domingo, 27 de janeiro de 2013

Deficiência: Vamos Acordar o Gaspar. Manifestação em frente ao Ministério das Finanças

Temos que enfrentar o Gaspar e exigir-lhe respeito e dignidade.
Está a tirar-nos a pouca qualidade de vida que ainda nos resta com esta politica cega de cortar a direito sem olhar a meios. Gaspar, cada caso é um caso e não podemos ser nós a pagar as vossas incompetências. Vais ter que nos ouvir, queiras ou não queiras. 
Pessoal, vamo-nos unir e assim como o fizemos na vigilia da Assembleia da República, mostrar nossa garra, força e resistência. 
Temos que participar. Divulguem pf.


Vamos acordar o Gaspar. Vamos acordá-lo porque já é tempo de o Ministro das Finanças saber as consequências, na vida das pessoas com deficiência e das suas famílias, do orçamento que fez aprovar.

O Sr. Ministro Gaspar tem de acordar e perceber que não é possível sobreviver com pensões de 195 euros. Tem de perceber que o Estado não pode descartar nasfamílias a sua responsabilidade para com cidadãos que, pelo facto de terem uma deficiência, não deixam de ser cidadãos, nem deixam de ter direitos que estão consignados na Constituição da República Portuguesa.

O Sr. Ministro Gaspar tem de perceber que aumentos de IRS que chegam a ultrapassar os 700% a quem tem custos acrescidos por ter uma deficiência, que são da ordem dos 4 a 26 mil euros anuais consoante o grau e tipo de deficiência, é aumentar as dificuldades de quem já tem uma qualidade de vida miserável devido às barreiras físicas, comunicacionais, não esquecendo as resultantes dos preconceitos e estigmas associados à deficiência, que lhes são impostas todos os dias por esta sociedade.

O Sr. Ministro tem de perceber que estamos fartos dos cortes nos transportes para os tratamentos, das ajudas por terceira pessoa pagas a 49 cêntimos à hora, dos cortes no ensino especial que estão a levar muitas crianças a uma institucionalização forçada, que estamos fartos de renovar atestados quando temos deficiências que nos acompanharão para o resto da vida. O Sr. Ministro tem de compreender que estamos fartos de ser tratados como cidadãos de 2ª e dos ataques deste Governo ao Estado Social a mando da Troika.

Por isso vamos acordar o Sr. Ministro Gaspar.

Vamos estar em frente ao Ministério das Finanças a partir das 8:30 do dia 7 de Fevereiro a lembrar que existimos e que temos direito, tal como os nossos familiares, a uma vida digna.

Juntem-se a nós durante o dia ou apareçam na concentração às 16 horas para entregarmos uma mensagem para o Sr. Ministro Gaspar.

Ele precisa de acordar.

A concentração será ruidosa. Tragam o que fizer mais barulho. Buzinas, apitos, bombos, panelas, trompetes ou tubas.

Venham fazer barulho connosco!

Resguardo impermeável para cama

Sabemos o quanto é complicado/dispendioso encontrar um resguardo que nos resolva "aqueles" problemas inoportunos. Existem os descartáveis, mas além de caros, pouco práticos e nada amigos do ambiente, nem sempre cumprem com o desejado.
Encontrei este modelo em pano que protege a parte central da cama, quentinho e lavável. Aprovadissimo!

Alô Belo Horizonte-MG - Brasil

Cláudio Diniz Alves, aluno de Mestrado em Ciência da Informação (UFMG), procura voluntários para participarem de seu projeto de pesquisa. 

Os participantes devem ser tetraplégicos há pelo menos 1 ano, com idade entre 18 e 40 anos, serem usuários da internet e morarem em Belo Horizonte (MG) ou cidades vizinhas. O objetivo da pesquisa é estudar o papel da informação contida na internet na vida e na reabilitação destas pessoas, e é constituída de entrevista e observação de como se usa o computador na busca e troca de informações. 

Um dos objetivos deste trabalho é dar voz a estes cidadãos, expor seus pontos de vistas e realidades e contribuir para a elaboração de serviços e produtos de informação mais eficientes em meios digitais. A identidade dos participantes será mantida confidencial e a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFMG (Coep). 

