A reportagem O que é isso de vida Independente, que esta semana recebeu também uma menção honrosa nos Prémios AMI - Jornalismo contra a Indiferença, conta a história de Eduardo Jorge, tetraplégico após um acidente em 1991, e da sua luta por uma existência autónoma. O activista chegou a fazer greve de fome e a dirigir-se ao Parlamento em cadeira de rodas, num percurso de 180 quilómetros entre Abrantes e Lisboa.
O documentário foi ainda exibido na TVI24 e está disponível numa versão legendada em inglês.
A reportagem Impossível é só um exagero para difícil, da jornalista da SIC Miriam Alves, venceu o Primeiro Prémio Dignitas, acumulando com o prémio na categoria de Televisão. O trabalho acompanha uma colónia de férias organizada pela Associação de Actividade Motora Adaptada que testa um novo modelo no qual os monitores das crianças cegas são crianças que vêem da mesma idade.
O Júri atribuiu ainda uma Menção Honrosa na categoria Televisão à reportagem Corpo sentido de Mafalda Gameiro da RTP.
Na categoria de Rádio o vencedor foi Pedro Mesquita, jornalista da Renascença, pela reportagem O Extraordinário Mundo de Irina. No trabalho, Irina, de 17 anos, fala na primeira pessoa sobre o autismo e o seu percurso até à integração na escola e na sociedade.
A reportagem Semear a Mudança da jornalista Cláudia Pinto, publicada na Notícias Magazine, venceu na categoria de Imprensa. O texto debruça-se sobre a instituição BIPP – Soluções para a Deficiência, que promove a inclusão de jovens com deficiência no mercado de trabalho.
Por fim, na categoria de Jornalismo Universitário, o prémio foi entregue ao aluno Tomás Albino Gomes, da Escola Superior de Comunicação Social, pelo trabalho A Genética do Amor.
O Prémio Dignitas, que se encontra na oitava edição, é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Deficientes e recompensa anualmente trabalhos jornalísticos dedicados ao tema da deficiência, nomeadamente aqueles que valorizem "a dignidade das pessoas com deficiência,os seus direitos humanos e a sua inclusão social".
O Júri desta edição foi constituído por Humberto Santos, da Associação Portuguesa de Deficientes, Anabela Lopes, da Escola Superior de Comunicação Social, António Belo, da Amnistia Internacional, Paulo Neves, Professor no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, e David Rodrigues, Presidente da Direção da Associação Pró Inclusão.
A entrega dos prémios está marcada para o dia 3 de Maio na Assembleia da República, numa cerimónia com início às 9h30.
Fonte: Público