sábado, 31 de março de 2012
Cortes condenam milhares de cidadãos deficientes
A Associação Portuguesa de Deficientes acusa o Governo de “condenar milhares de cidadãos” a não poderem ter uma vida ativa e produtiva ao ter cortado em quase quatro milhões o valor do financiamento em 2012 para ajudas técnicas.
Para o presidente da APD esta redução no valor atribuído para a concessão de ajudas técnicas "é intolerável do ponto de vista social”.
“Significa condenar milhares de cidadãos a não poderem deslocar-se, ouvir, ler, em resumo, ter uma vida ativa e produtiva porque não vão ter acesso, por exemplo, a cadeiras de rodas, próteses auditivas ou software de leitura”, diz a APD.
Contactado pela Lusa, o Ministério da Solidaredade e Segurança Social (MSSS) esclarece que o valor definido para 2012, de cerca de 8,3 milhões de euros, “pode vir a ser reforçado ao longo do corrente ano, caso se justifique e venha a ser devidamente fundamentado pelas entidades”.
Num despacho publicado em Diário da República no passado dia 09 de março é definido que o valor para financiamento de ajudas técnicas durante o ano de 2012 é de 8.301.820,00 euros. Em 2011, estes produtos tiveram direito a um financiamento de 12.154.091,00 euros, o que representa um decréscimo de 3.852.271 euros, menos 31,7 por cento.
Na opinião da APD, trata-se de uma “redução substancial” no valor definido para as ajudas técnicas, realçando ter conhecimento de que “muitas pessoas não conseguiram receber em tempo útil estas ajudas técnicas” durante o ano de 2011.
“Por razões de entropia de funcionamento das entidades que prescrevem ou por razões meramente administrativas, é anunciado que há um valor que não foi atribuído, não foi prescrito, e como não foi prescrito no ano passado, o que se fez foi reduzir o orçamento para este ano”, criticou Humberto Santos, referindo-se à passagem de cerca de 12 milhões em 2011 para mais de oito milhões de euros em 2012.
Segundo o presidente da APD, o Governo não teve a preocupação de tentar perceber por que é que em 2011 sobrou dinheiro, tomando por opção reduzir o valor destinado a estas ajudas, e alertou que isso vai significar que muitas das pessoas que em 2011 não conseguiram aceder a estas ajudas, também não o consigam em 2012.
“Conhecemos quem tenha de se endividar para conseguir aceder a estas ajudas técnicas”, alertou Humberto Santos.
Explicou que muitas vezes as pessoas com deficiência não têm forma de aceder através do Serviço Nacional de Saúde a estas verbas porque quando chegam às respetivas entidades prescritoras ou a verba está esgotada ou, por outro motivo, veem ser-lhes “vedado o acesso a este bem fundamental”.
Relativamente ao facto de o despacho para as verbas atribuídas em 2011 só ter sido publicado em 21 de dezembro do mesmo ano, Humberto Santos apontou que ter “instituições a funcionar sem orçamento real não é um processo saudável”.
Em resposta, o MSSS salienta que “pela primeira vez há um valor definido e um eventual reforço, caso se justifique” e que igualmente pela primeira vez "existe um plano de combate à fraude para que impere uma maior justiça na atribuição destas ajudas técnicas”.
O Ministério lembra que a verba global afeta ao financiamento dos produtos de apoio é fixada anualmente por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pela Segurança Social Emprego e Saúde e que esse despacho não chegou a ser publicado nos anos de 2010 e 2011.
De acordo com o Ministério da Solidariedade e Segurança Social, foi por causa dessa ausência de verba que o atual Governo “regularizou” a situação através da publicação do despacho de Dezembro, onde é definida a verba de cerca de 12 milhões para as ajudas técnicas durante o ano de 2011.
Lusa / SOL
Para o presidente da APD esta redução no valor atribuído para a concessão de ajudas técnicas "é intolerável do ponto de vista social”.
“Significa condenar milhares de cidadãos a não poderem deslocar-se, ouvir, ler, em resumo, ter uma vida ativa e produtiva porque não vão ter acesso, por exemplo, a cadeiras de rodas, próteses auditivas ou software de leitura”, diz a APD.
Contactado pela Lusa, o Ministério da Solidaredade e Segurança Social (MSSS) esclarece que o valor definido para 2012, de cerca de 8,3 milhões de euros, “pode vir a ser reforçado ao longo do corrente ano, caso se justifique e venha a ser devidamente fundamentado pelas entidades”.
Num despacho publicado em Diário da República no passado dia 09 de março é definido que o valor para financiamento de ajudas técnicas durante o ano de 2012 é de 8.301.820,00 euros. Em 2011, estes produtos tiveram direito a um financiamento de 12.154.091,00 euros, o que representa um decréscimo de 3.852.271 euros, menos 31,7 por cento.
Na opinião da APD, trata-se de uma “redução substancial” no valor definido para as ajudas técnicas, realçando ter conhecimento de que “muitas pessoas não conseguiram receber em tempo útil estas ajudas técnicas” durante o ano de 2011.
“Por razões de entropia de funcionamento das entidades que prescrevem ou por razões meramente administrativas, é anunciado que há um valor que não foi atribuído, não foi prescrito, e como não foi prescrito no ano passado, o que se fez foi reduzir o orçamento para este ano”, criticou Humberto Santos, referindo-se à passagem de cerca de 12 milhões em 2011 para mais de oito milhões de euros em 2012.
Segundo o presidente da APD, o Governo não teve a preocupação de tentar perceber por que é que em 2011 sobrou dinheiro, tomando por opção reduzir o valor destinado a estas ajudas, e alertou que isso vai significar que muitas das pessoas que em 2011 não conseguiram aceder a estas ajudas, também não o consigam em 2012.
“Conhecemos quem tenha de se endividar para conseguir aceder a estas ajudas técnicas”, alertou Humberto Santos.
Explicou que muitas vezes as pessoas com deficiência não têm forma de aceder através do Serviço Nacional de Saúde a estas verbas porque quando chegam às respetivas entidades prescritoras ou a verba está esgotada ou, por outro motivo, veem ser-lhes “vedado o acesso a este bem fundamental”.
Relativamente ao facto de o despacho para as verbas atribuídas em 2011 só ter sido publicado em 21 de dezembro do mesmo ano, Humberto Santos apontou que ter “instituições a funcionar sem orçamento real não é um processo saudável”.
Em resposta, o MSSS salienta que “pela primeira vez há um valor definido e um eventual reforço, caso se justifique” e que igualmente pela primeira vez "existe um plano de combate à fraude para que impere uma maior justiça na atribuição destas ajudas técnicas”.
O Ministério lembra que a verba global afeta ao financiamento dos produtos de apoio é fixada anualmente por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pela Segurança Social Emprego e Saúde e que esse despacho não chegou a ser publicado nos anos de 2010 e 2011.
De acordo com o Ministério da Solidariedade e Segurança Social, foi por causa dessa ausência de verba que o atual Governo “regularizou” a situação através da publicação do despacho de Dezembro, onde é definida a verba de cerca de 12 milhões para as ajudas técnicas durante o ano de 2011.
Lusa / SOL
Atestado Incapacidade. Fisco exige atestados que a Saúde adiou até ao final de 2013
É como se agora só pudesse votar se já tivesse o cartão do cidadão. A comparação é feita por Rodrigo Santos, da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), e Paulo Alexandre Pereira, da Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM). As mesmas associações que contestaram que os utentes do SNS com incapacidade superior a 60%, para ter direito a isenção de taxas moderadoras, tivessem de apresentar o novo modelo de atestado multiusos, emitido desde 2009, – quando tinham atestados de incapacidade permanente ou temporária ainda válidos – denunciam que as Finanças estão a colocar o mesmo entrave.
A ACAPO diz já ter recebido cerca de 100 queixas de associados a quem o atestado do modelo anterior a 2009, na maioria dos casos situações em que era atribuído o grau de incapacidade permanente, foi recusado. Para já, a associação está a aconselhar os associados a tentar fazer prova da incapacidade e a estar atentos às liquidações. “A partir do momento em que seja detectado qualquer prejuízo, apoiaremos os nossos associados no recurso ao contencioso e aos tribunais.”
A Administração Central do Sistema de Saúde determinou, no início do ano, que os atestados emitidos por junta médica anteriores à entrada em vigor do novo modelo, desde que válidos, serviriam para isenção das taxas até ao final de 2013. No caso das Finanças, a dúvida tem pelo menos um mês. Paulo Alexandre Pereira adiantou ao i que a TEM questionou as Finanças no final de Fevereiro, quando chegaram queixas de associados com atestados válidos a quem estava a ser pedido para regularizarem o imposto de circulação automóvel, de que estão isentos. Depois de contactarem as Finanças, eram informados de que teriam de apresentar o atestado multiusos. “No caso da entrega do IRS, as mesmas repartições que não aceitavam os atestados anteriores a 2009 para o selo do carro não estão a aceitar para a declaração do IRS”, diz. No email enviado às Finanças, a 21 de Fevereiro, lê-se a pergunta: “Foi detectado o problema do “selo do carro” e como será com o IRS?” Não obtiveram resposta.
Também Rodrigo Santos, da ACAPO, disse ontem ao i que dia 6 foi enviado um ofício à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais e Autoridade Tributária e Aduaneira, sem resposta. “Segundo a interpretação que está a ser feita nas repartições e nas entregas recusadas na internet, as pessoas têm de se sujeitar a nova junta médica, pagar a taxa de 50 euros e esperar”, acusa. Santos defende que em nenhum momento desde que foi instituído o novo modelo de atestado ficou legislado que os atestados permanentes ou válidos deixariam de poder ser utilizados. “Estamos de acordo que possa haver uma nova lei e que se possa exigir um novo atestado, mas não concordamos que pessoas com atestados vitalícios tenham de ser sujeitas a nova junta médica.” A TEM adianta que da parte da ACSS houve já a promessa de que a questão da reavaliação dos atestados vitalícios seria equacionada até 2013, ideia reforçada por um parecer no final de Fevereiro da Direcção do Instituto Nacional para a Reabilitação.
Contactado pelo i, o Ministério das Finanças respondeu através da Autoridade Tributária e Aduaneira que diz não ter “competências para a definição e alteração das regras de aferição dos graus (percentagens) de incapacidade, pelo que não devem ser apontadas responsabilidades pela divulgação dessas mesmas regras”. A autoridade refere ainda que o requerimento da ACAPO está a ser analisado.
A ACAPO diz já ter recebido cerca de 100 queixas de associados a quem o atestado do modelo anterior a 2009, na maioria dos casos situações em que era atribuído o grau de incapacidade permanente, foi recusado. Para já, a associação está a aconselhar os associados a tentar fazer prova da incapacidade e a estar atentos às liquidações. “A partir do momento em que seja detectado qualquer prejuízo, apoiaremos os nossos associados no recurso ao contencioso e aos tribunais.”
A Administração Central do Sistema de Saúde determinou, no início do ano, que os atestados emitidos por junta médica anteriores à entrada em vigor do novo modelo, desde que válidos, serviriam para isenção das taxas até ao final de 2013. No caso das Finanças, a dúvida tem pelo menos um mês. Paulo Alexandre Pereira adiantou ao i que a TEM questionou as Finanças no final de Fevereiro, quando chegaram queixas de associados com atestados válidos a quem estava a ser pedido para regularizarem o imposto de circulação automóvel, de que estão isentos. Depois de contactarem as Finanças, eram informados de que teriam de apresentar o atestado multiusos. “No caso da entrega do IRS, as mesmas repartições que não aceitavam os atestados anteriores a 2009 para o selo do carro não estão a aceitar para a declaração do IRS”, diz. No email enviado às Finanças, a 21 de Fevereiro, lê-se a pergunta: “Foi detectado o problema do “selo do carro” e como será com o IRS?” Não obtiveram resposta.
Também Rodrigo Santos, da ACAPO, disse ontem ao i que dia 6 foi enviado um ofício à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais e Autoridade Tributária e Aduaneira, sem resposta. “Segundo a interpretação que está a ser feita nas repartições e nas entregas recusadas na internet, as pessoas têm de se sujeitar a nova junta médica, pagar a taxa de 50 euros e esperar”, acusa. Santos defende que em nenhum momento desde que foi instituído o novo modelo de atestado ficou legislado que os atestados permanentes ou válidos deixariam de poder ser utilizados. “Estamos de acordo que possa haver uma nova lei e que se possa exigir um novo atestado, mas não concordamos que pessoas com atestados vitalícios tenham de ser sujeitas a nova junta médica.” A TEM adianta que da parte da ACSS houve já a promessa de que a questão da reavaliação dos atestados vitalícios seria equacionada até 2013, ideia reforçada por um parecer no final de Fevereiro da Direcção do Instituto Nacional para a Reabilitação.
Contactado pelo i, o Ministério das Finanças respondeu através da Autoridade Tributária e Aduaneira que diz não ter “competências para a definição e alteração das regras de aferição dos graus (percentagens) de incapacidade, pelo que não devem ser apontadas responsabilidades pela divulgação dessas mesmas regras”. A autoridade refere ainda que o requerimento da ACAPO está a ser analisado.
Fonte: Jornal i
Enviado pela TEM
Candidate-se a embarcar no Veleiro Lord Nelson!
A "The Tall Ships Races 2012 Lisboa" e a APORVELA vão oferecer a uma pessoa com deficiência motora um lugar a bordo do grande veleiro Lord Nelson, no percurso entre Lisboa e Cádiz, integrado na The Tall Ships Races 2012.
Entre todas as candidaturas recebidas, será selecionado pela APORVELA e pela Associação Salvador, o candidato que apresentar os melhores argumentos para a sua participação nesta viagem.
A oferta é para uma pessoa e inclui o alojamento, refeições, transporte de volta de Cádiz para Lisboa em autocarro (aproximadamente 8 horas) e seguro. As datas de embarque e desembarque são, respetivamente, 21 e 28 de Julho. Está previsto que o veleiro saia para o mar a 22 de Julho e a chegada a Cádiz será no dia 25 à noite. Os restantes dias, até ao regresso, serão de festa em Cádiz, mantendo-se o alojamento no veleiro!
Participarão neste percurso no Lord Nelson cerca de 40 pessoas, de entre os quais 6/ 7 portugueses.
A bordo, todos são tripulantes ativos, sendo esperado que participem em todas as tarefas necessárias para a manobra, segurança, limpeza e manutenção do navio, incluindo, por exemplo, subir aos mastros, navegar ao leme, limpar o convés ou ajudar na confeção das refeições.
Caso seja necessário, será atribuído um "buddy", que ajudará o tripulante no que for necessário.
O alojamento e as casas de banho estão completamente adaptados. Há beliches partilhados ao longo de todo o navio.
Requisitos para se poder candidatar:
- Idade compreendida entre os 16 e os 45 anos;
- Ser autónomo na higiene pessoal e alimentação;
- Caso se desloque em cadeira de rodas, a bordo apenas são permitidas cadeiras manuais;
- Saber nadar;
- Ter espírito aventureiro.
Caso cumpra os requisitos acima e esteja interessado em participar, deve preencher o formulário de candidatura até ao próximo dia 13 de Abril.
Cumprimentos,
A equipa da Associação Salvador
Entre todas as candidaturas recebidas, será selecionado pela APORVELA e pela Associação Salvador, o candidato que apresentar os melhores argumentos para a sua participação nesta viagem.
A oferta é para uma pessoa e inclui o alojamento, refeições, transporte de volta de Cádiz para Lisboa em autocarro (aproximadamente 8 horas) e seguro. As datas de embarque e desembarque são, respetivamente, 21 e 28 de Julho. Está previsto que o veleiro saia para o mar a 22 de Julho e a chegada a Cádiz será no dia 25 à noite. Os restantes dias, até ao regresso, serão de festa em Cádiz, mantendo-se o alojamento no veleiro!
Participarão neste percurso no Lord Nelson cerca de 40 pessoas, de entre os quais 6/ 7 portugueses.
A bordo, todos são tripulantes ativos, sendo esperado que participem em todas as tarefas necessárias para a manobra, segurança, limpeza e manutenção do navio, incluindo, por exemplo, subir aos mastros, navegar ao leme, limpar o convés ou ajudar na confeção das refeições.
Caso seja necessário, será atribuído um "buddy", que ajudará o tripulante no que for necessário.
O alojamento e as casas de banho estão completamente adaptados. Há beliches partilhados ao longo de todo o navio.
Requisitos para se poder candidatar:
- Idade compreendida entre os 16 e os 45 anos;
- Ser autónomo na higiene pessoal e alimentação;
- Caso se desloque em cadeira de rodas, a bordo apenas são permitidas cadeiras manuais;
- Saber nadar;
- Ter espírito aventureiro.
Caso cumpra os requisitos acima e esteja interessado em participar, deve preencher o formulário de candidatura até ao próximo dia 13 de Abril.
Cumprimentos,
A equipa da Associação Salvador
Enviado por e-mail
Babysitting para pessoas com necessidades especiais
A Plinc! Babysitting & Events é uma empresa que oferece produtos qualificados de babysitting e eventos sem precedentes no mercado actual dos serviços de cuidados a crianças e jovens.
Serviços para famílias:
Babysitting ao domicílio - Plinc! Family Home é um produto personalizado de babysitting para criançase jovens (e adultos com necessidades especiais).
Serviços para famílias:
Babysitting ao domicílio - Plinc! Family Home é um produto personalizado de babysitting para criançase jovens (e adultos com necessidades especiais).
