sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

III Encontro sobre Lesões Medulares

Vimos divulgar o nosso III Encontro sobre Lesões Medulares, que será no dia 17 de Fevereiro, às 14h no Centro de Reabilitação do Norte (Vila Nova de Gaia).


Neste encontro vamos falar sobre os principais temas ligados à qualidade de vida na lesão medular e ainda os principais avanços na investigação em temas como Terapias Celulares, Regeneração, Controlo da Bexiga, Interfaces cérebro-máquina, entre outros, que trazem esperança num futuro com maior funcionalidade, integração social e qualidade de vida.

Para além dos investigadores, terão também a palavra pessoas com Lesão Medular e suas famílias, numa conversa que procurará dar resposta às maiores questões sobre o que está a ser feito e o que podemos esperar da investigação nesta área, e sobretudo, para quando a implementação na prática?

Podem participar pessoas com lesão medular, suas famílias, técnicos de saúde e de reabilitação e outros com interesse nesta temática.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória, através do seguinte formulário de Inscrição no Encontro sobre Lesões Vertebro Medulares:

Aceda aqui para mais informações e programa.

LUGARES LIMITADOS. Faça já a sua inscrição!!
Partilhe com quem possa estar interessado.

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Estudo sobre a importância do Turismo adaptado

Sou aluno do ISAG (INSTITUTO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO) e estou no meu 2º ano do mestrado de Gestão .

Acabei a minha licenciatura em 2018 em Turismo também no ISAG (https://www.isag.pt/isag/si_main).

Para finalizar o meu Mestrado, estou a desenvolver um trabalho sobre: A importância do Turismo adaptado. Para este trabalho tive que desenvolver um questionário, de forma a abranger o máximo de pessoas suficientes;

Este questionário é dirigido a pessoas com a mesma condição de mobilidade reduzida, independentemente da idade. Logo venho pedir o vosso apoio, de forma a conseguir um estudo mais alargado e mais profundo ,sobre este tema.

Vou anexar o link do questionário agradecia a vossa ajuda.

Este trabalho depois de finalizado e levado a apresentação, irá ser divulgado por todos que participaram.

Link: (https://docs.google.com/forms/d/1J5XtqM_E8R9AyrFyA3wEn3T0fSXbPbGzpqWWaV5kPlY/edit )

para aceder ao questionário relativo ao trabalho sobre a importância do Turismo adaptado.

Agradeço a colaboração

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Conferência: Abordagem Interdisciplinares na Pesquisa em Deficiência

Observatório da Deficiência e Direitos Humanos (ODDH) do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), organiza uma Conferência no âmbito do projeto DARE: Disability Advocacy Research in Europe.


Tendo por objetivo debater a importância da pesquisa interdisciplinar e a sua aplicação no estudo da deficiência, a Conferência contará com a presença de Alberto Vasquez, Coordenador para a investigação no Gabinete da Relatora Especial das Nações Unidas para os direitos das pessoas com deficiência, e de especialistas na área dos Estudos da Deficiência e direitos humanos que integram o projeto DARE.

A Conferência está aberta à participação de investigadores/as e estudantes, representantes de organizações de pessoas com deficiência, técnicos/as da Administração Pública central e local e demais pessoas interessadas na temática da deficiência.

Local data e hora: ISCSP, Sala Lisboa, 20 de Fevereiro, 9h-17h.

A entrada é gratuita mas sujeita a inscrição (limitada a 40 lugares disponíveis). Para se inscrever, por favor, siga o link.

A organização assegura serviços de tradução simultânea inglês/português e interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP).

Mais informações: ODDH

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sábado, 25 de janeiro de 2020

Tiago ruma aos EUA para conhecer o exoesqueleto que o poderá tirar da cadeira de rodas

O preparador físico da ginasta Beatriz Martins está a caminho dos Estados Unidos para fazer testes com o exoesqueleto HAL e tentar qualificar-se para o programa Cyberdyne, que o poderá tirar da cadeira de rodas e permitir andar.


Tiago Sousa era atleta de alta competição de tumbling, no Lisboa Ginásio Clube (LGC), quando, em 12 de janeiro de 2005, com 21 anos, sofreu um acidente num treino e contraiu uma lesão grave que o remeteu para uma cadeira de rodas.

“Estava a fazer um treino e [num mortal] parei no ar, caí com a testa e o corpo foi todo para a frente, fazendo a luxação das [vértebras cervicais] C5 e C6. Percebi que era muito grave, porque chegavam pessoas ao pé de mim e eu gritava porque não me conseguia levantar. Quando cheguei ao hospital, percebi que era algo realmente grave, porque não mexia nada do pescoço para baixo”, começa por recordar, em entrevista à agência Lusa.

O acidente conduziu-o a um longo processo de tratamentos, fisioterapia e, ao fim de dois anos, abriu-lhe um novo rumo, quando saiu do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão e assistiu a um treino de tumbling, altura em que percebeu que era ali que queria estar. De outra forma, por outro meio. O ex-aluno do curso Técnico-Profissional de Desporto tirou uma especialização como instrutor de fitness, fez um curso de micro expressões e linguagem corporal e tornou-se preparador físico de vários atletas, colaborando ainda na preparação de atletas do Projeto Olímpico de trampolins e da seleção nacional.

