Vida Independente em Portugal da necessidade à concretização.
Mais informações: CVI
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Simon Mobile: aplicativo de navegação para pessoas com mobilidade reduzida
Simon Mobile é uma aplicação de navegação para pessoas com mobilidade reduzida. Em Madrid, Lisboa e Parma terá acesso a informação de acessibilidade relevante como localização de lugares de estacionamento dedicados a pessoas com mobilidade reduzida ou informação de transporte público. Com a aplicação SIMON Mobile, pode calcular rotas pedonais, condução automóvel e de transporte público, usando opção de navegação passo a passo durante a sua viagem*.
Simon Mobile integra igualmente o teste do cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida, que está a ser testado em diferentes cidades europeias. O objectivo deste cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade de reduzida é reduzir a fraude e o uso indevido no estacionamento e garantir que os lugares de estacionamento estão disponíveis para quem necessita. Ao testar este cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida, pode utilizar a aplicação Simon Mobile para validar o estacionamento e ver o histórico de utilização do seu cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade de reduzida.
E o melhor de tudo, a aplicação Simon Mobile é gratuita! Experimente e deixe-nos saber a sua opinião. Para saber mais sobre a aplicação Simon Mobile e os objectivos do projecto SIMON consulte: http://simon-project.eu.
Simon Mobile integra igualmente o teste do cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida, que está a ser testado em diferentes cidades europeias. O objectivo deste cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade de reduzida é reduzir a fraude e o uso indevido no estacionamento e garantir que os lugares de estacionamento estão disponíveis para quem necessita. Ao testar este cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida, pode utilizar a aplicação Simon Mobile para validar o estacionamento e ver o histórico de utilização do seu cartão de estacionamento para pessoas com mobilidade de reduzida.
E o melhor de tudo, a aplicação Simon Mobile é gratuita! Experimente e deixe-nos saber a sua opinião. Para saber mais sobre a aplicação Simon Mobile e os objectivos do projecto SIMON consulte: http://simon-project.eu.
Para permitir estas funções, a aplicação Simon Mobile integra os dados públicos disponíveis com dados disponibilizados pelas cidades. Devido a disponibilidade limitada, nem todos os tipos de dados estão disponíveis em todas as cidades. Estamos a trabalhar para integrar novas fontes de dados.
O desenvolvimento da aplicação Simon Mobile é apoiada pelo projecto SIMON (Assisted Mobility for Older and Impaired Users) financiadpo pela Comissão Europeia através do contrato CIP-ICT-PSP-2013-7- 621041
O desenvolvimento da aplicação Simon Mobile é apoiada pelo projecto SIMON (Assisted Mobility for Older and Impaired Users) financiadpo pela Comissão Europeia através do contrato CIP-ICT-PSP-2013-7- 621041
Sugerido por Pedro Homem de Gouveia
Grito de revolta de um tetralégico
Chove. Chove muito. É um daqueles dias de chuva intensa. Como se isso não bastasse está vento e frio. Um temporal extremamente desagradável. No entanto é dia de trabalho. Tenho de colocar a capa para a chuva na cadeira. É assim a senda de quem é tetraplégico. Quem me ajuda? A minha Mãe. Sempre a minha Mãe com o seu carinho e paciência.
Já é assim há vinte anos. Desde que uma lesão vertebro medular na c5 me deixou tetraplégico. Fisicamente uma espécie de bebe grande com mente adulta. Cuida de mim sem ter nada em troca sem ser o meu bem-estar. Abdica do tempo para si para que eu possa viver. É assim a minha Mãe. Uma Mãe com M grande! Tudo que sou a ela o devo.
Colocar a capa é demorado, assim como vestir e tudo o resto. Mais de meia hora para me preparar para sair à rua. No inverno é mais complicado e os setenta anos da minha mãe tornam esta tarefa ainda mais lenta. A idade não perdoa e a lentidão vai-se tornar maior, essa é a realidade!
Mesmo assim estamos prontos. Ela faz questão de me acompanhar porque dirigir a cadeira com a capa naquelas condições climatéricas é complicado e a minha Mãe, zelosa, não quer que me aconteça algum acidente. A verdade é que preciso mesmo de alguém que ajude entre o trânsito.
Cerca de um quilómetro divide a minha casa do meu trabalho. O trajecto é um inferno com a chuva e o vento a virem de frente. A minha Mãe segue a meu lado. Torna-se impossível abrir o guarda-chuva por causa da ventania. A única coisa que a protege da chuva é um impermeável e um chapéu que enterrou na cabeça para que não voasse.
Vinte minutos depois chegamos ao destino. Parece que demorou muito mais. Neste dia não posso mesmo faltar porque o meu trabalho exige horários e datas limite. (Sim, apesar de tudo estudei e arranjei um emprego que requere responsabilidade. Tudo isto porque a Minha mãe estava lá a abdicar da sua vida para que eu pudesse ter a chamada “vida normal”.)
Este é um desses dias em que tenho de cumprir um prazo. Claro que se não fosse trabalhar hoje (e bem me apetecia), ninguém morria. Mas iriam acontecer reclamações e a minha competência ia ser posta em causa, bem como da minha entidade empregadora. A minha Mãe não quis que isso acontecesse por isso veio comigo, como em tantos outros dias.
Agora o processo é inverso. Tirar a capa e o casaco. São mais dez minutos até que fique pronto. Sim, demora tempo e a minha Mãe não é jovem, portanto tudo é mais lento. Depois de sacudir a roupa e a pendurar no cabide voltou para casa para se secar a ela própria e à tarde repetir o processo para me buscar.
Quando cheguei à minha secretária senti que as lágrimas queriam sair. Fui tomado por uma tristeza e um cansaço. Não um cansaço físico, mas aquele cansaço que só os que rumam contra a corrente e lutam para mudar mentalidade conhecem. Será que isto tudo vale a pena?
Tenho quarenta anos e a minha Mãe setenta. Até quando poderia cuidar de mim para que pudesse ter uma vida digna? Ela devia estar a gozar um merecido descanso, em vez disso, na sua aposentadoria está refém dos meus horários e das minhas necessidades. Senti-me mal. Triste e culpado. Será que isto vale mesmo a pena?
Juro que me apeteceu apresentar a carta de despedimento naquele momento. Antecipar o futuro e arranjar uma instituição que me acolha. Sim! Senti-me derrotado… Ou estaria apenas a antecipar o futuro? O tempo não perdoa e sem um projecto de Vida Independente não poderei continuar esta vida de pessoa integrada na sociedade. Tao simples quanto isso.
O Estado, que tanto diz que protege os mais desprotegidos, limita-se a dizer que vai fazer estudos atrás de estudos para tornar a Vida Independente uma realidade. Intenções bonitas que não passam disso mesmo, intenções que não saem do papel. Passam-se os anos e a esperança que aconteça alguma coisa vai desaparecendo.
A verdade é que sem alguém que me auxilie não sou nada. A minha mente continua activa, inteligente, informada, mas sem alguém que seja as minhas mãos não sou nada! Mesmo tendo tanto para dar à sociedade.
Lembrei-me do Eduardo Jorge e da sua luta que é igual à minha. Apesar de todos os esforços e iniciativas que levou a cabo, teve de ser violentamente arrancado de casa e internado num lar. Apesar de ter conforto, auxilio, está fora do seu ambiente, da sua terra, da sua faixa etária, sujeito a regras que não são as suas. A instituição é muito bem-intencionada é certo e de louvar. Mesmo assim não deixo de acreditar que seja uma prisão dissimulada.
Num país democrático, que diz proteger o seu povo, prender alguém somente por ter uma deficiência física não deixa de ser um contra senso. Sem um projecto de Vida Independente sinto-me completamente desprotegido. Por isso este cansaço tomou conta de mim. Já não é revolta nem falta de vontade de lutar. É apenas desapontamento.
A minha Mãe não tem direito a viver a vida dela? Não tem direito a ser compensada pelos serviços que me prestou e presta?
Não tenho direito a viver na minha própria casa? A trabalhar? A pagar impostos?
Bolas! Não peço nada por egoísmo, quero devolver a independência que me derem. Tenho quarenta anos, sou um jovem nos dias que correm, porque a Vida Independente ainda não existe em Portugal?
Não sou só eu. São muitas vozes caladas que gritam em silêncio ou simplesmente desistem porque a vida é mesmo assim! Não, não é! Não tem de ser. A vida é dura sim, para todos. As coisas são como são mas não há necessidade de me castrarem a alma. Não quero passar os meus dias num lar, desfasado de mim mesmo, condenado a ser o eterno coitadinho lá do sítio quando tenho tanto para oferecer.
Agora a tristeza transformou-se em revolta e este texto surgiu. Partilho com o Eduardo porque sei que ele me compreende. Nestes dias em que tanta gente se mobiliza com urgência para debater a eutanásia e ninguém o faz pela Vida Independente, parece-me que a morte é mais importante do que a dignidade. Parece que um mosquito a zumbir à noite, incomoda mais do que este assunto!
À tarde volto para casa à chuva na companhia da minha Mãe. Sempre a minha Mãe com todo o seu carinho a cuidar de mim. Chove menos, ainda bem. As obrigações do meu trabalho estão compridas como as de outro colaborador qualquer, mas há em mim muito a desabafar com revolta por isso tenho de escrever isto.
Este texto é só um texto. Só palavras de revolta como tantas outras que caem no esquecimento. Como as de tantas outras de quem revindica os seus direitos. Ainda assim escrevo para canalizar o meu grito na esperança, que teima em não morrer, de que a Vida Independente se torne realidade em breve…
Já antes me tinha colocado na cadeira, antes disso tinha-me vestido, e antes ainda tinha-me trocado de posição, dado banho, feito a higiene… Neste dia como em todos os dias. Um ciclo de rotinas que, alguém como eu, um tetraplégico não consegue fazer sozinho. Ela está sempre lá pronta para me ajudar com todo o seu amor de mãe. Um trabalho pesado e paciente que faz sem se queixar muito, pois quer o melhor para mim.
Já é assim há vinte anos. Desde que uma lesão vertebro medular na c5 me deixou tetraplégico. Fisicamente uma espécie de bebe grande com mente adulta. Cuida de mim sem ter nada em troca sem ser o meu bem-estar. Abdica do tempo para si para que eu possa viver. É assim a minha Mãe. Uma Mãe com M grande! Tudo que sou a ela o devo.