Dispositivo de Mobilização Robótica Tek
O rapaz no vídeo acima parece estar andando em um Segway. Mas Yusuf Adturkoglu sofreu paralisia depois de cair de um cavalo há cinco anos, e ele agora se move usando um dispositivo incrível criado por cientistas turcos. Ele pode transformar vidas.
Ele se chama Dispositivo de Mobilização Robótica Tek (Tek RMD na sigla em inglês), e não só permite às pessoas que não podem andar um movimento mais independente do que qualquer outro dispositivo, como também os ajuda a ficar em pé sem ajuda dos outros, algo crucial para manter funções básicas de saúde em pessoas com problemas na medula.
Ficar em pé é essencial
Em vez de entrar pela frente como em uma cadeira de rodas normal, quem usa o Tek RMD entra pela parte de trás do dispositivo. Assim eles não precisam se sustentar sozinhos na cadeira, com um movimento que pode ser perigoso – a cadeira pode se mover – e que é difícil de fazer sozinho. Ao prender uma faixa grossa e acolchoada no quadril, Yusuf consegue entrar sozinho e sem esforço no Tek RMD. O dispositivo usa um sistema de suspensão que equilibra seu peso, então você pode ficar em pé apenas se puxando para cima.
Ficar em pé por uma hora ou mais todo dia é importante para quem perdeu o movimento das pernas: sem o efeito de sustentar o peso com as pernas, quem sofre de paralisia pode desenvolver problemas cardiovasculares, ossos frágeis, escaras – sem mencionar a importância psicológica de contato olho-no-olho com outras pessoas.
Independência
No vídeo, Yusuf chama o dispositivo até sua cama usando um controle remoto, sai da cama, vai fazer compras, se guia em uma livraria, e até usa o banheiro de formas que felizmente nem precisamos ver. Mas estas habilidades que muitos de nós tomamos como dadas são essenciais para o bem-estar emocional de quem tem paralisia. Conseguir se agachar e voltar a ficar em pé é algo chave. E enquanto fica em pé, as mãos de Yusef ficaram livres para carregar as compras e fazer o que mais ele precisar.
Dimensões menores
Os fabricantes do Tek RMD diz que este é o dispositivo mais compacto da categoria, o que permite a Yusuf navegar por corredores lotados de mercados, livrarias, e quem sabe até o festival de música Coachella, talvez? Tudo sem esbarrar nas pessoas e coisas ao redor. Os usuários ainda precisam de rampas em vez de escadas, mas o dispositivo elimina a necessidade de cabines de banheiro especiais e outros locais feitos para comportar uma volumosa cadeira de rodas.
Fonte: Gizmodo Brasil
Enviado por José Mariano
Ele se chama Dispositivo de Mobilização Robótica Tek (Tek RMD na sigla em inglês), e não só permite às pessoas que não podem andar um movimento mais independente do que qualquer outro dispositivo, como também os ajuda a ficar em pé sem ajuda dos outros, algo crucial para manter funções básicas de saúde em pessoas com problemas na medula.
Ficar em pé é essencial
Em vez de entrar pela frente como em uma cadeira de rodas normal, quem usa o Tek RMD entra pela parte de trás do dispositivo. Assim eles não precisam se sustentar sozinhos na cadeira, com um movimento que pode ser perigoso – a cadeira pode se mover – e que é difícil de fazer sozinho. Ao prender uma faixa grossa e acolchoada no quadril, Yusuf consegue entrar sozinho e sem esforço no Tek RMD. O dispositivo usa um sistema de suspensão que equilibra seu peso, então você pode ficar em pé apenas se puxando para cima.
Ficar em pé por uma hora ou mais todo dia é importante para quem perdeu o movimento das pernas: sem o efeito de sustentar o peso com as pernas, quem sofre de paralisia pode desenvolver problemas cardiovasculares, ossos frágeis, escaras – sem mencionar a importância psicológica de contato olho-no-olho com outras pessoas.
Independência
No vídeo, Yusuf chama o dispositivo até sua cama usando um controle remoto, sai da cama, vai fazer compras, se guia em uma livraria, e até usa o banheiro de formas que felizmente nem precisamos ver. Mas estas habilidades que muitos de nós tomamos como dadas são essenciais para o bem-estar emocional de quem tem paralisia. Conseguir se agachar e voltar a ficar em pé é algo chave. E enquanto fica em pé, as mãos de Yusef ficaram livres para carregar as compras e fazer o que mais ele precisar.
Dimensões menores
Os fabricantes do Tek RMD diz que este é o dispositivo mais compacto da categoria, o que permite a Yusuf navegar por corredores lotados de mercados, livrarias, e quem sabe até o festival de música Coachella, talvez? Tudo sem esbarrar nas pessoas e coisas ao redor. Os usuários ainda precisam de rampas em vez de escadas, mas o dispositivo elimina a necessidade de cabines de banheiro especiais e outros locais feitos para comportar uma volumosa cadeira de rodas.
Fonte: Gizmodo Brasil
Enviado por José Mariano
Atualização das pensões por acidente de trabalho
Exmo. Senhor
Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social
Praça de Londres, 2
1049-056 LISBOA
ASSUNTO: Atualização das pensões por acidente de trabalho
Exmo. Senhor Secretário de Estado.
Apresentando os meus cumprimentos, volto à presença de V. Exa. depois da reunião havida no INR.IP no passado dia 20 de Fevereiro, para solicitar a V. Exa. uma informação que pretendemos transmitir aos nossos associados, sobre a atualização das pensões devidas aos pensionistas por incapacidade permanente ao morte em acidente de trabalho e de doença profissional.
Como V. Exa. certamente saberá, milhares de pessoas com deficiência, têm como único rendimento a pequena pensão recebida pela entidade responsável, a Seguradora. O aumento generalizado dos bens de consumo indispensáveis a uma existência minimamente digna, tem vindo a degradar seriamente as condições de vida dessas pessoas e das suas famílias.
Recordo que as pensões por acidente de trabalho, não influem no orçamento do Estado ou da Segurança Social.
Passados que são quase três meses do ano, as pessoas com deficiência adquirida em acidente de trabalho, não compreendem o atraso (injustificado) da publicação do diploma legal que atualize as suas pensões.
Solicito-lhe, uma vez mais, por imperativos de justiça social, os seus bons ofícios tendo como objectivo o cumprimento da lei, designadamente do Decreto-Lei 185/2007 de 10 de Maio.
Renovando os meus cumprimentos, subscreve-me
Atentamente
O Presidente da ANDST
Luis Machado
Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social
Praça de Londres, 2
1049-056 LISBOA
ASSUNTO: Atualização das pensões por acidente de trabalho
Exmo. Senhor Secretário de Estado.
Apresentando os meus cumprimentos, volto à presença de V. Exa. depois da reunião havida no INR.IP no passado dia 20 de Fevereiro, para solicitar a V. Exa. uma informação que pretendemos transmitir aos nossos associados, sobre a atualização das pensões devidas aos pensionistas por incapacidade permanente ao morte em acidente de trabalho e de doença profissional.
Como V. Exa. certamente saberá, milhares de pessoas com deficiência, têm como único rendimento a pequena pensão recebida pela entidade responsável, a Seguradora. O aumento generalizado dos bens de consumo indispensáveis a uma existência minimamente digna, tem vindo a degradar seriamente as condições de vida dessas pessoas e das suas famílias.
Recordo que as pensões por acidente de trabalho, não influem no orçamento do Estado ou da Segurança Social.
Passados que são quase três meses do ano, as pessoas com deficiência adquirida em acidente de trabalho, não compreendem o atraso (injustificado) da publicação do diploma legal que atualize as suas pensões.
Solicito-lhe, uma vez mais, por imperativos de justiça social, os seus bons ofícios tendo como objectivo o cumprimento da lei, designadamente do Decreto-Lei 185/2007 de 10 de Maio.
Renovando os meus cumprimentos, subscreve-me
Atentamente
O Presidente da ANDST
Luis Machado
Enviado por email
quarta-feira, 28 de março de 2012
Atestado Médico Multiusos pode vir a ser gratuito
As pessoas com deficiência e os doentes crónicos que necessitam de revalidar os atestados de incapacidade para terem acesso a isenção de taxas moderadoras no SNS podem vir a ser dispensados de pagar 50 euros, como agora acontece.
As autoridades de saúde estão a estudar a possibilidade de efetuar uma alteração legislativa de forma a evitar o desembolso de 50 euros só para revalidar uma incapacidade já atestada por uma junta médica.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Relicário dos Sons: Terapia da Fala
A Relicário de Sons (RdS) é uma empresa de prestação de serviços em terapia da fala e áreas afins, com experiência em contextos clínicos e educacionais. A equipa é assim constituída por profissionais especializados em linguagem e na pessoa, que fazem a ponte entre a universidade e a comunidade: aplicamos no terreno o que testamos em laboratório .
Assim, na sua equipa, a RdS reúne técnicos das seguintes especialidades:
- Terapia da Fala;
- Neuropsicologia;
- Psicologia Clínica;
- Psicologia Educacional;
- Orientação Escolar e Vocacional;
- Mediação Familiar;
- Reflexoterapia (podal e auricular);
- Terapia Ocupacional;
- Psicomotricidade;
- Ensino Especial e Reabilitação, entre outras.
Com a RdS colaboram ainda profissionais de outras especialidades da medicina e das terapias convencionais e alternativas.
Ao longo da sua existência, a RdS tem vindo a desenvolver e a ampliar os serviços prestados. Para responder às necessidades de públicos distintos (indivíduos/instituições; profissionais/não profissionais; etc.), a RdS desenvolveu um conjunto de soluções.
Assim, na sua equipa, a RdS reúne técnicos das seguintes especialidades:
- Terapia da Fala;
- Neuropsicologia;
- Psicologia Clínica;
- Psicologia Educacional;
- Orientação Escolar e Vocacional;
- Mediação Familiar;
- Reflexoterapia (podal e auricular);
- Terapia Ocupacional;
- Psicomotricidade;
- Ensino Especial e Reabilitação, entre outras.
Com a RdS colaboram ainda profissionais de outras especialidades da medicina e das terapias convencionais e alternativas.
Ao longo da sua existência, a RdS tem vindo a desenvolver e a ampliar os serviços prestados. Para responder às necessidades de públicos distintos (indivíduos/instituições; profissionais/não profissionais; etc.), a RdS desenvolveu um conjunto de soluções.
Informação completa: Relicário dos Sons
1º tetraplégico no mundo a ser pai
Em 15 de Junho de 1984, um mergulho mudou definitivamente a vida do sueco Claes Hulting, 58 anos. Ao cair na água, ele bateu a cabeça contra o concreto de uma obra que estava encoberta pela maré. Seu pescoço foi partido na altura da sexta vértebra cervical, o que o deixou tetraplégico.
Hulting era um anestesiologista de 30 anos com casamento marcado para dali a duas semanas. Só não morreu afogado aquele dia porque amigos o resgataram. Foi transportado no mesmo helicóptero em que costumava prestar socorro a vítimas de acidentes e levado ao hospital onde trabalhava. Devido à sua profissão, sabia exatamente o que tinha ocorrido. Ele e sua mulher, Barbro Fogström, também médica, tinham plena consciência dos danos causados pelo choque com a cabeça, e decidiram manter o casamento, cuja cerimônia foi realizada no dia planejado — no hospital.
O acidente representou também uma guinada profissional. Meses depois, de volta ao trabalho, percebeu que não poderia continuar como antes. “Eu precisava me dedicar a pacientes com lesão medular”, lembra. Foi, então, trabalhar em um centro de reabilitação na Austrália e visitou projetos em outros países, até retornar à Suécia com a ideia de fundar um centro de apoio modelo para paraplégicos e tetraplégicos.
Seu objetivo se tornou realidade em 1991, quando a Fundação Spinalis foi aberta em Estocolmo, graças, principalmente, a doações. A instituição já atendeu 1,2 mil pacientes com lesão medular. Eles passam por um programa de três meses e depois fazem visitas periódicas para acompanhamento. “Nós os ensinamos a dirigir, se vestir, ir ao banheiro, fazer sexo, mas, principalmente, os encorajamos a seguir com suas vidas”, descreve. Dos cerca de 140 funcionários da Spinalis, 22 são cadeirantes, que servem de modelo para os pacientes.
O maior exemplo que essas pessoas podem ter, no entanto, parece ser o próprio Hulting. O médico parece ignorar os limites e persegue objetivos com determinação ímpar. Hoje, ele é autor de estudos sobre a saúde de pessoas com paralisia, tem livros publicados (incluindo um sobre culinária, com receitas saudáveis e simples, que podem ser preparadas por seus pacientes) e nunca parou de praticar esportes — sua página no Facebook exibe uma foto dele em uma bicicleta movida com os braços.
Seu maior feito, porém, chama-se Emil, seu filho de 19 anos. Hulting foi o primeiro homem tetraplégico do mundo a se tornar pai, graças a um método que ele mesmo desenvolveu. Foi sobre essas conquistas, sua história e a saúde de pessoas com lesão medular que o médico conversou por pouco mais de uma hora com o Correio, ao visitar Brasília na semana passada, integrando uma comitiva sueca de políticos e empresários que esteve no Brasil.
Como foram os dias após o acidente que o deixou tetraplégico?
Muito difíceis. Eu e minha mulher decidimos manter o casamento, mas muitos foram contra. O CEO do hospital onde eu trabalhava chegou a ligar para meus pais sugerindo que eles me impedissem de me casar. Eu estava intacto do ponto de vista cognitivo, então ele não tinha o direito de fazer tal coisa. Eu poderia ter processado ele, mas não pensei nisso aquela hora. O momento mais importante, porém, aconteceu uma semana depois do casamento. Fazia três semanas que eu tinha sofrido o acidente e chegaram os feriados de verão. Eu queria viajar, mas o hospital não queria me liberar. Como eles não podiam me manter preso, pedi para que amigos com quem eu trabalhava me transportassem de helicóptero até o local onde minha família estaria naquela semana. Foi a viagem mais importante da minha vida, porque finalmente eu senti o peso do que tinha ocorrido. Eu chorei, chorei e chorei. E isso foi muito importante para processar minha dor. Hoje, os médicos receitam pílulas para as pessoas e não as deixam passar por esse processo, mas ele é necessário.
Qual é a abordagem de tratamento feita na Fundação Spinalis, que o senhor fundou?
Hoje, nós temos 40 leitos e já atendemos 1,2 mil pacientes. As pessoas que atendemos fazem primeiro um programa de três meses, em que ficam morando ali. Buscamos ter os melhores profissionais para ensiná-los a retomar suas vidas. Nós os ensinamos a como dirigir, se vestir, ir ao banheiro, fazer sexo, mas, principalmente, os encorajamos a seguir com suas vidas. Dos nossos funcionários, 15% são cadeirantes, e eles acabam servindo de modelo para quem está participando de nosso programa. Depois, os pacientes podem voltar sempre que precisam de ajuda e recomendamos que venham pelo menos uma vez por ano para uma avaliação.
Como encorajar essas pessoas que acabaram de sofrer um grande trauma?
No passado, as abordagens para pacientes com lesão medular focavam principalmente o corpo, os danos físicos. Depois, passamos a nos preocupar com o ambiente, se ele é inclusivo, se os lugares são acessíveis. Hoje, sabemos que é importante nos preocuparmos também com os obstáculos mentais que se criam nesses pacientes. Eles se perguntam: “Será que vou conseguir?”. Precisamos ajudá-los a acreditar que sim, encontrar o que os deixará motivados. Eu não acredito que alguém possa reabilitar outra pessoa. É ela que precisa se reabilitar.
Qual é a maior dificuldade para uma pessoa que acaba de sofrer uma lesão na medula?
É alcançar autonomia, o que exige trabalho. Veja, até hoje eu levo cerca de uma hora e meia entre acordar e terminar de me vestir, incluindo ir ao banheiro, me barbear… Apenas para vestir as meias são cinco minutos, dois minutos e meio para o pé esquerdo e dois minutos e meio para o pé direito. E não há como ser diferente. Eu tenho de saber que será assim e me planejar. É preciso paciência e resistência, mas eu tenho autonomia. No meu dia a dia, consigo realizar sozinho todas as tarefas que preciso cumprir. Se posso ter ajuda, claro que aceito, sem problemas, mas é importante conquistar independência.
Quais outros problemas são mais comuns?
A dor neuropática e a incontinência são problemas para grande parte dos pacientes. Essa dor é diferente da que você sentirá se eu bater em seu braço. Ela é originada no sistema nervoso e é difícil conviver com ela (a manifestação da dor pode dar a sensação de queimação, peso, agulhadas, ferroadas ou choques). O controle da urina e das fezes também é um desafio. Por exemplo, há dois anos, durante uma vigem de avião, defequei em minhas calças. É uma situação constrangedora, que pode ser emocionalmente muito desgastante. E a pessoa precisa estar preparada para lidar com eventos assim.
Chama a atenção como o senhor fala de forma natural sobre assuntos que causam constrangimento nas pessoas.
É assim que devemos abordar esses assuntos, de maneira direta, sem escondê-los.
Como o senhor conseguiu ter um filho?