Hoje, com 35 anos, o desafio de Tiago Sousa é outro. Conquistou alguma atividade motora nos membros inferiores e consequentemente o acesso aos testes com o exoesqueleto HAL (“Hybrid Assistive Limb”), que vão decorrer em Jacksonville, nos EUA.

“Este é um grande objetivo ter conseguido ir para o Cyberdyne HAL. De 14 a 24 de fevereiro, vou fazer os testes para ver se consigo ficar os três meses. Em 2016, tentei entrar, só que ainda não tinha os pré-requisitos de atividade muscular para ingressar nesse programa. De há dois, três anos para cá comecei a treinar e a ser o bio-atleta de alta competição para conseguir alcançar este grande objetivo que é ingressar neste programa”, explica.

Caso seja bem-sucedido nos testes, Tiago Sousa, que, entretanto, já recuperou grande parte da mobilidade dos membros superiores, usará diariamente, durante 45 minutos a uma hora, o exoesqueleto HAL.

“A diferença entre este exoesqueleto e os outros é que, para este exoesqueleto HAL funcionar, tem de haver atividade muscular, nem que seja o mínimo. Porquê? Que vai fazer este exoesqueleto? Vai potenciar essa mensagem. Ou seja, se eu quiser por o exoesqueleto a trabalhar, e não tiver nenhuma atividade muscular, ele não vai mexer”, esclarece.

A expectativa de Tiago Sousa não é, contudo, “sair de lá a andar”, mas dar um passo rumo à sua total recuperação.

“A minha ambição é a de sempre, a de criar metas para alcançar o grande objetivo. Não estar tão focado nesse objetivo de sair da cadeira de rodas e andar, que vai ser o objetivo para o resto da minha vida ou até acontecer, mas ficar mais focado no processo e em todas as conquistas que vou conseguindo dia a dia”, frisa.

Mas para conseguir realizar o programa, o preparador físico desenvolveu uma campanha de angariação de fundos para tentar reunir 10 mil euros para os testes e 30 mil euros para os três meses da Cyberdyne HAL.

Mediante este desafio, Beatriz Martins não hesitou em juntar-se à causa de “um profissional incrível”, fazendo um apelo nas redes sociais e disponibilizando-se para as iniciativas que estão a ser desenvolvidas, como aulas de fitness, zumba ou ‘workshops’.

“Tocou-me um bocadinho mais no coração, é meu amigo, é meu treinador e, por ser uma pessoa tão próxima, sei o quanto ele quer isto, o quanto trabalhou para isto e acho que é altura de se focar um bocadinho mais nele próprio”, defende a ginasta, assegurando que “nunca foi muito estranho” o seu preparador “estar numa cadeira de rodas e nunca houve um dia em que achasse que as limitações do Tiago estavam a limitar” o seu treino.

Em vésperas da partida, Tiago Sousa mostra-se extremamente confiante naquela que chama a qualificação para os seus Jogos Olímpicos.

“Sinto-me tão forte fisicamente e mentalmente que, mesmo que não alcance [a qualificação], sei que vai aparecer alguma coisa e eu hei de conseguir alcançar. Mas o objetivo é ir lá e, com toda a minha força, e de todas as pessoas que estão à minha volta, conseguir fazer o programa e viver sozinho”, conclui Tiago Sousa.

Fonte: SAPO24

domingo, 19 de janeiro de 2020

Petição: Complemento à PSI para todas as pessoas com incapacidade

À dignidade das pessoas com incapacidade em Portugal!


O Estado tem obrigação de proteger as pessoas mais frágeis da sociedade e as pessoas com incapacidade fazem parte desse grupo, pois devido à sua incapacidade têm mais limitações e dificuldades em arranjar trabalho e ter uma vida independente.

Assine aqui.

Foi criada em 2017 a PSI (Prestação social para a Inclusão) atribuída a pessoas com mais de 60% de incapacidade. É bom para as pessoas que conseguem um trabalho pois acumulam com os rendimentos tendo uma vida mais confortável a nível monetário, tornando-se um pouco mais independentes.

Mas também sabemos que a maioria das pessoas com 60% de incapacidade ou mais não conseguem trabalho e ficam limitados a receber apenas a PSI.
Entretanto em 2018 criaram o complemento à PSI, que é atribuído contabilizando os rendimentos do agregado familiar.

Os pais só têm obrigação de sustentar os filhos até estes serem maiores de idade, mas temos de perceber que uma pessoa com incapacidade não vai conseguir trabalho facilmente mas também não deve ficar dependente monetariamente de familiares, todo o ser humano tem direito a uma vida independente, na medida do possível.

Nesta petição o que se vem reivindicar é que o complemento à PSI seja atribuído a todas as pessoas com 60% de incapacidade ou mais tendo em conta apenas os rendimentos do beneficiário e não do agregado familiar.

A palavra de ordem de um estado democrático, terá que ser DIGNIDADE!

Enviado por Susana Dias

Centro de Apoio à Vida Independente de Leiria

O CAVI - Centro de Apoio a Vida Independente procura “proporcionar um serviço de assistência pessoal às pessoas com deficiência, de modo a que elas possam ter ajuda de uma terceira pessoa nas suas atividades diárias”, explicou Conceição Lourenço, porta-voz do Centro de Vida Independente (CVI), durante a ação de informação e sensibilização do tema, no âmbito da disciplina de Turismo Acessível da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), nas Caldas da Rainha.


