quem me ponha almoço no prato e jantar; Quem me abra e feche a porta; Quem me deite e levanta; Quem me faça posicionamentos na cama de 3 em 3 horas; Quem me dê banho e apoie no treino intestinal (dia sim, dia não, e prolonga-se durante 1h30); Quem me apoie nos fins de semana, noites e feriados; Ida a consultas; Alimentar meu cão e gato; Regar plantas; Mudar a fralda durante o dia; Acompanhar exames da faculdade;Vestir capa no dia de chuva, etc, etc.

Já tenho uma escara num joelho de tantas horas ficar de decúbito ventral, uma unha do pé com infeção e uma em cada nádega. Inclusive encontro-me acamado de momento.

Como pode verificar é somente um exemplo de um tetraplégico, muitos outros passam por situações bem mais greves e daí meu ato de greve de fome. Mesmo que o deseje não existem estruturas/apoios onde recorrer. Procurar nosso assistente social nada adianta. E agora? Continuar greve de fome? Antes de qualquer ato ou atitude achei por bem contata-lo. Que solução? Só sei que da minha casa não sairei e esta situação tem que mudar.

Grato pela atenção
Com os meus cumprimentos
Eduardo Jorge

ENVIEI TAMBÉM UM OUTRO CASO:

ABAIXO SEGUE TAMBÉM UM CASO QUE GOSTARIA DE LHE DAR CONHECIMENTO.  O COMUNIQUEI TEMPOS ATRÁS AO SEU GABINETE, INR E SRA DEPUTADA QUE NOS ACOMPANHOU NA REUNIÃO, MAS RESPOSTAS NÃO OBTIVE.

Exmos Senhores,
Eu Fátima Henriques Figueiredo, BI..., NIF... e moradora...., sofro de amiotrofia espinal, com incapacidade de 90% conforme tabela nacional de incapacidades e comprovado no atestado multiusos em anexo, estando confinada a uma cadeira de rodas elétrica e dependente de 3ºs para tudo.

O que me trás até aos senhores é o seguinte: Sou proprietária de um veiculo adaptado modelo Kia adquirido no Luxemburgo pais onde exerci funções como funcionária da Comissão Europeia durante 15 anos, e onde mantenho a minha residência oficial desde o ano de 1971 embora tenha nacionalidade portuguesa e seja filha de pais portugueses que me levaram para o Luxemburgo aos 2 (dois) anos de idade.

Informo que o referido veiculo cujo valor foi de € 22.778,85 (vinte e dois mil setecentos e setenta e oito euros e oitenta e cinco cêntimos) acrescido das respetivas adaptações ás minhas necessidades no valor de € 27.811,00 (vinte e sete mil oitocentos e onze euros) foi pago por mim na totalidade. Ou seja, não beneficiei de nenhuma comparticipação por parte do Luxemburgo ou Portugal. Veiculo esse adquirido em 2010, altura que vivia e residia no Luxemburgo.

Estando reformada desde 2009 e meus pais a viveram definitivamente em Portugal, designadamente na região do Cartaxo, e por ter alguns problemas de saúde para me adaptar ao clima frio do Luxemburgo, resolvi começar a fazer a minha vida entre Portugal e Luxemburgo, tendo como meio de transporte para me deslocar o veiculo acima referido. Veiculo esse fundamental para a minha autonomia visto Portugal não se comparar a nível de acessibilidade transportes públicos ao Luxemburgo e neste momento viver maior parte da minha vida em Portugal, tendo inclusive adquirido casa perto da habitação da minha família.

Problema maior surgiu ao tentar transferir o veiculo para Portugal que adquiri no Luxemburgo e meu único meio de transporte e fundamental para minha boa qualidade de vida visto residir numa zona rural e fora dos circuitos nacionais transportes públicos. Ao me dirigir á alfândega de Peniche para legalizar o veiculo, informaram-me que tinha de pagar €19.437,59 (dezanove mil, quatrocentos e trinta e sete euros e cinquenta e nove cêntimos) invocando que era um carro grande demais. Visto não possuir Atestado Multiusos aconselharam-me a adquiri-lo informando-me que nesse caso não teria custos a legalização do meu veiculo. Fi-lo e dirigi-me mais uma vez á Alfândega de Peniche, desta vez com atestado, mas mais uma vez as notícias não foram as melhores. Foi realizado um novo calculo informando-me que desta vez teria que pagar €11.637,05 (onze mil seiscentos e trinta e sete euros e cinco cêntimos), ou seja desta vez beneficiaria de um desconto de € 7.800,00 (sete mil e oitocentos).