Estudei muito sobre sexualidade porque, quando sofri o acidente, foi dito para mim que eu não poderia ser pai. Para as mulheres (com lesão medular) não há problema. Elas podem engravidar normalmente. Para os homens, o problema era o acesso ao esperma. A produção de sêmen não se altera e, principalmente depois do viagra, ter uma ereção também não é problema para a grande maioria dos pacientes. Os homens com lesão medular, porém, não têm orgasmo. Cerca de 50% das mulheres têm, mas os homens, não. O que descobrimos foi que, com a ajuda de vibradores, é possível provocar o reflexo da ejaculação. Eu comecei esses estudos e desenvolvi um vibrador, o Ferticare, que ajuda esses pacientes a ejacular e, assim, poder engravidar suas mulheres. Ele é um pouco diferentes dos vibradores convencionais porque pode variar a amplitude e a frequência.
Demorou para a sua mulher engravidar?
Passamos sete anos tentando. Comprei todos os vibradores que encontrei para testá-los em mim mesmo. Hoje, a técnica pode beneficiar 85% dos homens com a medula lesionada. Assim como você, esses pacientes conseguem pressentir que a ejaculação está próxima. Então, com o viagra, garantimos uma ereção satisfatória e fazer o estímulo com o vibrador. Quando o homem sente que está perto de ejacular, pode deixar o vibrador de lado e iniciar a relação com sua parceira, ejaculando dentro dela.
Mesmo sem orgasmo, sexo continua sendo importante para os homens?
Sim. Ele não sentirá o prazer do orgasmo que sentia antes, mas notamos que, simbolicamente, é muito importante, tanto para o homem quanto para sua parceira, ter uma relação sexual com penetração. Por isso, estimulamos a prática.
O que o senhor veio fazer no Brasil?
Vim conhecer melhor o programa de acessibilidade do governo brasileiro. Nosso embaixador no Brasil (Magnus Robach) achou que seria interessante me apresentar às autoridades brasileiras relacionadas a essa iniciativa. Eu me encontrei com sua ministra dos Direitos Humanos (secretária Maria do Rosário) e ela me convidou para vir à Copa do Mundo em 2014. Eu disse que virei, e ela me garantiu que todos os estádios serão acessíveis. Também vim ver se consigo abrir portas a empresas suecas que desenvolvem ótimos produtos para cadeirantes, especialmente cadeiras de rodas e cateteres, que, quando de qualidade, diminuem o risco de infecção urinária, outro problema muito comum em paraplégicos e tetraplégicos.
O senhor mencionou a Copa do Mundo no Brasil. O senhor sabe dos planos do neurocientista Miguel Nicolelis de fazer uma criança tetraplégica dar o ponta pé inicial do evento usando um exoesqueleto conectado ao cérebro? O que o senhor acha de pesquisas assim?
Eu não gosto, porque elas podem dar a sensação de que a cura está próxima, que os pacientes devem esperar por ela. Claro que avanços tecnológicos são muito importantes para nós, mas, há 28 anos, quando sofri o acidente, diziam para mim que a cura estava logo ali na esquina, mas não chegamos à esquina até hoje. A promessa da cura faz com que as pessoas fiquem em casa esperando por ela, presas ao computador, bebendo cerveja. No entanto, o que elas precisam é sair, aprender a viver novamente, conquistar sua independência.
Hulting era um anestesiologista de 30 anos com casamento marcado para dali a duas semanas. Só não morreu afogado aquele dia porque amigos o resgataram. Foi transportado no mesmo helicóptero em que costumava prestar socorro a vítimas de acidentes e levado ao hospital onde trabalhava. Devido à sua profissão, sabia exatamente o que tinha ocorrido. Ele e sua mulher, Barbro Fogström, também médica, tinham plena consciência dos danos causados pelo choque com a cabeça, e decidiram manter o casamento, cuja cerimônia foi realizada no dia planejado — no hospital.
O acidente representou também uma guinada profissional. Meses depois, de volta ao trabalho, percebeu que não poderia continuar como antes. “Eu precisava me dedicar a pacientes com lesão medular”, lembra. Foi, então, trabalhar em um centro de reabilitação na Austrália e visitou projetos em outros países, até retornar à Suécia com a ideia de fundar um centro de apoio modelo para paraplégicos e tetraplégicos.
Seu objetivo se tornou realidade em 1991, quando a Fundação Spinalis foi aberta em Estocolmo, graças, principalmente, a doações. A instituição já atendeu 1,2 mil pacientes com lesão medular. Eles passam por um programa de três meses e depois fazem visitas periódicas para acompanhamento. “Nós os ensinamos a dirigir, se vestir, ir ao banheiro, fazer sexo, mas, principalmente, os encorajamos a seguir com suas vidas”, descreve. Dos cerca de 140 funcionários da Spinalis, 22 são cadeirantes, que servem de modelo para os pacientes.
O maior exemplo que essas pessoas podem ter, no entanto, parece ser o próprio Hulting. O médico parece ignorar os limites e persegue objetivos com determinação ímpar. Hoje, ele é autor de estudos sobre a saúde de pessoas com paralisia, tem livros publicados (incluindo um sobre culinária, com receitas saudáveis e simples, que podem ser preparadas por seus pacientes) e nunca parou de praticar esportes — sua página no Facebook exibe uma foto dele em uma bicicleta movida com os braços.
Seu maior feito, porém, chama-se Emil, seu filho de 19 anos. Hulting foi o primeiro homem tetraplégico do mundo a se tornar pai, graças a um método que ele mesmo desenvolveu. Foi sobre essas conquistas, sua história e a saúde de pessoas com lesão medular que o médico conversou por pouco mais de uma hora com o Correio, ao visitar Brasília na semana passada, integrando uma comitiva sueca de políticos e empresários que esteve no Brasil.
Como foram os dias após o acidente que o deixou tetraplégico?
Muito difíceis. Eu e minha mulher decidimos manter o casamento, mas muitos foram contra. O CEO do hospital onde eu trabalhava chegou a ligar para meus pais sugerindo que eles me impedissem de me casar. Eu estava intacto do ponto de vista cognitivo, então ele não tinha o direito de fazer tal coisa. Eu poderia ter processado ele, mas não pensei nisso aquela hora. O momento mais importante, porém, aconteceu uma semana depois do casamento. Fazia três semanas que eu tinha sofrido o acidente e chegaram os feriados de verão. Eu queria viajar, mas o hospital não queria me liberar. Como eles não podiam me manter preso, pedi para que amigos com quem eu trabalhava me transportassem de helicóptero até o local onde minha família estaria naquela semana. Foi a viagem mais importante da minha vida, porque finalmente eu senti o peso do que tinha ocorrido. Eu chorei, chorei e chorei. E isso foi muito importante para processar minha dor. Hoje, os médicos receitam pílulas para as pessoas e não as deixam passar por esse processo, mas ele é necessário.
Qual é a abordagem de tratamento feita na Fundação Spinalis, que o senhor fundou?
Hoje, nós temos 40 leitos e já atendemos 1,2 mil pacientes. As pessoas que atendemos fazem primeiro um programa de três meses, em que ficam morando ali. Buscamos ter os melhores profissionais para ensiná-los a retomar suas vidas. Nós os ensinamos a como dirigir, se vestir, ir ao banheiro, fazer sexo, mas, principalmente, os encorajamos a seguir com suas vidas. Dos nossos funcionários, 15% são cadeirantes, e eles acabam servindo de modelo para quem está participando de nosso programa. Depois, os pacientes podem voltar sempre que precisam de ajuda e recomendamos que venham pelo menos uma vez por ano para uma avaliação.
Como encorajar essas pessoas que acabaram de sofrer um grande trauma?
No passado, as abordagens para pacientes com lesão medular focavam principalmente o corpo, os danos físicos. Depois, passamos a nos preocupar com o ambiente, se ele é inclusivo, se os lugares são acessíveis. Hoje, sabemos que é importante nos preocuparmos também com os obstáculos mentais que se criam nesses pacientes. Eles se perguntam: “Será que vou conseguir?”. Precisamos ajudá-los a acreditar que sim, encontrar o que os deixará motivados. Eu não acredito que alguém possa reabilitar outra pessoa. É ela que precisa se reabilitar.
Qual é a maior dificuldade para uma pessoa que acaba de sofrer uma lesão na medula?
É alcançar autonomia, o que exige trabalho. Veja, até hoje eu levo cerca de uma hora e meia entre acordar e terminar de me vestir, incluindo ir ao banheiro, me barbear… Apenas para vestir as meias são cinco minutos, dois minutos e meio para o pé esquerdo e dois minutos e meio para o pé direito. E não há como ser diferente. Eu tenho de saber que será assim e me planejar. É preciso paciência e resistência, mas eu tenho autonomia. No meu dia a dia, consigo realizar sozinho todas as tarefas que preciso cumprir. Se posso ter ajuda, claro que aceito, sem problemas, mas é importante conquistar independência.
Quais outros problemas são mais comuns?
A dor neuropática e a incontinência são problemas para grande parte dos pacientes. Essa dor é diferente da que você sentirá se eu bater em seu braço. Ela é originada no sistema nervoso e é difícil conviver com ela (a manifestação da dor pode dar a sensação de queimação, peso, agulhadas, ferroadas ou choques). O controle da urina e das fezes também é um desafio. Por exemplo, há dois anos, durante uma vigem de avião, defequei em minhas calças. É uma situação constrangedora, que pode ser emocionalmente muito desgastante. E a pessoa precisa estar preparada para lidar com eventos assim.
Chama a atenção como o senhor fala de forma natural sobre assuntos que causam constrangimento nas pessoas.
É assim que devemos abordar esses assuntos, de maneira direta, sem escondê-los.
Como o senhor conseguiu ter um filho?
Estudei muito sobre sexualidade porque, quando sofri o acidente, foi dito para mim que eu não poderia ser pai. Para as mulheres (com lesão medular) não há problema. Elas podem engravidar normalmente. Para os homens, o problema era o acesso ao esperma. A produção de sêmen não se altera e, principalmente depois do viagra, ter uma ereção também não é problema para a grande maioria dos pacientes. Os homens com lesão medular, porém, não têm orgasmo. Cerca de 50% das mulheres têm, mas os homens, não. O que descobrimos foi que, com a ajuda de vibradores, é possível provocar o reflexo da ejaculação. Eu comecei esses estudos e desenvolvi um vibrador, o Ferticare, que ajuda esses pacientes a ejacular e, assim, poder engravidar suas mulheres. Ele é um pouco diferentes dos vibradores convencionais porque pode variar a amplitude e a frequência.
Demorou para a sua mulher engravidar?
Passamos sete anos tentando. Comprei todos os vibradores que encontrei para testá-los em mim mesmo. Hoje, a técnica pode beneficiar 85% dos homens com a medula lesionada. Assim como você, esses pacientes conseguem pressentir que a ejaculação está próxima. Então, com o viagra, garantimos uma ereção satisfatória e fazer o estímulo com o vibrador. Quando o homem sente que está perto de ejacular, pode deixar o vibrador de lado e iniciar a relação com sua parceira, ejaculando dentro dela.
Mesmo sem orgasmo, sexo continua sendo importante para os homens?
Sim. Ele não sentirá o prazer do orgasmo que sentia antes, mas notamos que, simbolicamente, é muito importante, tanto para o homem quanto para sua parceira, ter uma relação sexual com penetração. Por isso, estimulamos a prática.
O que o senhor veio fazer no Brasil?
Vim conhecer melhor o programa de acessibilidade do governo brasileiro. Nosso embaixador no Brasil (Magnus Robach) achou que seria interessante me apresentar às autoridades brasileiras relacionadas a essa iniciativa. Eu me encontrei com sua ministra dos Direitos Humanos (secretária Maria do Rosário) e ela me convidou para vir à Copa do Mundo em 2014. Eu disse que virei, e ela me garantiu que todos os estádios serão acessíveis. Também vim ver se consigo abrir portas a empresas suecas que desenvolvem ótimos produtos para cadeirantes, especialmente cadeiras de rodas e cateteres, que, quando de qualidade, diminuem o risco de infecção urinária, outro problema muito comum em paraplégicos e tetraplégicos.
O senhor mencionou a Copa do Mundo no Brasil. O senhor sabe dos planos do neurocientista Miguel Nicolelis de fazer uma criança tetraplégica dar o ponta pé inicial do evento usando um exoesqueleto conectado ao cérebro? O que o senhor acha de pesquisas assim?
Eu não gosto, porque elas podem dar a sensação de que a cura está próxima, que os pacientes devem esperar por ela. Claro que avanços tecnológicos são muito importantes para nós, mas, há 28 anos, quando sofri o acidente, diziam para mim que a cura estava logo ali na esquina, mas não chegamos à esquina até hoje. A promessa da cura faz com que as pessoas fiquem em casa esperando por ela, presas ao computador, bebendo cerveja. No entanto, o que elas precisam é sair, aprender a viver novamente, conquistar sua independência.
Fonte: Deficiente Ciente
Moda para pessoas com necessidades especiais
A pensar nas pessoas que têm necessidades especiais ou corpos menos convencionais, têm surgido nos últimos tempos algumas marcas que pretendem oferecer acessórios e vestuário adequado. A Downs Designs e a Xeni Collection foram criadas por pessoas que lidaram de perto com a dificuldade de encontrar peças adaptadas às suas limitações.
Em 1990, Ann Oliver trabalhava como arquiteta em Londres, quando lhe disseram que tinha esclerose múltipla. Cedo a doença obrigou-a ao uso de uma cadeira de rodas e perdeu uma grande parte da sensibilidade que tinha nas mãos.
Em Março de 2010, depois de uma depressão provocada pela sua condição física, a inglesa sentiu que tinha tido uma “revelação”: ia “usar as perceções” que a doença lhe ofereceu de uma forma “criativa”, explica na página oficial da marca.
Foi assim que surgiu a Xeni Collection. As roupas são especialmente desenhadas para pessoas com esclerose múltipla, lúpus ou artrite, entre outras limitações físicas.
Peças bonitas e sofisticadas
Apesar de já haver roupa especializada para estes doentes, Ann Oliver quer acrescentar ao mercado algo que é pouco explorado: peças que são funcionais mas, ao mesmo tempo, sofisticadas e bonitas.
Alguns dos cuidados que a Xeni Collection tem em conta são, por exemplo, a substituição dos fechos por ímanes no vestuário e um corte especializado para pessoas que passam o seu dia sentadas numa cadeira de rodas. Para o futuro há ainda o projeto de criar uma coleção de joias pensada para pessoas que tenham dificuldade em manusear grampos.
Os preços do vestuário variam entre 250 e 550 libras (300 e 660 euros), preço que a criadora admite não ser muito acessível, mas cuja redução está dependente “do sucesso da empresa”.
Tamanhos especiais para pessoas com síndrome de Down
A verdade é que este é um mercado que se tem expandido e alargado nos últimos anos. Também em 2010, a norte-americana Karen Bowersox’s sentiu a necessidade de criar roupa com medidas adequadas ao corpo de uma pessoa com síndrome de Down. A inspiração partiu do acompanhamento do crescimento da sua própria neta, portadora da doença.
Depois de um largo período de pesquisa, e em conjunto com uma designer de moda, Karen criou um novo tamanho, com oito modelos, adaptado à medida de pessoas com síndrome de Down e que começou a aplicar em peças de roupa básicas. Quando tinham os modelos prontos, ambas percorreram o mundo com o intuito de divulgar o projeto, experimentando o vestuário em várias pessoas.
“Ficámos maravilhadas com as transformações”, admitiu Karen em comunicado, acrescentando que “alguns dos pais [das crianças com síndrome de Down] queriam levar as nossas amostras para casa e estavam prontos para as encomendar ali mesmo”.
A empresa expandiu-se entretanto, e emprega várias pessoas com síndrome de Down. Está ainda a trabalhar de perto com a Sociedade Nacional do Síndrome de Down norte-americana.
“O nosso objetivo é de que as pessoas com síndrome de Down tenham roupas com estilo e que se adequem aos seus corpos únicos”, explicou Karen.
Pode aceder à página oficial da Xeni Collection AQUI e à da Downs Designs AQUI.
Enviado por José Mariano
Em 1990, Ann Oliver trabalhava como arquiteta em Londres, quando lhe disseram que tinha esclerose múltipla. Cedo a doença obrigou-a ao uso de uma cadeira de rodas e perdeu uma grande parte da sensibilidade que tinha nas mãos.
Em Março de 2010, depois de uma depressão provocada pela sua condição física, a inglesa sentiu que tinha tido uma “revelação”: ia “usar as perceções” que a doença lhe ofereceu de uma forma “criativa”, explica na página oficial da marca.
Foi assim que surgiu a Xeni Collection. As roupas são especialmente desenhadas para pessoas com esclerose múltipla, lúpus ou artrite, entre outras limitações físicas.
Peças bonitas e sofisticadas
Apesar de já haver roupa especializada para estes doentes, Ann Oliver quer acrescentar ao mercado algo que é pouco explorado: peças que são funcionais mas, ao mesmo tempo, sofisticadas e bonitas.
Alguns dos cuidados que a Xeni Collection tem em conta são, por exemplo, a substituição dos fechos por ímanes no vestuário e um corte especializado para pessoas que passam o seu dia sentadas numa cadeira de rodas. Para o futuro há ainda o projeto de criar uma coleção de joias pensada para pessoas que tenham dificuldade em manusear grampos.
Os preços do vestuário variam entre 250 e 550 libras (300 e 660 euros), preço que a criadora admite não ser muito acessível, mas cuja redução está dependente “do sucesso da empresa”.
