domingo, 26 de março de 2017

Manga para saco coletor de urina de perna

-Fabricada em 76 % poliéster e 24% elastano, extremamente leve e flexível.
-Com reforço nas extremidades e costuras externas para maior ajuste, sem marcar a pele.
-Possui orifício reforçado para o tubo do saco de urina, permitindo que seja esvaziado sem ser retirado da manga.
-De cor branca, com remate colorido na parte superior para mais fácil identificação do tamanho e posição correcta de utilização.
-Pode ser utilizada em conjunto com a faixa de retenção de cateter, n/cód. 129-031...035.
-Apresentadas aos conjuntos de 4 unidades para ajudar com o ciclo de desgaste e lavagem diária.
-Fornecida com saco para lavagem, até 60°C.
-Existe tamanho S,L,M e XL.



NOTA: A medição do perímetro na coxa ou no gémeo (panturillha), deve ser feita no ponto mais largo.

Fonte e mais informações: Tabela Indispensável

Mãe de filho com deficiência profunda obrigada fazer 200 km por dia para trabalhar

Rodrigo, de 19 anos, nasceu com profundo atraso de desenvolvimento, devido a várias malformações cerebrais, incluindo agenesia do corpo caloso e heterotopias nodulares bilaterais. Não tem autonomia, é completamente dependente de terceiros. Não fala. Dá apenas uns passos com ajuda e passa a maior parte do tempo numa cadeira de rodas.

É alimentado por uma peg (botão de alimentação), usa fralda e tem graves problemas respiratórios. As pneumonias também são constantes e os pais já foram preparados para o pior. É por isso que Sónia Duarte quer passar o máximo de tempo possível ao lado do filho, pois sabe que “em breve” poderá não o ter mais perto de si.

Sónia Duarte nunca teve direito a destacamento, mas não recusava horários, nem que para isso tivesse que fazer 200 quilómetros por dia.

Sónia Duarte, de Viseu, é professora contratada há quase uma década e sempre viveu com dificuldades para conciliar o trabalho com a assistência ao filho. Nunca teve direito a destacamento, mas não recusava horários que lhe permitissem regressar a casa ao final do dia, nem que para isso tivesse que fazer 200 quilómetros por dia.

“Os primeiros anos de vida foram mais fáceis porque o Rodrigo era mais pequeno e os problemas de saúde não estavam tão acentuados. Fui conseguindo ficar em escolas que, apesar de longe, me permitiam ir e vir de carro. Mesmo fazendo muitos quilómetros por dia conseguia dormir em casa, o que era essencial para ele”, explica a Impala.pt.

A situação mudou a partir de 2012, com as alterações nos concursos e a falta de vagas no Norte e no Centro do País. Quando as vagas escassearam, a mãe de Rodrigo deparou-se com uma legislação que não a autorizava a pedir destacamento. Ficou impedida de poder ir dormir em casa e de tomar conta do filho.

A lei trata professores contratados e professores de quadro de forma diferente. Sem vínculo permanente ao Ministério da Educação, os professores não têm direito a destacamento. Apenas as gravidezes de risco são exceção. “Consideram que os contratados são funcionários a termo e, por isso, sem direito a destacamento”, avança a responsável pelo Sindicato dos Professores Licenciados (SPL), Grasiela Rodrigues.

“Deficiências profundas deveriam ter cotas especiais para os professores poderem ficar perto de casa, até porque a docência é uma profissão diferente das outras. Mas foi sempre assim. O emprego é um bem muito precioso, mas não dá para abdicar de filhos”, critica a responsável pelo sindicato.

Grasiela Rodrigues sublinha ainda a dificuldade acrescida das mães que aceitam trabalhar longe de casa levando com elas uma criança com deficiência profunda, pois em “99 por cento das vezes não há vagas noutras escolas ou instituições na área de colocação do docente para esses filhos especiais”.

“As mães ficam sem solução. Têm de optar entre o trabalho e os filhos”

“As mães ficam sem solução. Têm de optar entre o trabalho e os filhos”, afirma. Foi o que aconteceu a Sónia Duarte. A professora escolheu o filho, embora essa decisão a tenha levado a vários quadros de depressão. “Não tenho outra solução, mas trabalhar faz-me falta. Emocionalmente e economicamente. Gastamos centenas de euros por mês com o Rodrigo, entre fraldas, alimentação diferenciada, consultas no privado, fisioterapia e medicação.”

“O Estado pouco comparticipa para estas crianças. Mas também não quero subsídios, quero trabalhar e ter o meu ordenado”, afirma Sónia Duarte. Sente-se “triste e injustiçada”. “Precisam de nós, contratados. E portanto por que não temos todos os mesmos direitos? Não somos todos professores?”.

“Alguém que olhe para nós. Também somos professores”, pede a professora. “Não peço para ficar à porta de casa. Preciso apenas de dar assistência ao meu filho”, desabafa. “É pedir muito?”

Segundo Grasiela Rodrigues, do SPL, só há, para já, uma solução. Os professores nessa situação podem recorrer ao Provedor de Justiça e esperar por uma resposta favorável. Mas “há ainda um longo caminho a percorrer para se conseguir justiça e igualdade para os contratados”.

Fonte: impala

Conheça o pacote legislativo para a deficiência aprovado na Assembleia da República

Pacote legislativo dedicado às pessoas com deficiência apresentado por vários partidos na Assembleia da República. 

Propostas do:






"Foi possível os partidos entenderem-se, numa matéria que está além das ideologias, apesar do PS, que na grande maioria das medidas votou contra", congratulou-se o deputado do CDS-PP Filipe Anacoreta Correia no final das votações.
Quinze das 20 propostas que compunham o pacote legislativo dedicado às pessoas com deficiência apresentado pelo CDS-PP foram aprovadas, uma iniciativa baixou ainda à comissão sem votação, tendo sido também aprovada uma iniciativa do BE, uma do PEV e duas do PCP na mesma matéria.

Baixaram ainda à comissão um projeto de resolução do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), e iniciativas do BE e do PCP.

Entre as propostas do CDS-PP aprovadas encontram-se um projeto de lei para um regime excecional de indexação das prestações sociais dos deficientes das Forças Armadas, mais favorável, no cálculo e atualização e a adoção de um documento único comprovativo da deficiência.

O reforço da proteção legal a herdeiros interditos ou inabilitados, e uma recomendação ao Governo para que estude métodos alternativos de exercício do direito de voto das pessoas com deficiência encontram-se igualmente entre as propostas viabilizadas.