Colocar a capa é demorado, assim como vestir e tudo o resto. Mais de meia hora para me preparar para sair à rua. No inverno é mais complicado e os setenta anos da minha mãe tornam esta tarefa ainda mais lenta. A idade não perdoa e a lentidão vai-se tornar maior, essa é a realidade!
Mesmo assim estamos prontos. Ela faz questão de me acompanhar porque dirigir a cadeira com a capa naquelas condições climatéricas é complicado e a minha Mãe, zelosa, não quer que me aconteça algum acidente. A verdade é que preciso mesmo de alguém que ajude entre o trânsito.
Cerca de um quilómetro divide a minha casa do meu trabalho. O trajecto é um inferno com a chuva e o vento a virem de frente. A minha Mãe segue a meu lado. Torna-se impossível abrir o guarda-chuva por causa da ventania. A única coisa que a protege da chuva é um impermeável e um chapéu que enterrou na cabeça para que não voasse.
Vinte minutos depois chegamos ao destino. Parece que demorou muito mais. Neste dia não posso mesmo faltar porque o meu trabalho exige horários e datas limite. (Sim, apesar de tudo estudei e arranjei um emprego que requere responsabilidade. Tudo isto porque a Minha mãe estava lá a abdicar da sua vida para que eu pudesse ter a chamada “vida normal”.)
Este é um desses dias em que tenho de cumprir um prazo. Claro que se não fosse trabalhar hoje (e bem me apetecia), ninguém morria. Mas iriam acontecer reclamações e a minha competência ia ser posta em causa, bem como da minha entidade empregadora. A minha Mãe não quis que isso acontecesse por isso veio comigo, como em tantos outros dias.
Agora o processo é inverso. Tirar a capa e o casaco. São mais dez minutos até que fique pronto. Sim, demora tempo e a minha Mãe não é jovem, portanto tudo é mais lento. Depois de sacudir a roupa e a pendurar no cabide voltou para casa para se secar a ela própria e à tarde repetir o processo para me buscar.
Quando cheguei à minha secretária senti que as lágrimas queriam sair. Fui tomado por uma tristeza e um cansaço. Não um cansaço físico, mas aquele cansaço que só os que rumam contra a corrente e lutam para mudar mentalidade conhecem. Será que isto tudo vale a pena?
Tenho quarenta anos e a minha Mãe setenta. Até quando poderia cuidar de mim para que pudesse ter uma vida digna? Ela devia estar a gozar um merecido descanso, em vez disso, na sua aposentadoria está refém dos meus horários e das minhas necessidades. Senti-me mal. Triste e culpado. Será que isto vale mesmo a pena?
Juro que me apeteceu apresentar a carta de despedimento naquele momento. Antecipar o futuro e arranjar uma instituição que me acolha. Sim! Senti-me derrotado… Ou estaria apenas a antecipar o futuro? O tempo não perdoa e sem um projecto de Vida Independente não poderei continuar esta vida de pessoa integrada na sociedade. Tao simples quanto isso.
O Estado, que tanto diz que protege os mais desprotegidos, limita-se a dizer que vai fazer estudos atrás de estudos para tornar a Vida Independente uma realidade. Intenções bonitas que não passam disso mesmo, intenções que não saem do papel. Passam-se os anos e a esperança que aconteça alguma coisa vai desaparecendo.
A verdade é que sem alguém que me auxilie não sou nada. A minha mente continua activa, inteligente, informada, mas sem alguém que seja as minhas mãos não sou nada! Mesmo tendo tanto para dar à sociedade.
Lembrei-me do Eduardo Jorge e da sua luta que é igual à minha. Apesar de todos os esforços e iniciativas que levou a cabo, teve de ser violentamente arrancado de casa e internado num lar. Apesar de ter conforto, auxilio, está fora do seu ambiente, da sua terra, da sua faixa etária, sujeito a regras que não são as suas. A instituição é muito bem-intencionada é certo e de louvar. Mesmo assim não deixo de acreditar que seja uma prisão dissimulada.
Num país democrático, que diz proteger o seu povo, prender alguém somente por ter uma deficiência física não deixa de ser um contra senso. Sem um projecto de Vida Independente sinto-me completamente desprotegido. Por isso este cansaço tomou conta de mim. Já não é revolta nem falta de vontade de lutar. É apenas desapontamento.
A minha Mãe não tem direito a viver a vida dela? Não tem direito a ser compensada pelos serviços que me prestou e presta?
Não tenho direito a viver na minha própria casa? A trabalhar? A pagar impostos?
Bolas! Não peço nada por egoísmo, quero devolver a independência que me derem. Tenho quarenta anos, sou um jovem nos dias que correm, porque a Vida Independente ainda não existe em Portugal?
Não sou só eu. São muitas vozes caladas que gritam em silêncio ou simplesmente desistem porque a vida é mesmo assim! Não, não é! Não tem de ser. A vida é dura sim, para todos. As coisas são como são mas não há necessidade de me castrarem a alma. Não quero passar os meus dias num lar, desfasado de mim mesmo, condenado a ser o eterno coitadinho lá do sítio quando tenho tanto para oferecer.
Agora a tristeza transformou-se em revolta e este texto surgiu. Partilho com o Eduardo porque sei que ele me compreende. Nestes dias em que tanta gente se mobiliza com urgência para debater a eutanásia e ninguém o faz pela Vida Independente, parece-me que a morte é mais importante do que a dignidade. Parece que um mosquito a zumbir à noite, incomoda mais do que este assunto!
À tarde volto para casa à chuva na companhia da minha Mãe. Sempre a minha Mãe com todo o seu carinho a cuidar de mim. Chove menos, ainda bem. As obrigações do meu trabalho estão compridas como as de outro colaborador qualquer, mas há em mim muito a desabafar com revolta por isso tenho de escrever isto.
Este texto é só um texto. Só palavras de revolta como tantas outras que caem no esquecimento. Como as de tantas outras de quem revindica os seus direitos. Ainda assim escrevo para canalizar o meu grito na esperança, que teima em não morrer, de que a Vida Independente se torne realidade em breve…
Enviado por e-mail
Acidentes de trabalho: Atualização de pensões e prestação 3ª pessoa
Exma Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência
Em conformidade com o solicitado por V. Exa na reunião de 18 do corrente mês, levamos ao seu conhecimento algumas das mais prementes preocupações da ANDST, sem prejuízo de, mais tarde, lhe enviarmos uma proposta global de alteração do regime jurídico de reparação dos acidentes de trabalho-Lei 98/2009 de 04 de setembro.
ATUALIZAÇÃO DAS PENSÕES DEVIDAS POR ACIDENTE DE TRABALHO
As pensões por acidente de trabalho de que resultaram incapacidade parcial permanente igual ou superior a 30% ou por morte, foram, pela primeira vez atualizadas em 1976 (Decreto lei 668/75) e, até 1999 a sua atualização era indexada ao salário mínimo nacional.
O Decreto-lei nº 143/99 de 30 de abril, determinava que as atualizações passassem a ser atualizadas em conformidade com as pensões do regime geral.
O decreto lei nº 185/2007 de 10 de maio, passou a indexar as atualizações tendo como referência o IPC. Este diploma significou, como na altura referimos, um retrocesso nos direitos dos sinistrados no trabalho.
Como se veio a verificar, em 2014, as pensões foram actualizadas em apenas 0,4% e, em 2015, se este Decreto fosse aplicado, as pensões seriam reduzidas.
Em 6 de junho foi promulgado o Decreto-lei nº 107/2015 que congela a atualização das pensões no ano de 2015 devidas aos sinistrados no trabalho com patologias mais graves. Isto é, verificou-se, quer em 2014 e principalmente em 2015, uma desvalorização efectiva das pensões, tendo em conta os aumentos dos bens essenciais, como alimentação, rendas, medicamentos, água, electricidade etc.
A ANDST entende ser da mais elementar justiça a alteração do Decreto-Lei nº 185/2007 de 10 de maio, e a revogação do Decreto-Lei nº 107/2015, por forma a garantir aos sinistrados no trabalho e aos beneficiários de pensão por morte, a atualização das suas pensões, com retorno à sua indexação à Retribuição Mínima Mensal Garantida.
PRESTAÇÃO SUPLEMENTAR PARA 3ª PESSOA
A base XVIII nº 1 da Lei 2.127, determinava que o sinistrado, quando, em consequência das lesões não podia dispensar a assistência de 3ª pessoa, tinha direito a uma prestação mensal não superior a 25% da pensão fixada.
Em 2000, a Lei nº 100/97 de 13 de setembro, no seu artigo 19º alterou o valor da prestação suplementar para o montante igual ao salário Mínimo Nacional para o serviço doméstico, mas apenas para os acidentes ocorridos a partir da sua entrada em vigor. Em 2007 (Decreto-Lei 185/2007) indexou as pensões ao IPC. Mais tarde, com a promulgação da lei 98/2009, a prestação mensal para 3ª pessoa (artigo 54º) passou para 1,1 do IAS, para os acidentes ocorridos a partir da sua entrada em vigor. Como se verifica, as prestação para 3ª pessoa têm vindo a diminuir de forma injustificada.
Acresce referir que para os acidentes ocorridos até ao final de 1999, o montante da prestação para 3ª pessoa, continua a ser de valor máximo até 25% da pensão. Ora, sendo, nestes casos, a pensão mensal para os sinistrados totalmente incapacitados com necessidade de assistência de 3ª pessoa de valor médio mensal de 350.00 euros, a prestação mensal corresponde a 88.00 euros (25% da pensão) para 3ª pessoa.
A ANDST entende estarmos perante uma violação grosseira do princípio da igualdade, uma vez que para situações iguais, existe tratamento diferente, apenas por um lapso de tempo.
A ANDST propôe:
Artigo 54º da Lei 98/2009 (Montante da prestação suplementar para assistência a terceira pessoa)
1- A prestação suplementar da pensão prevista no artigo 53º é fixada em montante mensal igual à Retribuição Mìnima Mensal Garantida.
a) Tem direito ao montante da prestação a que se refere este artigo, todos os beneficiários da prestação suplementar, independentemente da data da fixação da pensão.
NOTA: Estas propostas (actualização das pensões e a uniformização da prestação suplementar para 3ª pessoa) não constituem significativo esforço financeiro para as empresas seguradoras, nem para o Estado, uma vez que estamos a falar em valores totais inferiores a 50.000 euros anuais. Uma vez que, por errada interpretação dos artigos 56º e 74º do Decreto-Lei 143/99 de 30 de abril, mais tarde (2005?) tornada inconstitucional), grande parte dos pensionistas foi obrigado a remir a sua pensão.