Tamanhos especiais para pessoas com síndrome de Down
A verdade é que este é um mercado que se tem expandido e alargado nos últimos anos. Também em 2010, a norte-americana Karen Bowersox’s sentiu a necessidade de criar roupa com medidas adequadas ao corpo de uma pessoa com síndrome de Down. A inspiração partiu do acompanhamento do crescimento da sua própria neta, portadora da doença.
Depois de um largo período de pesquisa, e em conjunto com uma designer de moda, Karen criou um novo tamanho, com oito modelos, adaptado à medida de pessoas com síndrome de Down e que começou a aplicar em peças de roupa básicas. Quando tinham os modelos prontos, ambas percorreram o mundo com o intuito de divulgar o projeto, experimentando o vestuário em várias pessoas.
“Ficámos maravilhadas com as transformações”, admitiu Karen em comunicado, acrescentando que “alguns dos pais [das crianças com síndrome de Down] queriam levar as nossas amostras para casa e estavam prontos para as encomendar ali mesmo”.
A empresa expandiu-se entretanto, e emprega várias pessoas com síndrome de Down. Está ainda a trabalhar de perto com a Sociedade Nacional do Síndrome de Down norte-americana.
“O nosso objetivo é de que as pessoas com síndrome de Down tenham roupas com estilo e que se adequem aos seus corpos únicos”, explicou Karen.
Pode aceder à página oficial da Xeni Collection AQUI e à da Downs Designs AQUI.
Enviado por José Mariano
Fonte: Boas Noticias
Adaptador de chapéu de chuva para utilizadores de cadeira de rodas
Novo acessório que se aplica na cadeira de rodas para segurar um guarda chuva, deixando as mãos livres do usuário e do acompanhante
Características
Fácil e cómodo de utilizar
Coloca-se de forma simples e rápida sem ser necessário a utilização de ferramentas
Coloca-se nos punhos da cadeira ou nos apoios de braços
Regulável em ângulo
Adapta-se a diferentes tamanhos de tubos (diâmetro mínimo de 19mm a um máximo de 35mm)
Características
Fácil e cómodo de utilizar
Coloca-se de forma simples e rápida sem ser necessário a utilização de ferramentas
Coloca-se nos punhos da cadeira ou nos apoios de braços
Regulável em ângulo
Adapta-se a diferentes tamanhos de tubos (diâmetro mínimo de 19mm a um máximo de 35mm)
Fonte e mais informação: Ergométrica
Nova legislação sobre lares
Portaria n.º 67/2012, de 21 de Março - Define as condições de organização, funcionamento e instalação das ESTRUTURAS RESIDENCIAIS PARA PESSOAS IDOSAS.
Considera-se ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS, o estabelecimento para alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, em que sejam desenvolvidas actividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem.
O Programa de Emergência Social (PES) veio consignar a necessidade de apostar na proximidade e na maximização das respostas sociais existentes, rentabilizando a capacidade instalada.
Ao reconhecer o valor incomensurável da dignidade da pessoa humana, ao impor uma preocupação com o auxílio aos mais vulneráveis, com uma atenção especial sobre os mais idosos, o Programa de Emergência Social (PES) prevê a alteração e a simplificação da legislação e dos guiões técnicos que enquadram as respostas sociais, designadamente as dirigidas a pessoas idosas, adaptando-a à realidade nacional e a um cenário de contenção orçamental.
Ao ter em atenção as entidades da economia social que actuam numa lógica de proximidade, o Programa de Emergência Social (PES) vem permitir maximizar as potencialidades de intervenção dessas entidades, garantindo mais e melhores respostas que correspondam às necessidades das pessoas e das famílias, nomeadamente através do aumento do número de vagas, sem prejuízo das condições de qualidade e de segurança das pessoas.
Neste contexto, a presente Portaria n.º 67/2012, de 21 de Março, vem uniformizar a legislação existente, integrando as respostas residenciais para pessoas idosas sob uma designação comum, e proceder ao ajustamento desta resposta social às exigências de uma gestão eficaz e eficiente dos recursos e a uma gestão da qualidade e segurança das estruturas físicas, prevendo diversas modalidades de alojamento, designadamente, o alojamento em tipologias habitacionais e ou em quartos.
Por outro lado, ao estabelecer as condições de funcionamento e instalação das estruturas residenciais para pessoas idosas vem garantir uma prática harmonizada ao nível das regras orientadoras desta resposta social, qualificando os vários modelos de intervenção existentes, independentemente da natureza do suporte jurídico institucional das mesmas.
São revogados o Despacho Normativo n.º 12/1998, de 25 de Fevereiro, o Despacho Normativo n.º 30/2006, de 31 de Março, e o Despacho Normativo n.º 3/2011, de 16 de Fevereiro.
Considera-se ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS, o estabelecimento para alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, em que sejam desenvolvidas actividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem.
O Programa de Emergência Social (PES) veio consignar a necessidade de apostar na proximidade e na maximização das respostas sociais existentes, rentabilizando a capacidade instalada.
Ao reconhecer o valor incomensurável da dignidade da pessoa humana, ao impor uma preocupação com o auxílio aos mais vulneráveis, com uma atenção especial sobre os mais idosos, o Programa de Emergência Social (PES) prevê a alteração e a simplificação da legislação e dos guiões técnicos que enquadram as respostas sociais, designadamente as dirigidas a pessoas idosas, adaptando-a à realidade nacional e a um cenário de contenção orçamental.
Ao ter em atenção as entidades da economia social que actuam numa lógica de proximidade, o Programa de Emergência Social (PES) vem permitir maximizar as potencialidades de intervenção dessas entidades, garantindo mais e melhores respostas que correspondam às necessidades das pessoas e das famílias, nomeadamente através do aumento do número de vagas, sem prejuízo das condições de qualidade e de segurança das pessoas.
Neste contexto, a presente Portaria n.º 67/2012, de 21 de Março, vem uniformizar a legislação existente, integrando as respostas residenciais para pessoas idosas sob uma designação comum, e proceder ao ajustamento desta resposta social às exigências de uma gestão eficaz e eficiente dos recursos e a uma gestão da qualidade e segurança das estruturas físicas, prevendo diversas modalidades de alojamento, designadamente, o alojamento em tipologias habitacionais e ou em quartos.
Por outro lado, ao estabelecer as condições de funcionamento e instalação das estruturas residenciais para pessoas idosas vem garantir uma prática harmonizada ao nível das regras orientadoras desta resposta social, qualificando os vários modelos de intervenção existentes, independentemente da natureza do suporte jurídico institucional das mesmas.
São revogados o Despacho Normativo n.º 12/1998, de 25 de Fevereiro, o Despacho Normativo n.º 30/2006, de 31 de Março, e o Despacho Normativo n.º 3/2011, de 16 de Fevereiro.
Fonte e mais informação: Escritos Dispersos
quarta-feira, 21 de março de 2012
Revalidação dos atestados multiusos por incapacidade
A partir de amanhã, o Ministério da Saúde vai começar a enviar as cartas que confirmam a isenção de taxas moderadoras por motivos económicos.
Vai ser alterado o sistema de atestados de incapacidade para efeitos de isenção de taxas moderadoras na saúde. Assim, os utentes que precisam de revalidar os atestados passados ao abrigo de legislação anterior a 2009 podem vir a ser dispensados de pagar 50 euros.
É este o valor cobrado actualmente, mas a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) está a estudar com outros organismos uma fórmula alternativa. A revelação é feita à Renascença por Alexandre Lourenço, da direcção da ACSS: "Estamos a trabalhar conjuntamente com a Direcção-geral de Saúde e com Instituto Nacional de Reabilitação para termos modelos de revalidação desta incapacidade menos onerosos para o doente - pois o atestado de incapacidade tem o valor de 50 euros. Estamos a trabalhar essencialmente em alguns casos, como no da reavaliação, para nem sequer ter necessidade de pagamento de qualquer valor, e noutros, como ter um valor muito inferior aos 50 euros actuais”.
Para beneficiar da isenção do pagamento de taxas, o utente tem de ter um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
As autoridades de saúde estão a exigir a revalidação dos atestados antigos, que só vão ser aceites até ao final de 2013.
Cartas que confirmam isenção seguem dia 22 de Março de 2012
A partir de amanhã, o Ministério da Saúde vai começar a enviar as cartas que confirmam a isenção de taxas moderadoras por motivos económicos:“Contamos a partir de dia 22 iniciar o envio destas cartas aos utentes que estavam isentos a 31 de Dezembro e aos que requereram a sua situação de insuficiência económica. É importante dizer que estes utentes permanecem isentos e não estão a pagar taxas moderadoras até dia 15 de Abril".
“Foi necessário, obrigatoriamente, ter um parecer positivo da Comissão Nacional da Protecção de Dados – estamos a falar também de transmissão da informação fiscal. Efectivamente, este processo demorou mais tempo que o previsto, mas a situação está regularizada”, explica o responsável da ACSS, justificando o atraso no processo.
Alexandre Lourenço assegura que, até ao momento, não foi aplicada qualquer multa pelo não pagamento de taxas moderadoras, apesar de a lei prever coimas que podem variar entre os 50 e os 250 euros, a serem cobradas pelo fisco. A cobrança coerciva só será prioridade no segundo semestre.
Até ao momento, foram recebidos quase um milhão de pedidos de insuficiência económica, além dos utentes que já estavam registados como estando nesta situação em Dezembro do ano passado.
Questionado sobre eventuais alterações ao novo sistema de taxas moderadoras, Alexandre Lourenço admite a hipótese em casos pontuais.
Fonte: Rádio Renascença
Enviado por Alberto Neves de Melo
Vai ser alterado o sistema de atestados de incapacidade para efeitos de isenção de taxas moderadoras na saúde. Assim, os utentes que precisam de revalidar os atestados passados ao abrigo de legislação anterior a 2009 podem vir a ser dispensados de pagar 50 euros.
É este o valor cobrado actualmente, mas a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) está a estudar com outros organismos uma fórmula alternativa. A revelação é feita à Renascença por Alexandre Lourenço, da direcção da ACSS: "Estamos a trabalhar conjuntamente com a Direcção-geral de Saúde e com Instituto Nacional de Reabilitação para termos modelos de revalidação desta incapacidade menos onerosos para o doente - pois o atestado de incapacidade tem o valor de 50 euros. Estamos a trabalhar essencialmente em alguns casos, como no da reavaliação, para nem sequer ter necessidade de pagamento de qualquer valor, e noutros, como ter um valor muito inferior aos 50 euros actuais”.
Para beneficiar da isenção do pagamento de taxas, o utente tem de ter um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
As autoridades de saúde estão a exigir a revalidação dos atestados antigos, que só vão ser aceites até ao final de 2013.
Cartas que confirmam isenção seguem dia 22 de Março de 2012
A partir de amanhã, o Ministério da Saúde vai começar a enviar as cartas que confirmam a isenção de taxas moderadoras por motivos económicos:“Contamos a partir de dia 22 iniciar o envio destas cartas aos utentes que estavam isentos a 31 de Dezembro e aos que requereram a sua situação de insuficiência económica. É importante dizer que estes utentes permanecem isentos e não estão a pagar taxas moderadoras até dia 15 de Abril".
“Foi necessário, obrigatoriamente, ter um parecer positivo da Comissão Nacional da Protecção de Dados – estamos a falar também de transmissão da informação fiscal. Efectivamente, este processo demorou mais tempo que o previsto, mas a situação está regularizada”, explica o responsável da ACSS, justificando o atraso no processo.
Alexandre Lourenço assegura que, até ao momento, não foi aplicada qualquer multa pelo não pagamento de taxas moderadoras, apesar de a lei prever coimas que podem variar entre os 50 e os 250 euros, a serem cobradas pelo fisco. A cobrança coerciva só será prioridade no segundo semestre.
Até ao momento, foram recebidos quase um milhão de pedidos de insuficiência económica, além dos utentes que já estavam registados como estando nesta situação em Dezembro do ano passado.
Questionado sobre eventuais alterações ao novo sistema de taxas moderadoras, Alexandre Lourenço admite a hipótese em casos pontuais.
Fonte: Rádio Renascença
Enviado por Alberto Neves de Melo
Nossa Carol no programa da RTP Portugal no Coração
Para quem não teve oportunidade de ver a grande Carol na RTP, segue aqui esta ligação do video completo com a edição do programa.
Material médico: saiba quando compensa comprar ou alugar
Se precisa de uma canadiana, cadeira de rodas ou cama articulada, faça contas ao tempo de recuperação. Até uma semana, compensa alugar. Mais do que isso, compre o material de pequeno porte e alugue o restante.
O tempo que vai precisar deste material determina se deve alugar ou comprar. No caso do equipamento de pequeno porte, como andarilhos, tripés, muletas e canadianas, é mais vantajoso alugar para períodos curtos (até 7 dias). As bengalas são uma exceção, pois compensa sempre comprar. Quanto às canadianas, a diferença é pequena: pode comprar a partir de 3 euros ou alugar durante uma semana a partir de 2,10 euros.
Se a necessidade de apoio se prolongar por mais tempo, compensa comprar um produto de pequeno porte. Quando não precisar do equipamento e quiser desfazer-se dele, verifique se existe alguma entidade, como um centro social ou paróquia, que o aceite. As associações de bombeiros, a Santa Casa da Misericórdia e a Cruz Vermelha são outras instituições que, à partida, têm interesse em ficar com o equipamento.
Até 90 dias, as cadeiras de rodas e o material de grande porte, como camas articuladas e colchões, ficam mais baratos se alugar.
Para saber qual a melhor opção, consulte os preços de compra e de aluguer na sua localidade:
Outra alternativa é pedir emprestado. Associações de bombeiros, misericórdias, Cruz Vermelha ou centros sociais, entre outros, emprestam alguns produtos de apoio sobretudo aos mais carenciados. Algumas destas entidades cobram uma caução, para garantir a devolução em boas condições. Para requerer o empréstimo, pode ter de apresentar um atestado médico e a declaração de IRS ou um atestado da junta de freguesia a comprovar os baixos rendimentos.
Apoios, comparticipações e seguros
Em caso de internamento num hospital público, este fornece o equipamento necessário para a alta, prescrito pelo médico.
Se o equipamento for prescrito pelo médico do centro de saúde, por exemplo, terá de pedir a comparticipação à Segurança Social. Para tal, entregue, no centro distrital da sua área de residência, uma ficha de prescrição, uma fotocópia legível do bilhete de identidade e três orçamentos para aquisição do material necessário. Cabe àquele organismo avaliar a necessidade do equipamento na vida do requerente. O problema é que os pedidos nem sempre são satisfeitos por falta de verbas.
A compra e o aluguer também podem ser comparticipados pelos subsistemas de saúde, como a ADSE ou o SAMS. Contacte os seus serviços médicos e sociais para saber o valor a que tem direito. Em geral, o paciente paga a totalidade do seu bolso e recebe a comparticipação mais tarde, após entregar a prescrição médica e as faturas do equipamento.
Os seguros de saúde com a cobertura de próteses e ortóteses comparticipam a compra ou o aluguer do equipamento, desde que prescrito por um médico. Verifique a apólice.
Se o subsistema ou seguro apenas comparticipar a compra, talvez esta fique mais barata do que alugar sem nenhuma comparticipação. Convém fazer bem as contas antes de tomar uma decisão.
O IVA é reduzido para certos produtos de apoio e desde que tenha um comprovativo da despesa de aquisição ou aluguer pode deduzi-la no IRS. O fisco considera 30% do que gastar, sem outro limite, caso o produto ou serviço esteja isento de IVA ou sujeito à taxa reduzida (6 por cento). Se a taxa de IVA for superior, o limite é de 65 euros, tendo como percentagem máxima os mesmos 30%: pode apresentar o total de gastos e os serviços fazem as contas. Neste caso, deve guardar a prescrição médica.
O tempo que vai precisar deste material determina se deve alugar ou comprar. No caso do equipamento de pequeno porte, como andarilhos, tripés, muletas e canadianas, é mais vantajoso alugar para períodos curtos (até 7 dias). As bengalas são uma exceção, pois compensa sempre comprar. Quanto às canadianas, a diferença é pequena: pode comprar a partir de 3 euros ou alugar durante uma semana a partir de 2,10 euros.
Se a necessidade de apoio se prolongar por mais tempo, compensa comprar um produto de pequeno porte. Quando não precisar do equipamento e quiser desfazer-se dele, verifique se existe alguma entidade, como um centro social ou paróquia, que o aceite. As associações de bombeiros, a Santa Casa da Misericórdia e a Cruz Vermelha são outras instituições que, à partida, têm interesse em ficar com o equipamento.
Até 90 dias, as cadeiras de rodas e o material de grande porte, como camas articuladas e colchões, ficam mais baratos se alugar.
Para saber qual a melhor opção, consulte os preços de compra e de aluguer na sua localidade:
Outra alternativa é pedir emprestado. Associações de bombeiros, misericórdias, Cruz Vermelha ou centros sociais, entre outros, emprestam alguns produtos de apoio sobretudo aos mais carenciados. Algumas destas entidades cobram uma caução, para garantir a devolução em boas condições. Para requerer o empréstimo, pode ter de apresentar um atestado médico e a declaração de IRS ou um atestado da junta de freguesia a comprovar os baixos rendimentos.
Apoios, comparticipações e seguros
Em caso de internamento num hospital público, este fornece o equipamento necessário para a alta, prescrito pelo médico.