Caso tenham interesse em participar ou tenham alguma dúvida, por favor, entrem em contato.
E-mail: cdinizalves@eci.ufmg.br ou cdinizalves@gmail.com

Enviado por msg

Ação Qualidade de Vida 2013 - Inscrições Abertas

Vimos por este meio informar que as candidaturas à Ação Qualidade de Vida 2013 se encontram abertas entre o dia 23 de janeiro e o dia 8 de março de 2013 !

A Ação Qualidade de Vida é um processo de candidatura anual, criado pela Associação Salvador, para atribuir apoios diretos e pontuais a pessoas com deficiência motora cuja integração social possa estar limitada pela falta de recursos financeiros, sendo que este ano o júri dará prioridade a candidatos com limitações motoras sem comprometimento cognitivo.

Não são permitidas reinscrições a quem já beneficiou de algum apoio da Associação Salvador, no espaço de 5 anos após primeira inscrição

Para ser possível dar uma resposta mais justa à variedade de pedidos recebidos, existem duas categorias:
- “ Vida com Dignidade” - os apoios visam uma melhoria da sua condição de vida.
- “ Mudança de Vida” - os apoios visam a sua melhor integração na sociedade.

Destacamos o facto desta iniciativa se destinar a apoiar casos que não encontraram resposta dentro dos programas de apoio promovidos pela Segurança Social, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Ministério da Saúde ou outros, pelo que este ano é obrigatório, para pedidos de Produtos de Apoio (Ajudas Técnicas) o envio de:

Comprovativo de não obtenção do Produto de Apoio pelas entidades acima referidas em 2012; e/ou
Comprovativo de entrada de pedido de Produto de Apoio no ano 2013 junto das entidades acima mencionadas (Este documento pode ser enviado até dia 1 de Abril 2013); e/ou
Declaração do candidato a justificar a razão pela qual o seu pedido não se pode enquadrar no sistema de atribuição de Produto de Apoio das entidades acima referidas.

- Folheto informativo (clique aqui)

- Regulamento Ação Qualidade de Vida 2013 (clique aqui)

- Mais informações e formulários de inscrições (clique aqui).

A "Ação Qualidade de Vida 2013 " conta com o apoio Banco Espírito Santo, da Semapa, e da Fundação Calouste Gulbenkian .

Enviado por email.

Posições sexuais para lesados medulares

Posições sexuais para mulheres com paraplegia


Posições sexuais para tetraplégicos:



Fonte: Sexualidade Especial

APD promove corrida

Exmos Srs:

Sob a designação UVA - Unir, Vencer, Ajudar, a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) está a promover, a partir de hoje, uma campanha de angariação de fundos, que culmina no dia 17 de Fevereiro com uma Corrida/Caminhada de São Valentim (na zona de Belém) e um grandioso espetáculo junto à Torre de Belém com Sétima Legião, Mário Laginha, Samorah, Valete e José Fanha, entre outros convidados.

Junto enviamos toda a informação necessária para a qual pedimos a vossa melhor atenção e toda a divulgação que possam dar a esta causa. Algum dado mais de que necessitem, por favor, não hesitem em contactar

Com os melhores cumprimentos

João Morales
UVA - Unir, Vencer, Ajudar

Enviado por email.

Acessibilidades em Angra do Heroísmo

Começo por registar com agrado que a cidade onde habito, Angra do Heroísmo está classificada como Património Cultural da Humanidade, atribuído pela Unesco. Os motivos desta classificação estão espelhados no site da Câmara Municipal desta localidade (http://www.cm-ah.pt/showPG.php?Id=454):

“As razões da inclusão da zona central de Angra do Heroísmo na lista do Património Mundial são, essencialmente, duas: o traçado e a organização urbanística do conjunto; e o seu testemunho físico, ainda hoje palpável, da história da navegação à vela no Atlântico e da vida dos primeiros impérios coloniais e comerciais à escala do Planeta.

Conhecer ou visitar Angra é ver o esforço, coroado de êxito, de um povo europeu como é o português, de profundas raízes continentais, embora habituado ao convívio com o mar, entregue à tarefa da construção de novos modelos de ver, conceber e viver em cidade, em ilhas e fora da terra-mãe.

Ao deambular por Angra encontra-se, a cada passo, testemunhos de um antes e de um depois, como se, perante os novos desafios e conhecendo novas soluções, os povos aqui chegados tivessem decidido que era tempo de mudar”.
Lamentavelmente, verifico com tristeza que a autarquia se esqueceu de incluir nessa sua classificação a mais valia de ser, também, uma cidade igualmente acessível para todos, assim sendo as pessoas de mobilidade reduzida ou limitada estão desde logo condicionadas a poder usufruir da sua beleza e da sua riqueza histórica e cultural...