As propostas ora apresentadas, significam a nosso ver, um imperativo de justiça para os sinistrados no trabalho com deficiência mais severas, bem como para o seu agregado familiar.
Aproveito o ensejo para lhe desejar um feliz Natal, desejo extensivo a todos os seus colaboradores
Com os melhores cumprimentos
O Presidente da Direcção Nacional
Luis Machado
Em conformidade com o solicitado por V. Exa na reunião de 18 do corrente mês, levamos ao seu conhecimento algumas das mais prementes preocupações da ANDST, sem prejuízo de, mais tarde, lhe enviarmos uma proposta global de alteração do regime jurídico de reparação dos acidentes de trabalho-Lei 98/2009 de 04 de setembro.
ATUALIZAÇÃO DAS PENSÕES DEVIDAS POR ACIDENTE DE TRABALHO
As pensões por acidente de trabalho de que resultaram incapacidade parcial permanente igual ou superior a 30% ou por morte, foram, pela primeira vez atualizadas em 1976 (Decreto lei 668/75) e, até 1999 a sua atualização era indexada ao salário mínimo nacional.
O Decreto-lei nº 143/99 de 30 de abril, determinava que as atualizações passassem a ser atualizadas em conformidade com as pensões do regime geral.
O decreto lei nº 185/2007 de 10 de maio, passou a indexar as atualizações tendo como referência o IPC. Este diploma significou, como na altura referimos, um retrocesso nos direitos dos sinistrados no trabalho.
Como se veio a verificar, em 2014, as pensões foram actualizadas em apenas 0,4% e, em 2015, se este Decreto fosse aplicado, as pensões seriam reduzidas.
Em 6 de junho foi promulgado o Decreto-lei nº 107/2015 que congela a atualização das pensões no ano de 2015 devidas aos sinistrados no trabalho com patologias mais graves. Isto é, verificou-se, quer em 2014 e principalmente em 2015, uma desvalorização efectiva das pensões, tendo em conta os aumentos dos bens essenciais, como alimentação, rendas, medicamentos, água, electricidade etc.
A ANDST entende ser da mais elementar justiça a alteração do Decreto-Lei nº 185/2007 de 10 de maio, e a revogação do Decreto-Lei nº 107/2015, por forma a garantir aos sinistrados no trabalho e aos beneficiários de pensão por morte, a atualização das suas pensões, com retorno à sua indexação à Retribuição Mínima Mensal Garantida.
PRESTAÇÃO SUPLEMENTAR PARA 3ª PESSOA
A base XVIII nº 1 da Lei 2.127, determinava que o sinistrado, quando, em consequência das lesões não podia dispensar a assistência de 3ª pessoa, tinha direito a uma prestação mensal não superior a 25% da pensão fixada.
Em 2000, a Lei nº 100/97 de 13 de setembro, no seu artigo 19º alterou o valor da prestação suplementar para o montante igual ao salário Mínimo Nacional para o serviço doméstico, mas apenas para os acidentes ocorridos a partir da sua entrada em vigor. Em 2007 (Decreto-Lei 185/2007) indexou as pensões ao IPC. Mais tarde, com a promulgação da lei 98/2009, a prestação mensal para 3ª pessoa (artigo 54º) passou para 1,1 do IAS, para os acidentes ocorridos a partir da sua entrada em vigor. Como se verifica, as prestação para 3ª pessoa têm vindo a diminuir de forma injustificada.
Acresce referir que para os acidentes ocorridos até ao final de 1999, o montante da prestação para 3ª pessoa, continua a ser de valor máximo até 25% da pensão. Ora, sendo, nestes casos, a pensão mensal para os sinistrados totalmente incapacitados com necessidade de assistência de 3ª pessoa de valor médio mensal de 350.00 euros, a prestação mensal corresponde a 88.00 euros (25% da pensão) para 3ª pessoa.
A ANDST entende estarmos perante uma violação grosseira do princípio da igualdade, uma vez que para situações iguais, existe tratamento diferente, apenas por um lapso de tempo.
A ANDST propôe:
Artigo 54º da Lei 98/2009 (Montante da prestação suplementar para assistência a terceira pessoa)
1- A prestação suplementar da pensão prevista no artigo 53º é fixada em montante mensal igual à Retribuição Mìnima Mensal Garantida.
a) Tem direito ao montante da prestação a que se refere este artigo, todos os beneficiários da prestação suplementar, independentemente da data da fixação da pensão.
NOTA: Estas propostas (actualização das pensões e a uniformização da prestação suplementar para 3ª pessoa) não constituem significativo esforço financeiro para as empresas seguradoras, nem para o Estado, uma vez que estamos a falar em valores totais inferiores a 50.000 euros anuais. Uma vez que, por errada interpretação dos artigos 56º e 74º do Decreto-Lei 143/99 de 30 de abril, mais tarde (2005?) tornada inconstitucional), grande parte dos pensionistas foi obrigado a remir a sua pensão.
As propostas ora apresentadas, significam a nosso ver, um imperativo de justiça para os sinistrados no trabalho com deficiência mais severas, bem como para o seu agregado familiar.
Aproveito o ensejo para lhe desejar um feliz Natal, desejo extensivo a todos os seus colaboradores
Com os melhores cumprimentos
O Presidente da Direcção Nacional
Luis Machado
Mais informações: ANDST
Governo promete apoio para deficientes que Mota Soares deixou na gaveta
Este apoio chegou a constar no plano de atividades do anterior Governo PSD/CDS-PP, mas nunca chegou a sair do papel.
No arranque da segunda parte do debate do Orçamento de Estado para 2016, que já vai no segundo dia, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garantiu que o Governo PS iniciou "o percurso para reforçar o sistema de proteção social naquela área onde ele é mais frágil: a da proteção das pessoas com deficiência".
"Os passos dados são ainda insuficientes e só serão completados com a prestação única de combate à pobreza nas pessoas com deficiência que decerto já fará parte do Orçamento para 2017", disse, perante a ausência do seu antecessor na pasta, o centrista Pedro Mota Soares.
Em 2014, durante o Executivo de Passos Coelho, o relatório de atividades da Direção Geral de Segurança Social referia que estava em curso a criação de uma prestação única de combate à pobreza nas pessoas com deficiência. Mas o mesmo documento concluía que o processo estava suspenso. "Aguardam-se orientações da Tutela", lia-se.
No arranque da segunda parte do debate do Orçamento de Estado para 2016, que já vai no segundo dia, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garantiu que o Governo PS iniciou "o percurso para reforçar o sistema de proteção social naquela área onde ele é mais frágil: a da proteção das pessoas com deficiência".
"Os passos dados são ainda insuficientes e só serão completados com a prestação única de combate à pobreza nas pessoas com deficiência que decerto já fará parte do Orçamento para 2017", disse, perante a ausência do seu antecessor na pasta, o centrista Pedro Mota Soares.
Em 2014, durante o Executivo de Passos Coelho, o relatório de atividades da Direção Geral de Segurança Social referia que estava em curso a criação de uma prestação única de combate à pobreza nas pessoas com deficiência. Mas o mesmo documento concluía que o processo estava suspenso. "Aguardam-se orientações da Tutela", lia-se.
Fonte: JN
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Obras vão acabar com juntas médicas na rua em Tomar
A Unidade de Saúde Pública de Tomar vai ter, finalmente, um acesso condigno para pessoas com mobilidade reduzida, com a construção de uma rampa de acesso. As obras devem começar em breve e estar concluídas até final de Março, indo ao encontro das reclamações de alguns utentes que tiveram de ser sujeitos a juntas médicas na rua, no interior de automóveis, por não conseguirem aceder às instalações por se deslocarem em cadeira de rodas.
Eduardo Jorge, um tetraplégico actualmente a viver na Carregueira (Chamusca), foi um dos utentes que teve de ser avaliado por uma junta médica dentro de um táxi, por não ter condições para aceder às instalações da Unidade de Saúde Pública de Tomar. Não se conformou com a situação e reclamou junto de várias entidades em 2009. Como não obteve nenhuma resposta concreta, voltou a reclamar em 2012 e 2013. Finalmente, em Dezembro de 2015, recebeu um ofício do Provedor de Justiça a dar-lhe boas notícias: o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, entidade que tutela aquele serviço, em articulação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, decidiu tomar medidas correctivas, "concluindo-se na conveniência da realização de obras de construção de rampa, exterior e interior, e de ampliação da porta da entrada".
Na comunicação do Provedor de Justiça, a que O MIRANTE teve acesso, refere-se ainda que a intenção da realização de obras na Unidade de Saúde Pública de Tomar deparou-se inicialmente com a recusa de autorização por parte do senhorio, obstáculo entretanto ultrapassado, o que permitiu iniciar o procedimento de contratação pública do empreiteiro em 2015. Por se tratar de uma "despesa pública avultada", a tramitação passou por várias fases e prazos legalmente previstos, recorda ainda o Provedor de Justiça que anuncia o início das obras para o início de 2016.
Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.
Eduardo Jorge, um tetraplégico actualmente a viver na Carregueira (Chamusca), foi um dos utentes que teve de ser avaliado por uma junta médica dentro de um táxi, por não ter condições para aceder às instalações da Unidade de Saúde Pública de Tomar. Não se conformou com a situação e reclamou junto de várias entidades em 2009. Como não obteve nenhuma resposta concreta, voltou a reclamar em 2012 e 2013. Finalmente, em Dezembro de 2015, recebeu um ofício do Provedor de Justiça a dar-lhe boas notícias: o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, entidade que tutela aquele serviço, em articulação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, decidiu tomar medidas correctivas, "concluindo-se na conveniência da realização de obras de construção de rampa, exterior e interior, e de ampliação da porta da entrada".
Na comunicação do Provedor de Justiça, a que O MIRANTE teve acesso, refere-se ainda que a intenção da realização de obras na Unidade de Saúde Pública de Tomar deparou-se inicialmente com a recusa de autorização por parte do senhorio, obstáculo entretanto ultrapassado, o que permitiu iniciar o procedimento de contratação pública do empreiteiro em 2015. Por se tratar de uma "despesa pública avultada", a tramitação passou por várias fases e prazos legalmente previstos, recorda ainda o Provedor de Justiça que anuncia o início das obras para o início de 2016.
Projeto nacional de recuperação de lesões medulares premiado
Em depoimentos à Lusa, a investigadora Ana Paula Pêgo, do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto (INEB), indica que o que o grupo de investigação propõe é "uma nova estratégia terapêutica que combina duas terapias regenerativas axonais complementares com um programa de reabilitação".