Se o equipamento for prescrito pelo médico do centro de saúde, por exemplo, terá de pedir a comparticipação à Segurança Social. Para tal, entregue, no centro distrital da sua área de residência, uma ficha de prescrição, uma fotocópia legível do bilhete de identidade e três orçamentos para aquisição do material necessário. Cabe àquele organismo avaliar a necessidade do equipamento na vida do requerente. O problema é que os pedidos nem sempre são satisfeitos por falta de verbas.
A compra e o aluguer também podem ser comparticipados pelos subsistemas de saúde, como a ADSE ou o SAMS. Contacte os seus serviços médicos e sociais para saber o valor a que tem direito. Em geral, o paciente paga a totalidade do seu bolso e recebe a comparticipação mais tarde, após entregar a prescrição médica e as faturas do equipamento.
Os seguros de saúde com a cobertura de próteses e ortóteses comparticipam a compra ou o aluguer do equipamento, desde que prescrito por um médico. Verifique a apólice.
Se o subsistema ou seguro apenas comparticipar a compra, talvez esta fique mais barata do que alugar sem nenhuma comparticipação. Convém fazer bem as contas antes de tomar uma decisão.
O IVA é reduzido para certos produtos de apoio e desde que tenha um comprovativo da despesa de aquisição ou aluguer pode deduzi-la no IRS. O fisco considera 30% do que gastar, sem outro limite, caso o produto ou serviço esteja isento de IVA ou sujeito à taxa reduzida (6 por cento). Se a taxa de IVA for superior, o limite é de 65 euros, tendo como percentagem máxima os mesmos 30%: pode apresentar o total de gastos e os serviços fazem as contas. Neste caso, deve guardar a prescrição médica.
Fonte: Deco
Algarve Accessible
O Algarve, um destino turístico internacional, rico em história e património, e não incluídas nos guias turísticos tradicionais, ocupa o extremo sul de Portugal e todo o Distrito de Faro, com uma área de 4995 km2. Representa 5,4% da superfície total do país, com a região do Alentejo como sua fronteira norte, separando a Comunidade Andaluzia com o rio Guadiana, a leste, o oceano Atlântico, a sul e oeste.
Fonte e informação completa: Algarve Accessible
terça-feira, 20 de março de 2012
Petição Turismo acessível no Algarve
Exmos Senhores,
Estamos associados a uma causa que visa proporcionar um Turismo mais Acessível para todos. Pessoas com dificuldades de locomoção e/outras limitações.
Assim, o Turismo do Algarve pretende levar esta Petição à Assembleia da República, para o desenvolvimento de um Plano Estratégico para o Turismo Acessível no Algarve.
Se concordarem assinem e passem a outro vosso amigo e assim sucessivamente. Se fizermos um apelo a cada amigo a quem passarmos este mail, acreditamos que conseguiremos as 5000 assinaturas necessárias.
UM POR TODOS,TODOS POR UM !
Dr. Almeida Pires – Turismo do Algarve
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N21087
Aproveitamos para convidar a visitar o nosso projecto lançado recentemente; www.algarve-accessible.com
Queiram partilhar o vosso precioso feedback.
Atenciosamente,
Sérgio Martins
marketing@rotatur.pt
Estamos associados a uma causa que visa proporcionar um Turismo mais Acessível para todos. Pessoas com dificuldades de locomoção e/outras limitações.
Assim, o Turismo do Algarve pretende levar esta Petição à Assembleia da República, para o desenvolvimento de um Plano Estratégico para o Turismo Acessível no Algarve.
Se concordarem assinem e passem a outro vosso amigo e assim sucessivamente. Se fizermos um apelo a cada amigo a quem passarmos este mail, acreditamos que conseguiremos as 5000 assinaturas necessárias.
UM POR TODOS,TODOS POR UM !
Dr. Almeida Pires – Turismo do Algarve
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N21087
Aproveitamos para convidar a visitar o nosso projecto lançado recentemente; www.algarve-accessible.com
Queiram partilhar o vosso precioso feedback.
Atenciosamente,
Sérgio Martins
marketing@rotatur.pt
segunda-feira, 19 de março de 2012
Paraplégico preso num 3º andar
Olá chamo me A... tenho 24 anos Vivo na serra das minas na localidade de sintra rio de mouro...escrevi esta carta a contar a minha historia.
Vivia em no barruchal de manique depois mudai me para serra das minas para uma casa melhor quando vim viver para serra das minas começai a tirar um curso de mecanico em mira sintra e aos 18 anos de idade tive um acidente de mota qual ficai paralégico ah 5 anos que estou assim vivo no 3 andar sem elevador e pa poder sair tenho que depender sempre de alguem da familia oh amigos e nem sempre tenho gente em casa oh meus amigos me pdem ajudar e muito perigoso e muito cansativo pa quem me sobe nem sempre tenho a familia em casa oh os amigos me pode me vir ajudar aonde e vivo não tenho amigos porque os meus amigos ficaram em manique eu sozinho não consigo dexer sozinho tenho de depender sempre de alguem pa decher e subir 65 degraus vivo com os meus pais e com a minha irmã e nem sempre ta gente em casa pa me ajudar a sair quando me apetece sair para algum lado tenho que esperar que alguem chegue a casa oh me venham buscar.
farto de viver assim tenho 24 anos queria ser idenpente ter uma casa minha familia ter carta carro quero trabalhar voltar a estudar seguir com minha vida pa frente mas a viver no 3 andar fico ensulado em casa a espera que alguem chegue para poder sair de casa já a 5 anos que espero de uma resposta de uma casa e nada um dos meus sonhos eram ter uma casa ao pé dos meus amigos ter carta e carro poder fazer a minha vida sem depender de ninguém.
Comento: desolador ver que ainda existem estas crueldades no nosso país. Até quando continuarão a ignorar-nos? Este rapaz é prisioneiro na sua própria casa. Sabem porquê? Porque cometeu o crime de ser paraplégico.
domingo, 18 de março de 2012
Cadeira de rodas elétrica "Bora" tem nova função
O facto de ser compacta e transportável faz com que a Invacare Bora seja a companhia ideal para onde quer que se desloque.
No que diz respeito à potência e sensibilidade de condução, a performance da Bora é única neste tipo de cadeira. A manutenção e o transporte são extremamente fáceis e rápidos graças ao seu sistema modular.
No que diz respeito à potência e sensibilidade de condução, a performance da Bora é única neste tipo de cadeira. A manutenção e o transporte são extremamente fáceis e rápidos graças ao seu sistema modular.
Já experimentei esta cadeira de rodas e estive indeciso entre compra-la ou a Rumba. Optei pela Rumba e sinceramente estou muito desiludido. É de fácil transporte em qualquer porta bagagem, mas muito fraquinha em potência.
A Bora tem novas funções. Aqui fica a novidade.
Por sua vez estou encantado com a cadeira de rodas elétrica Salsa. Não tem sequer comparação com a Rumba ou Bora.
Fonte: Invacare
sábado, 17 de março de 2012
Idosos têm direito a dentaduras, próteses auditivas e óculos
Existe a ideia que as Ajudas Técnicas/Produtos de Apoio só existem para servir as pessoas com deficiência. Nada disso. São também para os idosos e pessoas que adquiram uma incapacidade temporária.
Vejam o que diz a lei: “Os produtos de apoio destinam-se às pessoas com deficiência ou incapacidade, aos idosos ou, aos que de forma temporária ou definitiva, necessitam de as utilizar. São meios indispensáveis para a funcionalidade e integração das pessoas com incapacidade ou deficiência.”
Por exemplo: As dentaduras, óculos e próteses auditivas são comparticipados a 100% pela Segurança Social. Existem imensos idosos que não têm condições financeiras para os adquirir e ninguém os informa sobre a possibilidade de os adquirirem sem custos através da Segurança Social.
Por exemplo: As dentaduras, óculos e próteses auditivas são comparticipados a 100% pela Segurança Social. Existem imensos idosos que não têm condições financeiras para os adquirir e ninguém os informa sobre a possibilidade de os adquirirem sem custos através da Segurança Social.
Tetraplégico em colisão com ambulância do INEM recebe 486 mil euros de indemnização
O Tribunal de Faro condenou hoje o condutor de uma ambulância que abalroou um carro a 700 euros de multa e a companhia de seguros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a pagar 486,6 mil euros a um jovem que ficou tetraplégico.
A juíza entendeu que o jovem, que tinha 25 anos quando se deu o acidente, em 2005, sofreu "ofensas graves à integridade física" devido à "negligência" do condutor da ambulância.
O jovem, que ficou com mazelas para o resto da vida e só consegue mexer os olhos, pedia 1,5 milhões de euros de indemnização.
O caso remonta a 17 de Junho daquele ano, quando Bruno Paulino, actualmente com 28 anos, que conduzia um automóvel, e Joel Afonso, o motorista da ambulância do Instituto Nacional de Emergência Média (INEM), embateram na EN-125, uma das mais mortais do País.
O acidente provocou uma tetraplegia (paralisia dos quatro membros) a Bruno Paulino.
A colisão deu-se quando a carrinha passou um sinal vermelho, a 60 quilómetros por hora - de acordo com o tacógrafo do veículo de emergência - quando a vítima fazia inversão de marcha, acertando na porta do condutor.
De acordo com a sentença, se o tratamento do jovem ultrapassar os 486.600 euros que a companhia de seguros tem que pagar agora, até um total de 650 mil euros a que obriga a apólice, a seguradora é obrigada a pagar o remanescente.
Se ainda assim os tratamentos ultrapassarem essa verba, o pagamento da assistência ao jovem Bruno ficará a cargo do condutor (60 por cento) e do INEM (40 por cento).
A defesa não revelou se vai recorrer da sentença, remetendo a decisão para sexta-feira, quando tiver acesso ao texto do acórdão.
A juíza entendeu que o jovem, que tinha 25 anos quando se deu o acidente, em 2005, sofreu "ofensas graves à integridade física" devido à "negligência" do condutor da ambulância.
O jovem, que ficou com mazelas para o resto da vida e só consegue mexer os olhos, pedia 1,5 milhões de euros de indemnização.
O caso remonta a 17 de Junho daquele ano, quando Bruno Paulino, actualmente com 28 anos, que conduzia um automóvel, e Joel Afonso, o motorista da ambulância do Instituto Nacional de Emergência Média (INEM), embateram na EN-125, uma das mais mortais do País.
O acidente provocou uma tetraplegia (paralisia dos quatro membros) a Bruno Paulino.
A colisão deu-se quando a carrinha passou um sinal vermelho, a 60 quilómetros por hora - de acordo com o tacógrafo do veículo de emergência - quando a vítima fazia inversão de marcha, acertando na porta do condutor.
De acordo com a sentença, se o tratamento do jovem ultrapassar os 486.600 euros que a companhia de seguros tem que pagar agora, até um total de 650 mil euros a que obriga a apólice, a seguradora é obrigada a pagar o remanescente.
Se ainda assim os tratamentos ultrapassarem essa verba, o pagamento da assistência ao jovem Bruno ficará a cargo do condutor (60 por cento) e do INEM (40 por cento).
A defesa não revelou se vai recorrer da sentença, remetendo a decisão para sexta-feira, quando tiver acesso ao texto do acórdão.
Fonte: Expresso
Skoog: Instrumento musical acessivel a todos
Embora pareça, o Skoog não é um brinquedo. É o instrumento musical que torna a música acessível a todos. Desde músicos experimentados, até pessoas com deficiência, que poderão ter dificuldades em tocar um instrumento “tradicional”.
O Skoog está artilhado com os mais avançados sensores que fazem com que o Skoog reaja a diferentes tipos de toque, em qualquer zona da sua superfície. O seu software permite-lhe ajustar o sistema de forma simples a cada utilizador: ajustar a sensibilidade da plataforma; selecionar um dos doze instrumentos musicais disponíveis, com som absolutamente realista.
Veja as fotos do casamento de Nick Vujicic
O palestrante e ator australiano Nick Vujicic nasceu com a doença rara Tetra-amelia. Tetra-amelia é uma síndrome humana de rara ocorrência caracterizada por uma falha na formação embrionária, que acarreta a ausência dos quatro membros. Para saber mais da história de Nick acesse aqui.
Em julho do ano passado Nick e Kanae Miyahara ficaram noivos. E no dia 12 de fevereiro desse ano eles se casaram e a cerimônia de casamento foi realizada na Califórnia. Na página do Facebook de Nick, fãs de todo o mundo deixaram seus comentários desejando muitas felicidades ao casal.
Acompanhe o resto da história no Deficiente Ciente
Novo mirante do Tramagal sem acessibilidades para pessoas de mobilidade reduzida
Vítor Ferreira, 26 anos, paraplégico, mora no Tramagal, concelho de Abrantes, e desloca-se em cadeira de rodas. O tramagalense ficou indignado pelo facto da obra que está, neste momento, a decorrer no Mirante da localidade, também conhecida como Miradouro da Penha, não contemplar acessos para deficientes motores. O jovem não se cansa de reclamar contra os atropelos arquitectónicos que impossibilitam uma vida normal. “Estão a gastar dinheiro numa obra de raiz e não respeitam o que está na lei. Sinto-me revoltado porque gostava de ir ao mirante e não posso descer porque a rampa tem escadas pelo meio. Ou faziam rampa ou faziam escadas. As duas coisas juntas não”, reclama.
O projecto da Câmara Municipal de Abrantes, adjudicado ao AtelierMob - Arquitectura Design e Urbanismo está concluído e quem faz uma visita ao local facilmente constata que o acesso ao cruzeiro é só para quem pode. No local também não está nenhuma placa com pormenores sobre a empreitada, parte de um investimento de cerca 82 mil euros. A obra do mirante tem provocado alguma celeuma desde que se soube que não contemplava rampas, sendo amplamente debatida na página do facebook do Tramagal.
“Para já, o acesso a pessoas com mobilidade condicionada não está previsto e não há acessos alternativos mas a situação preexistente foi substancialmente melhorada”, refere o vereador da Câmara de Abrantes, Rui Serrano, em resposta ao nosso pedido de esclarecimentos, não explicando, no entanto, porque é que estes acessos não foram acautelados.
O mesmo responsável avança que a empreitada faz parte do projecto “Centro de Interpretação do Tejo Ibérico- Miradouro e Cais da Barca no Tramagal” que procura valorizar zonas de estadia ao público em geral, designadamente o parque de merendas e o miradouro confinante com o monumento ao Comendador Eduardo Duarte Ferreira e o parque de merendas localizado no Porto das Barcas.
Sobre esta matéria, o PSD de Abrantes emitiu um comunicado, após a apresentação das obras públicas que estão a decorrer na freguesia do Tramagal, sessão que teve lugar na sexta-feira, 9 de Março. Segundo afirmam, na sessão foi dito que no mirante “não era possível, necessário, nem obrigatório concretizar o acesso a pessoas de mobilidade reduzida. “Na inauguração haverá palavras bonitas para branquear a tristeza da intervenção”, criticam os sociais-democratas.
O projecto da Câmara Municipal de Abrantes, adjudicado ao AtelierMob - Arquitectura Design e Urbanismo está concluído e quem faz uma visita ao local facilmente constata que o acesso ao cruzeiro é só para quem pode. No local também não está nenhuma placa com pormenores sobre a empreitada, parte de um investimento de cerca 82 mil euros. A obra do mirante tem provocado alguma celeuma desde que se soube que não contemplava rampas, sendo amplamente debatida na página do facebook do Tramagal.
“Para já, o acesso a pessoas com mobilidade condicionada não está previsto e não há acessos alternativos mas a situação preexistente foi substancialmente melhorada”, refere o vereador da Câmara de Abrantes, Rui Serrano, em resposta ao nosso pedido de esclarecimentos, não explicando, no entanto, porque é que estes acessos não foram acautelados.
O mesmo responsável avança que a empreitada faz parte do projecto “Centro de Interpretação do Tejo Ibérico- Miradouro e Cais da Barca no Tramagal” que procura valorizar zonas de estadia ao público em geral, designadamente o parque de merendas e o miradouro confinante com o monumento ao Comendador Eduardo Duarte Ferreira e o parque de merendas localizado no Porto das Barcas.
Sobre esta matéria, o PSD de Abrantes emitiu um comunicado, após a apresentação das obras públicas que estão a decorrer na freguesia do Tramagal, sessão que teve lugar na sexta-feira, 9 de Março. Segundo afirmam, na sessão foi dito que no mirante “não era possível, necessário, nem obrigatório concretizar o acesso a pessoas de mobilidade reduzida. “Na inauguração haverá palavras bonitas para branquear a tristeza da intervenção”, criticam os sociais-democratas.
Fonte: O Mirante
quarta-feira, 14 de março de 2012
Minha história - 7ª parte
Mais um capitulo da minha história. Aqui, os anteriores.