São problemas quase invisíveis na perspectiva global do quotidiano citadino, no entanto para nós, pessoas de mobilidade reduzida, são grandes os obstáculos que nos limitam, privando-nos do direito à cidadania. Precisamente por essas questões de mobilidade e acessos condicionados que vão desde as passagens para peões desniveladas, a inexistência de rampas de acesso aos edifícios e estabelecimentos, constato que, a maior percentagem dos edifícios não tem as condições previstas na Lei, segundo o Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de agosto, e nos casos em que existe uma rampa de acesso esta é, na maioria das vezes, demasiado inclinada ou não possui condições de segurança suficientes.

Infelizmente, são muito poucos os aspetos positivos que há para referenciar que estejam relacionados com a nossa livre, e autónoma circulação nesta cidade. Uma das principais ruas, a Rua da Sé, tem as passadeiras para peões alteadas permitindo a sua passagem com alguma facilidade, mas continuam a ser um perigo por serem feitas de calçada irregular. A marina localizada na Baía de Angra possui boas condições de circulação apesar de não dispor de estacionamentos adequados. Contigua a esta zona, localiza-se uma pequena praia (Prainha), é a única de areia existente na cidade, que prima por ser praia acessível. Dentro da cidade temos o Museu de Angra do Heroísmo que embora tenha ficado bastante danificado aquando do sismo de 1 de janeiro de 1980, subsiste, e após terem sido efetuadas obras de consolidação, restauro e adaptação, tiveram em linha de conta as acessibilidades. A dificuldade persiste na forma como se chega aos ditos acessos, o mesmo acontece com a ínfima parte dos edifícios adaptados, quer os públicos e particulares, bem como os espaços de lazer, jardins, miradouros, o comércio, restauração, hotelaria, etc.

Não pretendo ser demasiado pessimista, mas de facto é uma cidade adversa às nossas necessidades mais básicas. Quero, no entanto acreditar, porque é nesta cidade que habito e, embora me pesem as dificuldades, que não deixa de ser uma cidade de gente bonita, alegre e hospitaleira, com potencial para a mudança. Espero num futuro próximo ter a mesma oportunidade de registar o meu testemunho no sentido contrário. Até lá o meu conselho é: se alguém com mobilidade reduzida quiser visitar Angra, traga um amigo, para ajudar, claro!

Portugal Acessível com novo site

O guia www.portugalacessivel.com foi renovado e está agora disponível com novas funcionalidades, indo ao encontro das sugestões que nos têm sido transmitidas pelos seus utilizadores.

Destacamos as seguintes novidades: propostas de itinerários/ percursos acessíveis em diferentes zonas do país; possibilidade de avaliar e comentar espaços e itinerários sem necessidade de registo; mais informação útil sobre acessibilidades.

Para conseguirmos manter o site atualizado e evoluirmos na disponibilização de informação, é muito importante a contribuição da comunidade de pessoas com mobilidade reduzida. Pedimos que avaliem e comentem as acessibilidades dos espaços e que sugiram espaços que considerem acessíveis. Desta forma, conseguiremos mais mobilidade para todos!

Caso tenha alguma sugestão de melhoria para o site, envie por favor um email parainfo@portugalacessivel.com

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Gulliver sobre a sexualidade

Meus Amigos e Amigas, esta é mais uma Actividade da Gulliver IMPERDIVEL!

Vai ser uma EXCELENTE forma de iniciar o Ano de 2013, COM AMOR…E SEM PRECONCEITOS

Com proximidade, crescimento enquanto pessoas completas e sempre, focando nas coisas boas!

Para vos inspirar aceitem o “convite” para a nova atividade:

GULLIVER_-_Sexualidade_(26.01.13)

Quanto: Sábado 26 Janeiro (9h30 – 18h)

Temática: Workshop: “As facetas da afetividade e sexualidade”

Onde: Ginásio Clube Português (Praça das Amoreiras, nª1, 1250-111 Lisboa)

Preço (workshop + almoço):

Sócios (quotas em dia) = 10 euros;

Não sócios = 12 euros

Como me posso inscrever?

