segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Quem quer ir à neve?

“Quem quer vir à neve? 04 a 08 de ABRIL/2022 


Aproveitem esta viagem, não deixem para depois. Nós vamos levar-vos, cuidar de todos, e vai ser muito bom e divertido

A parte mais incrível desta viagem é que todos vão poder subir às montanhas, estar lá em cima, mesmo sem fazerem esqui.

Todos podem desfrutar daquela inesquecível paisagem, almoçar lá em cima nas montanhas com os colegas e amigos, apalpar a neve, brincar, tirar fotografias e fazer vídeos, é maravilhosa a sensação.

NÃO PERCAM!! “

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

PSD corrige sentido de voto e alteração da reforma de pessoas com deficiência é aprovada

As propostas do Bloco de Esquerda (BE), Partido Comunista Português (PCP), Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) e Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) baixam todas à especialidade.


O PSD corrigiu o sentido de voto sobre quatro projetos de lei relativos à redução da idade de reforma das pessoas com deficiência e das respetivas condições de acesso a esta pensão, levando à sua aprovação. Segundo a deliberação das votações esta sexta-feira realizadas pela Assembleia da República, o PSD alterou o seu sentido de voto de “contra” para “abstenção”, tendo a decisão sido comunicada à mesa, por correio eletrónico.

Assim, as propostas do Bloco de Esquerda (BE), Partido Comunista Português (PCP), Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) baixam todas à especialidade. O projeto do BE foi aprovado, contando apenas com a rejeição do CDS-PP e a abstenção do PS e do PSD.

Por sua vez, o projeto de lei do PCP recebeu luz verde, também com o voto contra do CDS-PP, enquanto PS, PSD e BE abstiveram-se. À semelhança dos outros diplomas, o projeto de lei do PEV foi aprovado, com os votos contra do CDS-PP e abstenção do PS, PSD e BE. O diploma do PAN, por seu turno, foi igualmente aprovado, com abstenção do PS e PSD e rejeição do CDS-PP.

O BE defende a diminuição geral da idade de reforma para os 65 anos, bem como uma discriminação positiva para as pessoas com deficiência, e propôs o direito à reforma para as pessoas que, aos 55 anos tenham atingido “20 anos de registo de remunerações relevantes para o cálculo da sua pensão”, 15 dos quais correspondentes a uma incapacidade igual ou superior a 60%.

Já o PCP sublinha, no seu diploma, que as pessoas com deficiência são os grupos sociais que mais sofrem as “violentas consequências do desemprego e precariedade no trabalho”, estando, consequentemente, entre os mais atingidos pela pobreza e exclusão social.

O Partido Comunista defende a criação de um regime especial de acesso à reforma antecipada para pessoas com deficiência. Este regime deve considerar a carreira contributiva, período de incapacidade, desgaste das funções exercidas e as características da deficiência ou incapacidade.

Já o diploma do PEV estipula a atribuição da reforma, sem penalizações, desde que os trabalhadores tenham, pelo menos, 60 anos e que possuam uma deficiência ou grau de incapacidade igual ou superior a 60%. Para o PEV, a idade de reforma deverá ser reduzida até um máximo de cinco anos, quando o período de tempo entre a declaração de deficiência e a data do pedido de reforma for igual ou superior a 20 anos ou quando tenham sido usados, por igual período de tempo, produtos prescritos por um médico.

Acresce ainda aos requisitos ter uma carreira contributiva efetiva de 15 anos. O PAN estabelece, no seu projeto de lei, o acesso à pensão por reforma antecipada, sem penalização, para pessoas com, pelo menos, 55 anos, com incapacidade igual ou superior a 60% e com um mínimo de 20 anos de carreira contributiva efetiva.

Segundo o diploma do PAN, podem também ter acesso as pessoas com 55 anos e com um grau de incapacidade de 60% ou mais em, pelo menos, 15 anos da sua carreira contributiva.

Fonte: Observador 

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Google procura voluntários que testem aplicação de comunicação para pessoas com deficiência na fala

Project Relate pode ser treinada para o utilizador, reconhecendo o discurso e traduzindo para voz robotizada. Para já, só está disponível em inglês e a tecnológica procura voluntários para aperfeiçoar a versão beta.


Lesões cerebrais, esclerose lateral amiotrófica, Parkinson, AVC, são muitas as patologias que causam déficits na linguagem e dificuldades de comunicação. Um problema que a Google está decidida a combater, eliminando barreiras e servindo de mediador. A mais recente solução nesta área, apresentada esta semana, é o Project Relate – uma ferramenta de comunicação para pessoas com dificuldades ao nível da fala, que resultou de vários anos de trabalho e da recolha de mais um milhão de amostras de som.