Minha História – 7ª Parte
Fui avisado que se encontrava um senhor no centro de reabilitação com uma cadeira de rodas eléctrica para eu experimentar. Sentaram-me nela e disseram para dar uma volta. Que era para mim. Oferta da minha seguradora (meu acidente foi de trabalho). Fiquei encantado. Era a minha independência. Estava acostumado a usar uma manual, emprestada pelo centro. Precisava de ser conduzido pelos outros. Fartei-me de circular por aqueles corredores que até tive enjoos. Enjoei como se enjoa em qualquer veiculo, barco…Mais tarde o mesmo senhor apareceu com uma cadeira do banho, uma escova com um cabo enorme que perguntei para que servia e me responderam que era para esfregar as costas durante o banho (nunca usei), talheres adaptados, adaptador de escova de dentes, de pente e máquina de barbear, tábua adaptada para ajudar a cortar pão e legumes, faca adaptada, tábua de transferência e mais uns equipamentos. Tudo novidades para mim. Nunca pediram a minha opinião ou experimentei o que quer que fosse. Entregaram as coisas, médica assinou e ponto final. Achei que fosse o procedimento certo, normal. Eu realmente não entendia nada daquilo e por mim nem tinha que entender. E se me estavam a dar, deveria agradecer e ficar bem caladinho, não fosse eu meter-me e ficar sem nada. Oferecerem-me aquilo tudo, era o máximo! Agora sei que o dito senhor era o proprietário de uma grande loja de produtos ortopédicos em Lisboa. e que aquelas Ajudas Técnicas foram prescritas pela minha fisiatra e por sua vez a seguradora autorizou que fossem adquiridas para me facilitar o dia-a-dia. Certo era me terem dado a oportunidade de escolher e experimentar, pois ao chegar a casa maioria dos produtos nada tinham de prático e confortável. Sentar-me na cadeira do banho era um martírio e usei-a durante uns 10 anos, mas sobre isso escreverei noutra altura.
Começaram a avisar-me que minha alta definitiva estava para breve. Só precisavam confirmar se conseguiria fazer plano de inclinação ou não. Naquela altura não tínhamos as cadeiras de verticalização. Usavam planos inclinados. Era umas macas onde nos fixavam com cintos de segurança e manualmente iam nos inclinando pouco a pouco, verticalmente. Sempre que me transferiam para o plano inclinado era habitual desmaiar, por isso evitavam arriscar. Iam tentando, mas chegava a um certo grau de inclinação e minha tensão caia a pique. Lá ficava para tentar noutro dia.
Estávamos no inicio de Janeiro de 1992. Meu acidente tinha sido em Fevereiro de 1991. Há quase um ano que vivia em hospitais. Entretanto tinha-me iniciado uns suores absurdos e anormais. Era horrível e muito desconfortável. Transpirava dia e noite sem parar e em quantidades anormais. Tinha que mudar várias vezes de roupa. Durante a noite cada vez que me mudavam de posição, na cama, também tinham que mudar os lençóis porque os encharcava todos de suor. Já andava com uma toalha enrolada ao pescoço e outra estendida costas abaixo. Absorvia um pouco o suor. Sempre que estavam molhadas, substitui-as. Só assim evitava mudar mais vezes de roupa. Foi um período muito desagradável. Pior é que estávamos no Inverno e andar constantemente com a roupa encharcada e suor ao secar no corpo arrefecia-me mais ainda. Tremia o dia todo. Andava também com umas toalhas pequenas para ir limpando o rosto e cabelo. Só transpirava do pescoço para cima. Resto do corpo não. Mas a quantidade era tanta que invadia o corpo todo. Se já vivia com frio, pior ficava. Era um desconforto muito grande. Mas depois apercebi-me que não era o único, outros lesados medulares sofriam do mesmo. Médicos explicavam que era consequência da lesão, mas nada mais. Que teríamos que suportar.
Alta estava a chegar e eu sem saber para onde ir, e o que fazer do meu futuro. Estes pensamentos não me deixavam um minuto. Por mais que pensasse soluções não encontrava. Começava a tornar-se um pesadelo. Estava a ficar nos meus limites. Sentia que não aguentava muito mais tempo sem entrar em desespero. Tudo se agravou com a vinda de um Sr com o nome de Manuel. Tinha as duas pernas amputadas junto à virilha e braços estavam muito deformados. Praticamente não os mexia. Aquele senhor não saia da cama. Se o sentassem numa cadeira escorregava por ela abaixo e caia no chão. Corpo não tinha movimento nenhum. Parecia todo duro. Ouvi dizer que foi o Tétano que o deixou naquele estado. Não tinha família e veio de um lar. Jamais esquecerei este senhor. Estava na cama mesmo em frente à minha. Praticamente não falava. Só o fazia para agradecer. Agradecia tudo com muita gratidão. O rosto dele era angelical. Tinha algo em si que nos dava paz. Era a bondade em pessoa. Não consigo explicar as forças positivas que irradiavam daquele ser. Era impossível alguém ficar-lhe indiferente. Só pedia algo se estivesse mesmo nas últimas. Mas como em todo o lado há sempre uma “ovelha ranhosa”, neste caso também havia. Era um auxiliar péssimo profissional. Ninguém gostava dele. Ninguém o conseguia corrigir. E quando estava de serviço fazia de conta que não ouvia nossos pedidos. Sr Manuel já sabia como ele era e nada pedia. Mas dentro de 8 horas que era quanto durava o turno do auxiliar, tinha que precisar dele inevitavelmente. Então lembro-me de o ver muita vez com a vozinha doce e muito calma a pedir água, ou que lhe desse a arrastadeira, urinol, ajeitasse a almofada…e o estúpido do funcionário a gozar com ele, acabava por desaparecer e nada. Nós todos revoltados, mas com medo de sermos expulsos (tínhamos medo de tudo) pouco ou nada fazíamos, mas o Sr Manuel continuava a sorrir como se nada tivesse acontecido. Nunca lhe vi um gesto de desagrado, uma queixa…só ternura e amor. Mas ver tanta injustiça com alguém que só distribuía amor deixava-me muito deprimido. Era inevitável não sentir tristeza. Machucava o coração. Foi uma altura que me senti muito frágil, indefeso e só.
Minha História – 7ª Parte
Fui avisado que se encontrava um senhor no centro de reabilitação com uma cadeira de rodas eléctrica para eu experimentar. Sentaram-me nela e disseram para dar uma volta. Que era para mim. Oferta da minha seguradora (meu acidente foi de trabalho). Fiquei encantado. Era a minha independência. Estava acostumado a usar uma manual, emprestada pelo centro. Precisava de ser conduzido pelos outros. Fartei-me de circular por aqueles corredores que até tive enjoos. Enjoei como se enjoa em qualquer veiculo, barco…Mais tarde o mesmo senhor apareceu com uma cadeira do banho, uma escova com um cabo enorme que perguntei para que servia e me responderam que era para esfregar as costas durante o banho (nunca usei), talheres adaptados, adaptador de escova de dentes, de pente e máquina de barbear, tábua adaptada para ajudar a cortar pão e legumes, faca adaptada, tábua de transferência e mais uns equipamentos. Tudo novidades para mim. Nunca pediram a minha opinião ou experimentei o que quer que fosse. Entregaram as coisas, médica assinou e ponto final. Achei que fosse o procedimento certo, normal. Eu realmente não entendia nada daquilo e por mim nem tinha que entender. E se me estavam a dar, deveria agradecer e ficar bem caladinho, não fosse eu meter-me e ficar sem nada. Oferecerem-me aquilo tudo, era o máximo! Agora sei que o dito senhor era o proprietário de uma grande loja de produtos ortopédicos em Lisboa. e que aquelas Ajudas Técnicas foram prescritas pela minha fisiatra e por sua vez a seguradora autorizou que fossem adquiridas para me facilitar o dia-a-dia. Certo era me terem dado a oportunidade de escolher e experimentar, pois ao chegar a casa maioria dos produtos nada tinham de prático e confortável. Sentar-me na cadeira do banho era um martírio e usei-a durante uns 10 anos, mas sobre isso escreverei noutra altura.
Começaram a avisar-me que minha alta definitiva estava para breve. Só precisavam confirmar se conseguiria fazer plano de inclinação ou não. Naquela altura não tínhamos as cadeiras de verticalização. Usavam planos inclinados. Era umas macas onde nos fixavam com cintos de segurança e manualmente iam nos inclinando pouco a pouco, verticalmente. Sempre que me transferiam para o plano inclinado era habitual desmaiar, por isso evitavam arriscar. Iam tentando, mas chegava a um certo grau de inclinação e minha tensão caia a pique. Lá ficava para tentar noutro dia.
Estávamos no inicio de Janeiro de 1992. Meu acidente tinha sido em Fevereiro de 1991. Há quase um ano que vivia em hospitais. Entretanto tinha-me iniciado uns suores absurdos e anormais. Era horrível e muito desconfortável. Transpirava dia e noite sem parar e em quantidades anormais. Tinha que mudar várias vezes de roupa. Durante a noite cada vez que me mudavam de posição, na cama, também tinham que mudar os lençóis porque os encharcava todos de suor. Já andava com uma toalha enrolada ao pescoço e outra estendida costas abaixo. Absorvia um pouco o suor. Sempre que estavam molhadas, substitui-as. Só assim evitava mudar mais vezes de roupa. Foi um período muito desagradável. Pior é que estávamos no Inverno e andar constantemente com a roupa encharcada e suor ao secar no corpo arrefecia-me mais ainda. Tremia o dia todo. Andava também com umas toalhas pequenas para ir limpando o rosto e cabelo. Só transpirava do pescoço para cima. Resto do corpo não. Mas a quantidade era tanta que invadia o corpo todo. Se já vivia com frio, pior ficava. Era um desconforto muito grande. Mas depois apercebi-me que não era o único, outros lesados medulares sofriam do mesmo. Médicos explicavam que era consequência da lesão, mas nada mais. Que teríamos que suportar.
Alta estava a chegar e eu sem saber para onde ir, e o que fazer do meu futuro. Estes pensamentos não me deixavam um minuto. Por mais que pensasse soluções não encontrava. Começava a tornar-se um pesadelo. Estava a ficar nos meus limites. Sentia que não aguentava muito mais tempo sem entrar em desespero. Tudo se agravou com a vinda de um Sr com o nome de Manuel. Tinha as duas pernas amputadas junto à virilha e braços estavam muito deformados. Praticamente não os mexia. Aquele senhor não saia da cama. Se o sentassem numa cadeira escorregava por ela abaixo e caia no chão. Corpo não tinha movimento nenhum. Parecia todo duro. Ouvi dizer que foi o Tétano que o deixou naquele estado. Não tinha família e veio de um lar. Jamais esquecerei este senhor. Estava na cama mesmo em frente à minha. Praticamente não falava. Só o fazia para agradecer. Agradecia tudo com muita gratidão. O rosto dele era angelical. Tinha algo em si que nos dava paz. Era a bondade em pessoa. Não consigo explicar as forças positivas que irradiavam daquele ser. Era impossível alguém ficar-lhe indiferente. Só pedia algo se estivesse mesmo nas últimas. Mas como em todo o lado há sempre uma “ovelha ranhosa”, neste caso também havia. Era um auxiliar péssimo profissional. Ninguém gostava dele. Ninguém o conseguia corrigir. E quando estava de serviço fazia de conta que não ouvia nossos pedidos. Sr Manuel já sabia como ele era e nada pedia. Mas dentro de 8 horas que era quanto durava o turno do auxiliar, tinha que precisar dele inevitavelmente. Então lembro-me de o ver muita vez com a vozinha doce e muito calma a pedir água, ou que lhe desse a arrastadeira, urinol, ajeitasse a almofada…e o estúpido do funcionário a gozar com ele, acabava por desaparecer e nada. Nós todos revoltados, mas com medo de sermos expulsos (tínhamos medo de tudo) pouco ou nada fazíamos, mas o Sr Manuel continuava a sorrir como se nada tivesse acontecido. Nunca lhe vi um gesto de desagrado, uma queixa…só ternura e amor. Mas ver tanta injustiça com alguém que só distribuía amor deixava-me muito deprimido. Era inevitável não sentir tristeza. Machucava o coração. Foi uma altura que me senti muito frágil, indefeso e só.
Mas boas noticias vinham a caminho. Afinal havia uma alternativa para mim. O lar de idosos ou outra instituição, felizmente não seria o meu destino.
domingo, 11 de março de 2012
Livro: A Revolução Sexual Sobre Rodas
O deficiente físico não tem de se isolar do mundo como um eremita, ele tem que viver no meio do mundo, rodeado de gente, envolvido e apaixonado. A maior de todas as limitações, seja de pessoas "normais", seja de deficientes físicos, é a ignorância, a alienação, o preconceito e a impotência para acreditar no amor.
Estas são algumas das afirmações de Fabiano Puhlmann neste livro. O autor, com a intenção de diminuir o medo, a vergonha e o isolamento afectivo e sexual a que muitos deficientes físicos se condenam, esclarece as principais dúvidas sobre tratamentos, recursos e atitudes a serem mantidas para uma sexualidade livre e prazerosa depois da deficiência física.
A ideia deste livro é justamente poder ajudar o deficiente físico a resgatar a vida, a autonomia, o afeto e o erotismo esquecido.
Estas são algumas das afirmações de Fabiano Puhlmann neste livro. O autor, com a intenção de diminuir o medo, a vergonha e o isolamento afectivo e sexual a que muitos deficientes físicos se condenam, esclarece as principais dúvidas sobre tratamentos, recursos e atitudes a serem mantidas para uma sexualidade livre e prazerosa depois da deficiência física.
A ideia deste livro é justamente poder ajudar o deficiente físico a resgatar a vida, a autonomia, o afeto e o erotismo esquecido.
A Revolução Sexual Sobre Rodas foi-me oferecido pela minha querida Mónica Bello. Gostei muito. Muito bem escrito e de linguagem acessível. É da autoria de uma pessoa com deficiência e conceituado profissional. Isso conta muito para mim. Geralmente só vejo barbaridades escritas por quem se vê logo que de deficiência pouco ou nada entende. Desta vez não é o caso. Fabiano Puhlmann escreve com conhecimento de causa. Aconselho-o sem dívida nenhuma.
Alison Lapper: Conheça a sua história
Alison Lapper nasceu em 7 de abril de 1965, em Burton, Inglaterra. Os pais biológicos e médicos não detectaram nenhum problema, no entanto ela nasceu com uma marca especial para a vida, não tinha braços e pernas e seria menor que o normal.
Em sua infância, Alison foi abandonada por seus pais aos quatro meses de idade. Eles eram trabalhadores de uma fábrica de automóveis, no Condado de Yokshire, e se separaram quando ela nasceu. Ela também tem uma irmã mais velha que mal conhece.
Assim, Alison passou a infância em uma escola cercada por outras crianças deficientes que se assemelhavam a ela fisicamente. “Havia várias crianças sem membros, como resultado da onda da talidomida. Para nós era difícil adquirir o equilíbrio. Não conseguíamos sentar sem cair e não éramos capazes de levantar”, diz Alison sorrindo.
Nick Vujicic: uma grande história de superação de um homem sem braços e pernas
Aimme Mullins: Conheça a história de superação da campeã de atletismo
Desde criança Alison sentia-se desconfortável em usar próteses. Aos três meses tentaram usar esse equipamento em seu corpo. “As pessoas abusam do seu poder sobre as crianças. Na verdade, essas próteses eram para que os adultos se sentissem bem e não eu.”
Quando tinha 12 anos, Alison realmente entendeu que sua infância tinha acabado. “Até então eu estava muito ocupada sendo uma menina. Mas, deixei de ser menina e entrei na puberdade e então percebi a diferença”. Foi difícil para Alison aceitar a forma de seu corpo, pois ela queria ser bonita e sedutora. No entanto, ela aprendeu a se superar.
Aos 19 anos, viajou sozinha para Londres para uma licenciatura em Belas Artes e depois se tornou uma renomada pintora. Ela começou a pintar com a boca aos três anos de idade. Sua pintura foi reconhecida e recebeu a maior honra da Inglaterra, Membro do Império Britânico (MBE) por serviços prestados a arte britânica. O prêmio foi entregue pela própria rainha.
Ao longo de sua vida, ele teve que suportar a rejeição e a exclusão por ser diferente, mas conseguiu ver o lado positivo e seguiu em frente.
Aos 33 anos Alison ficou grávida, mas assim como fizeram seus pais, também foi abandonada pelo namorado. Entretanto decidiu ir em frente apesar das dúvidas e medos de que o bebê herdasse sua deficiência.
Seu filho Parys, tem agora 14 anos. Ela o incluiu em vários de seus trabalhos fotográficos.
“No começo eu estava preocupada com o que iria acontecer com meu filho e disse que um dia Parys se envergonharia de mim”, mas isso não aconteceu”, afirmou Alison.
O artista britânico Marc Quinn fez uma escultura em sua homenagem, intitulada “Alison Lapper Grávida”. A estátua foi colocada em 2005 na histórica Praça Trafalgar Square. Ela foi feita de mármore branco, mede 3,6 de altura e pesa 11,5 toneladas. Ficou no local até 2007 quando foi substituída por outra.
Em sua infância, Alison foi abandonada por seus pais aos quatro meses de idade. Eles eram trabalhadores de uma fábrica de automóveis, no Condado de Yokshire, e se separaram quando ela nasceu. Ela também tem uma irmã mais velha que mal conhece.
Assim, Alison passou a infância em uma escola cercada por outras crianças deficientes que se assemelhavam a ela fisicamente. “Havia várias crianças sem membros, como resultado da onda da talidomida. Para nós era difícil adquirir o equilíbrio. Não conseguíamos sentar sem cair e não éramos capazes de levantar”, diz Alison sorrindo.
Nick Vujicic: uma grande história de superação de um homem sem braços e pernas
Aimme Mullins: Conheça a história de superação da campeã de atletismo
Desde criança Alison sentia-se desconfortável em usar próteses. Aos três meses tentaram usar esse equipamento em seu corpo. “As pessoas abusam do seu poder sobre as crianças. Na verdade, essas próteses eram para que os adultos se sentissem bem e não eu.”