As iniciativas de CDS-PP, BE e PCP sobre licenças parentais baixaram à comissão sem votação.

Trata-se do projeto de lei do CDS-PP para a majoração do período de licença parental, em caso de nascimento de criança com deficiência ou doença rara, a iniciativa do BE no mesmo sentido e o projeto de lei do PCP para a criação de uma licença específica de prematuridade ou de internamento hospitalar de recém-nascido.

Os deputados aprovaram também um projeto de resolução do partido ecologista "Os Verdes" recomendando ao Governo a classificação das 'scooters' (lambretas) de mobilidade para que possam aceder aos transportes de passageiros.

A iniciativa do PAN recomendando a criação de uma bolsa de intérpretes de língua gestual portuguesa por forma a assegurar a acessibilidade dos serviços públicos baixou à comissão sem votação.

Foi ainda aprovado parcialmente um projeto de resolução do PCP para o alargamento do atendimento dos balcões da inclusão e reconhecimento de todos os documentos comprovativos da deficiência e incapacidade.

Um projeto de resolução do BE recomendando ao Governo a revisão do decreto-lei nº 3/2008 no sentido de promover "uma escola inclusiva de forma abrangente" foi também aprovado.

O debate das propostas, hoje de manhã, ficou marcado pela crítica dos partidos da maioria de esquerda ao CDS-PP por trazer na oposição propostas que não concretizou no Governo quando tinha a tutela direta destas matérias, através do ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares.

O deputado do CDS-PP Filipe Anacoreta Correia contra-atacou com a ausência do Governo: "A pergunta hoje é onde está o Governo? Não deve haver memória de, num pacote legislativo desta relevância, o Governo estar ausente".

A deputada do PS Sandra Pontedeira justificou a ausência do Governo com uma ação em Coimbra sobre deficiência e sublinhou que algumas das propostas do CDS refletem matérias nas quais o executivo já apresentou medidas ou está a trabalhar para as apresentar.

Os centristas consideraram que a proposta do Governo de permitir a acumulação de uma pensão por deficiência com rendimentos do trabalho vai no bom sentido, mas querem que vá mais longe, e por isso apresentaram uma proposta.

O PSD, através da deputada Sandra Pereira, argumentou que, dado o limite proposto pelo Governo, se não for aprovado o projeto do CDS-PP, "não existe uma real acumulação com os rendimentos do trabalho".

"O Governo apresenta uma proposta que vai no bom sentido porque pessoas com deficiência acima dos 80% esse apoio é atribuído universalmente, mas num segundo grau, entre 60 e 80%, vai depender de um valor de referência muito próximo do salário mínimo nacional", sustentou Filipe Anacoreta.

O deputado do BE Jorge Falcato usou, mais uma vez, o mecanismo elevatório do hemiciclo para aceder à tribuna, do qual na estreia da sua utilização caiu, por não ter a cadeira de rodas travada.

"Finalmente cheguei, são e salvo", brincou, no início da sua intervenção. Fonte: SAPO

NÓS: Mais leis para não cumprir?

sábado, 25 de março de 2017

Modelo de Vida Independente esteve em discussão em Abrantes

O Bloco de Esquerda (BE) promoveu este sábado no auditório do edifício Pirâmide, em Abrantes, um debate sobre o tema "Deficiência: que modelo de vida independente".

A sessão contou com a presença dos deputados Jorge Falcato e Carlos Matias e do ativista pela Vida Independente, Eduardo Jorge, que há três anos iniciou uma greve de fome pela vida independente, em frente à Assembleia da República.

“O Eduardo é o símbolo da luta pela vida independente em Portugal. Foi das pessoas que juntamente com o Movimento dos Deficientes Indignados que levantaram em 2013 a questão da vida independente. Tentaram com o anterior Governo levar para a frente uma política de vida independente o que foi impossível, porque o anterior Governo não esteve disponível para levar as coisas para a frente”, salientou Jorge Falcato à Antena Livre.

“Esperamos que agora tenhamos condições para implementar em Portugal aquilo que é a hipótese das pessoas com deficiência tomarem a sua vida com as suas mãos. Terem poder de decisão sobre como, onde e com quem viver. Não estarem sujeitas a serem internadas em lares residenciais por falta de alternativas para continuarem a viver na sua terra junto dos seus amigos e a familiares”, referiu o deputado bloquista.


Jorge Falcato recordou que está em discussão pública a proposta governamental de um Modelo de Apoio à Vida Independente, que prevê projetos-piloto para o período 2017-2020.

“Pensamos que a vida independente tem de ser feita ouvindo as pessoas com deficiência (…) Achámos que devíamos de promover estas sessões para que as pessoas pudessem dizer da sua justiça sobre o que querem e como é que acham que é o modelo de vida impendente em Portugal”, aludiu.

Para além de Abrantes, os deputados do BE, investigadores, ativistas pela Vida Independente e representantes de organizações vão continuar a promover audições públicas pelo país. Vão estar em Coimbra, dia 22 de março, em Vila Real a 24, no Porto dia 25, em Albufeira a 31 de março e em Beja dia 1 de abril.


Além das sessões presenciais, o BE lançou um inquérito para auscultação de todas as pessoas, disponível no endereço: https://pt.surveymonkey.com/r/Vida_Independente

O inquérito tem o propósito de “ ampliar a participação das pessoas, é dar meios às pessoas para fazerem ouvir a sua voz. Nós em Portugal estamos muito mal habituados com aquilo que são as audições públicas, porque não basta haver um documento e disponibilizar um email para as pessoas enviarem a sua opinião. A participação provoca-se, organiza-se e dá-se meios às pessoas para que elas possam expressar a sua opinião”, finalizou Jorge Falcato. Fonte: Antena Livre

Veja noticia também no Médio Tejo: com video

Cadeira de Banho Dobrável

Cadeira de banho dobrável em alumínio com assento e encosto em polipropileno. Braços articulados, rodízios nos 4 pés de 3'', 2 com travão e apoio para os pés.


Descrição técnica

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Altura: 91 cm;
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Capacidade Máxima: 100 Kg.

Preço: 60,21€

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Autonomia dos deficientes ainda por garantir

No dia em que Parlamento debate e vota um dos maiores pacotes de propostas na área da deficiência, termina o período da consulta pública dos dois projetos do governo: a Prestação Social para a Inclusão e o Modelo de Apoio à Vida Independente em Portugal - Assistência Pessoal. Propostas positivas, diz a Associação Portuguesa de deficientes, que deixa criticas ao modelo de vida independente que é limitador e não aposta na desinstitucionalização. Opiniões partilhadas pelo BE e o sociólogo Fernando Fontes, que fez um retrato da deficiência em Portugal.