O projeto, desenvolvido por profissionais do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S) e do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), engloba três áreas de estudo distintas - a biologia básica da recuperação das células nervosas, os biomateriais que servirão de suporte à regeneração (com agentes terapêuticos) e técnicas terapêuticas de reabilitação (fisioterapia).
Segundo Ana Pêgo, responsável pela equipa que vai desenvolver os biomaterias utilizados na investigação e que também faz parte do i3S, "apesar dos enormes avanços que se têm feito isoladamente nas três áreas que estão na base do projeto, não existem muitas abordagens que integrem as três frentes em simultâneo, sendo este o ponto forte" desta proposta.
Como explica Mónica Sousa, outra das coordenadoras e investigadora do i3S e do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IBMC), "quando há uma lesão na medula, os axónios (parte do neurónio responsável pela condução dos impulsos elétricos - informação - que partem do corpo celular até outro local mais distante, como um músculo ou outro neurónio) são interrompidos e o caminho de transmissão da informação também".
Para reverter esse processo, os investigadores do INEB vão desenvolver materiais que podem restabelecer esse caminho e guiar novamente o axónio de volta ao seu alvo, para além de manipularem a entrega local do medicamento selecionado para tratamento, aplicado através de um hidrogel, outro dos objetivos da investigação.
O que se pretende é encontrar "uma droga ou drogas que já passaram uma série de critérios de validação para utilização em outros fins e verificar a sua capacidade de favorecer o crescimento e a regeneração axonal 'in vivo', acrescenta Mónica Sousa.
A equipa da fisiatra Maria Cunha, do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), vai ajudar a desenhar protocolos de fisioterapia adaptados que possam ser aplicados em ratos, semelhantes àqueles que se aplicam a doentes com lesões medulares, de forma a compreender se, para além drogas, esses protocolos podem ter um impacto positivo na regeneração dos axónios.
Segundo as investigadoras, estima-se que há uma incidência de 30 casos de lesão na espinal medula por ano em cada um milhão de habitantes e as sequelas tendem a prevalecer em cerca de 500 dos afetados, devido à inexistência de tratamentos efetivos que permitam recuperar de forma eficaz.
Na investigação, cuja estimativa de duração é de três anos, participam ainda os investigadores Isabel Amaral, Pedro Moreno e Paulo Aguiar, do INEB e do i3S, Fernando Mar e Joana Nogueira, do IBMC e do i3S, e Ana Rita Pinto e Ana Gomes, do CRN.
Com montante de 50.000 euros recebido pela distinção o grupo de investigação pretende comprar os reagentes necessários para os trabalhos 'in vitro' e 'in vivo'.
O prémio atribuído às investigadoras foi criado em 2014 em homenagem ao advogado e médico Albino Aroso, conhecido como o "pai" do planeamento familiar em Portugal, que morreu em 2013.
O projeto, desenvolvido por profissionais do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S) e do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), engloba três áreas de estudo distintas - a biologia básica da recuperação das células nervosas, os biomateriais que servirão de suporte à regeneração (com agentes terapêuticos) e técnicas terapêuticas de reabilitação (fisioterapia).
Segundo Ana Pêgo, responsável pela equipa que vai desenvolver os biomaterias utilizados na investigação e que também faz parte do i3S, "apesar dos enormes avanços que se têm feito isoladamente nas três áreas que estão na base do projeto, não existem muitas abordagens que integrem as três frentes em simultâneo, sendo este o ponto forte" desta proposta.
Como explica Mónica Sousa, outra das coordenadoras e investigadora do i3S e do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IBMC), "quando há uma lesão na medula, os axónios (parte do neurónio responsável pela condução dos impulsos elétricos - informação - que partem do corpo celular até outro local mais distante, como um músculo ou outro neurónio) são interrompidos e o caminho de transmissão da informação também".
Para reverter esse processo, os investigadores do INEB vão desenvolver materiais que podem restabelecer esse caminho e guiar novamente o axónio de volta ao seu alvo, para além de manipularem a entrega local do medicamento selecionado para tratamento, aplicado através de um hidrogel, outro dos objetivos da investigação.
O que se pretende é encontrar "uma droga ou drogas que já passaram uma série de critérios de validação para utilização em outros fins e verificar a sua capacidade de favorecer o crescimento e a regeneração axonal 'in vivo', acrescenta Mónica Sousa.
A equipa da fisiatra Maria Cunha, do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), vai ajudar a desenhar protocolos de fisioterapia adaptados que possam ser aplicados em ratos, semelhantes àqueles que se aplicam a doentes com lesões medulares, de forma a compreender se, para além drogas, esses protocolos podem ter um impacto positivo na regeneração dos axónios.
Segundo as investigadoras, estima-se que há uma incidência de 30 casos de lesão na espinal medula por ano em cada um milhão de habitantes e as sequelas tendem a prevalecer em cerca de 500 dos afetados, devido à inexistência de tratamentos efetivos que permitam recuperar de forma eficaz.
Na investigação, cuja estimativa de duração é de três anos, participam ainda os investigadores Isabel Amaral, Pedro Moreno e Paulo Aguiar, do INEB e do i3S, Fernando Mar e Joana Nogueira, do IBMC e do i3S, e Ana Rita Pinto e Ana Gomes, do CRN.
Com montante de 50.000 euros recebido pela distinção o grupo de investigação pretende comprar os reagentes necessários para os trabalhos 'in vitro' e 'in vivo'.
O prémio atribuído às investigadoras foi criado em 2014 em homenagem ao advogado e médico Albino Aroso, conhecido como o "pai" do planeamento familiar em Portugal, que morreu em 2013.
Fonte: Noticias ao Minuto
Cadeira de rodas sanitária Wheelable
Para muitas pessoas deficientes, é especialmente as coisas simples e mais pessoais que se tornam os mais complicados e aqueles que criam sofrimento físico e emocional. Sim, a capacidade de usar o banheiro em qualquer lugar, a qualquer momento e sem limitações, ainda não deve ser tomada como garantida.
É precisamente a partir deste ponto de vista, que Seatara está lançando o Wheelable, um vaso sanitário original e cadeira de banho que irá permitir a qualquer pessoa deficiente utilizar uma tenda do vaso sanitário regular. Agora, as pessoas com deficiência possam desfrutar da liberdade de movimento e capacidade de viajar para o exterior, para visitar familiares distantes, para dormir fora de suas casas e de ser independente e sem se preocupar com acessibilidades. Em suma, a cadeira de rodas Wheelable permite que você seja da mesma forma que já foram ou como você gostaria de ser.
Não nos falem em inclusão
" NÃO nos FALEM em INCLUSÃO" é um programa da responsabilidade do Núcleo Pais-em-Rede do Fundão presente na RÁDIO COVA da BEIRA emitido ás 3ª e 5ªf a partir das 18:30.
Um programa onde Queremos Questionar, Desafiar Palavras e Atitudes sobre a inclusão, deficiência, acessibilidades...
Queremos testemunhar, partilhar boas práticas inclusivas que VÃO para Além das palavras.
Seja um Cronista, um repórter ...uma Voz do nosso programa
Desafiamo-lo a partilhar a sua opinião sobre estes assuntos da deficiência, inclusão, acessibilidades, solidariedade, direitos....
Conte-nos as suas histórias, as suas vivências...ou as histórias de quem conhece...
Coloque-nos as suas questões, as suas interpelações ...
Escreva, grave ....Partilhe testemunhos, histórias, opiniões...
Envie-nos o seu texto, e/ou gravação de voz (efectuada por ex: no telemóvel)para o endereço electrónico- perfundao@gmail.com
Ambicionamos uma comunidade mais inclusiva
A sua opinião, a sua Presença é Importante neste Projeto, nesta causa.
Bem Haja
As emissões do programa podem ser ouvidas e descarregadas em:
https://www.mixcloud.com/NucleoPaisemRedeFUNDAO
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Falta de consideração pelas pessoas com deficiências
Na sua intervenção no debate sobre o Orçamento do Estado para 2016, o deputado Jorge Falcato lembrou a grande expectativa com que as pessoas com deficiência olharam e olham para a mudança politica no pais que deve corresponder a uma nova politica de devolução de rendimentos que garanta o respeito dos direitos das pessoas com deficiência. |22-02-2016.
Livro "After You" (Assim como Você)
Fãs de Jojo Moyes receberam uma notícia surpresa hoje. A autora divulgou em rede social a capa americana e a previsão de lançamento da sequência de 'Como Eu era antes de Você', intitulada 'After You' (Depois de Você). Até então ela havia guardado o segredo a sete chaves.
'Como Eu era antes de Você' é um de seus livros de maior sucesso no Brasil. Foi lançado em 2012, nos Estados Unidos, e no ano seguinte, foi publicado no Brasil pela editora Intrínseca. Conta a história do romance de Louisa Park e do tetraplégico Will Traynor. Lou mora com os pais, um sobrinho, uma irmã solteira e um avô. Ela namora Patrick, que não demonstra cair de amores por ela. Lou trabalha como garçonete para ajudar em casa, até que o café fecha e ela sai em busca de trabalho. Ela então começa a trabalhar como cuidadora do deprimido Will. O encontro dos dois mudará completamente a vida de ambos.
Foram vendidos mais de 1 milhão de exemplares de 'Como Eu era antes de Você' na Alemanha. No Brasil, o livro ainda continua na lista de obras mais vendidas.
After You
Para responder à pergunta "o que aconteceu com Lou?", feita por milhares de fãs, Moyes vai lançar no dia 29 de setembro, nos Estados Unidos, a obra 'After You' (ainda sem nome no Brasil). Infelizmente, no Brasil deve ser lançada apenas em 2016.
Sobre a sequência ela disse: "Eu não tinha planejado escrever uma sequência para o livro. Mas trabalhando no roteiro do filme e lendo uma grande quantidade de tweets e e-mails todos os dias perguntando o que Lou fez de sua vida, me mostrou que os personagens nunca me deixaram. Foi um prazer visitar novamente Lou e sua família e os Traynors e confrontá-los com novos problemas. Como sempre, eles me fizeram rir e chorar. Eu espero que os leitores sintam o mesmo quando encontrá-los de novo".
Adaptação cinematográfica de 'Como Eu era antes de Você'
Com estreia prevista para 2016, as filmagens começarão em abril. A atriz Emilia Clarke (Game of Thrones) interpretará Lou e Sam Claflin (Simplesmente Acontece) será Will.
A autora
A londrina Pauline Sara Jo Moyes é uma das poucas escritoras a ganhar duas vezes o prêmio de Literatura Romântica do Ano da Associação de Romancistas. Em 2004, por 'Foreign Fruit' e em 2011, por 'A Última Carta de Amor'.