Quando tinha 12 anos, Alison realmente entendeu que sua infância tinha acabado. “Até então eu estava muito ocupada sendo uma menina. Mas, deixei de ser menina e entrei na puberdade e então percebi a diferença”. Foi difícil para Alison aceitar a forma de seu corpo, pois ela queria ser bonita e sedutora. No entanto, ela aprendeu a se superar.
Aos 19 anos, viajou sozinha para Londres para uma licenciatura em Belas Artes e depois se tornou uma renomada pintora. Ela começou a pintar com a boca aos três anos de idade. Sua pintura foi reconhecida e recebeu a maior honra da Inglaterra, Membro do Império Britânico (MBE) por serviços prestados a arte britânica. O prêmio foi entregue pela própria rainha.
Ao longo de sua vida, ele teve que suportar a rejeição e a exclusão por ser diferente, mas conseguiu ver o lado positivo e seguiu em frente.
Aos 33 anos Alison ficou grávida, mas assim como fizeram seus pais, também foi abandonada pelo namorado. Entretanto decidiu ir em frente apesar das dúvidas e medos de que o bebê herdasse sua deficiência.
Seu filho Parys, tem agora 14 anos. Ela o incluiu em vários de seus trabalhos fotográficos.
“No começo eu estava preocupada com o que iria acontecer com meu filho e disse que um dia Parys se envergonharia de mim”, mas isso não aconteceu”, afirmou Alison.
O artista britânico Marc Quinn fez uma escultura em sua homenagem, intitulada “Alison Lapper Grávida”. A estátua foi colocada em 2005 na histórica Praça Trafalgar Square. Ela foi feita de mármore branco, mede 3,6 de altura e pesa 11,5 toneladas. Ficou no local até 2007 quando foi substituída por outra.
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Homem Vitruviano & Homem Paraplegiano
No período renascentista a figura humana foi concebida pelos artistas, segundo a ótica da proporção, aplicada sob círculo e quadrado, eis que surgiu o homem vitruviano, obra de Leonardo da Vinci, inserida num conceito clássico de beleza e perfeição.
Na contemporaneidade o homem paraplegiano vem se destacando, ocupando espaço, mostrando seu novo estilo de padrão estético e artístico.
HOMEM PARAPLEGIANO - nomenclatura e design idealizados pela estilista Candida Cirino, para representar um marco histórico deste novo nicho que vem gradativamente despontando no mercado e ocupando um espaço que sempre lhes foi de direito.
A fotógrafa e publicitária Kica de Castro, trabalha em parceria com a estilista, modelando esta linha do tempo, com belíssimas imagens produzidas nas passarelas fashion inclusiva.
As profissionais apontadas, não almejam simplesmente a concepção do ideal de proporção humano dentro de quadrados ou círculos assim como fez Leonardo da Vinci. Objetivam principalmente, registrar formas reais dos leso medulares, dentro de vestuários conceituais ou comerciais, seguindo as pegadas das cadeiras de rodas, congelando pequenos e valiosos movimentos sob a luz das imagens.
Arte, fotografia e moda, Know-how encontrados nestas profissionais de talento, capazes de transformar os flashs da moda sobre rodas, num canal de manifestação e expressão criativa.
Estilista: Candida Cirino – candidacirino@gmail.com
Na contemporaneidade o homem paraplegiano vem se destacando, ocupando espaço, mostrando seu novo estilo de padrão estético e artístico.
HOMEM PARAPLEGIANO - nomenclatura e design idealizados pela estilista Candida Cirino, para representar um marco histórico deste novo nicho que vem gradativamente despontando no mercado e ocupando um espaço que sempre lhes foi de direito.
A fotógrafa e publicitária Kica de Castro, trabalha em parceria com a estilista, modelando esta linha do tempo, com belíssimas imagens produzidas nas passarelas fashion inclusiva.
As profissionais apontadas, não almejam simplesmente a concepção do ideal de proporção humano dentro de quadrados ou círculos assim como fez Leonardo da Vinci. Objetivam principalmente, registrar formas reais dos leso medulares, dentro de vestuários conceituais ou comerciais, seguindo as pegadas das cadeiras de rodas, congelando pequenos e valiosos movimentos sob a luz das imagens.
Arte, fotografia e moda, Know-how encontrados nestas profissionais de talento, capazes de transformar os flashs da moda sobre rodas, num canal de manifestação e expressão criativa.
Estilista: Candida Cirino – candidacirino@gmail.com
Petição: TEM - Associação Todos com a Esclerose Múltipla
As associações de Esclerose Múltipla, ANEM, SPEM e a TEM, criaram uma petição em defesa do tratamento adequado de todos os doentes com Esclerose Múltipla em Portugal.
Necessitamos do seu apoio na subscrição desta petição. Para assinar esta petição tem de ir a: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=SPEM. No fim do texto da petição encontra um ícon (rectângulo) onde deve clicar para assinar a petição. Vai aceder a um novo ecrã para o preenchimento dos seus dados. O nome completo, email e o nº do Bilhete de Identidade são de preenchimento obrigatório. No fim da página, encontra outro ícon para assinar.
Logo após ter assinado, vai receber no seu email um pedido de confirmação de aceitação.
O seu apoio é fundamental. Ajude-nos a divulgar esta petição. Envie este email aos seus amigos. Precisamos de mais para mostrar a nossa inequívoca vontade em alterar o estado das coisas.
Enviado por e-mail
Necessitamos do seu apoio na subscrição desta petição. Para assinar esta petição tem de ir a: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=SPEM. No fim do texto da petição encontra um ícon (rectângulo) onde deve clicar para assinar a petição. Vai aceder a um novo ecrã para o preenchimento dos seus dados. O nome completo, email e o nº do Bilhete de Identidade são de preenchimento obrigatório. No fim da página, encontra outro ícon para assinar.
Logo após ter assinado, vai receber no seu email um pedido de confirmação de aceitação.
O seu apoio é fundamental. Ajude-nos a divulgar esta petição. Envie este email aos seus amigos. Precisamos de mais para mostrar a nossa inequívoca vontade em alterar o estado das coisas.
Enviado por e-mail
Vulnerabilidade
Esta minha vulnerabilidade, para com as emoções! Vulnerabilidade essa, que obstrui a verdadeira essência do meu ser, não o deixando viver em harmonia para com todo este abstraccionismo, por mim desconhecido, não havendo nenhum outro culpado, a não ser o meu próprio “Eu”, num mundo de intenso butim.
Autoria: Nuno Vicente
Um Olhar Sobre as Acessibilidades em Faro
Faro é a cidade capital do distrito de Faro e da região Algarvia. Está localizada perto do ponto mais a sul de Portugal Continental. A norte tem a serra de espinhaço de cão e a sul o oceano Atlântico, sendo a sua zona balnear inserida no parque natural da Ria Formosa.
As suas origens remontam ao séc. VIII a.c. desde o período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental, passando pelo domínio Romano e Visigodo. Foi conquistada aos Mouros no ano de 1249, pelas tropas de D. Afonso III, os quais ergueram ali uma fortificação ainda hoje visível.
Existem vários pontos turísticos espalhados pelo concelho, nos quais podemos incluir as ruínas romanas de Milreu, localizadas perto de Estoi, e um antigo palácio que foi devidamente restaurado, e onde opera hoje uma pousada.
Quem quiser fazer uma visita às ruínas deverá ter especial atenção às dificuldades que poderá encontrar, porque apesar de estar dotada de rampas e estacionamento para deficientes, a visita a estas não poderá ser pormenorizada, uma vez que a circulação no interior para cadeira de rodas é muito difícil. No entanto, permite ter uma vista geral sobre o complexo.
Recomendo uma visita ao palácio de Estoi, ou mesmo uma estadia nesta agradável pousada uma vez que esta se encontra acessível com um quarto adaptado para o visitante e casas de banho adaptadas.
No centro da cidade, a mobilidade a pessoas em cadeira de rodas, apesar de não ser ideal é possível. O melhor é fazê-lo acompanhado, pois são poucos os passeios desnivelados e o piso em geral é de calçada portuguesa o que, para nós nem sempre é fácil e em qualquer momento poderá ser necessário uma pequena ajuda.
À semelhança do acesso à maioria dos edifícios em Portugal, Faro não é excepção e a entrada em alguns edifícios pode ser complicada. Na maioria das vezes poder-nos-emos deparar com um degrau de acesso, que será uma pequena barreira a ultrapassar.
A cidade tem ainda o Fórum Algarve onde se pode circular livremente e sem obstáculos dando a todos acesso a vários pontos de comércio.
Se quiser visitar as suas principais igrejas, como a da Sé, considerado imóvel de interesse público e de particular beleza, tem de contar com uma escadaria de acesso sem rampa ou plataforma. Para visitar a igreja do Carmo, pode utilizar uma rampa de acesso mas a visita à capela dos ossos tem algumas barreiras no interior da igreja.
Para conhecer melhor o centro da cidade, poderá optar pelo passeio no comboio turístico. Este, com passagem nos locais mais interessantes para o visitante, encontra-se adaptado com rampa para o seu acesso e condições para poder circular nele. Realiza paragens em alguns locais principais.
Um dos pontos fortes de visita ao concelho de Faro, são as zonas balneares, mais conhecidas pelas “ilhas”, onde se pode aproveitar para tirar proveito da existência de toda a vida da Ria Formosa, seja em desporto náutico ou puro lazer.
Esta visita pode ser feita de carro, se quiser aceder à zona da praia de Faro, ou por barco, para as ilhas Deserta, Farol e Culatra, desfrutando da beleza dos espelhos de água da ria formosa. Aqui pode fazer-se observação de aves, uma vez que aqui habitam e passam inúmeras espécies de aves migratórias.
Para o passeio pela Ria Formosa, existem várias empresas de transporte náutico, barcos de carreira regular ou mar táxi. O acesso ao barco é efectuado num cais amovível, mas será sempre necessário a ajuda dos marinheiros de serviço.
Relativamente à gastronomia pode encontrar em qualquer estabelecimento a doçaria regional, e nos restaurantes o melhor peixe e marisco fresco de Portugal.
As suas origens remontam ao séc. VIII a.c. desde o período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental, passando pelo domínio Romano e Visigodo. Foi conquistada aos Mouros no ano de 1249, pelas tropas de D. Afonso III, os quais ergueram ali uma fortificação ainda hoje visível.
Existem vários pontos turísticos espalhados pelo concelho, nos quais podemos incluir as ruínas romanas de Milreu, localizadas perto de Estoi, e um antigo palácio que foi devidamente restaurado, e onde opera hoje uma pousada.
Quem quiser fazer uma visita às ruínas deverá ter especial atenção às dificuldades que poderá encontrar, porque apesar de estar dotada de rampas e estacionamento para deficientes, a visita a estas não poderá ser pormenorizada, uma vez que a circulação no interior para cadeira de rodas é muito difícil. No entanto, permite ter uma vista geral sobre o complexo.
Recomendo uma visita ao palácio de Estoi, ou mesmo uma estadia nesta agradável pousada uma vez que esta se encontra acessível com um quarto adaptado para o visitante e casas de banho adaptadas.
No centro da cidade, a mobilidade a pessoas em cadeira de rodas, apesar de não ser ideal é possível. O melhor é fazê-lo acompanhado, pois são poucos os passeios desnivelados e o piso em geral é de calçada portuguesa o que, para nós nem sempre é fácil e em qualquer momento poderá ser necessário uma pequena ajuda.
À semelhança do acesso à maioria dos edifícios em Portugal, Faro não é excepção e a entrada em alguns edifícios pode ser complicada. Na maioria das vezes poder-nos-emos deparar com um degrau de acesso, que será uma pequena barreira a ultrapassar.
A cidade tem ainda o Fórum Algarve onde se pode circular livremente e sem obstáculos dando a todos acesso a vários pontos de comércio.
Se quiser visitar as suas principais igrejas, como a da Sé, considerado imóvel de interesse público e de particular beleza, tem de contar com uma escadaria de acesso sem rampa ou plataforma. Para visitar a igreja do Carmo, pode utilizar uma rampa de acesso mas a visita à capela dos ossos tem algumas barreiras no interior da igreja.
Para conhecer melhor o centro da cidade, poderá optar pelo passeio no comboio turístico. Este, com passagem nos locais mais interessantes para o visitante, encontra-se adaptado com rampa para o seu acesso e condições para poder circular nele. Realiza paragens em alguns locais principais.
Um dos pontos fortes de visita ao concelho de Faro, são as zonas balneares, mais conhecidas pelas “ilhas”, onde se pode aproveitar para tirar proveito da existência de toda a vida da Ria Formosa, seja em desporto náutico ou puro lazer.
Esta visita pode ser feita de carro, se quiser aceder à zona da praia de Faro, ou por barco, para as ilhas Deserta, Farol e Culatra, desfrutando da beleza dos espelhos de água da ria formosa. Aqui pode fazer-se observação de aves, uma vez que aqui habitam e passam inúmeras espécies de aves migratórias.
Para o passeio pela Ria Formosa, existem várias empresas de transporte náutico, barcos de carreira regular ou mar táxi. O acesso ao barco é efectuado num cais amovível, mas será sempre necessário a ajuda dos marinheiros de serviço.
Relativamente à gastronomia pode encontrar em qualquer estabelecimento a doçaria regional, e nos restaurantes o melhor peixe e marisco fresco de Portugal.
Mulher permitiu abusos sexuais à filha deficiente a troco de batatas
Mulher suspeita de ceder a filha deficiente mental profunda, de 41 anos, para abuso sexual, praticado por três homens, em Coimbra. As violações, segundo a Polícia Judiciária (PJ), serviam como forma de pagar batatas e outros produtos agrícolas. Os três alegados violadores e a mãe da vítima foram detidos.
As violações terão ocorrido em Coimbra, segundo suspeita a PJ, que procedeu à detenção dos três alegados violadores e da mãe da vítima. Os violadores terão estabelecido um acordo com a mulher, que em troca de batatas e outros produtos agrícolas cedia a sua filha, deficiente mental profunda, para abusos sexuais.
A vítima, de 41 anos, terá sido “abusada pelo menos desde 2010”, explica um comunicado da PJ. As autoridades suspeitam ainda de que as violações tenham ocorrido há mais tempo e tenham sido praticadas por outros homens, além dos três detidos. Um familiar da vítima apanhou um dos homens em flagrante, a consumar a violação.
Esta mulher deficiente vivia sozinha com a mãe e terá sido usada em diversos negócios que a mãe estabeleceu, ao longo de anos, segundo suspeita a PJ. Os vizinhos estranhavam as repetidas visitas dos suspeitos à casa da suspeita e da vítima. Todos os três homens envolvidos nas violações eram, aliás, vizinhos.
Um deles, de 68 anos de idade, é um ex-emigrante em França, que apresenta no cadastro crimes de abusos sexuais de um menor, nesse país. Outro homem tem 70 anos e o terceiro tem 54 anos, adianta a PJ.
Os crimes de abuso sexual à mulher de 41 anos ocorriam diversas vezes por dia, de dia e de noite. As dificuldades económicas da mãe e da filha – “um quadro de total miséria”, segundo as autoridades – levavam a que a mulher com deficiência fosse abusada, “a troco de batatas e bens agrícolas”, bem como “pequenas quantias em dinheiro”.
A mãe da vítima poderá responder pelo crime de lenocínio, caso se confirme a suspeita. Os restantes respondem por abuso sexual de pessoa incapaz. Todos foram ouvidos na tarde de hoje por um juiz, no Tribunal de Coimbra, . A mulher deficiente foi entregue aos cuidados de outros familiares, segundo adianta a Lusa, citando fonte da PJ.
As violações terão ocorrido em Coimbra, segundo suspeita a PJ, que procedeu à detenção dos três alegados violadores e da mãe da vítima. Os violadores terão estabelecido um acordo com a mulher, que em troca de batatas e outros produtos agrícolas cedia a sua filha, deficiente mental profunda, para abusos sexuais.
A vítima, de 41 anos, terá sido “abusada pelo menos desde 2010”, explica um comunicado da PJ. As autoridades suspeitam ainda de que as violações tenham ocorrido há mais tempo e tenham sido praticadas por outros homens, além dos três detidos. Um familiar da vítima apanhou um dos homens em flagrante, a consumar a violação.
Esta mulher deficiente vivia sozinha com a mãe e terá sido usada em diversos negócios que a mãe estabeleceu, ao longo de anos, segundo suspeita a PJ. Os vizinhos estranhavam as repetidas visitas dos suspeitos à casa da suspeita e da vítima. Todos os três homens envolvidos nas violações eram, aliás, vizinhos.
Um deles, de 68 anos de idade, é um ex-emigrante em França, que apresenta no cadastro crimes de abusos sexuais de um menor, nesse país. Outro homem tem 70 anos e o terceiro tem 54 anos, adianta a PJ.
Os crimes de abuso sexual à mulher de 41 anos ocorriam diversas vezes por dia, de dia e de noite. As dificuldades económicas da mãe e da filha – “um quadro de total miséria”, segundo as autoridades – levavam a que a mulher com deficiência fosse abusada, “a troco de batatas e bens agrícolas”, bem como “pequenas quantias em dinheiro”.