"Este modelo tem muitos constrangimentos. Um deles é o pagamento não ser feito diretamente à pessoa com deficiência e de o contrato não ser feito diretamente entre beneficiário e prestador, mas sim através de centros de apoio criados para o efeito e que irão criar uma bolsa de assistentes a quem darão formação. O limite de 40 horas semanais de assistência pessoal é insuficiente. Os casos em que este modelo fará mais diferença são os mais dependentes, que precisam de apoio 24 horas", diz e acrescenta: "Não está contemplada a desinstitucionalização. Não podemos correr o risco do modelo de vida independente ser confundido com um modelo de apoio domiciliário", diz Ana Luísa Sesudo, presidente da Associação Portuguesa de Deficientes. Sobre a proposta da prestação social de inclusão diz que "um aumento de 200 euros [valores de apoios atuais] para 260 euros é positivo, mas continuamos a considerar que é insuficiente".

O BE tem promovido debates sobre a propostas de vida independente do governo. "A filosofia da vida independente é luta pela emancipação e pelo direito a ter direitos. Este modelo não corresponde a essa necessidade", aponta o deputado Jorge Falcato, dando o exemplo do atestado de incapacidade de 60% como critério de elegibilidade dos beneficiários, que deixa de fora quem precisa de assistente mas não tem esta taxa. Também as horas de apoio são uma limitação.

"É perpetuação do Estado delegar nas famílias a responsabilidade. Depois das oito horas de apoio diário, a pessoa não deixa de ser deficiente. Teria de pagar um assistente pessoal, o que para nós é inaceitável. Saudamos a intenção de instaurar a vida independente, mas não podemos aceitar que nasça torta", diz, referindo que "nunca se falou tanto no Parlamento de deficiência como agora. Mas falta discutir a sério uma estratégia. É o momento de começar o debate".

Até às 14 horas de ontem, refere o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), as duas propostas tinham recebido 312 contributos. A mesma fonte lembra que as propostas ainda estão consulta pública, prazo que foi alargado e que termina hoje às 23.59 e que também hoje realizam-se mais duas sessões para esclarecimento, no Porto e em Coimbra. Quanto à questão do pagamento ser feito aos centros de apoio, explica que deriva do facto de o financiamento ser feito através de fundos comunitários (15 milhões de euros).

Fernando Fontes, sociólogo que fez um retrato sobre a vida das pessoas com deficiência, refere que este "é um momento histórico com novas políticas para a deficiência", mas "há questões que devem ser limadas". "Os centros de apoio continuam muito centrados nos cuidados e não na autonomia, o pagamento devia ser feito diretamente à pessoa e há pessoas que precisam de apoio 24 horas. São projetos-piloto e deviam ser deixados em aberto para perceber as necessidades reais", diz, salientando a forma positiva como promove a pessoa com deficiência tornar-se ativa. "A taxa de desemprego é muito superior às restantes pessoas. A grande dificuldade tem a ver com o preconceito face à deficiência, a ideia que a pessoa não é capaz de desenvolver uma atividade."

Segundo o MTSSS, em 2016 92 mil beneficiários recebiam bonificação por deficiência, 13 mil subsidio mensal vitalício, 238 mil pensões de invalidez. Segundo o Eurostat (dados de 2011), a taxa de emprego emprego das pessoas com deficiência era de 44% quando na população geral era de 70%. Ainda sim, melhor que a média europeia.

Hoje o Parlamento debate e vota 31 propostas para a área da deficiência, apresentadas pelo do CDS (que tem 19), PCP, BE, Verdes e PAN e que vão desde a mobilidade, educação, aos apoios sociais e formação. "Há umas para resolução de problemas concretos, de maior simplicidade, como o documento único de certificação de deficiência, e depois propostas da maior importância como a vida independente, com um projeto de resolução para a definição de critérios para o assistente pessoal, e capacitação profissional, como a formação. Há um terceiro vetor que tem a ver com o futuro das pessoas com deficiência, para que haja uma alteração para que as famílias gastarem parte da herança a favorecer a pessoa nesta situação", diz o deputado Filipe Anacoreta Correia.

Propostas

Licença Parental: Existem três projetos de lei (CDS, BE e PCP) que propõem o alargamento da licença de parentalidade no caso do nascimento de um bebé com deficiência ou doença rara e ainda em situações de prematuridade. O CDS aumenta a licença em 8 semanas, período que tanto pode ser gozado pelo pai como pela mãe. No caso do BE majora a licença em 60 dias e aumenta o período de direito de redução de horário de trabalho até a criança ter três anos

Língua gestual: O PAN apresenta um projeto-resolução para a criação de uma bolsa de intérpretes de língua gestual a quem os serviços com atendimentos ao público possam recorrer para que as pessoas com deficiência auditiva possam ter atendidas nos serviços no imediato em vez de terem de esperar semanas por uma marcação. Salienta a importância de ter um intérprete disponível nos serviços de saúde 24 horas, sobretudo nas urgências

Scooters: Verdes querem que o governo crie uma classificação das scooters de mobilidade, segundo características e dimensões, para que sejam permitidas nos vários transportes públicos e que as barreiras de acesso aos transportes sejam eliminadas

Escola inclusiva: BE e CDS tem projetos-resolução onde pedem ao governo que estabeleça e diferencie medidas educativas temporárias para responder a necessidades especiais transitórias, que garanta a certificação pedagógica do percurso escolar realizado pelas crianças, que haja um reforço em número e variedade de técnicos, que haja um maior envolvimento do SNS na identificação da necessidade de apoio terapêutico

Documento único: CDS recomenda que seja criado um documento único comprovativo do grau de incapacidade e deficiência que seja aceite em todos os serviços públicos

Intervenção precoce: CDS pede que o sistema nacional de intervenção precoce na infância seja alargado até aos 10 anos. PCP pede que sejam tomadas medidas para a contratação dos meios necessários.

Fonte: DN

quarta-feira, 22 de março de 2017

“Vida independente é a hipótese de muitas pessoas com deficiência se libertarem”

O Bloco de Esquerda vai apresentar ao Governo uma série de propostas de alteração aoModelo de Apoio à Vida Independente – Assistência Pessoal que está em fase de debate público. Trata-se de um modelo, baseado em projectos-piloto, que prevê que as pessoas com deficiência possam beneficiar de um assistente pessoal, em vez de se privilegiar a institucionalização. Um exemplo: o BE quer que a idade a partir da qual a pessoa possa beneficiar daquele apoio seja 16, em vez de 18 anos.


