domingo, 29 de novembro de 2015

Jorge Falcato: O improvável deputado da nação

Estará a Assembleia da República preparada para receber um político paraplégico? 


O Linha da Frente acompanhou Jorge Falcato, o primeiro deputado em cadeiras de rodas do Parlamento.

Veja AQUI a reportagem completa.

Não deveria ser noticia uma cega no Governo

Por João Adelino Faria

No parlamento há um deputado paraplégico, e nas eleições houve uma candidata transexual. Só é lamentável que tudo isto ainda seja notícia em Portugal.


Foi uma das melhores respostas de sempre de um primeiro-ministro aos jornalistas. Após ter sido eleito chefe do governo do Canadá, perguntaram ao jovem Justin Trudeau porque tinha escolhido um executivo com 15 mulheres, um quadriplégico, uma cega, um refugiado afegão e um sikh. Sem pestanejar, respondeu incrédulo: ”Porque estamos em 2015!”.

Na Alemanha, um dos homens mais poderosos, o ministro das finanças Wolfgang Schauble, desloca-se numa cadeira de rodas mas ninguém nota, não é relevante. Os britânicos tiveram um cego como um dos mais competentes ministros. David Blunkett ocupou várias pastas mas foi como ministro do interior que se destacou. Manteve o Reino Unido seguro e combateu sem descanso o terrorismo, sempre sem mostrar um sinal de fraqueza ou de incapacidade. Só precisava do cão guia, nada mais.

Em Portugal ainda combatemos o preconceito de forma preconceituosa. Há mesmo muito para fazer pela inclusão, e seguramente não é com o exaltar na imprensa das diferenças de alguns dos novos governantes e deputados que caminhamos no bom sentido. É quase chocante perceber que factos como estes ainda fazem manchetes nos nossos jornais. Devemos elogiar e aplaudir estas pessoas por terem sido escolhidas, ou eleitas, para desempenhar funções tão importantes. Seguramente estão nestes cargos porque são as mais competentes, talvez até as suas diferenças e em alguns casos deficiências as tenham tornado mais capazes para a tarefa que têm pela frente. Devemos-lhes, no entanto, o respeito e a obrigação de não as destacar pelas razões erradas.

Infelizmente, ainda estamos muito atrasados, ou distraídos, em relação a um assunto que já não o deveria ser neste século. Talvez eu tenha o privilégio de ter sido educado naturalmente nesta matéria. Não consigo por isso entender esta discriminação, mesmo que involuntária e inconsciente nos jornais.

Um amigo meu está há anos numa cadeira de rodas, não tem qualquer mobilidade e é cego, mas faz-me esquecer todos os dias que é diferente. Apesar das grandes dificuldades, tirou um mestrado em gestão (e foi um dos melhores alunos), está a escrever um livro, tem projetos para transformar cidades e financiar obras que ajudem a facilitar a vida dos deficientes. Para além de tudo isto, tem um sentido de humor único e uma ironia requintada. Ele nunca se queixa, nem culpa ninguém pelo acidente que o deixou nesta situação. Talvez por isso, quando estamos juntos, esqueço quase todas as suas limitações, com as quais ele já se habituou a viver! Os dois discutimos filmes que ele “vê”, livros que ele “lê” e até as festas onde foi. Com ele ironicamente a vida parece-me bem melhor, mais fácil, mais normal. Se ele já derrubou tantos e difíceis obstáculos, porque será que nós ainda não conseguimos sequer ultrapassar a simples discriminação?

Fonte: Dinheiro Vivo

Jovens com deficiência com acesso a sedação para tratar os dentes

A partir de março, as crianças e jovens portadores de deficiência que precisam de sedação para tratar dos dentes vão ter acesso a cheques-dentista e poderão ser tratados nos serviços de estomatologia dos hospitais.

O alargamento do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, que vai entrar em vigor a partir de março do próximo ano, prevê que devem receber cheque-dentista as crianças e jovens de 7, 10 e 13 anos com necessidades especiais de saúde, nomeadamente portadores de doença mental, paralisia cerebral ou trissomia 21 que ainda não tenham sido abrangidas pelo programa. 

"Pretendemos criar condições para que estes jovens consigam ser efetivamente tratados. Para isso vamos contar com os serviços de estomatologia dos hospitais, que darão certamente resposta a estas situações", explicou à agência Lusa o coordenador do Programa Nacional, Rui Calado. 

Muitos jovens portadores de deficiência acabam por não conseguir ser tratados no consultório com um cheque-dentista, uma vez que não têm condições de colaborar no tratamento e necessitam então de sedação. Outra das novidades a partir de março, recordou Rui Calado, é que o serviço público "garantirá a totalidade do financiamento dos cuidados de saúde oral básicos até aos 18 anos". 

Os cheques-dentista vão assim começar a ser distribuídos também aos jovens de 18 anos que tinham sido beneficiários do programa e concluído o plano de tratamentos aos 16 anos. Serão também abrangidos os infetados com VIH/sida que já não façam tratamentos há mais de dois anos, sendo-lhes atribuídos dois cheques-dentista para um ciclo de tratamentos.

Fonte: CM

Dia da pessoa com deficiência em Guimarães

Guimarães vai assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com iniciativas marcadas para a próxima quinta e sexta-feira. A leitura do pregão depois da marcha inclusiva e um espectáculo são algumas das actividades.

Em conferência de imprensa, realizada esta sexta-feira no salão nobre da Autarquia, o Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência apresentou o programa de comemorações, numa cerimónia que contou com intervenções do Presidente da Câmara, Domingos Bragança, da Vereadora responsável pela Acção Social, Paula Oliveira, e ainda de Rosa Guimarães, em representação daquela entidade municipal, e Maria de Jesus, do Agrupamento de Escolas de Abação.

O programa das comemorações prevê no dia 3 de Dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - a realização do espectáculo «Diferentes vozes pela inclusão», pelas 10h00, no grande auditório do Centro Cultural de Vila Flor.

No dia 4, pelas 10h30, a iniciativa prossegue com a 3ª edição da Marcha Inclusiva que sairá do Paço dos Duques de Bragança e terminará diante do edifício da Câmara Municipal. Os participantes serão recebidos pelo Presidente da Câmara e vão ler um pregão, encerrando as comemorações com uma largada de pombos.

Este ano, o Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência propôs que as comemorações decorram sob o lema «Cidades Inclusivas, Acessibilidade e Capacitação para Todos».

Fonte: Guimarães Digital

Musicoterapia e Dança Inclusiva para pessoas com necessidades especiais no Conservatório de Música da Jobra

O Conservatório de Música da Jobra (CMJ) está a alargar o leque ao nível da oferta formativa. Neste sentido, estão abertas as inscrições para os Cursos Livres de Musicoterapia e Dança Inclusiva destinados a pessoas com necessidades especiais (portadoras de deficiência) de todas as idades. O CMJ apresenta uma grande experiência e sensibilidade nesta área de formação visto que, em anos letivos anteriores, lecionou o Curso de Musicoterapia especificamente direcionado para crianças com espectro de autismo.

O Departamento de Apoio ao Aluno (DAA) tem um papel fundamental na lecionação dos Cursos Lives de Musicoterapia de Dança Inclusiva pois vê cada aluno como sendo único. O DAA pretende contribuir para o desenvolvimento harmonioso a todos os níveis: individual, emocional, familiar, escolar, social e profissional. E pretende também o sucesso educativo dos alunos, numa lógica de inclusão social geradora de oportunidades.

A Musicoterapia destina-se a pessoas que desejem melhorar a forma de comunicação, a expressividade, as relações interpessoais, a noção do corpo e as capacidades psicomotoras, bem como promover a integração social e, consequentemente, a sua autoestima e qualidade de vida.

O CMJ irá também lecionar aulas de Dança Inclusiva onde pretende que os seus alunos vejam o seu próprio corpo como uma riqueza e não como uma limitação. Assumindo a criatividade como um pressuposto, este curso irá permitir que cada aluno crie e desenvolva o seu próprio movimento expressivo com liberdade e espontaneidade.

As inscrições para as aulas de Musicoterapia e Dança Inclusiva já estão abertas. Para mais informações poderá contactar-nos através do telefone 234 541 300 ou diretamente nas nossas instalações, no Centro Cultural da Branca.