Foi lançado recentemente no Brasil, mais um livro da autora: 'Um mais Um'.
Foram vendidos mais de 1 milhão de exemplares de 'Como Eu era antes de Você' na Alemanha. No Brasil, o livro ainda continua na lista de obras mais vendidas.
After You
Para responder à pergunta "o que aconteceu com Lou?", feita por milhares de fãs, Moyes vai lançar no dia 29 de setembro, nos Estados Unidos, a obra 'After You' (ainda sem nome no Brasil). Infelizmente, no Brasil deve ser lançada apenas em 2016.
Sobre a sequência ela disse: "Eu não tinha planejado escrever uma sequência para o livro. Mas trabalhando no roteiro do filme e lendo uma grande quantidade de tweets e e-mails todos os dias perguntando o que Lou fez de sua vida, me mostrou que os personagens nunca me deixaram. Foi um prazer visitar novamente Lou e sua família e os Traynors e confrontá-los com novos problemas. Como sempre, eles me fizeram rir e chorar. Eu espero que os leitores sintam o mesmo quando encontrá-los de novo".
Adaptação cinematográfica de 'Como Eu era antes de Você'
Com estreia prevista para 2016, as filmagens começarão em abril. A atriz Emilia Clarke (Game of Thrones) interpretará Lou e Sam Claflin (Simplesmente Acontece) será Will.
A autora
A londrina Pauline Sara Jo Moyes é uma das poucas escritoras a ganhar duas vezes o prêmio de Literatura Romântica do Ano da Associação de Romancistas. Em 2004, por 'Foreign Fruit' e em 2011, por 'A Última Carta de Amor'.
Foi lançado recentemente no Brasil, mais um livro da autora: 'Um mais Um'.
Fonte: blastingnews
Ferramenta faz avaliação sexual de homens com lesão medular
A paralisia dos movimentos de membros superiores e inferiores é o aspecto mais visível em pessoas que sofreram lesão na medula espinhal. No entanto, outros domínios são prejudicados, como a sexualidade, afetando a qualidade de vida dessa população, segundo pesquisadores da Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Por isso, a importância de avaliar o grau da disfunção sexual e incluí-la no tratamento.
“Os médicos, em geral, estão muito preocupados com a reabilitação motora dos pacientes e negligenciam a avaliação sexual e o seu tratamento, tanto em homens quanto em mulheres. Um estudo mostra que, para os homens paraplégicos, o principal anseio é voltar a ter vida sexual, superando o retorno do movimento das pernas. Com os tetraplégicos, só o movimento das mãos supera o desejo de voltar a ter vida sexual, então isso tem um grande impacto para os pacientes”.
O alerta é do pesquisador e urologista do HC Eduardo de Paula Miranda, um dos autores de estudo que propõe uma nova ferramenta para analisar a disfunção sexual em homens com lesão medular: o Quociente Sexual Masculino (QSM).
Trata-se de um questionário de avaliação sexual em português e traduzido para o inglês, desenvolvido e validado no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas, com 10 perguntas para avaliar os cinco domínios da função sexual: ereção, desejo, ejaculação, orgasmo e satisfação sexual.
“Esse questionário já existia para aplicação na população em geral, mas, pela primeira vez, foi utilizado para homens com lesão medular. Ele é rápido e fácil de ser aplicado”, afirma Miranda.
Diferentes análises
No estudo, os pesquisadores compararam o QSM com um questionário padrão de avaliação sexual, o Sexual Health Inventory for Men (SHIM), composto por cinco perguntas. Os dois questionários foram aplicados em 295 homens com lesão medular traumática em acompanhamento no serviço de Reabilitação Raquimedular do HC.
A prevalência de disfunções sexuais foi extremamente alta, de forma que desse total de pacientes, 159 não eram sexualmente ativos. De acordo com a pesquisa, as pontuações do QSM e SHIM se correlacionam, mas o QSM fornece uma avaliação mais abrangente da disfunção sexual.
“O SHIM é voltado mais para a análise da ereção, mas homens com lesão na medula espinhal têm muitos outros problemas. A aplicação do MSQ nos mostrou que a incidência de problemas de ejaculação (89,4%) e orgasmo (74,5%) é muito alta entre os pacientes”, ressalta o urologista.
Entre os problemas detectados em pacientes com disfunção sexual, a partir da aplicação do MSQ, estão: diminuição do desejo sexual (28,8%), falta de confiança para a sedução do parceiro (38,3%), insatisfação com as preliminares sexuais (48,8%), frustração com satisfação do parceiro sexual (54,6%), incapacidade de obter uma ereção (71,0%), dificuldade em manter a ereção (67,8%), falta de ereções completas (64,4%), problemas na ejaculação (89,4%), incapacidade de atingir o orgasmo (74,5%) e, insatisfação em geral com a relação sexual (51,1%).
“Entender a dinâmica da vida sexual do paciente possibilita várias intervenções médicas, por isso é importante esse tipo de avaliação com questionários. Existem remédios por via oral, medicações injetáveis, próteses penianas, entre outros tratamentos”, destaca Miranda.
A pesquisa também coloca que dos domínios avaliados pelo questionário QSM, o interesse sexual foi classificado mais alto por mais de metade dos pacientes. De acordo com o pesquisador, esses números são significativos porque confirmam que o interesse sexual é elevado na maioria dos homens com lesão na medula espinhal e reforçam a necessidade de cuidados dos médicos em estar ciente desse problema e compromete-se a discutir o assunto com seus pacientes.
O estudo foi publicado em janeiro, na revista Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, com o título Evaluation of Sexual Dysfunction in men with Spinal Cord Injury using the Male Sexual Quotient. A pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisado do Estado de São Paulo (Fapesp).
Mais informações: e-mail mirandaedp@gmail.com, com Eduardo De Paula Miranda
“Os médicos, em geral, estão muito preocupados com a reabilitação motora dos pacientes e negligenciam a avaliação sexual e o seu tratamento, tanto em homens quanto em mulheres. Um estudo mostra que, para os homens paraplégicos, o principal anseio é voltar a ter vida sexual, superando o retorno do movimento das pernas. Com os tetraplégicos, só o movimento das mãos supera o desejo de voltar a ter vida sexual, então isso tem um grande impacto para os pacientes”.
O alerta é do pesquisador e urologista do HC Eduardo de Paula Miranda, um dos autores de estudo que propõe uma nova ferramenta para analisar a disfunção sexual em homens com lesão medular: o Quociente Sexual Masculino (QSM).
Trata-se de um questionário de avaliação sexual em português e traduzido para o inglês, desenvolvido e validado no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas, com 10 perguntas para avaliar os cinco domínios da função sexual: ereção, desejo, ejaculação, orgasmo e satisfação sexual.
“Esse questionário já existia para aplicação na população em geral, mas, pela primeira vez, foi utilizado para homens com lesão medular. Ele é rápido e fácil de ser aplicado”, afirma Miranda.
Diferentes análises
No estudo, os pesquisadores compararam o QSM com um questionário padrão de avaliação sexual, o Sexual Health Inventory for Men (SHIM), composto por cinco perguntas. Os dois questionários foram aplicados em 295 homens com lesão medular traumática em acompanhamento no serviço de Reabilitação Raquimedular do HC.
A prevalência de disfunções sexuais foi extremamente alta, de forma que desse total de pacientes, 159 não eram sexualmente ativos. De acordo com a pesquisa, as pontuações do QSM e SHIM se correlacionam, mas o QSM fornece uma avaliação mais abrangente da disfunção sexual.
“O SHIM é voltado mais para a análise da ereção, mas homens com lesão na medula espinhal têm muitos outros problemas. A aplicação do MSQ nos mostrou que a incidência de problemas de ejaculação (89,4%) e orgasmo (74,5%) é muito alta entre os pacientes”, ressalta o urologista.
Entre os problemas detectados em pacientes com disfunção sexual, a partir da aplicação do MSQ, estão: diminuição do desejo sexual (28,8%), falta de confiança para a sedução do parceiro (38,3%), insatisfação com as preliminares sexuais (48,8%), frustração com satisfação do parceiro sexual (54,6%), incapacidade de obter uma ereção (71,0%), dificuldade em manter a ereção (67,8%), falta de ereções completas (64,4%), problemas na ejaculação (89,4%), incapacidade de atingir o orgasmo (74,5%) e, insatisfação em geral com a relação sexual (51,1%).
“Entender a dinâmica da vida sexual do paciente possibilita várias intervenções médicas, por isso é importante esse tipo de avaliação com questionários. Existem remédios por via oral, medicações injetáveis, próteses penianas, entre outros tratamentos”, destaca Miranda.
A pesquisa também coloca que dos domínios avaliados pelo questionário QSM, o interesse sexual foi classificado mais alto por mais de metade dos pacientes. De acordo com o pesquisador, esses números são significativos porque confirmam que o interesse sexual é elevado na maioria dos homens com lesão na medula espinhal e reforçam a necessidade de cuidados dos médicos em estar ciente desse problema e compromete-se a discutir o assunto com seus pacientes.
O estudo foi publicado em janeiro, na revista Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, com o título Evaluation of Sexual Dysfunction in men with Spinal Cord Injury using the Male Sexual Quotient. A pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisado do Estado de São Paulo (Fapesp).
Mais informações: e-mail mirandaedp@gmail.com, com Eduardo De Paula Miranda
Fonte: Soma
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Faz-me um grande favor passar por aqui. Sou retirada do povo
Acentua cada palavra com o som “nh”. Não é fácil compreender o que diz José da Silva, a menos que se tenha o ouvido treinado, como o cabo Figueiredo, da GNR de Mangualde. De vez em quando, passa por aquela casa fria, de granito, a perguntar se José tem visto estranhos, a alertá-lo para alguma burla, a tentar perceber como está.
Há pouco mais de um ano, a GNR lançou um programa especial de apoio a pessoas com deficiência. Neste momento, tem uma lista de 426 que vivem sozinhas e/ou isoladas e, por isso, estão mais vulneráveis a negligência, maus tratos, furtos, burlas e outros crimes. Os militares visitam-nas, aconselham-nas a tomar algumas medidas de segurança, entregam-lhes um número para o qual podem ligar em caso de dúvida ou aflição.
O Comando Territorial de Viseu está a aplicar-se. Há dois anos, fez folhetos do programa “escola segura” em braille e distribuiu-os pelos alunos referenciados. No ano passado, fez o mesmo com o dos “idosos em segurança”. Agora, quer adaptar a linguagem desse para que melhor seja compreendido por pessoas com problemas de saúde mental.