As propostas do Bloco foram apresentadas nesta terça-feira pelo deputado Jorge Falcato e pela coordenadora do partido, Catarina Martins. Além da idade mínima, os bloquistas propõem que haja liberdade de escolha em relação ao assistente pessoal, recusando que essa decisão esteja limitada a uma bolsa de assistentes. A justificação dada por Jorge Falcato é a de que aquela pessoa terá um elevado grau de intimidade com a pessoa com deficiência, lavando-a, dando-lhe de comer, nos casos em que tal se justifique, e, por isso, a escolha não deve estar condicionada àquela bolsa. O BE também entende que este apoio não se pode ficar pelas 40 horas semanais, mas deve ser garantido a tempo inteiro – até 24 horas diárias, em função das necessidades da pessoa.

O Bloco defende ainda que o plano de assistência pessoal deve ser da responsabilidade da pessoa com deficiência, que o critério de elegibilidade não pode basear-se no certificado multiusos, porque este faz, segundo o deputado bloquista, uma avaliação limitada. O que se deve medir, sublinhou, são as necessidades da pessoa e não as incapacidades. Os bloquistas também propõem que se alargue o leque das entidades que podem candidatar-se e que estas não se restrinjam às Instituições Particulares de Solidariedade Social. Pretendem ainda acabar com a exigência de uma equipa técnica, porque “esta exigência reproduz o modelo médico/reabilitador, que é contraditório com o de vida independente”. Isto porque, nem todas as pessoas com deficiência têm necessidade, por exemplo, de reabilitação ou de apoio psicológico.

Estas são as propostas que os bloquistas esperam ver reflectidas na Resolução de Conselho de Ministros que irá enquadrar a proposta que prevê projectos-piloto para o período 2017-2020. O BE entende que o modelo traz vantagens económicas ao Estado e defende ainda que, neste caso, deve experimentar-se antes de legislar.

Na apresentação, quer Jorge Falcato quer Catarina Martins defenderam a ideia de que vida independente se trata de um “direito de escolha” da pessoa com deficiência “sobre onde, com quem e como viver a sua própria vida” e que se trata de aplicar, no dia-a-dia das pessoas com deficiência, políticas baseadas nos direitos humanos.

Catarina Martins insistiu que a política de institucionalização seguida em Portugal “retira autonomia às pessoas”. E Jorge Falcato acrescentou: “Vida independente é a hipótese de muitas pessoas com deficiência se libertarem. E também libertarem as famílias.”

Notícia alterada: o BE defende um apoio até 24 horas diárias, definido em função das necessidades da pessoa.

Fonte: Público

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domingo, 19 de março de 2017

Deficiência sem tabus


Certamente que já teve vontade de perguntar a quem vive numa cadeira de rodas algumas questões que, por receio, nunca chegou a fazer.

Respondemos a essas perguntas sem tabus!



sábado, 18 de março de 2017

Vida Independente em discussão pelo país

Abrantes, Coimbra, Vila Real, Porto, Albufeira, Beja. Depois de sessões em Estremoz e em Lisboa, o Bloco de Esquerda agendou mais seis pelo país. O objectivo é ouvir as pessoas com deficiência acerca do documento que o Governo está a preparar sobre o tema. “Todas as políticas que dizem respeito às pessoas com deficiência têm de ser pensadas, desenvolvidas e acompanhadas pelas pessoas com deficiência e das suas organizações representativas. Esta não é uma mera aspiração da comunidade das pessoas com deficiência, é uma obrigação que o Governo tem de cumprir”, defende o deputado do BE Jorge Falcato.


Apesar de o Governo ter divulgado no site do Instituto Nacional de Reabilitação “um texto com as linhas gerais do ‘Modelo de Apoio à Vida Independente – Assistência Pessoal’”; ter disponibilizado um “endereço de email para receber contributos”; e ter agendado três sessões públicas de esclarecimento, em Lisboa, Coimbra e Porto, com o ministro Vieira da Silva e a secretária de Estado Ana Sofia Antunes, para o bloquista é preciso mais. “Todas as reuniões se realizam durante o horário de trabalho. Não nos parece que assim estejam criadas condições para a participação de muitas pessoas com deficiência”, defende

Modelo de vida independente em discussão é “limitado” e “incompleto”


Os bloquistas entenderam, por isso, que deviam “contribuir para essa auscultação das pessoas com deficiência” e deitaram mãos à obra: organizaram um conjunto de debates “tentando cobrir todo o país” e lançaram um inquérito online que já tem mais de 350 respostas. As sessões vão contar com a presença não só de Jorge Falcato, mas também do activista Eduardo Jorge, do investigador Fernando Fontes, dos deputados José Manuel Pureza e José Soeiro, entre muitos outros.

“Os convidados são pessoas com deficiência que estão há muito envolvidas na luta pela vida independente e outras pessoas também empenhadas nessa luta. Destacamos o activista Eduardo Jorge que iniciou uma greve de fome em frente ao Parlamento e deslocou-se 180 quilómetros na sua cadeira de rodas para reivindicar o direito a uma vida independente e o investigador Fernando Fontes que se tem dedicado ao estudo da situação das pessoas com deficiência em Portugal”, escreve Jorge Falcato num email ao PÚBLICO

Em causa estão os projectos-piloto em preparação pelo Governo nesta área. No final dos debates, o BE irá apresentar a sua posição: “Esperamos com este contributo identificar o que consideramos estar errado na proposta e que tal se reflicta na Resolução de Conselho de Ministros que irá enquadrar os projectos-piloto”, nota Falcato.

LER MAIS SOBRE O ASSUNTO
Modelo de assistentes pessoais para deficientes criticado por associações
Governo abre candidaturas na área da vida independente “até ao final do ano”
Associações de deficientes que se candidatem à Vida Independente precisam de estatuto de IPSS

O que se pretende, quando se fala em “vida independente”, é, explica o deputado, mudar o “paradigma na assistência social às pessoas com deficiência”. É passar de uma política “assistencialista” e assente na institucionalização para uma política baseada na assistência pessoal: “Os princípios base de uma política de vida independente constam de pagamentos directos à pessoa com deficiência para que ela possa contratar um ou uma assistente pessoal que a apoie naquilo que não consegue fazer sozinha.”