Sugerido por Rute Barros. Fonte: Gazeta dos Artistas

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Apresentação do projecto-piloto sobre Vida Independente da CML

A Câmara Municipal de Lisboa encontra-se a desenvolver um projecto-piloto pela Vida Independente.
 No próximo dia 3 de Dezembro assinala-se o dia Internacional das Pessoas com Deficiência,tendo a CML escolhido este dia para marcar o inicio do funcionamento do projecto-piloto, bem como promover um debate no Salão Nobre dos Paços do Concelho, entre as forças politicas com assento na Assembleia da Republica sobre esta temática. 

PROGRAMA PROVISÓRIO

9;00 Sessão de Abertura
-João Afonso, Vereador dos Direitos Sociais da CML
-Diogo Martins,Presidente da Direcção do Centro de Vida Independente
9;30 Documentário “O que é isso de Vida Independente?’’,da jornalista Vera Moutinho e apresentado pela autora
10;00 Debate sobre o direito à Vida Independente,o projecto-piloto da CML e possíveis politicas sobre a temática
-Vera Moutinho,jornalista do "Público",moderadora
-Representantes dos Partidos com assento na Assembleia da República
-Eduardo Jorge,protagonista do documentário e activista da Vida Independente
11;30 Fim dos trabalhos

Enviado por e-mail

Projeto "aconteSer"

-O aconteSer é um site onde a questão da deficiência é o ponto de partida.

-É um órgão independente e aberto à participação de todos.
-Os temas tratados serão da responsabilidade dos seus autores.

-Os conteúdos divergirão, valorizando-se os de opinião, de investigação, entrevistas a pessoas com deficiência e a organismos com responsabilidades nesta área, reportagens e depoimentos pessoais, para além de artigos culturais, desportivos ou de interesse em geral.

-Serão valorizadas colaborações de pessoas que queiram intervir, através de ideias, sugestões ou por outras razões, no aconteSer, e em conjunto, criar estratégias que beneficie a integração da pessoa com deficiência.

-Trazer para o aconteSer, instituições e profissionais ligadas à deficiência.

Conheça-o melhor AQUI

INR, mostra talentos artísticos das pessoas com deficiência

O Instituto Nacional para a Reabilitação promove, entre 30 de novembro e 4 de dezembro uma Semana Cultural, iniciativa que dá visibilidade pública às capacidades e talentos artísticos das Pessoas com Deficiência, nas áreas da pintura, dança, música e artes plásticas, leitura, performances teatrais e culinária.

Esta iniciativa contribui para sensibilizar a sociedade para os direitos destas Pessoas, consagrados na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Para saber mais sobre as atividades de cada dia temático da Semana Cultural, consulte os Programas:
30 de novembro / Time Out Market Lisboa - Mercado da Ribeira - Dança
01 de dezembro / Museu da Eletricidade - Música
02 de dezembro / Atmosfera M - Livros
03 de dezembro / Fundação Calouste Gulbenkian - Artes Plásticas
04 de dezembro / Academia INATEL - Artes para PEQUENOS artistas (ESGOTADO)

Entrada gratuita.

Fonte: INR

Conheça as cidades mais acessíveis do mundo

Cidades como Melbourne, Estocolmo e Playa del Carmen se destacam no segmento, com recursos inovadores que auxiliam na locomoção das pessoas com deficiência. Apesar de caminhar a passos lentos em alguns países, turismo tende a ficar cada vez mais acessível.


Rampas ao invés de escadas, descrições em braile e transportes adaptados. Na maioria dos destinos turísticos do planeta, ainda é difícil encontrar essas adequações e, por isso, viajar ainda é um desafio para pessoas com deficiência. No entanto, alguns destinos pelo mundo fogem desta regra, e oferecem acessibilidade não somente nos aeroportos e hotéis, mas em toda a cidade. Por isso, estes são verdadeiras referências no segmento.

Barcelona é um dos modelos neste quesito. A metrópole se reestruturou em todos os aspectos a partir dos Jogos Olímpicos de 1992, e hoje figura entre os principais destinos do mundo. No entanto, a boa notícia é que não são só os grandes centros que têm estruturas para portadores de necessidades especiais. Outras cidades também são surpreendentemente acessíveis, como Liubliana, na Eslovênia, e Playa del Carmen, no México.

Roteiro promove Turismo de Braga junto da população com deficiência

Foi apresentado, dia 25 de Novembro, no Posto de Turismo de Braga, o Roteiro Acessível ‘Profitecla na Rua’. Desenvolvido por alunos do curso de Turismo da Escola Profissional Profitecla, o Roteiro Acessível consiste num itinerário gratuito especialmente adaptado para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

O itinerário pressupõe a passagem por diversos pontos turísticos da Cidade de Braga e será realizado no dia 3 de Dezembro, data simbólica por se tratar do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Os interessados em participar nesta iniciativa, que será dirigida pelos próprios alunos que criaram o roteiro, deverão inscrever-se previamente junto do Posto de Turismo através dos seguintes contactos: 253 262 550 ou turismo@cm-braga.pt. As visitas decorrerão entre as 10h30 e as 12h00 e as 14h30 e 16h00.

Segundo António Barroso, do Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara Municipal de Braga, este é mais um passo no sentido de afirmar Braga como Cidade inclusiva e acessível para receber os turistas e também para quem nela vive. “Este é o fruto de um valioso trabalho em rede entre várias instituições e o objectivo é que este roteiro perdure para além do dia 3 de Dezembro e seja posteriormente utilizado pelos nossos serviços”, afirmou, garantindo que o Município está empenhado em eliminar as barreiras arquitectónicas e criar melhores condições para que esta franja da população possa ´melhor usufruir do riquíssimo património da Cidade´.

António Barroso realçou o carácter pedagógico da iniciativa, garantindo que a elaboração do roteiro confere aos jovens uma ´formação prática extremamente valiosa´. “É importante que os alunos percebam as oportunidades que surgem com o incremento dos visitantes e desenvolvimento do sector turístico no Concelho e consigam, com ideias novas e criativas, preencher as lacunas que existem nesta área”, disse, referindo ainda que é ´essencial´ sensibilizar os empresários do comércio, restauração e hotelaria para a mais-valia que representa adaptarem os seus estabelecimentos às necessidades das pessoas com deficiência.

Por seu turno, Hugo Sá, coordenador do Curso Técnico de Turismo da Profitecla, sublinhou que a ideia da criação do roteiro surgiu do compromisso estabelecido com a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) de dar ´maior visibilidade e oportunidades às pessoas com deficiência´.
“Desses contactos directos surgiu o repto de pensarmos na criação deste itinerário sem barreiras, que teve a adesão imediata das entidades parceiras. Demonstramos aos alunos que há na região quem acredite nas suas ideias e ajude a materializa-as”, adiantou, referindo também que os jovens estão agora ´muito melhor preparados para lidar com a realidade da deficiência´.
O projecto conta com a parceria do Município de Braga, da Associação Comercial de Braga, da Associação Portuguesa de Deficientes e do Turismo Porto e Norte.

Fonte: Correio do Minho

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Primeira Secretária de Estado cega

Não gosta da expressão invisual, considera-a politicamente correcta. Prefere cega ou deficiente visual. Ana Sofia Antunes, 33 anos, é provedora do cliente da EMEL, presidente da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal e integrou as listas de candidatos a deputados do PS por Lisboa. Estava em 19.º lugar, posição que em Agosto se considerava elegível, pelo que se pensava que poderia ser a primeira deputada cega a sentar-se no hemiciclo depois das legislativas. Dizia ter vontade de mudar o que já devia ter sido mudado e não teve medo das palavras: “Um país que não respeita os seus deficientes não tem respeito por si próprio.”

Nasceu com deficiência visual, frequentou uma escola especializada nos primeiros anos e depois fez todo o percurso escolar até à faculdade enfrentando e superando as dificuldades que existiam, e existem. Isso fê-la perceber o muito que ainda há por fazer em relação a pessoas com deficiência visual ou outras deficiências. É uma activista, com um longo caminho na ACAPO, de que é presidente desde Janeiro de 2014.

Quando foi convidada para integrar as listas do PS como independente, ficou surpreendida, mas “feliz”. Se tivesse sido eleita seria a primeira deficiente visual a sentar-se no Parlamento como deputada. Seria simbólico mas mesmo assim já vinha tarde, lamentava.

“Nós, ao contrário de outros países europeus, nunca tivemos pessoas com deficiência a ocupar cargos como deputados ou no Governo”, nota, considerando que essa lacuna, em termos de representação, “diz muito” sobre a própria sociedade e sobre o país. Por isso, não podia recusar o desafio: “Aceitei com muito orgulho. Mais do que a minha ida para o Parlamento, é uma abertura de portas para as pessoas com deficiência.”