Segundo informações da alfandega o problema seria resolvido caso eu muda-se a minha residência fiscal para Portugal (relembro que sou reformada da CE e como tal isenta de pagamento de impostos, tanto em Portugal como no Luxemburgo).

Mesmo que viesse a mudar a minha residência fiscal para Portugal meu problema não ficaria resolvido pois além de não pagar impostos, não possuo carta de condução o que para a alfândega faz toda a diferença, pois mesmo pagando os € 11.637,05 só posso dispor de quatro autorizações para conduzir o meu veiculo, (4 condutores indicados por mim para me transportarem). Fiquei deveras surpreendida por essa exigência que discordo totalmente, pois sinto-me privada da minha liberdade. Resido numa zona rural tendo como único transporte adaptado ás minhas necessidades o meu veiculo, tenho duas cuidadoras, meus pais e família, vizinhos, família na Itália e Luxemburgo, etc. Facilmente se depreende que tendo eu muitas pessoas disponíveis para me transportar fico limitada somente a quatro. Se necessitar sair quando me apetecer, e a qualquer hora, se não tiver essas quatro pessoas por perto, disponíveis, e autorizadas a conduzir meu veiculo, fico imobilizada no meio do nada. Não é justo.

Também adianto que tenho outro grave problema, neste momento como veiculo está registado no Luxemburgo só quem possua a carta luxemburguesa pode conduzi-lo em Portugal.

Apelo aos senhores para me ajudarem a resolver este problema que me tem deixado muito ansiosa e dificultado muito a minha mobilidade e qualidade de vida. Sinceramente penso que se houver bom senso o meu caso poderá ser resolvido, ou seja transferir o meu veiculo para Portugal sem custos e sem restrições de condutores.

Segue fotocópias:
1-Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte;
2-Atestado Multiusos
3-Simulação Cálculo do Imposto Circulação do Veiculo;
4-Atestado/Declaração CE sobre minha situação;
5-Livrete do Veiculo

RESPONDEU NO MESMO DIA:

Meu caro Eduardo Jorge,
Peço-lhe desculpa de só estar a responder agora, mas estive fora do meu Gabinete e vou ausentar-me já para uma deslocação ao Centro-Norte do País. Aliás, só regressarei a Lisboa após o Natal.

Li com cuidado e atenção o seu mail e pedi à minha Assessora, Dra. Sónia Esperto, o favor de verificar como poderemos ajudar na resolução (total ou parcelar) dos dois problemas que me colocou. Ela irá desenvolver algumas diligências e vamos ver o que será possível de se conseguir.

Quanto à questão mais de fundo, tal como combinámos no passado, estou a aguardar o final do prazo para a recolha de informações/sugestões, para depois se estudar o que é possível fazer, de forma concreta, no imediato e no curto prazo.

Entretanto, aproveito para lhe desejar um Bom Natal e um 2014 com saúde e com sucessos, sobretudo nesse seu empenho para se criarem mais e melhores condições para uma vida independente de todos quantos têm deficiências e que optam por esse caminho.

Muito obrigado.
AGOSTINHO BRANQUINHO
Secretário de Estado

27 de dezembro de 2013: leia as novidades: http://tetraplegicos.blogspot.pt/2013/12/minha-ausencia-e-necessidade-de-uma.html

27 de fevereiro de 2014: 1 - http://tetraplegicos.blogspot.pt/2014/02/vida-independente-movimento-deficientes.html e

2 - http://tetraplegicos.blogspot.pt/2014/03/continuacao-da-luta-pela-vida.html

06 de março voltei a enviar para o INR:


Exmos Senhores,

informo que a minha situação continua igual.
Até agora nada mudou.
Cumprimentos
Eduardo Jorge

24 de março de 2014:

Após vários emails, telefonemas e encontros pessoais com intervenientes, minha situação continua igual. Como vêm urge uma Vida Independente que nos permita termos condições para comandar as nossas vidas.

23 de julho de 2014: Existem novidades. O Estado resolveu disponibilizar-me uma assistente pessoal.Veja aqui.