A mãe da vítima poderá responder pelo crime de lenocínio, caso se confirme a suspeita. Os restantes respondem por abuso sexual de pessoa incapaz. Todos foram ouvidos na tarde de hoje por um juiz, no Tribunal de Coimbra, . A mulher deficiente foi entregue aos cuidados de outros familiares, segundo adianta a Lusa, citando fonte da PJ.
Fonte: Pt Jornal
quinta-feira, 8 de março de 2012
Tetraplégica dá à luz gémeos
Sandra Burton nunca sentiria que as dores do parto sinalizando que suas meninas gêmeas estavam prontas para vir no mundo. Era um dos muitos riscos de sua gravidez, e o que mai preocupava seus médicos e mantinha seu marido acordado a noite. Burton é tetraplégica. Um acidente há 20 anos a deixou sem o movimento das pernas e com pouca sensibilidade abaixo do peito.
É raro que uma mulher tetraplégica tenha um filho. E é extraordinariamente raro – e potencialmente arriscado para a vida – que uma tetraplégica dê luz a gêmeos. Mas dia 25 de janeiro, em um hospital de Hamilton, na província canadense de Ontário, Burton e sua equipe médica trouxeram ao mundo duas meninas. Fato tão raro que pesquisas mostram que não mais de 4 ou 5 mulheres no Canadá, Estados Unidos e Reino Unidos juntos são tetraplégicas e mães de gêmeos.
Os médicos de Sandra, no McMaster University Medical Centre, dizem que não sabem de um outro caso similar e encontraram pouco na literatura médica para os guiar em seu cuidado. Dizem também que Burton é uma inspiração, alguém cuja a vida prova que os desafios aparentemente intransponíveis podem ser superados. O risco de sua gravidez nunca impediu Sandra, que também não se vê, exatamente, como uma inspiração
A vida de Burton mudou em uma manhã de agosto em 1991.
Sandra e seus amigos estavam em uma festa, e no que seria uma brincadeira, seu namorado a empurrou na parte rasa da piscina, e ao bater a cabeça no fundo de cimento, fraturou as vértebras C4 e C5 e quebrou a sua medula espinhal. Ela tinha 17 anos. Duas décadas mais tarde, Burton não quer falar sobre o acidente ou os 12 meses onde passou no hospital aprendendo a viver com sua lesão. “Eu lembro de cada minuto desse ano” diz, com os olhos cheios de lágrimas. “Foi difícil, emocionalmente, fisicamente.” No início, Burton estava receosa de perder sua independência para sempre. Mas após os primeiros meses, uma determinação feroz para recuperar sua vida superou esse medo. Graduou-se no Ensino Médio, passou cinco anos na universidade de Guelph, morando no alojamento estudantil e estudando Ciências Aplicadas na Criança, e, depois, completou seu mestrado.
Há sete anos, Burton conheceu Frank Whelan. Desde o início achava que era ‘o homem perfeito’ - com quem teria uma família. ‘É um grande homem’, diz ‘tem um grande senso de humor e muito sensível’, que logo também se apaixonou pela mulher com cabelos castanhos e olhos azuis. E se casaram dois anos atrás.
O maior risco para Burton na sua gravidez era uma complicação fisiológica denominada disreflexia autonômica. É uma condição perigosa e relativamente comum em indivíduos com lesões medulares altas, que os impede de sentir dor. Quando o corpo precisa comunicar que alguma situação dolorosa está acontecendo, a disreflexia autonômica vai enviar sinais como aumento da pressão arterial, sudorese, espasmos e ansiedade, mas nenhum dos sintomas do trabalho de parto seria sentido. Sandra não sentiria as contrações, outro grande risco, especialmente por gêmeos normalmente nascerem algumas semanas antes do usual.
Por diversas razões, os médicos tiveram que fazer uma grande incisão vertical na barriga de Burton, perto das costelas.. Geralmente, os cortes cirúrgicos na cesariana são horizontais e perto do osso púbico. O corte vertical causou duas vezes a quantidade normal de sangramento. Mas, depois de algum tempo, as gêmeas nasceram saudáveis, com mais de dois quilos cada uma. À noite, Megan e Emma já estavam em seus berços, ao lado da maca da mãe no hospital.
Patti Taniguchi ficou feliz ao saber do parto bem-sucedido parto de Burton. A mulher americana de 48 anos nunca a conheceu, mas sabe o que é criar filhos gêmeos sendo tetraplégica.
Taniguchi tinha 18 quando se acidentou fazendo skimboarding - um esporte similar ao surfe, e assim que sua cabeça bateu em um banco de areia, sabia que tinha quebrado o pescoço. Como Burton, Taniguchi recuperou muito de sua vida. Foi à escola, teve uma carreira bem sucedida, casou-se e teve filhos. Taniguchi pode mover os braços, mas movimentos bastante limitados nas mãos.
Patti tinha 34 anos quando teve sua primeira filha, Tara. E cinco anos depois, deu à luz aos gêmeos Nicole e Steven. Por ter uma lesão mais baixa e maior sensibilidade, ela pode ter parto normal.
Oito dias após a cesariana, Sandra e seus bebês ainda estão no hospital. Megan e Emma estão bem, mas a mãe se recupera lentamente da cirurgia.
Quando sente bem o bastante, Burton segura uma filha em cada braço, suportada por travesseiros. Também bombeia regularmente o leite materno. O casal não pode esperar para ir pra casa, sabem que há uns desafios adiante, e que poucas tarefas cotidianas serão fáceis. Mas sabem também que terão bastante ajuda – os assistentes pessoais de Burton, os amigos, família e vizinhos.
Burton pensa por um tempo, antes de descrever o que deseja para suas crianças. “Espero que sejam felizes”, começa. “que aprendem com minha experiência e se tornem pessoas mais abertas. Espero que sejam fortes e determinados. Porque nunca se sabe que desafios cruzarão seu caminho.”
É raro que uma mulher tetraplégica tenha um filho. E é extraordinariamente raro – e potencialmente arriscado para a vida – que uma tetraplégica dê luz a gêmeos. Mas dia 25 de janeiro, em um hospital de Hamilton, na província canadense de Ontário, Burton e sua equipe médica trouxeram ao mundo duas meninas. Fato tão raro que pesquisas mostram que não mais de 4 ou 5 mulheres no Canadá, Estados Unidos e Reino Unidos juntos são tetraplégicas e mães de gêmeos.
Os médicos de Sandra, no McMaster University Medical Centre, dizem que não sabem de um outro caso similar e encontraram pouco na literatura médica para os guiar em seu cuidado. Dizem também que Burton é uma inspiração, alguém cuja a vida prova que os desafios aparentemente intransponíveis podem ser superados. O risco de sua gravidez nunca impediu Sandra, que também não se vê, exatamente, como uma inspiração
A vida de Burton mudou em uma manhã de agosto em 1991.
Sandra e seus amigos estavam em uma festa, e no que seria uma brincadeira, seu namorado a empurrou na parte rasa da piscina, e ao bater a cabeça no fundo de cimento, fraturou as vértebras C4 e C5 e quebrou a sua medula espinhal. Ela tinha 17 anos. Duas décadas mais tarde, Burton não quer falar sobre o acidente ou os 12 meses onde passou no hospital aprendendo a viver com sua lesão. “Eu lembro de cada minuto desse ano” diz, com os olhos cheios de lágrimas. “Foi difícil, emocionalmente, fisicamente.” No início, Burton estava receosa de perder sua independência para sempre. Mas após os primeiros meses, uma determinação feroz para recuperar sua vida superou esse medo. Graduou-se no Ensino Médio, passou cinco anos na universidade de Guelph, morando no alojamento estudantil e estudando Ciências Aplicadas na Criança, e, depois, completou seu mestrado.
Há sete anos, Burton conheceu Frank Whelan. Desde o início achava que era ‘o homem perfeito’ - com quem teria uma família. ‘É um grande homem’, diz ‘tem um grande senso de humor e muito sensível’, que logo também se apaixonou pela mulher com cabelos castanhos e olhos azuis. E se casaram dois anos atrás.
O maior risco para Burton na sua gravidez era uma complicação fisiológica denominada disreflexia autonômica. É uma condição perigosa e relativamente comum em indivíduos com lesões medulares altas, que os impede de sentir dor. Quando o corpo precisa comunicar que alguma situação dolorosa está acontecendo, a disreflexia autonômica vai enviar sinais como aumento da pressão arterial, sudorese, espasmos e ansiedade, mas nenhum dos sintomas do trabalho de parto seria sentido. Sandra não sentiria as contrações, outro grande risco, especialmente por gêmeos normalmente nascerem algumas semanas antes do usual.
Por diversas razões, os médicos tiveram que fazer uma grande incisão vertical na barriga de Burton, perto das costelas.. Geralmente, os cortes cirúrgicos na cesariana são horizontais e perto do osso púbico. O corte vertical causou duas vezes a quantidade normal de sangramento. Mas, depois de algum tempo, as gêmeas nasceram saudáveis, com mais de dois quilos cada uma. À noite, Megan e Emma já estavam em seus berços, ao lado da maca da mãe no hospital.
Patti Taniguchi ficou feliz ao saber do parto bem-sucedido parto de Burton. A mulher americana de 48 anos nunca a conheceu, mas sabe o que é criar filhos gêmeos sendo tetraplégica.
Taniguchi tinha 18 quando se acidentou fazendo skimboarding - um esporte similar ao surfe, e assim que sua cabeça bateu em um banco de areia, sabia que tinha quebrado o pescoço. Como Burton, Taniguchi recuperou muito de sua vida. Foi à escola, teve uma carreira bem sucedida, casou-se e teve filhos. Taniguchi pode mover os braços, mas movimentos bastante limitados nas mãos.
Patti tinha 34 anos quando teve sua primeira filha, Tara. E cinco anos depois, deu à luz aos gêmeos Nicole e Steven. Por ter uma lesão mais baixa e maior sensibilidade, ela pode ter parto normal.
Oito dias após a cesariana, Sandra e seus bebês ainda estão no hospital. Megan e Emma estão bem, mas a mãe se recupera lentamente da cirurgia.
Quando sente bem o bastante, Burton segura uma filha em cada braço, suportada por travesseiros. Também bombeia regularmente o leite materno. O casal não pode esperar para ir pra casa, sabem que há uns desafios adiante, e que poucas tarefas cotidianas serão fáceis. Mas sabem também que terão bastante ajuda – os assistentes pessoais de Burton, os amigos, família e vizinhos.
Burton pensa por um tempo, antes de descrever o que deseja para suas crianças. “Espero que sejam felizes”, começa. “que aprendem com minha experiência e se tornem pessoas mais abertas. Espero que sejam fortes e determinados. Porque nunca se sabe que desafios cruzarão seu caminho.”
Fonte: Mara Gabrilli
quarta-feira, 7 de março de 2012
Cidadãos em cadeiras de rodas são içados pelos braços para a fotografia do cartão do cidadão
Está sublinhado em negrito, mais abaixo, a entrevista que dei à jornalista do Mirante. No caso da cadeira de rodas elétrica, refere-se a uma "manual". Não existem cadeiras de rodas elétricas manuais. O que lhe disse e porventura não entendeu, foi que "se me deslocasse numa cadeira de rodas elétrica que tenho e uso no dia-a-dia (maior do que a que levei) não caberia no espaço que nos é destinado".
Quanto á caneta, também referi que temos adaptador ou usamos uma própria.
Antonieta Monteiro, 37 anos, sofre de esclerose múltipla e desloca-se em cadeira de rodas. Recentemente viveu uma situação fora do normal quando foi fazer o cartão do cidadão na Conservatória do Registo Civil de Tomar. Teve que ser elevada da cadeira de rodas, pelos antebraços, para ficar com o rosto à altura da objectiva da máquina. E a operação teve que ser repetida cinco ou seis vezes, até que a fotografia ficasse em condições.O insólito caso aconteceu no dia 9 de Fevereiro. Antonieta Monteiro foi tirar o cartão do Cidadão integrada num grupo de utentes do Lar da Junceira, onde está internada. Viu o procedimento suceder à primeira pessoa do grupo e não quis acreditar que o mesmo lhe fosse acontecer quando chegasse a sua vez. Mas aconteceu. “Foi uma experiência surreal. Não estava à espera de passar por uma situação tão absurda. Quando vou a um local público gosto de conservar o meu amor-próprio”, conta.
O Governo impôs a obrigatoriedade de efectuar o cartão do cidadão, decretada por lei, no sentido de aumentar “de forma significativa a segurança dos documentos pessoais”, regendo-se a sua utilização por parâmetros fixados na União Europeia. Por este motivo, passou-se a fazer a recolha dos dados biométricos, como a imagem facial, dispondo os equipamentos das características necessárias para a respectiva validação. Mas o que parece simples, nem sempre o é, tal como O MIRANTE descobriu pelo testemunho de Antonieta e de outras pessoas portadoras de deficiência física.
“Atendendo às exigências de qualidade das fotografias, este equipamento é particularmente sensível revelando-se, em situações excepcionais, mais morosa a captura da fotografia, nomeadamente no que se refere ao alcance da distância precisa entre o kiosk e o cidadão”, justifica o Ministério da Justiça respondendo a O MIRANTE. Antonieta não aceita. “Senti-me altamente estúpida. O meu problema principal é que a nossa sociedade podia fazer melhor”, atenta estupefacta com a placidez com que os outros aceitam que estas situações aconteçam. Aliás, o procedimento repetiu-se com todas as pessoas do grupo que se deslocavam em cadeira de rodas, e ela foi a única a reclamar.
Na resposta às perguntas colocadas o Ministério da Justiça, esclarece que o Instituto dos Registos e do Notariado dispõe de dois tipos de equipamentos que se adequam aos cidadãos com necessidades especiais. Um quiosque fixo que dispõe de um “elevador” que permite ajustar o equipamento à altura do requerente, viabilizando a captura de fotografias a uma altura aproximada de 1,20 a 1,30 metros, por exemplo, para cidadãos que se deslocam em cadeira de rodas e de baixa estatura e um Kiosk móvel/portátil, para situações de cidadãos acamados em hospitais, instituições de solidariedade.
O MIRANTE visitou as conservatórias de Tomar e Entroncamento e a loja do cidadão de Vila Nova da Barquinha e verificou que os quiosques fixos instalados não dão resposta a casos como o de Antonieta e outras pessoas em cadeira de rodas. As funcionárias, quando confrontadas com a eventualidade de terem que fazer o cartão do cidadão a uma pessoa em cadeiras de rodas responderam que a máquina não está preparada para isso e sugeriram que a pessoa trouxesse uma almofada de casa (para ficar mais alta na cadeira de rodas) , caso contrário a pessoa teria que ser efectivamente elevada à força de braços até ficar à altura necessária.
O Ministério diz que estranha a situação. “Não é prática normal nem necessária para a captura das fotografias, pelo que o IRN irá averiguar se existiu deficiente utilização do equipamento”. Simultaneamente, prometeu reiterar junto de todos os balcões de atendimento as práticas correctas a observar nestas situações. Mas algumas funcionárias contactadas são peremptórias. “A máquina é mesmo assim, não desce mais, pelo que não pudemos fazer nada a não ser tentar ajudar o mais possível”.
“Esqueceram-se de nós mais uma vez”
Não é só a captura da foto que se revela um constrangimento para quem se desloca em cadeira de rodas. Eduardo Jorge, 49 anos, mora na Concavada, Abrantes e ficou tetraplégico há 20 anos, na sequência de um acidente automóvel. Quando foi fazer o cartão do cidadão, na Conservatória de Abrantes, debateu-se com múltiplas dificuldades, uma experiência que conta no facebook em “nós tetraplégicos”.
“O atendimento é simpático mas logo ao entrar o aparelho está a poucos metros de uma parede. Se eu fosse com a minha cadeira de rodas eléctrica manual já não era possível entrar”, começa por relatar. Como é alto não teve tantos problemas com a fotografia mas o pior estava para vir quando lhe foi pedido que colocasse os dois indicadores em simultâneo em pontos afastados para recolha das impressões digitais. “Temos que pedir ajuda porque requer que projectemos o corpo para a frente. Além disso, são máquinas muito sensíveis e acusam qualquer falha. Neste caso, teriam que ter um dispositivo manual para colocarmos os dedos em simultâneo mas, mais uma vez, esqueceram-se de nós”, acusa.
Para além da dificuldade de tudo isto se passar num espaço bastante exíguo, a maioria dos deficientes não consegue fazer a assinatura no papel que lhes é distribuído e que deve ser assinado no interior de espaço definido. “A maioria dos tetraplégicos tem uma caneta própria, de fácil escrita mas tem que ser com aquela que tem uma ligação remota o que leva a dificuldades”, refere o dinamizador do blogue tetraplegicos.blogspot.com. Para Eduardo Jorge, este caso revela inércia pois os direitos dos deficientes deveriam ter sido acautelados. “Temos excelentes leis mas não são cumpridas, não são. Como é que pode acontecer uma situação destas a nível nacional”, interroga.
“Até à presente data, já foram emitidos cerca de 6 milhões e 800 mil de cartões de cidadão”, informa a tutela. O IRN refere que se tem deparado “com várias situações particulares no que respeita às necessidades de cidadãos com mobilidade reduzida” mas não tem notícia de constrangimentos na recepção e tramitação dos processos destes cidadãos, designadamente no que se refere à captura das fotografias”. Os testemunhos de Antonieta Monteiro e Eduardo Jorge levam a crer que os “constrangimentos” existem mas que não ficam registados.
Fonte: O Mirante
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