Sabia que o que esperavam dela era que levasse as questões relacionadas com a inclusão e a igualdade para a Assembleia da República. Ainda assim, não pretendia fechar-se “numa espécie de gueto”, com apenas uma causa, uma bandeira. Não se é eleito apenas por um conjunto de cidadãos, mas “por todos”, ressalvou.

Apesar de ter essa ideia presente, quando questionada sobre o que pretendia fazer caso viesse a sentar-se no hemiciclo, Ana Sofia Antunes tinha as respostas todas na ponta da língua. Eram muitas as propostas. Dois exemplos apenas: queria bater-se pelas medidas compensatórias dos custos da deficiência e pela criação de uma lei de bases da vida independente. Terá agora mais poder para o fazer.

Sobre o primeiro ponto, dizia haver “estudos de entidades independentes que demonstram aquilo que é a realidade das pessoas com deficiência e o que significa a mais no orçamento familiar”.

“Obviamente que existem algumas medidas a nível fiscal que tentam minorar o impacto a nível do IRS, mas não são suficientes. O que temos é uma dedução à colecta um pouco superior às restantes pessoas”, explicou. E o que Ana Sofia Antunes defendia que deve ser estudado é a existência de “um complemento” que permita fazer face a despesas adicionais.

“Se tenho uma deficiência motora, não tenho culpa de ter nascido com esta característica”, argumentou, acrescentando que apoiar estas pessoas chama-se Estado Social. Se tal não acontece, “é um país que não respeita os seus deficientes”. E um país que não respeita os seus deficientes é “um país que não tem respeito por si próprio”.

Sobre a criação de uma lei de bases da vida independente, explicou que se pretende analisar “de que forma é que as verbas investidas pelo Estado a institucionalizar pessoas podem ser atribuídas directamente à pessoa para viver de uma forma autónoma, na sua habitação”, ou seja, os montantes podiam servir para pagar a assistentes que auxiliassem as pessoas com deficiência em casa.

Ana Sofia Antunes trabalhou na Câmara Municipal de Lisboa entre 2007 e 2013, era então presidente o actual secretário-geral socialista e primeiro-ministro indigitado, António Costa. Licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa, fazia assessoria jurídica no departamento da mobilidade.

Foi já depois de ter feito estágio, entrado na Ordem dos Advogados e exercido um ano de advocacia que recebeu o convite para ir para a câmara. Lá, começou a mexer-se, a querer fazer mais, a mostrar preocupação com as barreiras arquitectónicas em Lisboa, por exemplo. Fez parte de um grupo pequeno que começou um plano de acessibilidade pedonal na cidade.

Ana Sofia Antunes, que cresceu em Corroios, Seixal, frequentou uma escola especializada nos quatro primeiros anos. Além das outras disciplinas, aprendeu Braille, dactilografia “fundamental” no uso que faz do computador actualmente, e estenografia. Depois foi para o ensino regular, no qual já sentiu “lacunas a nível de apoios”.

Na faculdade, gravou muitas aulas para poder estudar. No 2.º ano os pais deram-lhe um computador, “uma grande revolução”. O computador de Ana Sofia Antunes tem um softwarepróprio, que lhe permite ler.

Fonte: Público

Jorge Falcato: O Improvável Deputado da Nação

“O Improvável Deputado da Nação”, Linha da Frente, sábado 20:45 a seguir ao Telejornal.

Onde quer que vá, no primeiro dia e no resto na vida, Jorge Falcato deseja circular livremente. Sem gente que lhe abra as portas. No novo trabalho, o deputado eleito pelo Bloco de Esquerda quer ser uma pessoa como outra qualquer.

Será que consegue?

Estará a Assembleia da República preparada para receber um político paraplégico?

E na casa que aprovou a legislação sobre acessibilidade, estão a cumprir-se as leis?

Durante duas semanas, o Linha da Frente acompanhou o primeiro deputado em cadeiras de rodas do Parlamento.

Sem ajudas ou funcionários a empurrar, pelas suas próprias rodas, o anfitrião mostrou à RTP os cantos da casa.

Quem é este homem que venceu a morte?
Como ficou paraplégico aos 24 anos?

“O Improvável Deputado da Nação”, é uma reportagem da jornalista Sandra Vindeirinho, com imagem de Pedro Boa-Alma, edição de Miguel Teixeira, grafismo de Sónia Lourenço, pesquisa de Rita Rodrigues, produção de Cristina Godinho e coordenação de Mafalda Gameiro.

Para ver no próximo sábado dia 28 de Novembro na RTP1 a seguir ao Telejornal, pelas 20:45.

EU: Também participo na reportagem.

Uma tira de fita-cola na boca para mostrar que “ser deficiente não é um insulto”

A associação BIPP (Banco de Informação de Pais para Pais) – Inclusão para a Deficiência lançou esta segunda-feira uma campanha de sensibilização nas redes sociais que condena o uso de expressões como “deficiente mental” ou “atrasado mental” como insulto ou para censurar determinados comportamentos humanos. Chama-se “Ser deficiente não é um insulto” e a ideia é mostrar que termos como estes acabam por promover comportamentos de exclusão social dos cidadãos com deficiência.

“As pessoas utilizam frequentemente estas expressões com uma conotação negativa, de forma corriqueira, quando querem insultar alguém que é incompetente a conduzir, por exemplo, e não se apercebem que isso acaba por gerar a exclusão social das pessoas deficientes”, explicou ao PÚBLICO Joana Santiago, presidente do BIPP. “A educação linguística é importante para que as deficiências não continuem a ser citadas servindo de insulto”, acrescenta.

Para isso, a associação criou um um desafio no Instagram, no qual convidam toda a gente a partilhar uma selfie com uma tira de fita-cola na boca e o insulto escrito de “que foi alvo ou que utilizou”. De seguida, a ideia é que a fotografia seja publicada juntamente com a descrição da situação em que esse insulto foi usado, acompanhada das hastags #bipp e #naoeinsulto. “As pessoas partilham e convidam os amigos a fazer o mesmo”, explica Joana Santiago. “É uma forma diferente e divertida de fazer a sensibilização”, continua. A associação aposta ainda na divulgação da iniciativa através de outras redes sociais e de um site criado especificamente para a campanha.

A associação lembra que no Instagram termos como deficiente,freak ou mongloide são frequentemente usados. Nessa rede social, a hashtag #deficiente foi usada 93.308 vezes, #mongo tem 70.000 utilizações, e #anormal tem 52.000 utilizações, por exemplo. A hashtag mais usada é #freak (393.005).

A BIPP pretende fazer chegar este desafio ao maior número de pessoas possível e, para isso, convidou algumas caras bem conhecidas para se associarem a esta cadeia, “gerando um efeito de multiplicação”, explica a associação. Silvia Rizzo, Rita Salema, Mariana Monteiro, Heitor Lourenço, Henrique Feist, Cifrão, Kátia Aveiro, Cinha Jardim ou Bibbá Pitta são alguns dos nomes que já disseram que vão aderir à campanha. As autoras dos blogs A Pipoca Mais Doce (Ana Garcia Martins), A Curiosa (Iva Lamarão) ou Coquette à portuguesa (Jael Correia) já partilharam as suasselfies.

“Ser deficiente não é um insulto” vem no seguimento do projecto “Diferente ou Defeito”, uma iniciativa lançada pela BIPP em Junho, e que visou lançar uma loja online de doações. Cada contribuição serve para apoiar acções de solidariedade promovidas pela associação.
Fonte: Público

3.ª Edição do Catálogo de Obras de Arte de artistas com deficiência

A ANACED acaba de editar, com o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. no âmbito do seu Programa de Financiamento a Projectos, a 3.ª Edição do Catálogo de Obras de Arte para venda cumprindo, uma vez mais, o objectivo de divulgação do trabalho artístico produzido por artistas com deficiência, aproximando-os do grande público e contribuindo para a comercialização da sua arte que, não só beneficiará os próprios, como também os seus tutores e instituições nas quais desenvolvem o seu trabalho criativo.

As 132 obras nele apresentadas, disponíveis para venda, são da autoria de alguns dos artistas inscritos na ANACED e revelam, através das técnicas, dos traços, da força estética, das cores, das luzes e das texturas usadas a grande criatividade, talento e sensibilidade artística dos mesmos.