1. Confirmar disponibilidade (gulliver@gulliver.pt ou 962227998);
2. Efetuar transferência bancária (NIB Caixa Geral Depósitos: 0035 0545 00060743930 75);
3. Enviar comprovativo de pagamento por email;
4. Aparecer no dia!
Contamos consigo!

GULLIVER

Associação Recreativa, Cultural e Social

Organizado por: Ana Paiva, Isabel Barata e Sofia Duarte

gulliver@gulliver.pt ou 962227998

Depois e para complementar esta Actividade não perca o filme acabado de estrear “As Sessões”

http://www.youtube.com/watch?v=6N7TNfgRRX4&NR=1

Num cinema perto de si.

domingo, 20 de janeiro de 2013

A deficiência..."Minha primeira crónica no Jornal Abarca"

É com muito prazer que vos dou a conhecer a minha primeira crónica publicada no Jornal Abarca. Será um espaço onde tentarei escrever, mas principalmente "informar" sobre o tema deficiência. Tentarei informar desde os procedimentos a ter para se adquirir uma cadeira de rodas, até obter uma consulta na especialidade.
Ao Portal Vida Mais Livre, junto agora a minha participação no Jornal Abarca. Espero que consiga corresponder.

A Deficiência...

A definição de deficiência e incapacidade tem sido um tema de crescente interesse e debate. Como se referir a uma pessoa com deficiência? Para o Instituto Nacional para a Reabilitação: “Pessoa com deficiência é aquela que, por motivos de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas suscetíveis de, em conjugação com os fatores do meio, lhe limitar ou dificultar a atividade e participação em condições de igualdade com as demais pessoas”. Até eu muitas vezes me sinto pressionado e indeciso. Sinceramente não consigo entender o porquê de tanta relevância dada a este tema. Preocupa-me é o abandono e exclusão a que estamos sujeitos e não a maneira como se dirigem a mim. Mas parece que as mentes iluminadas, mais uma vez decidiram por nós, e chegaram a um consenso. Todos vocês são obrigados a partir de agora a se referirem a nós como “pessoas com deficiência”.

Quanto a mim, não desejo camuflar ou esconder a minha deficiência, chamem-me deficiente, diferente, com mobilidade reduzida, dependente, com necessidades especiais e de acordo com os critérios da ASIA (American Spinal Injury Association) utilizados de forma generalizada em todo o mundo, tenho uma lesão medular traumática completa ao nível do pescoço/cervical C5, C6 e C7 que resultou numa tetraplegia. Tetraplégico é a referência mais utilizada. Admito que dependendo do contexto em que forem utilizadas estas palavras, gosto mais de umas que de outras, mas convivo bem com todos elas e por favor, não compliquem mais, pois da vez de facilitarem a nossa integração estão a complicar ainda mais, mas para quem continue com as suas dúvidas e tiver que abordar alguém com deficiência, nada como perguntar como deseja ser tratado. Assim não corre o risco de ofender ninguém.

A mim chamem-me pelo nome, é mais fácil. Sou Eduardo Jorge, e convido-o a visitar-me mais vezes neste mesmo lugar, para juntos continuarmos a debater a “deficiência”.

Eduardo Jorge

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Movimento (d)Eficientes Indignados revoltado com aumento impostos e falta de coerência do Governo

Segundo as novas tabelas de IRS, há um aumento de impostos e em alguns casos, a retenção para os portugueses com deficiências quase duplica. Veja a reportagem em video.

VEJA A INCOERÊNCIA DESTES SENHORES... E DOS SEUS PARTIDOS.
EM 2006 PEDRO MOTA SOARES DEFENDIA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. AGORA QUE É MINISTRO DEVE TER-SE ESQUECIDO DO QUE DISSE.


Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006 I Série - Número 23
X LEGISLATURA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2006-2007)
REUNIÃO PLENÁRIA DE 29 DE NOVEMBRO DE 2006

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Se há matéria onde, de facto, se vê que o Governo perdeu a sensibilidade social é neste Orçamento…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - … e precisamente nesta matéria dos deficientes.
Não vamos falar de impostos, vamos falar de pessoas e de princípios, como alguém, há pouco, aqui dizia.
Hoje onde um cidadão deficiente encontra mais dificuldades, onde ele é mais descriminado, é exactamente no acesso e na permanência no mercado de trabalho.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Muito bem! Os que ficam de fora não têm benefício algum!