Em vez de o Estado comparticipar Instituições Particulares de Solidariedade Social com uma verba “por cada pessoa internada num lar residencial, em que a pessoa por vezes nem o canal de televisão pode escolher, com a Vida Independente, a pessoa com deficiência será dona da sua vida. Terá o poder de decisão e escolha. Poderá decidir como, onde e com quem viver”, defende Falcato.

Fonte: Público

domingo, 12 de março de 2017

Vida Independente em debate em Abrantes

18 Março | Edifício Pirâmide - Abrantes | 15h
Com:
Jorge Falcato (Deputado)
Eduardo Jorge (Activista pela Vida Independente)
Carlos Matias (Deputado)

VAMOS LÁ DISCUTIR O QUE QUEREMOS PARA AS NOSSAS VIDAS

Já passaram mais de 3 anos desde que Eduardo Jorge iniciou uma greve de fome pela Vida Independente, em frente à Assembleia da República. Desde então, a comunidade das pessoas com deficiência tem reiterado a exigência desse direito tão simples que é poder decidir como, onde e com quem viver, isto é, a possibilidade de serem donos das suas vidas.

Foi por proposta do Bloco que, em 2016, a realização de projetos-piloto de Vida Independente foi inscrita no Orçamento do Estado, o que criou uma enorme expectativa nas famílias e nas pessoas com deficiência que há muito aguardam ver concretizada a oportunidade de poder contratar assistência pessoal, através de um programa apoiado e abrangente. Porém, tal programa só será eficaz enquanto acesso à Vida Independente, se forem consideradas todas as necessidades das pessoas que o venham a integrar e estas estas possam, então, experienciar na sua vida, e em todas as decisões que a determinam, autonomia, inclusão e dignidade.

Agora que se encontra em discussão pública a proposta governamental de um Modelo de Apoio à Vida Independente, que prevê projetos-piloto para o período 2017-2020, é altura de discutirmos em conjunto como deverá ser esse modelo e como será posto em prática em Portugal. Para a qualidade e êxito desta política, é necessário o envolvimento de quem sente na pele a necessidade de assistência. Neste sentido, não nos parece aceitável que uma discussão pública possa ser promovida plenamente através de um simples endereço de email para envio de sugestões, tal como o disponibilizado pela tutela no site do Instituto Nacional para a Reabilitação, permitindo-se apenas um contraditório diálogo unilateral.

De modo a permitir um debate participado, bem como a partilha de opiniões e visões alternativas, o Bloco de Esquerda promoverá várias audições públicas, em diversas regiões do país, que contarão com a presença do deputado Jorge Falcato, investigadores, activistas pela Vida Independente e representantes de organizações.

*Além das sessões presenciais, lançámos também um inquérito para auscultação de todas as pessoas, em relação às medidas concretas previstas no Modelo de Vida Independente proposto pelo atual Governo. Para aceder ao inquérito, que demora cerca de 10min a preencher, é só clicar aqui:https://pt.surveymonkey.com/r/Vida_Independente

A Vida Independente responde a direitos fundamentais. Queremos contribuir para que o seu modelo seja concebido, e posto em prática, incluindo as pessoas com deficiência, as suas famílias e todos os que se preocupam com a justiça social. NADA SOBRE NÓS SEM NÓS.

Próximas sessões:
Vila Real, 24 Março, às 21h.
Porto, 25 Março, às 17h.
Albufeira, 31 Março, às 21h.
Beja, 1 Abril, às 15h.

Livro: Deficiência e Emancipação Social

Deficiência e Emancipação Social: Para uma crise da normalidade procura articular as discussões contemporâneas sobre a relação entre os estudos e as políticas da deficiência, o momento de crise do Estado Social na Europa e uma análise crítica da realidade das pessoas com deficiência em Portugal. Assim, convocamos para o presente volume, por um lado, as contribuições internacionais de Alison Sheldon (Reino Unido), Colin Barnes (Reino Unido), Lennard Davis (Estados Unidos da América) e de Luiza Teles Mascarenhas e Marcia Moraes (Brasil). Por outro lado, concitamos as reflexões desenvolvidas no contexto da academia portuguesa por Aleksandra Berg, Bruno Sena Martins, Fernando Fontes, Pedro Hespanha e Sílvia Portugal.


Esta obra procura contribuir para a resposta a algumas das questões que enformam atualmente o campo dos "Estudos da Deficiência". Trata-se, pois, de articular conhecimentos e experiências que assumam o compromisso político de recusa da injustiça social. A subjugação produzida em nome da deficiência cria sujeitos e vozes que, ora chamando a si a luta contra os edifícios epistemológicos da modernidade, ora constituindo a insurgência face aos fracassos da sociedade inclusiva, podem fomentar o desenvolvimento de uma imaginação crítica sobre o fim da normalidade.

Pode adquirir o livro AQUI

TUR4all: plataforma ibérica de turismo acessível

A Accessible Portugal, a Fundação Vodafone Portugal e o Turismo de Portugal com o apoio da ENAT – European Network for Accessible Tourism, em colaboração com a PREDIF em Espanha, apoiada pela Fundação Vodafone Espanha, convergiram vontades no sentido de criarem a primeira plataforma ibérica na área do turismo acessível, TUR4all. Uma ferramenta dinâmica que permitirá uma consulta à oferta turística de Portugal e Espanha, disponibilizando informação objectiva e actualizada sobre as condições de acessibilidade para todos nos hotéis, monumentos e museus, a existência de transportes adaptados, restaurantes com menus em braille, entre outras.


Em Portugal, a plataforma TUR4all está a ser desenvolvida e vai estar disponível a partir do próximo mês de Setembro, através de website e aplicação móvel e possibilitará a divulgação da oferta turística acessível para todos. Incluirá informação objectiva analisada por especialistas em acessibilidade para todos, avaliada e comentada pelos próprios utilizadores.

Para Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, “esta é uma plataforma que vem ao encontro de um dos eixos fundamentais da estratégia do Turismo em Portugal e do projecto nacional “All for All”: tornar o nosso País um destino acessível para todos. Numa sociedade cada vez mais global torna-se imperativo desenvolver soluções inclusivas. A TUR4all apresenta-se assim como uma ferramenta importante de inclusão, que posiciona Portugal como país acessível a todos e que permitirá aos seus destinatários usufruírem de uma experiência turística única.”