Convidamo-lo, assim, a apreciar este conjunto artístico em http://anacedarte.wix.com/anaced#!catlogo-de-obras-de-arte/c1ej9 e a adquirir uma ou mais das obras que o compõem, solicitando igualmente a colaboração de todos no reencaminhamento desta divulgação, a outros potenciais interessados.

Se estiver interessado em adquirir uma das obras, queira por favor contactar a ANACED, enviando um e-mail para anaced@net.sapo.pt, indicando a Ref. da obra que pretende adquirir.

Agradecendo a atenção dispensada a este projecto, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,

A Direcção da ANACED

Pensão de invalidez: novas regras podem significar menos beneficiários

A comissão de especialistas que estudou as alterações ao regime especial de pensão de invalidez reconhece que os novos critérios para atribuição deste apoio podem resultar numa diminuição do número de beneficiários abrangidos, ao contrário do que tem vindo a ser afirmado pela tutela e pela segurança social.

As alterações a este regime estão a ser postas em causa por associações de doentes, de reformados e pelo bastonário da Ordem dos Médicos, para quem, a partir de 1 de Janeiro, só os doentes “em estado terminal” passarão a ter acesso a este apoio especial. O Bloco de Esquerda apresentou um pedido de apreciação parlamentar, que será debatido em 3 de Dezembro.

Sublinhando que o princípio a que a alteração obedeceu “está correcto”, o secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, admitiu ao PÚBLICO que a legislação ainda pode vir a ser “corrigida”, se se perceber que há algo no seu texto que contraria o objectivo inicial. O regime especial abrange pessoas habitualmente ainda jovens e com uma carreira contributiva curta, com doenças que, pela sua gravidade e evolução, podem conduzir com rapidez a situações extremamente incapacitantes.

Num relatório de 16 páginas – que o Instituto da Segurança Social (ISS) até hoje não quis divulgar mas a que o PÚBLICO teve acesso –, os especialistas da comissão nomeada para estudar esta matéria começam por observar que até haverá um aumento de beneficiários, dado que, em vez das actuais oito doenças (paramiloidose familiar, doença de Machado-Joseph, HIV/sida, cancros, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, Parkinson e Alzheimer), passam a estar abrangidas, em teoria, todas as patologias muito incapacitantes.

Os indicadores recolhidos apontam para isso mesmo: no Instituto da Segurança Social (SS), os casos passariam num mês de 398 para 484, com as novas regras, e, na Caixa Geral de Aposentações, de 46 para 67. Um aumento, portanto. “Não obstante, poderá registar-se uma diminuição do número de beneficiários abrangidos pelo regime de protecção especial na invalidez, facto que se verificou em alguns serviços de verificação de incapacidade permanente do ISS”, assumem os peritos no relatório, sem especificar de que forma ocorre esta redução.

Em vez de aumentarem a lista de patologias, os especialistas recomendam uma "alteração de paradigma": em vez de uma lista de doenças, que seria, por si só, "injusta e falível", devem ser valorizadas as suas consequências e o impacto em meio laboral, preconizam.

Morte no prazo de três anos
A recomendação foi seguida e o Decreto-Lei nº 246/2015, de 20 de Outubro, veio condicionar o acesso a este apoio especial a vários critérios cumulativos, um dos quais tem sido sido vergastado pelos críticos - o do que a situação de incapacidade permanente para o trabalho decorra de doença que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos”.

“Esta redacção é completamente estúpida. Significa que os doentes só podem receber a pensão de invalidez quando estão completamente de rastos”, critica o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, que nota que nenhum médico pode prever que um doente vá morrer no prazo de três anos.

Numa resposta enviada ao PÚBLICO, o Instituto da Segurança Social garante que a OM foi ouvida sobre esta matéria, concretamente os colégios de especialidade de genética médica, de neurologia e de medicina física e reabilitação. José Manuel Silva precisa, porém, que os colégios foram ouvidos “apenas sobre a lista de doenças a acrescentar” nao sobre a redacção final do decreto-lei.

A leitura do relatório da comissão permite ainda perceber que, uma primeira fase, quando ainda estavam a considerar os grupos de patologias a incluir, os especialistas puseram de lado o HIV/sida e a doença oncológica, a primeira porque é actualmente “uma doença crónica raramente incapacitante” e a segunda porque, “embora venha a ser previsivelmente a primeira causa de morte, é hoje, num número crescente de casos, uma doença crónica com períodos de remissão completa de muitíssimos anos”.

Os peritos ainda chegaram a considerar criar uma nova lista com 21 grupos de doenças, como a artrite reumatóide, as insuficiências respiratórias, renais e hepáticas, e as doenças cérebro-vasculares, mas concluiram que não era possível, “com rigor e fiabilidade”, elaborar uma lista desta natureza, por causa do “risco de falhas e consequente injustiça”. A alteração de paradigma “elimina os casos, em número significativo, de benefício indevido pela imprecisão das condições e alarga estes benefícios a um número reduzido de pessoas com doenças raras, funcionalmente restritivas, que deles estavam excluídas”, sintetizam.

Esclarecendo que não há qualquer alteração à pensão de invalidez do regime geral e à pensão social de invalidez mas apenas ao regime especial, “que estava até agora limitado apenas a um conjunto reduzido de doenças”, o ISS frisa que a revisão das regras até pretendeu “abranger um maior número de pessoas”. Mais importante do que a doença diagnosticada é a sua consequência e impacto no contexto laboral, sublinha o ISS, que argumenta que se alarga agora o âmbito do regime especial “às situações de incapacidade resultantes de todas as doenças que pela sua gravidade e evolução geram rápidas situações de dependência e de incapacidade permanente para o trabalho”. A lei fica “ mais justa, abrangente e equilibrada, sem qualquer perda de direitos”.

Alexandre Diniz, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), um dos médicos que integrou a comissão, explica também que, com esta alteração de paradigma, “deixa de prevalecer a doença”, e o que passa a contar é o seu impacto na vida laboral de uma pessoa. “As pessoas com doenças oncológicas ou com HIV/SIDA ou outra doença incapacitante, neste paradigma, não ficarão excluídas, desde que cumpridos os critérios cumulativos”, assegura. A existência de uma lista de doenças "fere o princípio da equidade e o princípio da justiça".

A comissão propôs ainda que os serviços de avaliação de incapacidade permanente para o trabalho, deficiência e dependência, possam passar a utilizar, complementarmente, na peritagem médica, a nova Tabela Nacional de Funcionalidades, o que permitirá "a quantificação em vez da subjectividade".

Mas Paulo Silva Pereira , da TEM - Associação de Doentes com Esclerose Múltipla, a primeira associação a contestar a nova legislação, defende que esta tabela, que esteve em período experimental até Junho deste ano, é “muito apertada”. “Pode acontecer o ridículo que um doente em estado grave seja dado como capaz. Desde que fale, ande, vista e se lave”, enfatiza.

Fonte: Público

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Vida Independente: Chegou a oportunidade pela qual Carina e Madalena esperavam para mudar de vida

Carina e Madalena têm 32 anos, 18 dos quais passados em cadeiras de rodas, a viver numa casa que não está adaptada às suas necessidades e numa situação de grande dependência da sua mãe. Agora que souberam que foram escolhidas para integrar o projecto-piloto que a Câmara de Lisboa está a promover na área da Vida Independente, as gémeas acreditam que chegou finalmente a oportunidade pela qual ansiavam para começar uma nova vida.

Foi ainda em 2014 que a autarquia avançou com este projecto, que se pretendia que envolvesse, por um período de dois anos, cinco a dez pessoas “com deficiência, com limitações físicas que impeçam a realização autónoma de tarefas da vida diária”. A ideia era que a essas pessoas fosse dada a oportunidade de contratarem, com verbas disponibilizadas pela câmara, assistentes que lhes dessem o apoio de que necessitavam em casa.

A iniciativa, pela qual deu a cara o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso, foi desde então ganhando forma: a proposta inicial da câmara foi submetida a um período de auscultação pública da comunidade de pessoas com deficiência e foi constituído o Centro de Vida Independente (CVI), a associação que vai gerir o projecto-piloto. Já neste mês de Novembro, o município e o CVI assinaram um protocolo de colaboração, que prevê a transferência para o segundo de 152 mil euros e a disponibilização de “até três fogos municipais”, destinados a beneficiários do projecto que tenham necessidade de uma habitação.

Em paralelo, a associação, que se apresenta como tendo “por objectivo base a defesa e a divulgação da filosofia de Vida Independente em Portugal”, abriu um processo de candidatura para os “utilizadores” e outro para os “assistentes pessoais”. Os primeiros tinham que ter entre 18 e 64 anos, residir ou trabalhar no concelho de Lisboa e ser pessoas “com deficiência, dependentes de terceiros nas actividades da vida diária”.