Este projeto-piloto, que é cofinanciado no âmbito dos FEEI – Fundos Estruturais e de Investimento – Programas operacionais do Portugal 2020, tem delegação regional de Leiria no Vau, em Óbidos, numa associação que também atua na área da deficiência.

“Nós enquanto pais de uma criança com multideficiência, residente no concelho de Óbidos, resolvemos abraçar este projeto, porque consideramos que é um direito das pessoas com deficiência terem assistência pessoal”, sublinhou Conceição Lourenço, que juntamente com o seu marido são porta-vozes da delegação de Leiria do CVI e da Associação Comunidade Filhos Sem Voz.

Além de dar “uma nova oportunidade”, esta iniciativa também permite que as “pessoas com deficiência passem a ter o controlo das suas vidas e, sobretudo, que não estejam presas em instituições”.

A sessão contou ainda com a presença do tetraplégico Eduardo Jorge, que se tornou um dos mais emblemáticos ativistas dos direitos dos deficientes e que também aproveitou para falar sobre a sua experiência pessoal. ”Graças ao CAVI, eu saí de um lar de idosos, que para mim era o fim da linha, e assim voltei a ser pessoa”, sublinhou, adiantando que “nós, enquanto pessoas com deficiências beneficiamos e muito com este projeto piloto, que tem apenas três anos”.

Já Fernando Jorge Azevedo, que em 2007 descobriu que sofria de esclerose múltipla e que também é beneficiário do CVI, referiu que “se não fosse a ajuda do CVI, com certeza já não estava cá a falar com vocês. Este projeto deu-me uma nova vontade de viver”.

Fonte: Jornal das Caldas

Deficientes "presos em casa" por falta de ajuda financeira

As pessoas com deficiência chegam a esperar dois anos pelos apoios à mobilidade atribuídos pela Segurança Social. A Confederação Nacional de Organismos de Deficientes afirma que existem várias pessoas "presas em casa" por falta de cadeiras de rodas elétricas ou de carros adaptados.


“Pessoas que passam por uma ansiedade bastante grande, enquanto estes produtos não vêm. Alguns deles têm uma grande implicação na mobilidade”, afirmou o presidente da Confederação Nacional de Organismos de Deficientes, Cabaço dos Reis, à Antena 1. Em causa está o funcionamento do Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA), que é tutelado pela Segurança Social.O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garante que em 2020 vai haver mais verbas para estes apoios. Estão reservados 20 milhões de euros, quase o dobro do calor disponível em 2016.

Assista à entrevista em áudio AQUI. e AQUI.

Segundo o Ministério tutelado por Ana Mendes Godinho, citado pelo Jornal de Notícias, “na subclasse adaptações para carros do SAPA, foram apoiados, no ano passado, 106 produtos pedidos por 71 pessoas”.O Jornal de Notícias dá o exemplo de um tetraplégico de 51 anos, trabalhador da Nokia, que em 2017 pediu uma cadeira de rodas elétrica para substituir a manual que usa atualmente, sem condições. Mas, dois anos depois, continua a aguardar resposta da Segurança Social.

No entanto, encontravam-se ainda pendentes “271 produtos para 184 beneficiários”. O Governo admite que “há casos residuais de 2017 e 2018, que ainda não foram contemplados”. Jorge Falcato, o primeiro deputado eleito de cadeiras de rodas para a Assembleia da República, afirma à Antena 1 que “o sistema nunca funcionou bem”.

“De maneira que as queixas são recorrentes. Há muitas diferenças, há centros regionais de Segurança Social que funcionam melhores do que outros. E há muitas assimetrias”, acrescentou. Segundo Jorge Falcato, que foi deputado entre 2015 e 2019 como independente nas listas do Bloco de Esquerda, “há pessoas que têm cadeiras elétricas e esperam meses por umas baterias”.

“Depois, quando o processo está concluído, há situações em que se alega a falta de orçamento, falta de dinheiro, para fazer o pagamento do produto de apoio”, acusou.

Fonte: RTP.pt

sábado, 18 de janeiro de 2020

CARRIS…!? uma Vergonha Nacional

A MISSÃO, a VISÃO e os VALORES da CARRIS, assumidos no seu site institucional, fazem-nos crer que estamos perante uma extraordinária Companhia, inovadora, competente e com um compromisso claro com o serviço que presta.


Assume, quando fala de ‘Compromissos com o Cliente’, responsabilidades relevantes, entre as quais, só para mencionar três:

Fornecer um serviço de qualidade e adequado às expectativas do cliente;
Assegurar a disponibilidade dos recursos necessários de forma a prestar um serviço ao cliente com a qualidade pretendida;
Em colaboração com as entidades competentes, assegurar que o serviço prestado possa ser facilmente utilizado por todos, implementando as medidas necessárias para permitir a acessibilidade daqueles clientes cuja mobilidade se encontre, por algum modo, reduzida.