O Orador: - Por isso mesmo, é justo que o Estado reconheça as suas dificuldades e lhe dê um benefício em matéria do seu rendimento de trabalho. Ora, quando o Governo ataca os cidadãos portadores de deficiência, não lhe reconhecendo algo que é essencial, que é um benefício nos seus rendimentos de trabalho, quando vem dizer que eles são cidadãos que têm um conjunto de privilégios, que podem ter muitos rendimentos, quiçá de rendas, de acções ou de qualquer outra coisa, não está a reconhecer aquele que, de facto, deve ser o primeiro apoio do Estado a estas pessoas, que é bonificá-los, que é ajudá-los, que é dar-lhes uma compensação, que é dar-lhes algo no seu rendimento de trabalho.
Ora, o que o PS e o Governo vêm fazer neste Orçamento do Estado é destruir este princípio, é acabar com esta ligação, que é tão importante, não reconhecendo até que há graus diferentes de deficiência e que esses graus diferentes de deficiência devem ser apoiados também de forma diferente.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Está lá.

O Orador: - E quem são hoje os grandes prejudicados? Não são, como alguém, há pouco, dizia, as pessoas que têm rendimentos de trabalho e que pagam 42% de impostos. Não são estes! Pelo contrario, hoje os mais prejudicados com esta proposta de lei são os cidadãos portadores de deficiência com rendimentos de 900 ou de 1000 euros líquidos e que, se calhar, no final do mês, levam para sua casa 100 contos ou pouco mais. São estes os que hoje são mais prejudicados.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Não é verdade! Esses não pagam!

O Orador: - E se o Governo e o PS hoje dizem que isto não é verdade,…

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: - Não é verdade!

O Orador: - … têm agora a possibilidade de o provar.
O CDS avançou com uma proposta, que cria um regime transitório, pelo qual cabe aos serviços de finanças fazer o cálculo pela forma antiga e pela nova forma, permitindo ao cidadão portador de deficiência a escolha do regime mais favorável. Se, de facto, eles não são os mais prejudicados, aprovem a proposta do CDS que institui este regime transitório, uma cláusula de salvaguarda, que permite que, ao longo do próximo ano, o cidadão portador de deficiência possa fazer a sua escolha. Isto é que me parece absolutamente essencial.

Protestos do Deputado do PS Afonso Candal.

E, já agora, se dizem que isto não é verdade, para que não fiquemos a achar que se trata apenas de um problema de receita, pergunto: onde estão os apoios que o Estado deve dar a estas pessoas, para, por exemplo, a adaptação das suas casas, dos seus carros e dos seus postos de trabalho? Onde estão os apoios positivos, os subsídios e apoios financeiros, para que um português com uma deficiência possa continuar a ter os meios para estar no mercado de trabalho? Onde estão esses subsídios? Onde estão esses apoios? Pergunto porque leio o Orçamento do Estado de uma ponta à outra e não os vejo lá.

Portanto, este não é um problema de apoios, não é um problema de princípios, é, única e exclusivamente, para o Governo, um problema de receita. É isto que nos choca tanto, porque estes cortes são cegos e injustos, tratam de forma cega, injusta e arbitrária cidadãos com muitas dificuldades.

PODE LER O RESTO DA SESSÃO AQUI

EM 2006 ANTÓNIO ALMEIDA HENRIQUES ERA DEPUTADO DO PSD E DEFENDIA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

AGORA QUE É SECRETÁRIO DE ESTADO, ANDARÁ ESQUECIDO DO QUE DISSE?

É de realçar o apoio de Luís Marques Guedes, agora Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Também andará esquecido daquilo que apoiava?

Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006 I Série - Número 23
X LEGISLATURA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2006-2007)
REUNIÃO PLENÁRIA DE 29 DE NOVEMBRO DE 2006

O Sr. Presidente: - Não há pedidos de palavra para intervir sobre os artigos 40.º a 43.º, pelo que passamos ao artigo 44.º da proposta de lei.
Para intervir sobre ele, tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Henriques.

O Sr. Almeida Henriques (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, em matéria de impostos já ficou bem patente para todos os portugueses qual é a intenção do Governo. E essa intenção chama-se voracidade fiscal, chama-se cobrar mais para gastar mais! É claro e notório neste Orçamento que o Governo penaliza, mais uma vez, as famílias, as empresas e, mais grave ainda, penaliza a competitividade da economia portuguesa. Aliás, é o próprio Relatório de Outono do Banco de Portugal que vem reconhecer que este agravamento é insuportável para as famílias e para as empresas.
Nesta voracidade fiscal, a que chamaria até «gula» fiscal - e a gula é uma coisa feia -, não escapa ninguém! Designadamente: não escapam os combustíveis, há um agravamento do regime simplificado e, como o Sr. Ministro bem sabe, são os pensionistas que vão pagar mais IRS,…

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças (Teixeira dos Santos): - É falso!