Segundo disse ao PÚBLICO o presidente da direcção do CVI, houve entre “15 a 20” candidaturas aos lugares de utilizadores, apresentadas por pessoas com situações “diversificadas”. Para fazer a selecção daquelas que iriam entrar neste projecto-piloto foi, como explica Diogo Martins, formado “um grupo de trabalho”, cuja missão “obviamente não foi fácil”.

“Tentámos medir em termos de ganhos pessoais e de objectivos atingíveis e conseguimos conjugar com outros ganhos, como familiares ou habitacionais. Não é uma coisa muito mensurável em termos financeiros ou coisa do género. Às vezes, só a pessoa poder levantar-se e sair de casa já é um grande ganho”, diz o presidente da associação, para explicar como foi feita a selecção dos cinco felizes contemplados.

Uma selecção que foi dada como certa numa reunião do CVI à qual o PÚBLICO assistiu a 13 de Novembro, data em que foram aliás enviados mails a todos os candidatos dizendo se tinham ou não sido escolhidos. Para que este processo seja dado como concluído falta apenas uma formalidade: a ratificação pela Assembleia do CVI.

"Se a minha mãe me falta sou institucionalizada"
Duas das escolhidas foram Carina e Madalena Brandão, que sofrem de polineuropatia muscular, uma deficiência congénita que as atirou para cadeiras de rodas quando tinham 14 anos. Desde essa altura vivem num pequeno apartamento, no rés-do-chão de um edifício na Avenida da República, em Lisboa. Uma casa em que residem por a sua mãe ser a porteira do prédio e na qual não podem por isso fazer as obras que seriam necessárias para a adaptar à sua condição física.

Nos últimos anos, as gémeas de 32 anos licenciaram-se em Psicologia Social e das Organizações e tiveram diferentes experiências profissionais. Agora estão a frequentar um mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde e a realizar estágios profissionais, actividades que acumulam com várias outras, como a natação, a ginástica e a dança e a participação no CVI.

“Isto só é possível porque temos o apoio de uma terceira pessoa”, reconhece Carina referindo-se à mãe, Cristina, de quem ela e a sua irmã dependem para actividades aparentemente tão simples como entrar e sair dos carros que conduzem nas suas deslocações diárias, cozinhar e tomar banho, entre muitas outras coisas. A licenciada em psicologia reconhece que essa dependência é motivo de preocupação: “quando tinha 24, 25 anos comecei a pensar mais no futuro e a pensar que se a minha mãe me falta eu sou institucionalizada”, confessa.

Um receio que é partilhado por Madalena, para quem não é solução de futuro transferir para um namorado ou para um marido os encargos agora atribuídos à sua mãe. “Eles não têm que ser nossos enfermeiros, nossos cuidadores”, diz, defendendo que é exactamente para assumir esse papel que faz sentido que exista a figura do assistente pessoal.

Nas candidaturas que apresentaram, Carina e Madalena identificaram a necessidade de ter um assistente durante a manhã e ao fim do dia. A ideia, explicam, é terem alguém que as ajude a fazerem a sua higiene e a vestirem-se, que prepare as suas refeições, que limpe a casa e trate da roupa.

Além disso, as gémeas manifestaram interesse em poder mudar-se para um fogo municipal que, ao contrário do que acontece na casa em que hoje moram, esteja adaptado às suas necessidades. “Já estava a pensar há dois anos em sair de casa mas não reunia as condições para alugar uma casa e para pagar a um assistente”, diz Carina, sublinhando que a participação no projecto-piloto vai permitir dar resposta a essas duas necessidades.

“Quando sair de casa vou começar uma nova etapa de vida em que vou poder ser eu e não eu mais a minha mãe”, congratula-se, admitindo que com essa mudança passará também a ter uma série de novas “responsabilidades”. “Vai ser um grande desafio para mim perceber até onde vão os meus limites”, conclui Carina.

Também Madalena deposita grandes esperanças nesta iniciativa, não só por si e pela irmã, que vão “crescer como pessoas”, mas também pela sua mãe, que “vai ter mais liberdade”. “A minha mãe está sempre preocupada se vai estar em casa quando voltamos. Deixa de fazer muitas coisas para nos apoiar”, lembra. “Ela vive em função de nós. Está na altura de retomar a sua vida e a sua independência”, anui Carina.

Assistentes pessoais procuram-se
Além das gémeas, vão beneficiar deste projecto-piloto da Câmara de Lisboa outras três pessoas, duas das quais solicitaram também que lhes fossem atribuídos fogos municipais. Segundo o presidente da direcção do CVI, as cinco pessoas seleccionadas identificaram, no total, a necessidade de ter o apoio de assistentes pessoais 659 horas por mês.

Em relação aos assistentes, Diogo Martins adianta que chegaram à associação cerca de 100 manifestações de interesse. Para concorrer à posição não se exigiam grandes requisitos: no anúncio da abertura das candidaturas divulgado pelo CVI no seu site explicava-se que não era obrigatória “formação ou experiência”, que o horário de trabalho tanto podia ser “part-time ou full time” e que seriam firmados contratos de trabalho doméstico a tempo certo, sendo feito um “pagamento mensal do número de horas prestadas”.

Mas para que não houvesse dúvidas sobre o que é isto de ser assistente pessoal, no interior do anúncio havia um link para uma outra área do site, na qual se desenvolvia o assunto. “Um assistente pessoal pode realizar qualquer tarefa, dependendo da situação em que se encontra a pessoa a quem presta o serviço de apoio. As tarefas decorrerão, fundamentalmente, das incapacidades da pessoa para quem trabalha, e serão sempre previamente acordadas por ambas as partes”, explicava-se, discriminando-se que as tarefas em causa poderiam ser “pessoais”, do “lar”, de “acompanhamento”, “condução”, “interpretação”, de “coordenação” ou “excepcionais”.

Apesar de toda essa informação, Diogo Martins reconhece que entre as cerca de 100 pessoas que se candidataram aos lugares disponíveis pode haver quem o tenha feito ao engano. “Provavelmente muitas destas pessoas estão a pensar que era outra coisa”, admite, sublinhando que “o conceito” de assistente pessoal “para Portugal é novo”.

Por isso, o CVI irá fazer “uma filtragem inicial” das candidaturas recebidas. Depois disso, será “obviamente” cada um dos cinco utilizadores já seleccionados a escolher o seu assistente pessoal, constata Diogo Martins. “Um assistente é como uma extensão do nosso corpo, das partes que não funcionam”, sublinha por sua vez Carina Brandão, justificando assim o procedimento que vai ser adoptado.

“Um assistente não é um enfermeiro ou um fisioterapeuta. É alguém que ajuda no que é preciso”, acrescenta Madalena Brandão, destacando que para si os únicos “critérios” para se poder ser assistente pessoal são “ter vontade, espírito de ajuda e ser flexível”.

No final de Novembro, o CVI vai promover uma acção de formação para todos os que vão participar neste projecto-piloto. A ideia é que aí recebam um conjunto de informações mais teóricas, sobre o que é isto da Vida Independente e sobre a sua história, que percebam o que é e como funciona a associação, mas também que adquiram alguns conhecimentos práticos, tanto ao nível da gestão de conflitos e das relações pessoais como das chamadas transferências (as passagens dos deficientes por exemplo da cadeira de rodas para a cama).

"O mundo tem que funcionar assim"
“O objectivo deste projecto-piloto é mostrar que é possível pôr em prática a Vida Independente, é demonstrar que funciona e promovê-la entre as pessoas que ainda não a conhecem”, resume Diogo Martins. A sua ambição é, claro, que depois de Lisboa haja outras câmaras a lançar iniciativas como esta e que o Governo “assuma a responsabilidade” que tem nesta matéria, proporcionando aos cidadãos com deficiência a possibilidade de continuarem nas suas casas com a ajuda de assistentes, em vez de dependerem de familiares ou de terem que ir viver para uma instituição.

“Acredito na Vida Independente. O mundo tem que funcionar assim. As pessoas não têm que ser institucionalizadas”, corrobora Carina Brandão, enquanto a sua irmã Madalena se mostra convicta de que, apesar de não estar isento de dificuldades, este processo “vai funcionar”.