Perante o relato do que sucedeu neste final de ano ao Sérgio Alexandre Lopes – UM CIDADÃO TETRAPLÉGICO – e pelo que sucede diariamente a tantos outros em situações similares, o comportamento desta Companhia, agora sob a gestão da CML, devia se denunciado como uma VERGONHA NACIONAL.

O relato impressionante do Sérgio

“Saí do Terreiro do Paço e dirigi-me à Praça do Martim Moniz, para a paragem onde passaria o 208, que garante o serviço noturno, de hora em hora. Começou a espera de 50 minutos.

O autocarro chegou às 2h40 e a rampa estava avariada. A temperatura era de cerca de nove graus e a primeira coisa que o motorista disse, pela janela, depois de ter tentado acionar umas seis vezes o dispositivo, foi ‘vai ter que esperar pelo próximo.’ Este é o discurso habitual.

Um pouco antes do autocarro parar, enviei sms para saber dali a quanto tempo seria o próximo e tinha a informação de que seriam 112 minutos.
Eu não estava sozinho e a Carmen já estava à frente do autocarro, informando os passageiros de que se não fôssemos todos, não iria ninguém. Neste momento, o motorista foi tentar abrir a rampa em modo manual, mas não conseguiu. Perguntei-lhe qual a alternativa que a CARRIS me daria e ele insistiu que eu teria que ‘esperar pelo próximo’.

Os passageiros foram informados, por nós, do motivo do bloqueio, da descriminação que a CARRIS promove diariamente, do descaso com que são tratadas as pessoas com mobilidade reduzida. Um dos passageiros que mais apoiou a nossa decisão, chamou a PSP.

O motorista, sem alternativa, entra em contacto com a central. Do outro lado oiço alguém – dizem eles que ‘é um CHEFE’ – ’Então, se não funciona, o passageiro tem de esperar pelo próximo autocarro’. Com esta tranquilidade.

CARRIS – Espere pelo próximo! (esta deveria ser a frase assinatura da empresa)

Perguntei qual a garantia que me davam de que o próximo autocarro teria a rampa a funcionar. A resposta foi: ‘Esteja descansado que a central vai entrar em contacto com o colega e ele vai ver se a rampa funciona’. Conhecendo a CARRIS, e não de hoje, isto não é garantia nenhuma, mas sim um ‘fique a aguardar e depois logo se vê’.

BEEN THERE! SEEN THAT!

Não confio na CARRIS. (muito menos numa madrugada com temperaturas abaixo dos 10 graus)

Entretanto, com autocarro impedido de avançar, tenho todo o tempo para descrever a situação aos agentes da PSP. Reforço que a situação é constante e, naquele contexto, tudo se torna ainda mais grave. Expliquei que tenho o mesmo direito que todos os passageiros a viajar naquele autocarro, que tenho passe, que a CARRIS incumpre a Lei 46/2006, que proíbe e pune a discriminação em razão da deficiência e da existência de risco agravado de saúde, e que a alternativa que a CARRIS me estava a dar era um autocarro mais de 1h30 depois, sem garantias de ter uma rampa funcional.

Os agentes identificaram-nos e depois foram conversar com o motorista para perceber como a CARRIS pretendia resolver a minha situação. O motorista, sem meios de se justificar pela empresa, passou-lhes mesmo o telemóvel para falarem directamente com o ‘CHEFE’ que exigia que a PSP identificasse as pessoas que não deixavam o autocarro seguir a viagem. Ficamos assim a saber que a CARRIS pensa que dá ordens à PSP.

O motorista continuava a tentar seguir viagem, mas connosco e alguns passageiros em frente ao autocarro, era impossível.

Pelo mesmo motorista chega então a informação de que a CARRIS já teria um autocarro a caminho, reservado, apenas para me deixar em casa. Ou seja, não efectuaria quaisquer paragens para tomada ou largada de passageiros. Seria uma forma de me ‘compensar pela situação’, disseram.
Logo que o autocarro ‘reservado’ chegou, o motorista do primeiro queria ir embora, os agentes tentaram dissuadir-nos, mas, mais uma vez, por falta de confiança na CARRIS, foi impedido de ir até que a rampa fosse testada. A rampa estava… avariada, caros amigos.

O segundo motorista, visivelmente incomodado, garantiu que testara a rampa à frente do CHEFE e ‘estava boa.’

O primeiro motorista continuava a ligação com o ‘CHEFE’ da CARRIS. Apercebo-me que todos os passageiros estavam a sair do primeiro autocarro, por ordem da empresa, e que o tal autocarro ‘reservado’, iria continuar a carreira do primeiro.

Parece-me claro que o ‘CHEFE’ queria tentar libertar um autocarro, mas não aconteceu. E doravante não mais acontecerá. Ficaremos todos retidos: nós, os passageiros, os motoristas e os carros que forem enviados. Interpreto, este momento, a esta distância, como prova do foco errado da CARRIS, em relação ao que ali estava a ocorrer.

O motorista do segundo autocarro, sentindo-se inseguro, porque, por esta altura, os primeiros ânimos começavam a exaltar-se entre alguns passageiros, pergunta aos agentes da PSP o que deveria fazer e se seria seguro fazer aquela viagem.

Entretanto, a rampa deste último conseguiu ser aberta manualmente e entrei.