O Orador: -…são os funcionários públicos e os reformados da função pública que vão descontar mais para a ADSE. Só que, nesta «gula» fiscal, há cidadãos que deviam ser poupados e não o são, Sr. Ministro.
Estes cidadãos de que estou a falar chamam-se cidadãos com deficiência,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - … cidadãos que deveriam ter a solidariedade do Governo e uma palavra de manutenção dos benefícios que actualmente têm na lei. Um Governo socialista deveria manifestar aqui maiores preocupações sociais e maior manutenção deste regime fiscal.

Relembro, aliás, que, quando foi travado o debate, na generalidade, do Orçamento do Estado, o Sr. Primeiro-Ministro, numa primeira abordagem, disse que ninguém seria prejudicado; mais tarde, veio dizer que os que eram prejudicados numa primeira fase seriam beneficiados numa segunda fase. A verdade é que aparece no debate uma proposta de alteração do PS a tentar corrigir ou a tentar, numa operação de cosmética, ganhar algum espaço, mas quer a proposta do PS quer a que o Governo apresentou inicialmente penalizam fortemente os cidadãos com deficiências.

São entidades isentas que vêm afirmar que, por exemplo, um cidadão com deficiência que aufira um rendimento de 2000 €/mês paga 1000 € de IRS na actual situação, em 2006, e pagará 2053 € em 2007 e 3754 € em 2009. Há ou não aqui um claro agravamento fiscal para os cidadãos com deficiência?

PODE LER O RESTO DA SESSÃO AQUI

domingo, 6 de janeiro de 2013

Quantos somos segundo os Censos de 2011? Não sei.

EU: Sairam os resultados finais dos censos realizados em 2011. Como já se previa quanto aos dados relativos a pessoas com deficiência fica-se sem saber o que nos interessa. A maneira como fizeram as perguntas no inquérito só poderia levar a esta confusão. Para o INR somos 18% da população. Veja abaixo:

Eduardo Jorge

Segundo o INR: Da leitura do Censos 2011 saliente-se os resultados relativos à População com dificuldades na realização de algumas atividades do dia a dia por motivos de saúde ou idade:

• Cerca de 82% da população com 5 ou mais anos consideraram não ter dificuldade em realizar atividades diárias relacionadas com a visão, audição, locomoção, memória/concentração, com a higiene e arranjo pessoal e, ainda, em compreender os outros ou fazer-se entender.

• Cerca de 18% da população com 5 ou mais anos de idade declarou ter muita dificuldade, ou não conseguir realizar pelo menos uma das seis atividades diárias (referenciadas no ponto anterior). Na população com 65 ou mais anos, este indicador ultrapassava 50%.

Resumo do INE:  Aproximadamente 40,5% das pessoas entre os 15 e os 64 anos tinham pelo menos um problema de saúde ou doença prolongados e 17,4% tinham pelo menos uma dificuldade na realização de atividades básicas, em 2011. 

A coexistência de problemas de saúde prolongados e de dificuldades na realização de atividades básicas afeta cerca de 16% das pessoas da mesma faixa etária.
Os problemas músculo-esqueléticos e as dificuldades na mobilidade, especialmente andar e subir degraus, constituíam respetivamente o principal problema de saúde e a principal dificuldade para a população inquirida.

De acordo com os resultados dos Censos 2011, cerca de 50% da população idosa tem muita dificuldade ou não consegue realizar pelo menos uma das 6 atividades do dia-a-dia. Estas dificuldades afetam 995 213 pessoas idosas em Portugal, mais de metade das quais (565 615) vivem sozinhas ou acompanhadas exclusivamente por outros idosos.

Chucha hi-tech ajuda tetraplégico a navegar na Internet

«Quando fiquei paralisado pensei que a minha vida havia perdido todo o sentido, mas agora estou contente por ser uma cobaia desta nova invenção, que permite-me fazer coisas, sentir-me útil», afirmou Yen.
Yen demorou cerca de dois meses a habituar-se ao dispositivo. Para o accionar, tem de pressionar a chucha durante longos e curtos intervalos. Depois entra em acção um sistema de código morse que traduz os seus comandos.