Esta plataforma visa permitir que cada pessoa possa decidir sobre quais os locais que considera mais acessíveis face às necessidades especiais que tem em determinado momento e, assim, consiga viajar e desfrutar das melhores experiências turísticas, participando nas actividades de lazer. Na TUR4all o utilizador vai conseguir comentar, pontuar e recomendar cada uma das unidades e serviços disponibilizados, ou guardá-los como favoritos. Será, ainda, possível comunicar com outros utilizadores que tenham o mesmo tipo de interesses ou necessidades específicas

Para Mário Vaz, Presidente da Fundação Vodafone Portugal, “num mundo inegavelmente tecnológico, e numa perspectiva de futuro, onde a autonomia e a inclusão são premissas críticas, é importante que todos possam produzir e partilhar conhecimento e experiências. A TUR4allvirá certamente ser um meio de troca de informações e um ponto de referência no que diz respeito ao turismo acessível”.

Para Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, “é importante que todos os agentes do sector turístico adaptem e qualifiquem a sua oferta turística às necessidades específicas de quem nos visita, desde famílias com crianças pequenas até seniores ou pessoas com algum tipo de incapacidade, ainda que temporária. Trata-se de cumprir o propósito de dotar Portugal como um destino turístico que sabe “Receber Bem”, não alheando a este propósito o desafio que uma oferta turística acessível para todos representa nesta actividade económica enquanto excelente oportunidade de negócio para as empresas e para o país. A TUR4all é, por isso, uma ferramenta de extrema importância que pretende dar não só um sinal de desenvolvimento e cidadania, mas sobretudo proporcionar a todos os que nos visitam uma experiência turística memorável.”

Segundo Ana Garcia, Presidente da Accessible Portugal, “estamos a trabalhar afincadamente para a qualificação e promoção do Turismo para Todos em Portugal. O Mundo é global, a idade dos turistas está aumentar e é necessário criar condições para que todos possam viajar em segurança e com a qualidade de que necessitam para apreciarem os destinos. Trata-se de uma questão de dar resposta às necessidades do mercado e igualmente uma questão de ética”.

A TUR4all estará disponível em português, castelhano, francês, inglês, alemão, italiano e mandarim.

Fonte: Publituris

sábado, 11 de março de 2017

Audição pública: Que modelo de vida independente?

VAMOS LÁ FALAR DE COISAS IMPORTANTES

"Agora que se encontra em discussão pública a proposta governamental de um Modelo de Apoio à Vida Independente, que prevê projetos-piloto para o período 2017-2020, é altura de discutirmos em conjunto como deverá ser esse modelo e como será posto em prática em Portugal.


Para a qualidade e êxito desta política, é necessário o envolvimento de quem sente na pele a necessidade de assistência. Neste sentido, não nos parece aceitável que uma discussão pública possa ser promovida plenamente através de um simples endereço de email para envio de sugestões, tal como o disponibilizado pela tutela no site do Instituto Nacional para a Reabilitação, permitindo-se apenas um contraditório diálogo unilateral."


PRÓXIMAS SESSÕES:
Abrantes, 18 Março, às 15h.
Coimbra, 22 Março, às 21h.
Vila Real, 24 Março, às 21h.
Porto, 25 Março, às 17h.
Albufeira, 31 Março, às 21h.
Beja, 1 Abril, às 15h.

Além das sessões presenciais, lançámos também um inquérito para auscultação de todas as pessoas, em relação às medidas concretas previstas no Modelo de Vida Independente proposto pelo atual Governo. Para aceder ao inquérito, que demora cerca de 10min a preencher, é só clicar aqui: https://pt.surveymonkey.com/r/Vida_Independente

Cursos online: Ciclo de Inclusão

“Desmistificar aspectos ligados à deficiência e sensibilizar para a inclusão em diversos contextos da vida diária” é o objectivo do Ciclo de Inclusão que o Politécnico de Leiria promove, através da plataforma UP2U. São onze os Massive Open Online Courses (MOOC) deste ciclo e as inscrições já estão abertas.


Os mini-cursos de “59 minutos e alguns segundos”, para serem geridos ao longo de 30 dias, subordinados aos temas “Vamos falar de inclusão”, “Tecnologias de apoio” e “Normas de acessibilidade web e validação automática de websites” já têm as inscrições abertas. Em breve vai ser ainda possível fazer a inscrição em outros módulos sobre interacção com uma pessoa cega, comunicação aumentativa e algumas curiosidades sobre o cão-guia.

“Estes cursos resultam do know-how que gerámos em matéria de inclusão, tendo em conta que criámos há dez anos o CRID — Centro de Recursos para a Inclusão Digital, que dispomos da iACT — Unidade de Investigação, Inclusão e Acessibilidade em Acção, e que somos a nível nacional a instituição de ensino superior que mais estudantes com deficiência recebe”, explica, em comunicado, o presidente do Politécnico de Leiria, Nuno Mangas.

Além dos cursos do Ciclo de Inclusão há ainda outros disponíveis na UP2U, com inscrições a decorrer ou com abertura agendada para breve, nomeadamente sobre gestão do tempo ou como evitar o plágio.

Gratuitos, os cursos do Politécnico de Leiria destinam-se a qualquer pessoa, de qualquer idade.


Fonte: Público  Sugerido por Sãozita Zita

quinta-feira, 9 de março de 2017

Centro de Reabilitação do Norte acolhe, no sábado, um evento «para além da lesão medular»

Organizadas pela Misericórdia do Porto, I3S e Prémio Melo e Castro, as Jornadas "COMBINE - A vida continua... para além da lesão medular!" realizam-se no sábado, 11 de março, sendo dirigidas exclusivamente a doentes com lesão medular.


"Exosqueletos/inovação em auxiliares de marcha na lesão medular", "Sexualidade na lesão medular" e "Desporto adaptado na lesão medular" são alguns dos temas que serão debatidos.

A inscrição gratuita (inclui almoço para doentes) pode ser efetuada através de jornadascrn.org@scmp.pt

Fonte: justnews

domingo, 5 de março de 2017

Livro: Pessoas com Deficiência em Portugal

A deficiência pode ser perspectivada de formas diversas, cada uma delas com potenciais de emancipação distintos para as pessoas com deficiência. Na sociedade portuguesa a deficiência tem sido reduzida às incapacidades dos corpos e a uma narrativa fatalista de tragédia pessoal.


Segundo este modelo de entendimento, as restrições e obstáculos vivenciados pelas pessoas com deficiência resultam directamente das suas supostas limitações funcionais. Tais concepções têm validado a construção da imagem das pessoas com deficiência como sujeitos passivos e dependentes, o silenciamento das suas vozes e alimentado políticas sociais opressoras e excludentes das pessoas com deficiência em Portugal. 