Os polícias, mais uma vez, pelo telefone, questionam o CHEFE da CARRIS acerca da situação. O ‘CHEFE’ foi peremptório – o primeiro autocarro seguiria fora de serviço e o segundo seguiria com todos os passageiros que se juntaram ali ao longo de mais de uma hora. E não éramos poucos. A resposta do senhor agente àquela decisão da CARRIS foi ‘vocês é que sabem a imagem que querem dar da empresa’.

Não somos cidadãos de segunda. Não deixarei que me tratem como se fosse.

Não sou o primeiro a fazer este tipo de ação, mas não podemos deixar que situações como esta se repitam, a cada hora, sem fazermos nada.

Agradeço ao grupo de passageiros que se juntou a mim.
Agradeço aos agentes da PSP que, desde o início, disserem que não nos iam deter pela validade da nossa posição ali.”

Fonte: Minuto Acessível

domingo, 5 de janeiro de 2020

Para quando a aplicação da lei da prioridade?

Minha crónica no jornal Abarca.

3 anos e alguns meses após a entrada em vigor da Lei do Atendimento Prioritário através do Decreto Lei nº 58/2016, de 29 de agosto, que obriga as entidades públicas e privadas a prestarem atendimento prioritário a pessoas com deficiência, idosas, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo, deixo um pequeno resumo dos bons e maus exemplos que tenho vivenciado sobre a aplicação da lei:

Chego ao balcão do peixe, peço para me tirarem uma senha, sou imediatamente atendido. De seguida dirijo-me ao talho ignoram a minha presença e a lei do atendimento prioritário, e aguardo que as pessoas que se encontram á minha frente sejam atendidas. Nos caixas igualmente. Nada de atendimento preferencial. Isto no Intermarché do Tramagal. Local onde nem sequer consigo entrar de cadeira de rodas pelo mesmo local que todos os outros clientes. A cadeira de rodas não cabe. Resta-me entrar no supermercado pelos caixas, espaço de saída.

Já no Intermarché de Alferrarede noto que a maioria dos funcionários cumprem a lei. Embora os caixas e a padaria/pastelaria nem sempre o façam.

No Pingo Doce de Abrantes nunca tive grandes problemas. É o espaço onde sinto que há maior conhecimento sobre a lei e preocupação por parte dos funcionários em cumpri-la. Além disso tomam a iniciativa de me abordarem e colocarem-se à disposição logo que terminam o atendimento que estão a realizar. Fazem-no profissionalmente e de boa vontade e não por obrigação, tipo cá está mais um privilegiado que não tem nada para fazer e sou obrigado a atender quando quer.

No Continente de Abrantes vejo que as coisas também não funcionam como deveriam. Nem todos os funcionários cumprem a lei. Ficam à espera que sejamos nós a solicitar atendimento preferencial.

Nos grandes espaços comerciais como o El Corte Inglês, Colombo, Vasco da Gama, Dolce Vita, Cascais Shopping, Decathlon, IKEA, Sport Zone, muito também há a fazer. Prioridade só é dada dependendo dos funcionários. Conseguir entrar num elevador é uma lotaria. Só com muita sorte. Mesas vagas na restauração igualmente um grande problema.

Restaurantes esses nunca notei grande disponibilidade para cumprir a lei. Não houve um único espaço onde tenha sido atendido como exige a lei. No comércio de rua idem.

A lei refere que nas unidades hospitalares não há direito a prioridade desde que a consulta seja marcada com antecedência, mas no hospital de Abrantes, nas consultas externas, há uma situação no mínimo estranha. Chega-se com a consulta marcada, aguardamos a vez de ser atendidos, e caso seja marcada nova consulta pelo médico, há a obrigatoriedade de tirar nova senha e aguardar na fila para a efetivar com administrativos. Neste caso não temos direito ao atendimento prioritário.

Estive recentemente no centro de inspeções da Controlauto de Mação, com a marcação da inspeção do veículo agendada para as 11h da manhã, fui atendido às 13h.

Não costumo exigir atendimento prioritário. Contam-se pelos dedos as vezes que o fiz. Se tomei essa opção foi por necessidade. Quando não me é facultado o atendimento prioritário costumo aguardar, chegada a minha vez questiono quem me vai atender se costumam aplicar a lei.

Já me deram todo o tipo de respostas. A mais frequente é “você não a pediu”. A última situação aconteceu no talho do E.Leclerc do Entroncamento. Após vários minutos na fila, ao ouvir o número da minha senha chego-me junto ao balcão, pergunto ao funcionário se cumprem a lei do atendimento prioritário. Responde que não. Indico-lhe o símbolo bem visível na vitrine, onde indicam que o fazem e pergunto-lhe para que serve. Hesitou sem saber bem o que responder e lá vem a frase habitual, “porque não pediu? Vocês também têm de pedir. É tanta coisa que uma pessoa distrai-se”. Também foi estranho observar que cada vez que chamava por nova senha olhava para toda a gente menos para mim. É dos que continuam a achar que não somos clientes, mas sim acompanhantes. Respondi-lhe que deve conhecer da lei e cumpri-la, nada mais. Pediu desculpa.