Em resultado disso, Yen é capaz de controlar na totalidade todas as funções de um teclado e até do rato. Pode navegar na Internet e actualizar o seu perfil nas redes sociais – à velocidade de 50 palavras por minuto.

A primeira geração deste dispositivo foi inventada há 10 anos para Yen, pelo professor Lou Ching-hsing, do National Cheng Kung University. Desde então, o equipamento tem vindo a sofrer melhorias.

Em Outubro, Lou aprimorou ainda mais a capacidade da chucha hi-teck e com isso conseguiu fazer com que Yen entrasse numa competição de um videojogo com 60 pacientes.

Segundo o inventor do dispositivo, «através de videojogos os deficientes conseguem aprender mais depressa a lidar com o equipamento, porque anseiam evoluir nas etapas».

A mãe de Yen afirmou que o seu filho sofria de graves depressões, mas que agora com este novo equipamento registou melhorias notáveis.
Lou diz que a sua intenção é alargar a utilização da sua invenção a mais pacientes nas condições de Yen.

Parque agricola em Lisboa só para pessoas com deficiência

Dinis Almeida, de 52 anos, sempre gostou de cultivar produtos hortícolas. Os pais estão ligados à agricultura e Dinis tem mesmo “uma horta na varanda”, “só que é pouco e mais à base de ervas aromáticas”.

Agora planta alfaces, couves, tomates e outros produtos na primeira horta adaptada a pessoas portadoras de deficiência da Alta de Lisboa. “Na minha zona não há nada que seja acessível, esta é a primeira que eu conheço”.

Inaugurada em Maio pela Associação para a Valorização Ambiental da Alta de Lisboa (AVAAL), a horta tem como objectivo “garantir que cidadãos com menor mobilidade possam ter acesso às mesmas actividades que os [cidadãos] com mobilidade normal”. “Quer seja para os cidadãos sem dificuldades de mobilidade, quer seja para os cidadãos com mais dificuldade de mobilidade ou outras limitações, o gosto pela produção dos seus próprios alimentos, o gosto do contacto com as plantas e a terra, o gosto de sentir ligado ao ciclo da natureza são fundamentais”, defende Jorge Cancela, presidente da associação promotora do futuro Parque Agrícola da Alta de Lisboa, onde já se integra a horta acessível e que deverá estar terminado “em meados de 2013”. “Sempre quisemos que [o parque agrícola] fosse para todos”.

O terreno do parque agrícola, com cerca de 17 mil metros quadrados, situado na Quinta dos Cântaros, foi cedido pelo município à associação através de um protocolo assinado em Dezembro de 2011, por uma quantia simbólica anual de 427 euros. Por um período de seis anos, renovável, a AVAAL compromete-se a utilizá-lo para promover a sensibilização e educação ambiental, a dinamização social daquela comunidade e a produção alimentar.

Concebida para cidadãos portadores de deficiência física ou mental, a horta tem talhões elevados ao nível da cintura, de modo a puder ser trabalhada tanto em pé como por pessoas em cadeiras de rodas. Além disso, os canteiros têm uma largura estreita, que não ultrapassa “o tamanho dos braços” e permite “trabalhar lateralmente” a terra, explica Jorge Cancela. Já os corredores são largos, onde cabem duas cadeiras de rodas lado a lado, e há guias no chão para auxiliar os invisuais. Numa ponta existem ainda canteiros mais baixos, para as crianças.

Actualmente a horta tem quatro utilizadores, três adultos e uma criança. Mas “outros quatro estão a chegar”, avança o responsável, referindo que o limite será “entre oito a 12 pessoas” e “eventualmente quatro crianças”. Dinis Almeida confessa que “é um bocado raro” encontrar as outras duas horticultoras inscritas e “gostava que houvesse mais pessoas”. “Quanto mais pessoas houver melhor, até mais para o convívio [e] porque depois podemos trocar os produtos”.

Mesmo que muitas vezes não tenha a companhia de outros horticultores, Dinis Almeida “gosta de estar” na horta, “ver as plantas” e o ciclo de crescimento e amadurecimento dos frutos, “mexer na terra e depois comer as coisas” que cultiva. “Até ofereço às outras pessoas e digo ‘isto fui eu que plantei’”. Também Célia Gaspar, com paralisia cerebral, “adora isto”, conta Cristina Morais, coordenadora dos projectos da AVAAL. “Às vezes já não tem nada para plantar nem para regar e está só aqui picando a terra”.