- Bom dia – saúdam o alferes Duarte e o cabo Figueiredo, mal se deparam com o homem, de 63 anos, em frente a casa.
- Bom dia – responde.
- Bem-disposto? - pergunta o alferes.
- Até ver.
- Já trabalhou muito hoje?
- Já podei algumas videiras.
- Ainda trabalha terras?
- Ainda.
- Trabalha muito?
- Devagar.
O cabo Figueiredo repete as primeiras respostas, como se fosse um intérprete. Decorridos uns minutos, já não precisa. O ouvido do alferes, novo no comando da equipa de programas especiais de Mangualde, habitua-se àquele modo de falar e ele próprio vai repetindo as respostas de José, para se certificar de que percebeu bem, que nada lhe escapou.
José não para, apesar de arrastar os pés. A casa tem dois pisos: em cima, habitação; em baixo, produtos e alfaias agrícolas. E ele quer mostrar provas da sua labuta: sacas de milho, garrafões de vinho, maçãs amontoadas. Oferece um punhado de castanhas, que guarda num balde de areia. “Quem diria que as castanhas se conservam assim?”, admira-se o cabo.
Não é uma oferta inusitada. A ordem é para estes militares actuarem de forma próxima, humana, inclusiva. Acontece de vez em quando quem está integrado no programa de idosos ou no de deficientes desfazer-se em gentilezas. Brindam os militares com uma bebida ou uma fatia de bolo ou umas peças de fruta. “Fazem questão”, diz o alferes. “Sentem-se muito sozinhos. Quando apanham alguém, têm todo o gosto em partilhar.”
Acontece-lhes depararem-se com situações críticas. Ainda há pouco, o cabo Figueiredo percebeu perda de peso num idoso e avisou a acção social da câmara. No serviço, fizeram uma recolha de bens para situações de emergência, mas não se iludem. “Um saco de arroz não resolve o problema, o que interessa é que a pessoa diariamente seja acompanhada por alguém que vai lá entregar as refeições, daí a importância do trabalho em rede”, comenta o alferes. Há uma instituição particular de solidariedade social que lá vai agora.
Nem sempre falta dinheiro. Por vezes, falta orientação. Saindo dali, a equipa passará por um irmão e uma irmã residentes numa quinta. Para chegar a casa de Laurinda e Joaquim Almeida é preciso seguir por um caminho de terra. E as pernas dela pouco se aguentam. Ele é que a transporta num carrinho de mão. Já tentaram levá-la num lar, mas ele foi lá buscá-la. É difícil desviar-lhes o pensamento. Trabalhar a terra, para eles, “é um distrai”, mas nem a cavar se esquecem do vizinho, que chamam de “malvado”. Para Joaquim, todos os males, mesmo os de saúde dele e da irmã, resultam de bruxaria.
A lista é dinâmica. Uma pessoa que vivia acompanhada num instante pode ficar sozinha e uma pessoa que vivia sozinha de um momento para o outro pode ganhar companhia. Neste programa, como no destinado a idosos, no decurso do trabalho os guardas vão somando e subtraindo nomes, como se percebe mesmo ali, naquela aldeia de Sátão.
A vizinha da frente está à espreita, de olhar torto, vassoura na mão. Não resiste a perguntar o que andam os militares a fazer em casa de José da Silva.
- Eu gosto de "isolar" a vida dele – afiança ela. Isolar, na boca dela, é proteger.
- A senhora pode vir cá e ver o que estamos a fazer – responde-lhe o cabo Figueiredo.
- Estão a ver o que ele tem. Umas batatas pequenitas!
- Estamos a conversar com ele.
- A gente fica desconfiada.
- Mas está desconfiada porquê?
- A gente hoje em dia vê tanta coisa na televisão.
- A senhora tem razão para desconfiar, mas nós estamos mais do que identificados.
Não era a primeira vez que via a GNR por ali. De todas as vezes se inquietara, mas era a primeira que saía da sombra, que metia conversa.
- Muita gente está sozinha.
- A senhora está sozinha também?
- Eu? Eu estou com a vassoura na mão.
- Não tem familiares?
- Tenho no estrangeiro. E ele ainda tem aqui uma irmã e um cunhado.
- Costumamos visitar algumas das suas vizinhas. Ninguém nos disse que estava sozinha.
- Tenho uma gata!
Parece tudo ligado no interior do país despovoado e envelhecido. Às vezes, pessoas idosas e pessoas com deficiência fundem-se. Com a idade, tende a aumentar a dificuldade que cada um experimenta a andar, subir degraus, levantar e transportar qualquer coisa, ver, mesmo com óculos, concentrar-se, dobrar-se, segurar algo, ouvir, mesmo com prótese auditiva, sentar-se ou levantar-se, compreender ou fazer-se compreender. Nas acções de sensibilização que a GNR vai fazendo, sobretudo nas escolas que lhe compete proteger, explica que com a idade todas as pessoas perdem habilidades e chama a atenção para pormenores da vida em comunidade, como o respeito por todos, a relevância das caixas de atendimento prioritárias e dos estacionamentos reservados.
“É um trabalho de prevenção”, resume o guarda principal Duarte, do destacamento de Viseu. “Tentamos aliviar o trabalho dos colegas mais tarde.” Na tarde desta sexta-feira, programou passar por casa de um deficiente, de 53 anos, que vive com a mãe, de 83. A mãe, Maria de Lurdes Fernandes, está frágil, debilitada. Preocupa-se com o que o futuro reserva ao filho, a que deu o nome de Eneias, como a personagem da literatura greco-romana.
- Por aqui tem andado alguém estranho? - pergunta ele.
- De dia, não sei. De dia, tenho estado no centro. Sabe que me pode passar algo e estou aqui sozinha. Ele não ouve. Ele não fala. Se me passa algo, que é que eu vou fazer? Se me passa algo sempre estou ao pé delas e coiso.
- Mas de noite está em casa. Alguma coisa já sabe. Pode ligar para nós. Já lhe tinha deixado o número de telefone. Vou pôr aqui neste calendário que lhe trouxe.
- Se me acontece alguma aqui, tenho de ir de arrastos ao quarto dele chamá-lo. Não vale a pena gritar, que ele não ouve. Se lhe toco, ele vai chamar alguém. De noite não vai que tem medo!
- Tem aqui o número do posto. Também tem aqui o número do serviço da emergência. É pequenino: 112. Às vezes, numa atrapalhação, para não estar a marcar tantos números, é melhor ligar 112, que quem estiver do outro lado ajuda.
- Está bem.
- De resto é o que temos falado. Cuidado com a portinha. Sempre fechada.
- Sim, tem estado.
- Espreite pela janela antes de abrir a porta.
- Tenho aí um cachorrito que dá conta de tudo.
- Como é que se chama?
- Chama-se Leão, mas é pequenino.
- Também já sabe que as notas de 20 euros mudaram, mas ninguém vem trocá-las.
- Já! Tudo trafulhice.
- As notas que tiver não passam de validade.
- Eu não deixo juntar nem novas, nem velhas. A reforma é pequena. Tem de chegar para luz, telefone, vestir e coisa. O dinheiro vai.
Falam sobre a viuvez, que já dura há 16 anos, sobre o outro filho, que está na Suíça, sobre a filha, que vive em Águeda, e sobre aquele filho, Eneias, tão parecido com o pai. E tão incapaz de lidar com as derrotas do Benfica. “Faz bem em vir”, diz Lurdes. “Faz-me um grande favor passar por aqui. Sou retirada do povo. Pode haver para aí algum maluco. Sinto-me muito mais segura por passarem aqui de vez em quando. Só que vejam, já dizem: pronto! Não vale a pena ir lá, porque aparecem de repente.”
Os burlões tendem a ser gente simpática, de voz meiga, convincente. Alguns fazem-se passar por funcionários da empresa da electricidade, do gás ou da água para entrar em casa. Outros vestem a pele de funcionários da segurança social. Podem, por exemplo, pedir dinheiro adiantada para ajudar a antecipar reformas. Também há os que se fazem passar por funcionários dos correios, com uma encomenda de uma familiar. E os que batem à porta a anunciar que a pessoa ganhou um prémio qualquer e para o receber tem de pagar uma certa quantia.
O militar sai satisfeito. “É bom ver que as pessoas gostam da nossa presença. É muito gratificante perceber isso. Este é um trabalho que não apresenta números. Ainda há pouco estive duas horas com uma senhora. O marido morreu, tem a filha fora. Chorou, riu-se. Quando vim embora, estava radiante. ‘Passe cá outra vez’. E eu disse: ‘passo, só não posso prometer quando’”.
Tal como faz com os idosos, a GNR convida os deficientes em situação de vulnerabilidade a aderirem ao programa "Residência Segura". Até agora, aderiram 113. Os militares recolheram os seus dados e inseriram-nos em mapas por região, convencida de que tal lhe permite direccionar melhor os meios e aumentar o sentimento de segurança.
“Isto é um projecto bastante embrionário, mas tem pernas para andar”, acredita o guarda principal Mourão, da GNR de Lamego. Está a sair, com o guarda principal Santos, para casa de Domingos, um homem que se desloca numa cadeira de rodas e arrasta as palavras, como se não as quisesse deixar. Encontram-no no largo da aldeia, sozinho. O centro de convívio está vazio e na rua é raro aparecer vivalma. “Aqui, nada, nada. Não há, não há, não há união. Muito pouco”, queixa-se. Conversam longamente com ele. E ele não os quer deixar partir.
Há pouco mais de um ano, a GNR lançou um programa especial de apoio a pessoas com deficiência. Neste momento, tem uma lista de 426 que vivem sozinhas e/ou isoladas e, por isso, estão mais vulneráveis a negligência, maus tratos, furtos, burlas e outros crimes. Os militares visitam-nas, aconselham-nas a tomar algumas medidas de segurança, entregam-lhes um número para o qual podem ligar em caso de dúvida ou aflição.
O Comando Territorial de Viseu está a aplicar-se. Há dois anos, fez folhetos do programa “escola segura” em braille e distribuiu-os pelos alunos referenciados. No ano passado, fez o mesmo com o dos “idosos em segurança”. Agora, quer adaptar a linguagem desse para que melhor seja compreendido por pessoas com problemas de saúde mental.
- Bom dia – saúdam o alferes Duarte e o cabo Figueiredo, mal se deparam com o homem, de 63 anos, em frente a casa.
- Bom dia – responde.