Numa outra ocasião, neste caso no Intermarché do Tramagal e porque estava com muita pressa, resolvi perguntar se podia beneficiar do atendimento prioritário, responde a senhora de imediato: “calma, não vai querer que deixe de atender esta pessoa” e com uma ar de repreensão, olhava para a amiga/cliente, e continuaram a conversa como se fossem vizinhas a necessitar por a conversa em dia.

Também já me aconteceu por algumas vezes, eu a aguardar na fila, e ser abordado por outras pessoas que também aguardavam, a perguntar se não queria exigir atendimento preferencial. Isso mostra que há pessoas que entendem o nosso lado e se preocupam quando não se cumpre a lei.

Enfim, muito há a fazer. Nota-se melhoras, mas 3 anos depois esperava mais, muito mais, mas pelo que vejo as coisas não funcionam melhor não por desconhecimento da lei, mas por falta de informação de quem nos atende. Maioria entende que só deve aplicar a lei quando lhe apetece.

Quanto a mim não sei dizer porque nem sempre exijo o atendimento prioritário.

Como foi o meu Natal? Em liberdade.

Este será o meu primeiro Natal em liberdade. Já passei esta época tão apreciada, e cheia de simbolismo para a maioria das pessoas, por mais de uma vez hospitalizado, e a experiência não foi nada agradável, principalmente por tudo fazerem nestes lugares, para evitar que as pessoas sintam que se encontram naquele lugar, e numa época supostamente de reunião em família, que acabam por me fazer sentir que estou abandonado, e sozinho no mundo, logo, merecedor de pena e compaixão.

No Centro de Reabilitação de Alcoitão, ultimamente, optaram por nos oferecer o famoso “Natal dos Hospitais”, evento que sempre consegui fugir a sete rodas. A sete pés não combina por não conseguir por os meus no chão. Não me estou a ver deitado numa cama, virada para o palco, e obrigado a saborear aquela prenda de Natal impingida, e a fingir que estou muito feliz e agradecido. Para os mais sortudos, no embrulho também podem vir uns beijinhos e abraços dos apresentadores. Toma lá disto que terás o teu Natal resolvido e serás muito mais feliz. Até porque, quanto a mim, aquelas festas são destinadas a todos os que estão por aí dispostos a consumir aquele tipo de espetáculos, e não para quem se encontra internado.

Também já passei a época natalícia em família, sozinho em casa, e neste caso também a fugir a sete rodas do filme sozinho em casa, passeia-o com amigos, e também já a passei institucionalizado...mas sempre sujeito a muitos condicionalismos, certamente que este Natal será um dos melhores. É o primeiro em liberdade, e como beneficiário de assistência pessoal. Finalmente tenho o direito a decidir com, como e onde. Com quem o quero passar, como o quero passar, e onde o quero passar. Irei ter condicionalismos, sim, e ainda bem que os terei. Quem os não tem? Mas o facto de ter o comando da minha vida novamente nas minhas mãos graças à assistência pessoal e Vida Independente, não tem preço, o que deixa para segundo plano todos os condicionalismos que possam surgir.

Em todas as circunstâncias não nos deixam faltar o bacalhau, couve, bolo rei, filhoses e afins, mas de nada adianta, o seu sabor vem carregado de amargura e tristeza. Nada substitui a dignidade e alegria que nos foi roubada.

Liberdade e dignidade não têm preço. É algo muito precioso. Um direito básico. Viva a liberdade. Assim será, porque desde o dia 21 de maio deste ano que me encontro em liberdade, na minha casa, de onde não deveria ter sido obrigado a sair, depois de quase 4 anos a viver num lar de idosos, única alternativa oferecida pelo Estado para quem adquire uma deficiência incapacitante como é o meu caso. Foi no lar onde mais me custou passar esta data. Ver muitos dos idosos sem a possibilidade de irem passar esta quadra que tanto lhes diz junto dos seus, foi muito doloroso.

Com a assistência pessoal prestada por 3 assistentes pessoais, que são os meus braços e as minhas pernas, voltei a poder sonhar, ter uma vida o mais normal possível, e claro, voltar a ter a possibilidade de poder tomar as decisões que bem entender sobre a minha vida. E neste caso concreto, ter a possibilidade de passar o Natal como desejar. Assim deve ser, assim tem de ser. Lamento que muitas outras pessoas se encontrem impedidas de o fazer somente por se encontrarem dependentes.

Se for o caso, Boas Festas para si.

Sérgio Lopes bloqueou um autocarro da Carris que o impediu de viajar

É assim que o Sérgio Lopes, na sua página no facebook inicia o relato de mais uma discriminação das que todos nós sofremos habitualmente. Desta vez, não a aceitou e disse BASTA. Obrigado pela coragem. Assim deveríamos todos nós agir. Se o fizéssemos de certeza que pensariam duas vezes antes de nos ignorar como cidadãos com direitos e deveres como os demais. 


Saí do Terreiro do Paço e dirigi-me à Praça do Martim Moniz, para a paragem onde passaria o 208, que garante o serviço noturno, de hora em hora. Começou a espera de 50 minutos.

O autocarro chegou às 2h40 e a rampa estava avariada. A temperatura era de cerca de nove graus e a primeira coisa que o motorista disse, pela janela, depois de ter tentado acionar umas seis vezes o dispositivo, foi “vai ter que esperar pelo próximo.” Este é o discurso habitual.