O presente ensaio pretende abrir uma reflexão sobre esta realidade, de forma a contribuir para um questionamento cultural e sociopolítico dos fenómenos de menorização, opressão, pobreza e exclusão social vivenciados pelas pessoas com deficiência na sociedade portuguesa e para a construção de novos caminhos emancipatórios.

Podem adquirir AQUI o livro por somente €3,15

NÓS: Ensaio da autoria do investigador do CES Coimbra, Fernando Fontes. um grande estudioso e conhecedor da nossa causa e responsável pela maioria dos estudos sobre deficiência em Portugal, e a quem agradeço o fazer favor de ser meu amigo.

Não deixem de ler também uma das excelentes entrevistas que deu. Neste caso ao jornal i:

Fernando Fontes. “A lei infantiliza os deficientes, pode até incitar os agressores”

Alterada atribuição de Produtos de Apoio

E porque a atribuição de Produtos de Apoio através do SAPA-Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio, nunca funcionou e sempre foi motivo de reclamação de todos nós.

O Estado resolveu alterar o seu funcionamento através da publicação da Circular Normativa Conjunta Nº 2 entre a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. e a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE. (SPMS), sobre Prescrição de Produtos de Apoio.


Refere que tendo em conta a necessidade de simplificar o ato de prescrição de Produtos de Apoio bem como facilitar o acesso dos utentes aos mesmos produtos de apoio, a partir de dia 1 de fevereiro a prescrição deste tipo de produtos passará a fazer-se exclusivamente através da PEM, terminando com a necessidade de utilização do SAPA.

Para tal será disponibilizada uma nova tabulação para prescrição destes produtos, sendo o seu registo, numa primeira fase efetuado em texto livre, passando essa prescrição a ser progressivamente estruturada de acordo com as regras definidas pela DGS.

Para que estas prescrições possam ser objeto de reembolso ou de comparticipação pelo SNS, o prescritor deve, no ato de prescrição, proceder à emissão através do TAB – SAPA da PEM e selecionar os códigos de prescrição previstos no Despacho nº 7197/2016 do Diário da República, 2.ª série — N.º 105 de 1 de junho de 2016 conforme redação atual e conforme tabela em anexo (ANEXO 1).

A partir de 1 de abril, os produtos de Ostomia, Traqueostomia e produtos de absorção de fezes e urina, passam a ter um processo de prescrição próprio, estruturado e codificado, na mesma tabulação e aplicando as regras previstas nas NOCs da DGS, conforme manual de prescrição em anexo.

Fonte e mais informações: 

NÓS: Em 8/9/2016 o Governo anunciou que: Produtos de apoio como cateteres. fraldas e sacos coletores iriam ser disponibilizados pelas farmácias achou que tinha encontrado a solução para resolver alguns problemas, mas além de simplificar complicou ainda mais.

Até comprovativo de rendimentos exigiam:

Pela informação que me chega neste momento, pelo menos a atribuição de fraldas, cateteres, sacos coletores, algálias...está a correr com mais rapidez e menos burocracia. Vamos ver como funcionará a partir de 1 de abril.

Mesmo com as mudanças muito ainda há para fazer:



sábado, 4 de março de 2017

Vida Independente e Prestação Social para a Inclusão em consulta

Minha crónica no jornal Abarca:

Encontra-se aberto o processo de consulta pública de dois novos apoios para pessoas com deficiência: Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI) e a Prestação Social para a Inclusão (PSI).


VIDA INDEPENDENTE
O Governo solicita e agradece a consulta do documento orientador, que pode ser visualizado/descarregado através da ligação disponibilizada na página do Instituto Nacional para a Reabilitação.

Solicita também o envio de comentários/sugestões para os seguintes endereços de email: MAVI.consulta.publica@mtsss.gov.pt ou MAVI.consulta.publica@inr.mtsss.pt

O MAVI "traduz-se na disponibilização de assistência pessoal em actividades de vida diária e de participação definidas pela pessoa com deficiência, contando com o apoio de rectaguarda de centros de Apoio à Vida Independente" que reúnam as seguintes condições: Pessoa coletiva de direito privado, sem fins lucrativos, constituída ou a constituir para o efeito; Organização não governamental para pessoas com deficiência (ONG- PD), com estatuto de IPSS e reconhecida pelo INR, IP ou nova entidade constituída para o efeito ou núcleo autónomo em entidade já existente, privilegiando a participação de pessoas com deficiência ou familiares na sua gestão.

A primeira fase do modelo traduz-se em projectos-piloto para o período entre 2017 e 2020, sendo que "o resultado da avaliação contribuirá para a definição de uma medida de política nacional de Apoio à Vida Independente em Portugal".

Os beneficiários desta medida são a pessoa com deficiência de carácter permanente, atestada com grau de incapacidade igual ou superior a 60% e com 18 ou mais anos, e as pessoas com deficiência que se encontram ao abrigo de "um regime de tutela ou curatela".

Estão previstos três níveis de apoio: Apoio pontual (igual ou inferior a uma hora por dia), moderado (entre uma a três horas por dia) e elevado (três a oito horas por dia).

PRESTAÇÃO SOCIAL PARA A INCLUSÃO
A consulta e descarregamento do documento orientador sobre a Prestação Social para a Inclusão (PSI) também se encontra disponível na página do Instituto Nacional para a Reabilitação, em: http://www.inr.pt/uploads/docs/noticias/2017/discussao_publica_psi.pdf

O envio de comentários/sugestões deve ser efetuado para os endereços de email: PSI.consulta.publica@mtsss.gov.pt ou PSI.consulta.publica@inr.mtsss.pt

A Prestação Social para a Inclusão é dirigida a quem tenha 18 ou mais anos e deficiência ou incapacidade permanente, congénita ou adquirida antes dos 55 anos, atestada pelo atestado multiusos e com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%. Podem igualmente requerer a prestação as pessoas com 55 ou mais anos, desde que a sua incapacidade tenha sido certificada através do atestado multiusos antes dos 55 anos.

Numa fase posterior, com início previsto para 2019, a medida irá alargar a protecção social também à infância e juventude. Segundo o documento, o montante pago ao beneficiário da nova prestação resulta da soma de três componentes: base, complemento e majoração. A componente base entrará em funcionamento ainda este ano e terá um valor de referência anual de 260 euros por mês, sendo os beneficiários as pessoas com incapacidade superior a 80%.

Para 2017, o limite máximo de acumulação de rendimentos da nova prestação com rendimentos próprios é de 5.084,30 euros por ano, para quem não aufira de rendimentos do trabalho e de 8.500 euros anuais, para quem tenham rendimentos de trabalho.