- Bem-disposto? - pergunta o alferes.
- Até ver.
- Já trabalhou muito hoje?
- Já podei algumas videiras.
- Ainda trabalha terras?
- Ainda.
- Trabalha muito?
- Devagar.
O cabo Figueiredo repete as primeiras respostas, como se fosse um intérprete. Decorridos uns minutos, já não precisa. O ouvido do alferes, novo no comando da equipa de programas especiais de Mangualde, habitua-se àquele modo de falar e ele próprio vai repetindo as respostas de José, para se certificar de que percebeu bem, que nada lhe escapou.
José não para, apesar de arrastar os pés. A casa tem dois pisos: em cima, habitação; em baixo, produtos e alfaias agrícolas. E ele quer mostrar provas da sua labuta: sacas de milho, garrafões de vinho, maçãs amontoadas. Oferece um punhado de castanhas, que guarda num balde de areia. “Quem diria que as castanhas se conservam assim?”, admira-se o cabo.
Não é uma oferta inusitada. A ordem é para estes militares actuarem de forma próxima, humana, inclusiva. Acontece de vez em quando quem está integrado no programa de idosos ou no de deficientes desfazer-se em gentilezas. Brindam os militares com uma bebida ou uma fatia de bolo ou umas peças de fruta. “Fazem questão”, diz o alferes. “Sentem-se muito sozinhos. Quando apanham alguém, têm todo o gosto em partilhar.”
Acontece-lhes depararem-se com situações críticas. Ainda há pouco, o cabo Figueiredo percebeu perda de peso num idoso e avisou a acção social da câmara. No serviço, fizeram uma recolha de bens para situações de emergência, mas não se iludem. “Um saco de arroz não resolve o problema, o que interessa é que a pessoa diariamente seja acompanhada por alguém que vai lá entregar as refeições, daí a importância do trabalho em rede”, comenta o alferes. Há uma instituição particular de solidariedade social que lá vai agora.
Nem sempre falta dinheiro. Por vezes, falta orientação. Saindo dali, a equipa passará por um irmão e uma irmã residentes numa quinta. Para chegar a casa de Laurinda e Joaquim Almeida é preciso seguir por um caminho de terra. E as pernas dela pouco se aguentam. Ele é que a transporta num carrinho de mão. Já tentaram levá-la num lar, mas ele foi lá buscá-la. É difícil desviar-lhes o pensamento. Trabalhar a terra, para eles, “é um distrai”, mas nem a cavar se esquecem do vizinho, que chamam de “malvado”. Para Joaquim, todos os males, mesmo os de saúde dele e da irmã, resultam de bruxaria.
A lista é dinâmica. Uma pessoa que vivia acompanhada num instante pode ficar sozinha e uma pessoa que vivia sozinha de um momento para o outro pode ganhar companhia. Neste programa, como no destinado a idosos, no decurso do trabalho os guardas vão somando e subtraindo nomes, como se percebe mesmo ali, naquela aldeia de Sátão.
A vizinha da frente está à espreita, de olhar torto, vassoura na mão. Não resiste a perguntar o que andam os militares a fazer em casa de José da Silva.
- Eu gosto de "isolar" a vida dele – afiança ela. Isolar, na boca dela, é proteger.
- A senhora pode vir cá e ver o que estamos a fazer – responde-lhe o cabo Figueiredo.
- Estão a ver o que ele tem. Umas batatas pequenitas!
- Estamos a conversar com ele.
- A gente fica desconfiada.
- Mas está desconfiada porquê?
- A gente hoje em dia vê tanta coisa na televisão.
- A senhora tem razão para desconfiar, mas nós estamos mais do que identificados.
Não era a primeira vez que via a GNR por ali. De todas as vezes se inquietara, mas era a primeira que saía da sombra, que metia conversa.
- Muita gente está sozinha.
- A senhora está sozinha também?
- Eu? Eu estou com a vassoura na mão.
- Não tem familiares?
- Tenho no estrangeiro. E ele ainda tem aqui uma irmã e um cunhado.
- Costumamos visitar algumas das suas vizinhas. Ninguém nos disse que estava sozinha.
- Tenho uma gata!
Parece tudo ligado no interior do país despovoado e envelhecido. Às vezes, pessoas idosas e pessoas com deficiência fundem-se. Com a idade, tende a aumentar a dificuldade que cada um experimenta a andar, subir degraus, levantar e transportar qualquer coisa, ver, mesmo com óculos, concentrar-se, dobrar-se, segurar algo, ouvir, mesmo com prótese auditiva, sentar-se ou levantar-se, compreender ou fazer-se compreender. Nas acções de sensibilização que a GNR vai fazendo, sobretudo nas escolas que lhe compete proteger, explica que com a idade todas as pessoas perdem habilidades e chama a atenção para pormenores da vida em comunidade, como o respeito por todos, a relevância das caixas de atendimento prioritárias e dos estacionamentos reservados.
“É um trabalho de prevenção”, resume o guarda principal Duarte, do destacamento de Viseu. “Tentamos aliviar o trabalho dos colegas mais tarde.” Na tarde desta sexta-feira, programou passar por casa de um deficiente, de 53 anos, que vive com a mãe, de 83. A mãe, Maria de Lurdes Fernandes, está frágil, debilitada. Preocupa-se com o que o futuro reserva ao filho, a que deu o nome de Eneias, como a personagem da literatura greco-romana.
- Por aqui tem andado alguém estranho? - pergunta ele.
- De dia, não sei. De dia, tenho estado no centro. Sabe que me pode passar algo e estou aqui sozinha. Ele não ouve. Ele não fala. Se me passa algo, que é que eu vou fazer? Se me passa algo sempre estou ao pé delas e coiso.
- Mas de noite está em casa. Alguma coisa já sabe. Pode ligar para nós. Já lhe tinha deixado o número de telefone. Vou pôr aqui neste calendário que lhe trouxe.
- Se me acontece alguma aqui, tenho de ir de arrastos ao quarto dele chamá-lo. Não vale a pena gritar, que ele não ouve. Se lhe toco, ele vai chamar alguém. De noite não vai que tem medo!
- Tem aqui o número do posto. Também tem aqui o número do serviço da emergência. É pequenino: 112. Às vezes, numa atrapalhação, para não estar a marcar tantos números, é melhor ligar 112, que quem estiver do outro lado ajuda.
- Está bem.
- De resto é o que temos falado. Cuidado com a portinha. Sempre fechada.
- Sim, tem estado.
- Espreite pela janela antes de abrir a porta.
- Tenho aí um cachorrito que dá conta de tudo.
- Como é que se chama?
- Chama-se Leão, mas é pequenino.
- Também já sabe que as notas de 20 euros mudaram, mas ninguém vem trocá-las.
- Já! Tudo trafulhice.
- As notas que tiver não passam de validade.
- Eu não deixo juntar nem novas, nem velhas. A reforma é pequena. Tem de chegar para luz, telefone, vestir e coisa. O dinheiro vai.
Falam sobre a viuvez, que já dura há 16 anos, sobre o outro filho, que está na Suíça, sobre a filha, que vive em Águeda, e sobre aquele filho, Eneias, tão parecido com o pai. E tão incapaz de lidar com as derrotas do Benfica. “Faz bem em vir”, diz Lurdes. “Faz-me um grande favor passar por aqui. Sou retirada do povo. Pode haver para aí algum maluco. Sinto-me muito mais segura por passarem aqui de vez em quando. Só que vejam, já dizem: pronto! Não vale a pena ir lá, porque aparecem de repente.”
Os burlões tendem a ser gente simpática, de voz meiga, convincente. Alguns fazem-se passar por funcionários da empresa da electricidade, do gás ou da água para entrar em casa. Outros vestem a pele de funcionários da segurança social. Podem, por exemplo, pedir dinheiro adiantada para ajudar a antecipar reformas. Também há os que se fazem passar por funcionários dos correios, com uma encomenda de uma familiar. E os que batem à porta a anunciar que a pessoa ganhou um prémio qualquer e para o receber tem de pagar uma certa quantia.
O militar sai satisfeito. “É bom ver que as pessoas gostam da nossa presença. É muito gratificante perceber isso. Este é um trabalho que não apresenta números. Ainda há pouco estive duas horas com uma senhora. O marido morreu, tem a filha fora. Chorou, riu-se. Quando vim embora, estava radiante. ‘Passe cá outra vez’. E eu disse: ‘passo, só não posso prometer quando’”.
Tal como faz com os idosos, a GNR convida os deficientes em situação de vulnerabilidade a aderirem ao programa "Residência Segura". Até agora, aderiram 113. Os militares recolheram os seus dados e inseriram-nos em mapas por região, convencida de que tal lhe permite direccionar melhor os meios e aumentar o sentimento de segurança.
“Isto é um projecto bastante embrionário, mas tem pernas para andar”, acredita o guarda principal Mourão, da GNR de Lamego. Está a sair, com o guarda principal Santos, para casa de Domingos, um homem que se desloca numa cadeira de rodas e arrasta as palavras, como se não as quisesse deixar. Encontram-no no largo da aldeia, sozinho. O centro de convívio está vazio e na rua é raro aparecer vivalma. “Aqui, nada, nada. Não há, não há, não há união. Muito pouco”, queixa-se. Conversam longamente com ele. E ele não os quer deixar partir.
Fonte: Público
CRIDEM 2016 / Concurso Nacional de Trabalhos de Pessoas com Deficiência Intelectual
A APPACDM do Porto / Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, a Fundação Manuel António da Mota e a Fundação Montepio uniram esforços para fazer renascer uma grande iniciativa. O CRIDEM / Concurso Nacional de Trabalhos de Pessoas com Deficiência Intelectual vai voltar em 2016, após um interregno de 10 anos, reabrindo-se assim este espaço de estímulo e divulgação da criatividade artística da pessoa com deficiência intelectual.
A partir de 3 de Dezembro, data em que se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, decorre o período de apresentação de trabalhos, podendo todos os interessados consultar aqui o Regulamento do concurso, bem como imprimir a ficha de inscrição que deve acompanhar as obras de arte.
A criatividade define-se pelas obras e não existe sem elas. Todos os indivíduos têm a potencialidade de criar, sendo o desejo de criar universal. A variação do potencial criador dependerá das oportunidades que terão em expressá-lo, não se esperando com isto transformar as pessoas em génios ou artistas.
O mundo interior das pessoas com deficiência intelectual é um conjunto móvel e não estabilizado de representações de sentimentos, de crenças que tendem a exteriorizar-se na razão directa da sua força e da sua intensidade num mundo muitas vezes sincrético.