Já a Câmara de Lisboa sublinha, em respostas escritas enviadas ao PÚBLICO pelo gabinete do vereador dos Direitos Sociais, que este “é um projecto fundamental” e “inovador no país”, que a autarquia tem “orgulho” em ter lançado. Para os cidadãos com deficiência que dela beneficiarem, sublinha-se, esta iniciativa possibilitará uma alteração radical do quotidiano, permitindo-lhes assumir efectivamente o controlo das suas vidas, em pleno respeito pela dignidade e capacidade de decisão individual”.

“A câmara acredita que este projecto terá resultados muito positivos, demonstrando para lá de qualquer dúvida que os sistemas de Vida Independente, que já existem em vários outros países, também são possíveis e necessários em Portugal”, acrescenta-se nas respostas, nas quais se manifesta a expectativa de que “o Estado tome em consideração este projecto piloto e que, por sua iniciativa, crie os instrumentos necessários para o alargamento da Vida Independente a todo o território nacional”.

Segundo as informações do gabinete do vereador João Afonso, “a prestação de assistência pessoal começará” no dia 3 de Dezembro, data em que se assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A partir daí, esclarece-se, “os participantes beneficiarão dessa assistência no seu contexto actual”, ocorrendo a mudança para os fogos municipais disponibilizados para o efeito “assim que estiverem prontos”.

Fonte: Público

Cidadão com deficiência espera há 4 anos para ter direito a estacionamento

O Bloco de Esquerda teve conhecimento de que a Câmara Municipal está desde 2011 para reservar um lugar de estacionamento destinado a pessoas com deficiência na Rua Dr. Crispim Borges de Castro e até agora nada foi feito.

O lugar foi pedido por um munícipe, deficiente motor, que necessitava de um lugar de estacionamento junto da sua casa (neste local existem vários lugares de estacionamento, mas quase sempre ocupados, uma vez que nenhum deles está reservado para pessoas com deficiência).

Depois do pedido feito, a Câmara Municipal analisou-o e decidiu deferir o mesmo. No entanto, nada aconteceu no concreto porque a Câmara alegou estar à espera da placa de sinalização vertical.

O ridículo da situação é que a Câmara continua a alegar o mesmo, passado 4 anos. Ou seja, há 4 anos que naquele local não existe um estacionamento destinado a pessoas com deficiência porque a Câmara continua sem lá colocar a sinalização.

O mesmo munícipe, perante tanto impasse e tanta demora, decidiu dirigir-se ao provedor da mobilidade que, mais de um mês depois, respondeu dizendo que “no local em questão será sinalizado um local de estacionamento para veículos identificados com o cartão de estacionamento para pessoas com deficiência condicionadas na sua mobilidade, assim que o material necessário esteja disponível”. Ou seja, o provedor deu a mesma resposta que a Câmara tem dado como desculpa para nada fazer. E tudo continua na mesma.

Como se percebe, o que está em causa é bem mais do que um lugar de estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada. O que está em causa é também a forma como a Câmara Municipal trata de forma negligente os cidadãos com mobilidade reduzida.

Para o BE, não há justificação nenhuma para que um problema tão simples se arrasta eternamente. Se o problema não é de difícil resolução, já a manutenção do problema dificulta, e muito, a vida deste munícipe.

A Câmara Municipal anunciou há relativamente pouco tempo a criação da provedoria municipal para a mobilidade. No entanto, não vemos mudança na prática da Câmara nem na defesa dos munícipes com dificuldades de mobilidade.

Se não há mudanças efetivas, então o anúncio não passou de propaganda. Mas como bem sabemos, é preciso haver muitas mudanças efetivas e reais no concelho, principalmente no que toca a acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida.

O Bloco de Esquerda exige uma solução rápida para este problema tendo já questionado a Câmara Municipal

Fonte: esquerda.net.

Catálogo produtos OrtoPach 2016

A OrtoPach, empresa com vasta experiência em ortopedia e geriatria, lançou o seu novo Catálogo de 2016 de produtos ortopédicos e geriátricos. 


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A OrtoPach produz produtos personalizados de forma a melhorar o conforto de cada utente.

Mais informações: OrtoPach

sábado, 21 de novembro de 2015

Cama articulada que ajuda a mudar de posição

Camas Clinitron® Air Fluidized Terapia proporciona um ambiente ideal para a cicatrização da pele comprometida, minimizando as forças que causam a ruptura do tecido: pressão, cisalhamento, fricção, calor e umidade. Terapia fluidizado ar exclusivo do sistema Clinitron® Rite Hite® minimiza a pressão de interface, enquanto maximiza a imersão e envoltória de propriedades da superfície para apoiar a cura.

A cama de ar fluidizado Clinitron Therapy utiliza tecnologia avançada para fornecer o mais alto nível de cuidados para pacientes com feridas avançados complexos que são difíceis de curar e caro de gerir.
Características

Clinitron® Rite Hite® Air Fluidized Terapia apoia a integridade da pele, fornecendo estatisticamente menor pressão de interface e superfícies superiores de gestão microclima ™ sobre superfícies tradicionais

Classe médica, revestido de silicone talão fluidificação promove um ambiente de flutuação que pode ajudar a melhorar o conforto do paciente. Oi / ajuste Lo pode fazer o posicionamento do paciente e egresso mais fácil e pode fornecer uma altura de trabalho mais seguro para os cuidadores. Cabeça elétrica de Bed articulação pode ajudar a acomodar o paciente de complicações respiratórias com

Opcional Clinitron® Rite Hite® é um acessório que ajuda o paciente a mudar de posição na cama e ajuda em transferências. Especificações técnicas

Comprimento padrão: 84 "
Comprimento total: 92,5 "(231 cm)
Largura padrão: 36 "(Siderails off); 42" (Siderails on)
Altura padrão: 21.5 "
Paciente terapêutico limite de peso: 350 lbs.

Mais informações: AQUI

Já existe uma solução para trabalhar deitado

A inovadora cadeira, com secretária e ecrã, custa 5900 dólares (pouco mais de 5300 euros), informa a Altwork. Com esta nova forma de trabalhar, a empresa pretende sobretudo facilitar a vida às pessoas que passam muitas horas em frente ao computador, como é o caso de programadores, designers e escritores.

A empresa demorou cinco anos para construir e aperfeiçoar o sistema e explica porquê: “Porque é muito, muito difícil”, afirma o CEO da empresa, Che Voigt. O novo posto de trabalho permite mudar a configuração da cadeira enquanto a pessoa está trabalhar e, quando o utilizador opta por estar deitado, a secretária possui ímanes para que os objetos se mantenham fixos.

Segundo a empresa, o equipamento, em alternativa ao mobiliário de escritório convencional, foi criado não só por questões ergonómicas, mas também por razões de saúde, sendo que estar muitas horas na mesma posição, seja ela qual for, não é aconselhável.

Depois das secretárias que permitem trabalhar de pé, a Altwork espera conquistar o mercado com um produto ainda mais revolucionário. Resta esperar para avaliar o sucesso da proposta.

Fonte: Expresso

Comemorações dos 50 anos do Centro Medicina de Reabilitação de Alcoitão

Meio século depois de ter sido inaugurado, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão prossegue a sua atividade de excelência na reabilitação. O Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) completa, no próximo mês de Abril, 50 anos de existência, 50 anos de excelência em reabilitação.

Apesar de ter começado a ser construído em 1956 por iniciativa do então provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Guilherme de Mello e Castro, só dez anos depois abriu as portas ao primeiro doente, começando então a funcionar em pleno. Duas exposições fotográficas, uma de fotografias antigas e de alguns objetos simbólicos da história do CMRA e outra dos utentes e das suas conquistas de todos os dias, são algumas das iniciativas que fazem parte das comemorações.

O estabelecimento de novas parcerias com subsistemas de saúde, como a Medis, assinalam também o 50.º aniversário do Centro. Palestras, aulas de dança, workshops, demonstrações e competições desportivas, entre outras atividades estão igualmente programadas, tendo em vista a consolidação do espírito de grupo e de pertença à instituição.

Várias efemérides e eventos culturais vão ainda marcar os 50 anos de existência do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, até ao final do próximo ano. Hoje, como há meio século, o CMRA prossegue o seu trabalho de excelência de reabilitação, reconhecido internacionalmente, sobretudo no campo das lesões vertebro-medulares e das sequelas das doenças neurológicas, estendendo a sua atuação à área pediátrica.

A “Excelência em Reabilitação” que há 50 anos distingue o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão deve-se, sobretudo, ao esforço, dedicação e empenho de todos os colaboradores das várias áreas profissionais que trabalham, em conjunto, para o bem-estar dos utentes.