A inspiração para este projeto, e o nome para a aplicação, veio da prata da casa, onde trabalha a gestora de marca da Google, Audrie Lie, que sofre de distrofia muscular, doença que lhe afeta severamente a fala. “Estou habituada a ver as caras das pessoas quando não me conseguem entender”, disse a colaboradora durante a apresentação à imprensa que decorreu virtualmente, quarta-feira, 9. “O Project Relate pode fazer a diferença entre um olhar de dúvida e confusão e uma gargalhada de reconhecimento.”

Na aplicação Project Relate estão incluídos três recursos principais: o Listen, que transcreve de voz em tempo real, permitindo que o conteúdo seja enviado como texto, copiado e colado noutras aplicações; o Repeat, que repete o que foi dito, numa voz clara e computadorizada, eliminando eventuais dificuldades de compreensão, e o Assistant, que liga à assistente Google, permitindo executar os comandos habituais.

Longe de estar concluída e para melhorar a sua eficácia, a Google procura voluntários para gravar som nos EUA, Canadá e Austrália. Quem estiver disponível para testar esta versão beta, deverá dedicar um total de 30 a 90 minutos a falar para a aplicação, sendo que o treino exige pelo menos 500 frases até a app estar ajustada ao seu utilizador. Para já, a funcionalidade só está disponível em inglês.

Fonte: Exame Informática

Corrida Liberty pelas Pessoas com Deficiência estreia-se em Portugal

3 de Dezembro é a data escolhida para a primeira edição da Corrida Liberty pelas Pessoas com Deficiência em Portugal. Ao mesmo tempo que se realiza a 14.ª edição na vizinha Espanha, outros três países estreiam-se no evento: Portugal, Irlanda e Irlanda do Norte, mercados onde a seguradora opera no mercado europeu.


A corrida, sob o mote “MovedByValues”, irá decorrer em formato virtual naquele que se assume como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Desta forma, os participantes poderão integrar a iniciativa a partir de qualquer lugar, contribuindo para promover a inclusão e dar visibilidade a temas relacionados com a deficiência.

As inscrições para a corrida já estão abertas, sendo que será possível participar entre os dias 3 e 5 de Dezembro. Basta decarregar a aplicação da prova, treinar e competir – seja um, cinco ou 10 quilómetros. A Liberty compromete-se a doar um euro por cada participante, mas os corredores terão também oportunidade de fazer uma doação. Em Portugal, os fundos angariados serão entregues à Associação Pais em Rede, cuja missão é dar voz a famílias de pessoas com deficiência através de iniciativas inclusivas.

«Esta corrida é um dos marcos mais importantes da solidariedade e do desporto em cada ano. Nesta edição virtual, temos também a oportunidade de ir muito mais longe, conjugando o entusiasmo e o empenho da Liberty em Portugal, Irlanda e Irlanda do Norte para reiterar o nosso apoio à integração de pessoas com deficiência através do desporto», comenta Juan Miguel Estallo, CEO da Liberty no mercado europeu.

Fonte: marketter.pt

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Acessibilidade na cultura: Um palco em construção e um quadro por acabar

Frequentar espaços culturais e assistir a uma mediação, espetáculo ou exposição revela-se uma experiência cada vez mais diversa. Mas continua a haver desigualdades no acesso à Cultura quando se é uma pessoa com mobilidade reduzida, deficiência intelectual ou visual em Portugal.


O átrio do Cinema São Jorge estava em azáfama quando Boris Nepelo deixou claro que a Cultura é algo que nos une. O crítico e programador russo falava no Festival Internacional de Cinema DocLisboa, em Lisboa, e as suas palavras ressoaram o que já se tinha ouvido no MEXE, encontro internacional artístico: o crescimento das desigualdades limita as nossas liberdades de ação. Como pode a Cultura e os espaços em que a mesma reside ultrapassar esta barreira?

Os números que nos acompanharam nos últimos dez anos nunca se revelaram tão importantes. Em Portugal, há mais de 1 milhão e 700 mil pessoas com pelo menos uma incapacidade, de acordo com dados dos censos de 2011. Esta representatividade tende a ser um conceito determinante na sociedade portuguesa, onde os diversos sectores dão sintomas de desigualdade na acessibilidade.

A Cultura vive numa luta constante pelo conceito de liberdade. Hoje, são diversas as vozes do público e trabalhadores da Cultura que se fazem ouvir e que afirmam não existir condições totais de acessibilidade em grande parte dos espaços culturais. Acessibilidade que está, desde 2006, consagrada como direito na Constituição (artigo 163º) como “meio imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma sociedade democrática”.