Um pouco antes do autocarro parar, enviei sms para saber dali a quanto tempo seria o próximo e tinha a informação de que seriam 112 minutos.

Eu não estava sozinho e a Carmen já estava à frente do autocarro, informando os passageiros de que se não fôssemos todos, não iria ninguém. Neste momento, o motorista foi tentar abrir a rampa em modo manual, mas não conseguiu. Perguntei-lhe qual a alternativa que a Carris me daria e ele insistiu que eu teria que “esperar pelo próximo”.

Os passageiros foram informados, por nós, do motivo do bloqueio, da descriminação que a Carris promove diariamente, do descaso com que são tratadas as pessoas com mobilidade reduzida. Um dos passageiros que mais apoiou a nossa decisão, chamou a PSP.

O motorista, sem alternativa, entra em contato com a central. Do outro lado oiço alguém (dizem eles que “é um chefe”): “_Então, se não funciona, o passageiro tem de esperar pelo próximo autocarro”. Com esta tranquilidade.

Carris – Espere pelo próximo! Esta deveria ser a frase assinatura da empresa.

Perguntei qual a garantia que me davam de que o próximo autocarro teria a rampa a funcionar. A resposta foi: “Esteja descansado que a central vai entrar em contacto com o colega e ele vai ver se a rampa funciona”. Conhecendo a Carris, e não de hoje, isto não é garantia nenhuma, mas sim um “fique a aguardar e depois logo se vê”. Been there! Seen that!

Não confio na Carris, muito menos numa madrugada com temperaturas abaixo dos 10 graus.

Entretanto, com autocarro impedido de avançar, tenho todo o tempo para descrever a situação aos agentes da PSP. Reforço que a situação é constante e, naquele contexto, tudo se torna ainda mais grave. Expliquei que tenho o mesmo direito que todos os passageiros a viajar naquele autocarro, que tenho passe, que a Carris incumpre a Lei 46/2006, que proíbe e pune a discriminação em razão da deficiência e da existência de risco agravado de saúde, e que a alternativa que a Carris me estava a dar era um autocarro mais de 1h30 depois, sem garantias de ter uma rampa funcional.

Os agentes identificaram-nos e depois foram conversar com o motorista para perceber como a Carris pretendia resolver a minha situação. O motorista, sem meios de se justificar pela empresa, passou-lhes mesmo o telemóvel para falarem diretamente com o “chefe” que exigia que a PSP identificasse as pessoas que não deixavam o autocarro seguir a viagem. Ficamos assim a saber que a Carris pensa que dá ordens à PSP.

O motorista continuava a tentar seguir viagem, mas connosco e alguns passageiros em frente ao autocarro, era impossível.

Pelo mesmo motorista chega então a informação de que a Carris já teria um autocarro a caminho, reservado, apenas para me deixar em casa. Ou seja, não efetuaria quaisquer paragens para tomada ou largada de passageiros. Seria uma forma de me “compensar pela situação”, disseram.

Logo que o autocarro “reservado” chegou, o motorista do primeiro queria ir embora, os agentes tentaram dissuadir-nos, mas, mais uma vez, por falta de confiança na Carris, foi impedido de ir até que a rampa fosse testada. A rampa estava… avariada, caros amigos.

O segundo motorista, visivelmente incomodado, garantiu que testara a rampa à frente do chefe e “estava boa.”

O primeiro motorista continuava a ligação com o “chefe” da Carris. Apercebo-me que todos os passageiros estavam a sair do primeiro autocarro, por ordem da empresa, e que o tal autocarro “reservado”, iria continuar a carreira do primeiro.

Parece-me claro que o “chefe” queria tentar libertar um autocarro, mas não aconteceu. E doravante não mais acontecerá. Ficaremos todos retidos: nós, os passageiros, os motoristas e os carros que forem enviados. Interpreto, este momento, a esta distância, como prova do foco errado da Carris, em relação ao que ali estava a ocorrer.

O motorista do segundo autocarro, sentindo-se inseguro, porque, por esta altura, os primeiros ânimos começavam a exaltar-se entre alguns passageiros, pergunta aos agentes da PSP o que deveria fazer e se seria seguro fazer aquela viagem.

Entretanto, a rampa deste último conseguiu ser aberta manualmente e entrei.

Os polícias, mais uma vez, pelo telefone, questionam o chefe da Carris acerca da situação. O “chefe” foi perentório – o primeiro autocarro seguiria fora de serviço e o segundo seguiria com toooodos os passageiros que se juntaram ali ao longo de mais de uma hora. E não éramos poucos. A resposta do senhor agente àquela decisão da Carris foi “vocês é que sabem a imagem que querem dar da empresa”.

Aqui parece tudo resolvido, mas acreditem que vem a pior parte. Já comigo dentro do autocarro, entram os restantes passageiros e nem todos estavam “do meu lado”. Tive que ouvir “só tinha era que esperar por um que viesse a funcionar”, “eu também tenho problemas e sofro com frio”, etc.

O meu relato já vai longo e faltam imensos detalhes, mas não queria terminar sem algumas observações.