Projecto está a ser bem acolhido pela comunidade

Dinis Almeida costuma ir acompanhado da mulher ou de um dos irmãos, que o ajudam nas várias tarefas agrícolas, e até já levou primos e sobrinhos. “Um dia juntámos aqui oito pessoas”. Quando não podem ir acompanhados de familiares ou de amigos, Cristina Morais vai dar uma ajuda. “Trago as plantas, ajudo-os a remexer a terra, que por vezes não têm força suficiente, ajudo a regar, a carregar a água”.

O espaço está equipado com dois armazenadores de água, um contentor para a compostagem e um abrigo em madeira onde são guardadas as ferramentas e os materiais. No início houve uma casa de banho para deficientes, mas como “não era usada” e “custava algum dinheiro” foi retirada. Só quando o parque agrícola estiver concluído é que “haverá todo esse tipo de apoio em situação permanente”, adiantou o presidente da AVAAL.

A utilização da horta tem um custo de cinco euros por mês por cada dois metros de talhão e os utilizadores têm de se fazer sócios da AVAAL (não tem um valor de quota fixo). A água e a maioria das plantas são fornecidas pela associação, mas o transporte é neste momento assegurado pelos utentes. “Os transportes públicos aqui não são fáceis e portanto [os atuais utilizadores] são pessoas que têm já os seus meios de locomoção própria”, afirma Jorge Cancela.

“Nós sentimos que algumas pessoas que gostavam se calhar de utilizar este espaço não têm forma autónoma de cá chegar”, admite. Mas mesmo entre os atuais utilizadores, há também quem vá menos à horta por indisponibilidade da família. “A Madalena Brandão está em cadeiras de rodas e é a que vem menos vezes porque precisa de acompanhamento para sair do carro”, conta Cristina Morais. Contudo, a AVAAL já fez “uma candidatura para, com outras associações, pudermos ter um veículo adaptado para pudermos ter um meio de irmos buscar essas pessoas”, avançou o responsável da associação, adiantando que o resultado da candidatura deverá ser conhecido dentro de um mês.

Sendo um colectivo de cidadãos e sem fontes de rendimento, a AVAAL vive de apoios, donativos e de candidaturas a programas de financiamento. Grande parte da verba para a construção da horta acessível veio do Programa EDP Solidária 2011 e do projecto Entre Gerações da Fundação Calouste Gulbenkian. “O resto tem vindo de apoio de empresas, de um grande envolvimento de cidadãos e de voluntários”.

O projecto, dizem os elementos da associação, está a ser bem acolhido pela comunidade envolvente. “Nós tínhamos um certo receio de que, estando este espaço sempre aberto, que pudesse haver algum vandalismo”, confessa Jorge Cancela. Mas as pessoas “adoptaram muito bem a horta acessível, então sabemos de muitos casos em que as pessoas vêm aqui sem lhes pedirem nada, vêm regar, no outro dia vieram aqui arrancar as folhas secas”, conta Cristina Morais. “É muito curioso esta dimensão num bairro que se diz que é complicado, onde este espaço está completamente disponível, qualquer pessoa pode cá entrar, e ninguém mexe. Julgo que é um bom indicador de aceitação que a comunidade acaba por dar a este espaço”, conclui Jorge Cancela.

Fonte e video: Público

Jogo & Aprendizagem

Bem-vindos!

Este espaço sobre o Jogo e a relevância do mesmo na Aprendizagem pretende ser uma forma de podermos partilhar informação em torno desta temática; a ideia foi lançada pela Prof.ª Isolina Oliveira, docente da UC Jogo e Aprendizagemda Licenciatura em Educação da Universidade Aberta.

Um blog partilhado fica muito mais rico no seu conteúdo! - O convite de participação foi lançado aos colegas da licenciatura, que serão coautores deste espaço, podendo publicar os seus textos, notícias, sugestões de jogos, sites… sobre Jogo e Aprendizagem (pelos quais serão, obviamente, responsáveis).
Para além dos estudantes da Licenciatura em Educação, teremos todo o gosto em ver aqui a palavra dos nossos docentes ou de estudantes dos outros ciclos da UAb que possam contribuir dentro da temática.

Fonte e mais informação: Jogo & Aprendizagem