A palavra acessibilidade já não era desconhecida em documentos universais desde 1948. Garantia-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos (artigo 27.º) que “toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade”. No entanto, foi em 2005 que Tiago Fortuna sofreu a primeira “má experiência”.

“CHEGOU A HORA DE FAZER DE FORMA DIFERENTE”

Na adolescência começou a perceber que havia tratamento diferenciado entre pessoas com e sem deficiência. Foi diagnosticado com osteogénese imperfeita, também conhecida como a doença dos ossos de vidro. Confrontando-se com a atualidade, o aficionado pelas artes performativas e pela música reconhece que em pleno 2021 a lei de acessibilidade continua a não ser cumprida.

“Tinha 14 anos e decorria uma entrega de prémios internacional de música, em Lisboa. Lembro-me que queria muito ir, mas foi dito aos meus pais que não haveria lugares para mobilidade condicionada”, recordou. Foi a primeira vez que Tiago Fortuna se sentiu discriminado. O espaço não o aceitava.

Autor do podcast Nuclear trabalha em áreas de acessibilidade cultural e direitos de pessoas com deficiência. Em 2020, optou por deixar o campo da comunicação estratégica musical e ingressou num projeto de mentory para criar um plano de acessibilidade numa sala de espetáculos que durou o ano inteiro, juntamente com a associação Acesso Cultura.

Em 2021 criou dois projetos de acessibilidade para espaços culturais: um novamente com a Acesso Cultura, no qual aguarda resposta do financiamento europeu, e outro em desenvolvimento com a organização It's About Impact, denominado de Acess Lab.

Continue a ler no "setenta e quatro".

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Cão guia

Infelizmente continua a acontecer com frequência noticias que dão conta de casos de discriminação a pessoas invisuais por parte de plataformas eletrônicas de transporte de passageiros. Segundo a DECO, um desses utentes recorreu às redes sociais para denunciar o problema. Como conta, recentemente, precisou de se deslocar de carro e, por isso, recorreu a uma aplicação de uma destas plataformas. No entanto, o serviço foi-lhe negado por se fazer acompanhar de um cão guia. A situação, segundo diz, é recorrente. Desde 2015 já apresentou várias queixas a estas plataformas.


O transporte de cegos com cães guia não pode ser recusado. O transporte de cães guia de passageiros cegos é obrigatório. A lei estabelece que deve existir igualdade de acesso aos serviços de TVDE. Os utentes não podem, por isso, ser recusados pelos prestadores destes serviços por motivos de discriminação. Caso contrário estes podem ter de pagar uma indemnização, por danos patrimoniais e não patrimoniais, ou sofrer sanções acessórias.

Além disso, os deficientes visuais têm o direito de fazer-se acompanhar dos seus cães guia no acesso a todo o tipo de locais ou serviços, exceto quando o animal apresentar alguma característica ou comportamento que possa provocar receios fundados aos prestadores dos serviços. Estas plataformas têm também o dever de fornecer um serviço que disponibilize veículos de transporte de passageiros com mobilidade reduzida.

Qualquer tipo de discriminação é proibido pela Constituição da República Portuguesa, assim como pela lei que proíbe e pune a discriminação em razão da deficiência e, ainda, pelo próprio regime jurídico da atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica.

Como apresentar queixa? As plataformas eletrónicas de transporte de passageiros devem disponibilizar um botão eletrónico para a apresentação de queixas. Este botão deve estar visível na página online das respetivas plataformas e redirecionar para o livro de reclamações eletrónico. Se for vítima de discriminação por deficiência ou testemunhar uma situação de discriminação, pode também apresentar queixa através de um formulário disponível no portal do Instituto Nacional para a Reabilitação. Ser-lhe-ão pedidos os seus dados, assim como os dados de identificação da pessoa ou entidade que adotaram a prática discriminatória.

Também a Provedoria de Justiça conta com um formulário online para a apresentação de queixas, assim como uma linha telefónica gratuita para cidadãos com deficiência. Disponível todos os dias úteis, entre as 09h30 e as 17h30, esta linha está vocacionada para prestar informações sobre os direitos e apoios que assistem ao cidadão com deficiência, nomeadamente em áreas como a saúde, segurança social, habitação, equipamentos e serviços. Pode, ainda, reclamar através da plataforma Reclamar da DECO. O serviço é gratuito e permite guardar o histórico completo da situação e acompanhar a resolução do caso.

Minha última crónica no jornal Abarca.