Isto é obviamente uma prática discriminatória da Carris mas não se circunscreve a esta empresa. STCP, Rodoviária, Vimeca, Metro de Lisboa, etc., contribuem diariamente para uma situação insustentável. Uma situação que não deixa prever nada de bom, porque não há legislação compulsória e punitiva.

Não somos cidadãos de segunda. Não deixarei que me tratem como se fosse.

Não sou o primeiro a fazer este tipo de ação, mas não podemos deixar que situações como esta se repitam, a cada hora, sem fazermos nada.

Agradeço ao grupo de passageiros que se juntou a mim. Agradeço aos agentes da PSP que, desde o início, disserem que não nos iam deter pela validade da nossa posição ali.

NA ALTURA, ESTAVA ACOMPANHADO PELA NOSSA QUERIDA Carmen Sofia Figueira que como sempre o faz, tomou também esta, como sua causa, e mostrou a sua indignação na sua página do facebook, com um video acompanhado do seguinte texto:

POSSO IR PRESA POR IMPEDIR A CIRCULAÇÃO DE UM TRANSPORTE PÚBLICO? POSSO. E VOU. FELIZ. SEMPRE PENSEI QUE HÁ EXCELENTES MOTIVOS PARA SER PRESO.

A CARRIS É UMA EMPRESA CRIMINOSA.

A CARRIS TEM AUTOCARROS A CIRCULAR COM RAMPAS AVARIADAS.

A CARRIS DESCRIMINA PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA.

A CARRIS ESTÁ ACIMA DA LEI? SIM, PORQUE NÃO É PUNIDA.

A CARRIS TERÁ OS SEUS AUTOCARROS BLOQUEADOS POR MIM SEMPRE QUE ESTA SITUAÇÃO ACONTECER.

Às 3h00 da madrugada, do dia 1 de janeiro de 2020, a carris coloca a circular, no centro de Lisboa, autocarros com a rampa - que permite o embarque de pessoas com mobilidade reduzida - avariada.
Temperatura abaixo dos 10 graus e esta empresa arroga-se o direito de deixar um passageiro em cadeira de rodas, por duas horas, na rua.

HOJE, CORREU MAL, MAS A TODOS.

"NÃO VAI UM PASSAGEIRO, NÃO VAI NINGUÉM!"

ao invés do célebre e encapotado:

"SE ANDAS DE CADEIRA DE RODAS, PROBLEMA TEU"

(Mais tarde, com paciência, e depois de termos descansado, conto como terminou - mais - esta situação.)

Obrigada aos passageiros que, incansavelmente, ficaram do lado certo, o lado do direito à cidadania, do mais elementar direito humano a não ser descriminado.
Obrigada aos agentes da PSP do Rato e aos motoristas dos autocarros envolvidos.

Um voto de pesar pelo "chefe" da Carris, que teve em mãos esta "ocorrência" e que, como habitualmente, mostrou ser (mais) um incapaz, inútil, inoperante, criminoso.

Ah! Bom Ano a todos e a todas.

Feliz 2020 para todos aqueles que partilharam, em 2019, o maravilhoso prémio de turismo, em matéria de acessibilidade. Agora podem partilhar também esta publicação.


ENTRETANTO A CARRIS MOSTROU MAIS UMA VEZ A SUA INCOMPETÊNCIA E DESRESPEITO. VEJAM A INFELIZ RESPOSTA NA SUA PÁGINA DO FACEBOOK.

Na sequência do que tem vindo a ser comunicado referente a uma avaria da rampa de acesso a passageiros de mobilidade reduzida da carreira 208, na madrugada de dia 1 de janeiro, informamos:

A CARRIS tem como procedimento, nestes casos de avaria da rampa, mobilizar imediatamente outros meios para transportar os clientes em cadeira de rodas que assim o necessitem. Foi o que aconteceu na madrugada do passado dia 1, tendo sido enviada para o local outra viatura, que chegou 45 minutos após a comunicação da avaria. O maior tempo de espera na reposição do autocarro deveu-se ao facto de os meios disponíveis na rede de madrugada serem mais limitados. O funcionamento das rampas é testado com regularidade e tinha sido testado previamente.

A empresa é extremamente sensível a esta questão e tem investido no sentido de poder servir cada vez melhor os passageiros de mobilidade reduzida. Todos os novos autocarros foram adquiridos com instalação de rampa. Além disso a CARRIS disponibiliza um serviço especial a pedido, de transporte de mobilidade reduzida, em carrinhas mais pequenas, cuja frota será aumentada este primeiro semestre com mais duas viaturas.

A CARRIS, em 2019, transportou mensalmente uma média de 1570 pessoas em cadeira de rodas. Estas situações de avaria no local são pontuais.

Lamentamos a situação ocorrida e o constrangimento causado a todos os clientes. Estamos a estudar alternativas para, em períodos como este da rede da madrugada, podermos ter os meios disponíveis de uma forma mais célere.

A CARRIS está disponível para esclarecer qualquer questão através do seu Centro de Atendimento, por email (atendimento@carris.pt) ou por mensagem privada.


O ASSUNTO JÁ É NOTICIA NA IMPRENSA. ABAIXO ALGUNS EXEMPLOS:

- Jornal de Noticias: 
Homem em cadeira de rodas impedido de andar em autocarro atravessou-se à frente do veículo