Fonte: cmra

Deficiência: Comissão da ONU já divulgou a lista de questões dirigida a Portugal

A Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU já divulgou a lista de questões (‘List of Issues’) a que o Estado Português terá de responder por escrito na sequência da apresentação do seu relatório que decorreu a 17 de agosto em Genebra. Está prevista para os dias 5 e 6 de abril de 2016 a sessão onde será realizado um "Diálogo Construtivo" entre a Comissão da ONU e o Estado Português.



O processo de monitorização a que Portugal está obrigado, enquanto signatário da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, tem várias fases, destacando-se de seguida alguns dos momentos mais importantes:

1 - Os Estados signatários da Convenção são obrigados a enviar um relatório detalhado com as medidas adotadas para cumprir as suas obrigações decorrentes da Convenção.
Consulte aqui, o relatório oficial do Estado Português submetido em 2012.

2 - As organizações da sociedade civil são também convidadas a participar neste processo de monitorização e a submeter os respetivos relatórios paralelos.
Consulte aqui, o relatório do movimento associativo português da deficiência, promovido pelo Observatório da Deficiência e Direitos Humanos (para informações adicionais sobre este Relatório Paralelo, clique aqui).

3 - Com base na informação recebida pelos vários relatórios recebidos - Oficial e Paralelo(s) - a Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU publica uma Lista de Questões ('List of Issues') solicitando informação complementar. Os Estados deverão responder por escrito.
Consulte aqui, a lista de questões ('List of Issues')

4 - Está prevista para os dias 5 e 6 de abril de 2016, em Genebra, a sessão onde será realizado um "Diálogo Construtivo" entre a Comissão da ONU (composta por 18 peritos independentes de diferentes partes do mundo) e a delegação de Portugal. Poderão assistir a esta sessão - presencialmente ou via webcasting - todos os interessados, incluindo as organizações representativas de pessoas com deficiência, as pessoas com deficiência e respetivas famílias. No final desta sessão serão emitidas as Observações Finais e Recomendações ao Estado Português.

Para mais informações, clique aqui.

Seminário “Desporto Adaptado: do ensino à competição”

A 2ª edição do seminário “Desporto Adaptado: do ensino à competição” realiza-se a 3 de dezembro, na Aula Magna e Pavilhão Multiusos do Instituto Politécnico de Viseu. A iniciativa insere-se nas comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e é organizada pelo Município de Viseu, em coorganização com a Escola Superior de Educação de Viseu, e conta com o apoio institucional da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes e Comité Paralímpico de Portugal.



Aberto a toda a comunidade, em particular entidades ligadas à área do desporto, escola, saúde e ação social, o seminário visa sensibilizar para a importância da prática desportiva como agente inclusivo, através da abordagem de diferentes estratégias e metodologias adequadas às pessoas portadoras de deficiência.

O programa contempla uma vertente teórica, a realizar pela manhã na Aula Magna do IPV, com debates e testemunhos de diversas personalidades da área, nomeadamente o atleta de alta competição Lenine Cunha. A partir das 14H30, o Pavilhão Multiusos do IPV abre as portas para uma tarde de atividades e experiências, em áreas como o boccia e o voleibol sentado.

Pelo segundo ano consecutivo, o seminário conta com a presença do atleta viseense Mário Trindade, embaixador do evento.

A participação no seminário é gratuita e as inscrições devem ser formalizadas até às 13 horas do dia 2 de dezembro. Online através do site do Município em http://www.cm-viseu.pt/index.php/using-joomla/extensions/components/content-component/article-categories/78-demo/slides/2852-desportoadaptado ; presencialmente, no Setor de Desporto e Juventude do Município de Viseu, situado no Pavilhão da Cidade de Viseu; ou via telefone, para o número 964 334 114

Mais informações: AQUI

Banco de Empréstimo de Produtos de Apoio da APPACDM

O Banco de Empréstimo de Produtos de Apoio surge de uma parceria entre a APPACDM Lisboa e o Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, tendo como objetivo melhorar a qualidade de vida das crianças acompanhadas no Hospital Garcia de Orta, assim como da população que tenha a necessidade de recorrer aos nossos serviços, através da disponibilização de produtos de apoio adequados a cada situação.

Com o banco pretende-se, não só, dar resposta rápida e sem burocracias no que respeita ao acesso a produtos de apoio, mas também, incentivar a reutilização dos mesmos. Assim, aqueles que deixaram de ser usados, ou os que já não servem às necessidades dos seus utilizadores, podem voltar a ter nova vida. Para tal, o BEPA encontra-se recetivo a produtos de apoio, ou brinquedos usados, de forma a fomentar consciência social da necessidade de criar ambientes sustentáveis para as comunidades.
Serviços prestados:

Produtos de Apoio
• Recolha e Reciclagem
• Limpeza e Higienização
• Reparação, Alteração, Adaptação ou Transformação
• Empréstimo de PA

Brinquedos adaptados
• Adaptações em brinquedos eletrónicos
• Adaptações em triciclos ou carros elétricos para crianças

Aconselhamento e demonstração
• Demonstrações de software ou dispositivos para comunicação, ou acesso ao computador
• Demonstrações de utilização de Produtos de Apoio
• Aconselhamento técnico no que respeita a Acessibilidade

Produtos para venda
• Switch
• Acessórios variados

Fonte: APPACDM

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Plural&Singular: programa das comemorações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

A Plural&Singular este ano organiza dois eventos para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: a 3 de dezembro, em parceria com o Centro Português de Fotografia, realiza a cerimónia de entrega de prémios do concurso de fotografia "A inclusão na diversidade" e no dia seguinte, a 4 de dezembro, promove, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, uma sessão informativa e a apresentação da secção “Sexualidade&Afetos”.


À imagem do que aconteceu o ano passado, para assinalar o aniversário da Plural&Singular e o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, ambos celebrados a 3 de dezembro, este órgão de comunicação, em parceria com o Centro Português de Fotografia, realiza a cerimónia de entrega de prémios do concurso de fotografia "A inclusão na diversidade".

Os vencedores do concurso lançado pela Plural&Singular já foram selecionados de um leque de 85 imagens participantes. As fotografias eleitas e os respetivos autores são anunciados publicamente com o lançamento da 13.ª edição da revista trimestral durante a manhã do dia 3 de dezembro e numa cerimónia a realizar na parte da tarde no Centro Português de Fotografia, no Porto que assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e o 3.º aniversário da Plural&Singular.

O programa para este dia, além da entrega de prémios do concurso de fotografia “A inclusão na diversidade”, inclui a apresentação do livro “Uma forma de continuar” de Rui Machado e a apresentação inédita de uma música por Braulio Sá da APPC e o Fuse dos DEALEMA, um dos mais antigos grupos de Hip-Hop português.




Fonte: Plural & Singular

Assinatura do Protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa

Mais um pequeno avanço no nosso grande objectivo!


Foi assinado ontem, dia 11 de Novembro de 2015, o protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa. Este protocolo estabelece as bases para o projeto-piloto de Vida Independente, que estamos a implementar neste momento.

Apesar de simbólico, este ato é o reafirmar do compromisso da Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do Vereador João Afonso, em apoiar a filosofia de Vida Independente.

Estamos confiantes que iremos conseguir mostrar ser possível o direito à Vida Independente em Portugal, a par do que já existe noutros países, e que será um avanço positivo para as pessoas com diversidade funcional.

Fonte: vidaindependentelx

Biblioteca municipal de Faro acolhe seminário «Cooperação, Deficiência e Cidadania Ativa»


A biblioteca municipal António Ramos Rosa, em Faro, vai acolher, na próxima sexta-feira, 27, a partir das 14:30 horas, o seminário «Cooperação, Deficiência e Cidadania Ativa», promovido pelo município local.

O evento integra-se na dinamização do Conselho Local de Ação Social de Faro e do trabalho desenvolvido no seio do Grupo de Trabalho da Área da Deficiência, enquadrando-se no Ano Europeu do Desenvolvimento.

O seminário pretende potenciar sinergias que visem dar visibilidade à temática da deficiência e da igualdade universal, promover uma plataforma de troca de conhecimentos, reflexão de metodologias e estratégias de intervenção social, destacando alguns casos de sucesso e boas práticas de cooperação existentes no campo da promoção, integração e autonomia das pessoas com deficiência.

Com vista a contribuir para a melhoraria das condições de vida e para o garantir do exercício dos direitos destes cidadãos, o evento traz a Faro alguns especialistas na matéria, estimulando o desenvolvimento local de políticas sociais mais ativas e participadas na área da deficiência.