A VIDA INDEPENDENTE
Quanto a mim a proposta apresentada nada tem de Vida Independente, mas sim mais um serviço de apoio domiciliário disponibilizado por uma IPSS.

Não abdicamos de alguns princípios sobre a Vida Independente que são fundamentais para nós: Pagamentos directos à pessoa com deficiência que contratará com essa verba o seu assistente pessoal, e não o proposto no documento, a IPSS a receber os €900 disponibilizados para o assistente pessoal; Atribuído financiamento independentemente da causa ou diagnóstico médico relativo à deficiência da pessoa, da sua idade, da idade em que adquiriu a deficiência, da sua situação laboral, dos seus rendimentos ou bens assim como do seu agregado familiar e ou cobertura de seguro; Os CAVIS serem geridos por pessoas com deficiência e não existir limite de horas de apoio à pessoa com deficiência.

Bases para um projeto de Vida Independente da CML:
  http://www.am-lisboa.pt/documentos/1418294685D5rYQ8dj8Bh76GZ1.pdf

Resta-nos enviar as nossas opiniões discordando das propostas apresentadas de modo a impedir que avancem. Fonte: INR, CML, Público.

Entretanto a data da consulta pública foi alterada: Foi alargado o prazo de consulta pública sobre o Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI) - Assistência Pessoal e sobre a Prestação Social para a Inclusão (PSI), até 24 de março de 2017.

COMEÇAM A SURGIR AS VOZES CONTRA


- Diga não a este Modelo de Apoio à Vida Independente imposto pelo Governo

- Lúcia quer poder escolher a pessoa que vai entrar na sua vida

Um engenheiro da NASA esta revolucionando a cadeira de rodas

Se você já passou algum tempo em uma cadeira de rodas, ou conhece alguém que precisa do equipamento, você provavelmente sabe que simplesmente o tentar se locomover pode ser uma causa de lesões adicionais. Na verdade, até 70% dos indivíduos em cadeiras de rodas tradicionais – ou seja, aqueles que exigem um movimento de empurrar para avançar – desenvolver dor crônica no ombro. Mas Rowheels, um conjunto de rodas que exigem que os usuários puxem em um movimento de remo para impulsionar a cadeira de rodas para a frente, está esperando acabar com essas lesões de estresse repetitivo de uma vez por todas.


Em 1998, Salim Nasser, tinha 20 anos, ele foi atingido por um motorista bêbado. Hoje, Nasser é tetraplégico e engenheiro no Centro Espacial Kennedy da NASA. Embora Nasser esteja em uma cadeira motorizada, ele sabia sobre as dificuldades de quem usa uma cadeira de rodas manual. Muitos, ele diz, experimentaram dor crônica no ombro. Em 2004, quando ele foi encarregado de chegar a um projeto de design sênior para a escola de engenharia, Nasser prevê a primeira versão de Rowheels: Uma roda que usa um sistema de engrenagem para impulsionar uma cadeira para a frente como o usuário puxa para trás. Em 2010, ele entrou no protótipo no concurso de design Tech Brief’s Create The Future – e ganhou. Quatro anos depois, no final de 2014, os primeiros Rowheels estavam no mercado.

O problema com as cadeiras de rodas padrão, de acordo com Nasser, é que eles colocam tensão em um número limitado de músculos mais fracos, e podem criar desequilíbrios musculares nos usuários. E há um monte de usuários – de acordo com o CDC , mais de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos dependem de cadeiras de rodas em seu dia-a-dia. De acordo com Rowheels, aqueles músculos mais fracos “fazem todo o trabalho de propulsão fazendo com que eles se tornem excessivamente usados ​​e apertados, desestabilizando a articulação do ombro”. Muitos que usam a cadeira de rodas desenvolvem Síndrome de Impacto de Ombro, uma condição que causa inflamação ou até mesmo ruptura nos tendões. Como o uso de Rowheels depende de um movimento de puxar, ele “distribui o trabalho de propulsão sobre um maior número de músculos grandes, resultando em menos fadiga e uso excessivo de músculos individuais. Rowheeling estabiliza a articulação do ombro e retrai a escápula(osso grande, par e chato, localizado na porção póstero-superior do tórax), melhorando a postura e reduzindo o risco de Síndrome de Impacto de Ombro “, de acordo com a empresa.

Além de ajudar a evitar dor no ombro, Rowheels melhorar a postura e força , e, no caso do modelo REV-LX, ter cerca de 25% menos esforço para impulsionar para a frente. Jackie Justus, professor de enfermagem da medula espinhal no Zablocki Veterans Administration Medical Center em Milwaukee, disse à Popular Science que o movimento de remo da cadeira poderia ser um “grande passo para poupar [usuários de cadeira de rodas] desgaste”. Rowheels vêm em dois modelos (o REV-LX é mais fácil de usar-se, o REV-HX é mais rápido).

Assista ao vídeo, e conheça mais desta revolucionaria cadeira de rodas:


Fonte: engenhariae

Aplicação de encontros para pessoas com deficiência

Existem aplicações de relacionamentos online para todo tipo de público. O Tinder é certamente o mais popular, mas há outras opções diversas e segmentadas para ligar os utilizadores mais próximo do que procuram. Ao todo são já mais de 4500 empresas de serviços de namoro, mas para, Geoff Anderson, não foi um número suficiente. Encontrou uma diferenciação neste tipo de mercado. Ele explicou que obteve a inspiração depois de trabalhar com instituições sem fins lucrativos para pessoas com deficiência e ao testemunhar as experiências negativas do seu irmão, que tem dificuldades cognitivas, com outras aplicações de relacionamentos. As pessoas com deficiência são, muitas vezes, estigmatizadas – agora poderão superar essas adversidades.

A Glimmer foi projectada para promover a transparência entre os utilizadores e acolher todas as pessoas com deficiências físicas e cognitivas. Esta aplicação social dá a opção de seleccionar e exibir o tipo de deficiência. A partir daí, tudo parece ser familiar: especificar se estão à procura de uma amizade ou um relacionamento amoroso, com homens ou mulheres, e também poderão pesquisar através de vários filtros e configurações de descoberta, incluindo a idade e o tipo de incapacidade. Por exemplo: Para alguém que é surdo e se quer conectar com outras pessoas surdas, a Glimmer torna isso possível.

Em www.glimmerindustries.com estão disponíveis para download as aplicações para Android e iOS.

Fonte: Sábado