Para mais informações e inscrições, está disponível o contacto 289870869.

Fonte: diário online

Mealhada assinala o Dia da Pessoa com Deficiência

A Câmara Municipal da Mealhada vai assinalar o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, na quarta-feira, dia 9 de dezembro, com um leque de atividades dirigidas aos cidadãos portadores de deficiência e à comunidade em geral que vão decorrer, em vários espaços do concelho, desde as 9h30 às 23h.


O programa inclui uma conferência aberta ao público sobre a independência e a autonomia dos cidadãos com deficiência, intitulada “(In)dependência diferente… Autonomia Igual”, que terá Pedro Galveias como orador.

E ainda um espetáculo cultural, que terá início pelas 21h no Cineteatro Municipal Messias e que conta com as atuações do grupo musical 5ª Punkada, da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, da Tuna da CADES e do Centro de Santo Amaro (Casal Comba), da APCCACDM Anadia.

Investigadora defende apoio para professores com deficiência

Coordenadora do Observatório da Deficiência e Os Direitos Humanos, uma investigadora estudou O Trabalho Feito noutros Países Ao Longo dos Últimos anos Para concluir that Estes Professores São "competentes e Dedicados".



"Eles próprios passaram pela segregação da escola especial, por isso empenham-se numa escola inclusiva", disse à agência Lusa, acrescentando que os alunos têm normalmente "uma representação positiva" destes docentes, acabando por reconhecer o seu esforço e o seu trabalho.

A deficiência no exercício da profissão docente vai ser tema de um encontro nacional que a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) promove pela primeira vez no sábado, em Lisboa, juntamente com a Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD).

"Em Portugal não existe nenhuma pesquisa sobre esta temática, há que compreender melhor este problema", declarou a investigadora que vai apresentar no encontro um resumo dos resultados obtidos em estudos internacionais.

"A nível internacional, destaca-se a resiliência que estes docentes foram desenvolvendo", referiu, acrescentando que há "uma sub-representação dos professores com deficiência tanto nas escolas nacionais como de outros países.

Semana dedicada à deficiência em Setúbal

A 7.ª Semana Temática da Deficiência, organizada pela Câmara Municipal e pelo Grupo Concelhio para as Deficiências – Setúbal, inclui a exibição de filmes que abordam a temática, com sessões destinadas ao público em geral, todos os dias, às 18h00, no Cinema Charlot – Auditório Municipal.

No mesmo local, a 2 de dezembro, às 15h00, é exibido o documentário “Já Voa a Palavra Casa”, que aborda a transferência de seis doentes de uma unidade psiquiátrica para uma casa, na qual se confrontam com novos ritmos, tarefas, calendários e passeios.

No final, às 16h30, realiza-se uma conferência com a presença da jornalista Ana Sousa Dias, de Constantino Sakellarides, professor jubilado da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, do psiquiatra Ricardo França Jardim e do escritor José Luís Peixoto. A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

Um Workshop de Dança Inclusiva, dirigido aos utentes da Associação de Saúde Mental Doutor Fernando Ilharco, realiza-se nos dias 1 e 3 de dezembro, das 10h00 às 12h00 e das 14h30 às 17h30, no auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama.

Uma Oficina de Arte para Todos, de participação gratuita, tem lugar no dia 3, entre as 10h00 e as 13h00, no Mercado do Livramento, com a colaboração dos alunos de Artes da Escola Secundária Sebastião da Gama, acompanhados pela professora Helga.

No mesmo dia, das 10h00 às 16h00, a Praça do Bocage recebe um rastreio de prevenção da insuficiência renal e, às 18h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, é apresentado o provedor municipal para a Deficiência, numa sessão destinada a pessoas portadoras de deficiência e famílias, a associações e instituições com intervenção na área social, a escolas do concelho e à comunidade em geral.

Também dia 3 de dezembro, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 15h30, o Centro Multicultural, na zona da Bela Vista, acolhe a festa de encerramento do Festival ExpressArte – XVI Encontro de Expressões Artísticas, com a participação de vários grupos, nomeadamente da APPACDM de Setúbal, promotora do certame.

Ainda no âmbito do fecho do festival, à noite, a partir das 21h00, no Cinema Charlot, há uma atuação do Grupo de Percussão “O Tamborzinho” e é apresentada a peça “A Birra do Morto”, do Grupo de Teatro “O Puzzle”.

O programa da 7.ª Semana Temática da Deficiência encerra com o espetáculo “Arte com Todos”, dia 4, a partir das 21h00, no auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama.

O evento, de entrada gratuita, inclui, na primeira parte, a participação do Grupo Pensar Teatro, da Associação de Saúde Mental Doutor Fernando Ilharco. A segunda parte é dedicada ao espetáculo UNIDÁ – Dança Inclusiva, seguindo-se atuações da Companhia de Dança Flic-Flac e da Associação de Saúde Mental Doutor Fernando Ilharco.

Fonte: CM Setúbal

sábado, 14 de novembro de 2015

III Conferência Internacional para a Inclusão

Dando continuidade à discussão científica de assuntos do domínio da inclusão levada a cabo nos anos 2013 e 2014 (INCLUDiT I e II) o Centro de Investigação em Inclusão e Acessibilidade em Ação (iACT), do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), propõe-se dinamizar um novo encontro internacional – INCLUDiT III – 3ª Conferência Internacional para a Inclusão – a decorrer na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, IPLeiria.

Esta conferência propõe-se estimular o diálogo de investigadores, a partilha de boas práticas e o estímulo de novos saberes nos mais diversos domínios com vista a uma abordagem multidisciplinar na área da inclusão.

Áreas temáticas:
Artes e cultura | Ciências sociais e humanas | Comunicação | Educação | Saúde e bem-estar | Legislação e regulamentação | Tecnologias | Património | Turismo | Entre outras que foquem a temática da inclusão.
Datas importantes:
Limite para submissão de artigos / relatos / posters – 31 de maio de 2015 26 de julho de 2015
Limite para a notificação aos autores – 31 de julho de 2015 30 de setembro de 2015
Limite para a inscrição de pelo menos um autor por artigo / relato / poster – 30 de setembro 30 de outubro de 2015
Limite para a inscrição de participantes sem comunicação – 15 de novembro 30 de novembro de 2015

Todos os artigos, relatos e resumos de posters selecionados serão publicados em livro de atas.

Os autores dos melhores artigos serão convidados a ampliar os seus trabalhos, com vista à sua publicação na Revista de Investigação em Educação e Ciências Sociais (RIECS).
Línguas de trabalho
Português, Inglês, Espanhol, LGP

Caso necessite de um interprete de LGP deve indicar essa informação à Organização da Conferência por email (includit@ipleiria.pt).

Mais informação AQUI

Workshop "Clínica de Eye tracking: Acesso ao computador pelo olhar

Este serviço em parceria com a ANDITEC dinamizará o WORKSHOP “Clínica de Eye Tracking" – Acesso ao computador pelo olhar”, no dia 24 de novembro, pelas 16.30 h.



Caso estejam interessados, por favor façam a vossa inscrição exclusivamente, através do formulário de inscrição constante nesta notícia. Inscrições até ao dia 20 de novembro, 6ª feira, com um limite de 20 vagas.

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Vamos ao teatro

Convidamos a assistir à peça de teatro - NEVA. No teatro S. Luiz dia 29 deste mês. RESERVE JÁ!


Sinopse:
Numa Europa que luta contra a fragmentação de valores, ideias e territórios e em que o poder da economia dita as regras do jogo, num mundo atolado de regimes autocráticos e sanguinários em que os valores da democracia e os direitos humanos são apenas fantasias, talvez fosse bom aproveitarmos esse último fôlego que a partir do pensamento e da vontade, torna ainda visível os mistérios e os desígnios do teatro.

Há tetraplégicos e tetraplégicos...

Olá turma,

Compartilho neste vídeo um copilado de gravações do meu treino de corrida que realizo diariamente. 



Quem disse que tetraplégico/cadeirante não pode correr?

Paulo Oliveira

Ajude a Associação Salvador a mudar a vida a 6 pessoas!

Já está online a plataforma de angariação de fundos www.preenchaestavida.com, uma plataforma de crowdfunding da Associação Salvador que permite ajudar várias pessoas com deficiência motora que precisam de apoio para concretizar o seu sonho.

 
Contribua a partir de 1€ e passe a mensagem, para juntos conseguirmos chegar mais longe!