No campo da criatividade abrem-se espaços que permitem, ao cidadão com deficiência como a todos nós, comunicar aspirações, emoções e modos de ver. O CRIDEM apenas proporciona, e bem, a oportunidade.
A partir de 3 de Dezembro, data em que se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, decorre o período de apresentação de trabalhos, podendo todos os interessados consultar aqui o Regulamento do concurso, bem como imprimir a ficha de inscrição que deve acompanhar as obras de arte.
A criatividade define-se pelas obras e não existe sem elas. Todos os indivíduos têm a potencialidade de criar, sendo o desejo de criar universal. A variação do potencial criador dependerá das oportunidades que terão em expressá-lo, não se esperando com isto transformar as pessoas em génios ou artistas.
O mundo interior das pessoas com deficiência intelectual é um conjunto móvel e não estabilizado de representações de sentimentos, de crenças que tendem a exteriorizar-se na razão directa da sua força e da sua intensidade num mundo muitas vezes sincrético.
No campo da criatividade abrem-se espaços que permitem, ao cidadão com deficiência como a todos nós, comunicar aspirações, emoções e modos de ver. O CRIDEM apenas proporciona, e bem, a oportunidade.
Fonte: CRIDEM 2016
Seminário a inclusão na comunidade e responsabilidade social
A Associação INCLUIR (ex Associação de Apoio a Deficientes com Paralisia Cerebral Maria do Carmo Silva Melancia) vai realizar um Seminário com o tema "Inclusão na Comunidade e Responsabilidade Social", a 20 de fevereiro de 2016, pelas 14 horas em Santarém (auditório da Escola Superior de Saúde).
A UDIPSSS colabora na organização deste Seminário que tem como objectivos apresentar vários pontos:
- Impacto que o projeto "Tenho Voz" teve na vida dos utilizadores e na comunidade, através de testemunhos. Este foi um projeto da INCLUIR, financiado pelo Movimento Mais Para Todos e SIC Esperança;
- Responsabilidade Social e sentido comunitário;
- Stress Parental - trabalho académico da Dra. Margarida Gomes (APCL)
Este convite é aberto a toda a comunidade agradecendo, desde já, a sua divulgação pela vossa rede de contactos.
Agradecemos confirmação de presença, até ao dia 18/2, para o seguinte endereço: seminarioincluir@gmail.com
Cordiais Cumprimentos
Eduardo Mourinha
(Presidente)
Telefone: 243 327 996
visite-nos em: http://santarem.udipss.org/pt/
https://www.facebook.com/
A UDIPSSS colabora na organização deste Seminário que tem como objectivos apresentar vários pontos:
- Impacto que o projeto "Tenho Voz" teve na vida dos utilizadores e na comunidade, através de testemunhos. Este foi um projeto da INCLUIR, financiado pelo Movimento Mais Para Todos e SIC Esperança;
- Responsabilidade Social e sentido comunitário;
- Stress Parental - trabalho académico da Dra. Margarida Gomes (APCL)
Este convite é aberto a toda a comunidade agradecendo, desde já, a sua divulgação pela vossa rede de contactos.
Agradecemos confirmação de presença, até ao dia 18/2, para o seguinte endereço: seminarioincluir@gmail.com
Cordiais Cumprimentos
Eduardo Mourinha
(Presidente)
Telefone: 243 327 996
visite-nos em: http://santarem.udipss.org/pt/
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Programa de Actividades Artísticas, Culturais e de Formação da ANACED
Para este mês de FEVEREIRO propomos-lhe diversas sugestões artísticas, culturais e de formação, esperando contribuir para momentos de enriquecimento, partilha e lazer.
Não deixe de ir a espectáculos, de visitar exposições, de participar, e sobretudo de conhecer o que lhe propomos.
Espectáculos
Torcicolo - Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos - 19, 20 e 21 de Fevereiro
EDGE - CiM – Companhia Integrada Multidisciplinar - 27 de Fevereiro
Boas Pessoas - Vá ao Teatro com a Associação Gulliver - 28 de Fevereiro
Exposições
O que me vai na Alma - Crinabel Cao - 22 de Fevereiro a 6 de Março
Não deixe de ir a espectáculos, de visitar exposições, de participar, e sobretudo de conhecer o que lhe propomos.
Espectáculos
Torcicolo - Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos - 19, 20 e 21 de Fevereiro
EDGE - CiM – Companhia Integrada Multidisciplinar - 27 de Fevereiro
Boas Pessoas - Vá ao Teatro com a Associação Gulliver - 28 de Fevereiro
Exposições
O que me vai na Alma - Crinabel Cao - 22 de Fevereiro a 6 de Março
ArteInclusiva.com
Secretaria Regional de Educação – Direção Regional de Educação
Divisão de Expressões Artísticas
Direcção de Serviços de Educação Artística e Multimédia
22 de Fevereiro a 6 de Março
Colectiva de Artes Plásticas 60 Artistas da Casa das Artes em Exposição nos 60 Anos da Fundação LIGA - 23 de Fevereiro a 30 de Abril
Actividades Culturais
Fevereiro no Museu Nacional da Música
Visitas Guiadas ao São Luiz
1 de Fevereiro a 30 de Junho
Secretaria Regional de Educação – Direção Regional de Educação
Divisão de Expressões Artísticas
Direcção de Serviços de Educação Artística e Multimédia
22 de Fevereiro a 6 de Março
Colectiva de Artes Plásticas 60 Artistas da Casa das Artes em Exposição nos 60 Anos da Fundação LIGA - 23 de Fevereiro a 30 de Abril
Actividades Culturais
Fevereiro no Museu Nacional da Música
Visitas Guiadas ao São Luiz
1 de Fevereiro a 30 de Junho
Formação
Conferência Fazer Caminho, para Viver o Prazer de Existir - Fundação LIGA - 25 de Fevereiro
Sessão de divulgação de Boas Práticas alusiva ao tema“Projecto - Histórias com Sentidos” (destinado a crianças com Síndrome de Asperger / Autismo de Alto Funcionamento) - 18 de Fevereiro
Livro
Amizade sobre rodas
Conferência Fazer Caminho, para Viver o Prazer de Existir - Fundação LIGA - 25 de Fevereiro
Sessão de divulgação de Boas Práticas alusiva ao tema“Projecto - Histórias com Sentidos” (destinado a crianças com Síndrome de Asperger / Autismo de Alto Funcionamento) - 18 de Fevereiro
Livro
Amizade sobre rodas
Livro totalmente inclusivo
Para visualizar o Programa, p.f. clique aqui:
Para visualizar o Programa, p.f. clique aqui:
http://anacedarte.wix.com/anaced#!programa-de-difuso/c1bxf
Os conteúdos e produto divulgado são da exclusiva responsabilidade da ANACED.
--
ANACED
Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência
Rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda
1349 -011 Lisboa
Tels. 21 363 68 36 – 21 361 69 10
Fax 21 364 86 39
anaced@net.sapo.pt
Visite-nos em http://anacedarte.wix.com/anaced
Siga-nos também no Facebook em:
http://www.facebook.com/pages/ANACED-Arte-e-Criatividade-Pessoas-com-Defici%C3%AAncia/108277345933518
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ANACED
Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência
Rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda
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domingo, 14 de fevereiro de 2016
A Vida Independente em debate na Pontinha/Famões
O Ciclo do Cinema vai mostrar a importância da vida independente, em pessoas com alguma limitação.
Um documentário a não perder e um pequeno debate para aprendermos que apesar de tudo, estamos VIVOS.
Conto com a vossa presença!
Mais informações: AQUI
Fundação Vodafone Portugal recebe Galardão da Inclusão na categoria “Acessibilidades”
A Fundação Vodafone Portugal foi recentemente distinguida com o Galardão da Inclusão na categoria “Acessibilidades”, pelo trabalho que tem desenvolvido ao longo dos últimos anos na promoção de programas na área da Educação, no combate à iliteracia digital e na inclusão de pessoas com necessidades especiais, em estreita colaboração com entidades Governamentais e Não-Governamentais.
O galardão foi atribuído pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), por um júri composto por Adalberto Fernandes, do Instituto Nacional de Reabilitação, Jorge Fernandes, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e Rui Carreteiro, em representação dos pais das crianças e jovens com deficiência.
De entre as várias iniciativas da Fundação Vodafone que levaram à entrega deste Prémio, destacam-se:
O programa Praia Saudável, que assenta na doação de meios que contribuam para a melhoria das zonas balneares em termos ambientais, de segurança, acessibilidades e sensibilização e informação dos utentes. Ao longo da última década, a Fundação tem oferecido centenas de equipamentos com vista à melhoria das condições de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada, como passadeiras especiais ou cadeiras de rodas anfíbias. Em 2009, lançou o prémio Praia + Acessível que galardoa as zonas balneares que reúnam as melhores condições de acessibilidade.
A Vodafone tornou-se também, em 2012, a primeira operadora de telecomunicações a disponibilizar o Serviço de Apoio a Clientes em Língua Gestual Portuguesa para surdos e pessoas com deficiência auditiva. Disponível através do número nº 12717 (Chamada e Videochamada gratuitas), facilita o acesso de pessoas com deficiência auditiva aos serviços prestados pelo Apoio a Clientes da Vodafone.
Além disso, desde 2005 que a operadora disponibiliza tarifários com condições especiais e equipamentos adaptados a pessoas com incapacidade igual ou superior a 60%, visando contribuir eficazmente para o acesso à Sociedade de Informação desta comunidade.
Na área da literacia digital, a Fundação Vodafone, em parceria com municípios e Organizações Não-Governamentais, tem vindo a desenvolver um programa de Formação em Novas Tecnologias para Seniores, com o nome de Geração Net Sénior, que tem como objetivo contribuir para a redução do isolamento dos idosos mas também prestar apoio em tarefas burocráticas e obrigações quotidianas, nomeadamente no pagamento de serviços, movimentação das contas bancárias ou no acesso a serviços de saúde e marcação de consultas. Já usufruíram deste programa mais de 1000 idosos das freguesias de Odivelas, Carnide e Olivais, com idades compreendidas entre os 65 e os 95 anos.
O Galardão agora recebido é uma motivação adicional para a Fundação Vodafone continuar a sua estratégia na área da Acessibilidade, de modo a contribuir decisivamente para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos com necessidades especiais.
O galardão foi atribuído pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), por um júri composto por Adalberto Fernandes, do Instituto Nacional de Reabilitação, Jorge Fernandes, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e Rui Carreteiro, em representação dos pais das crianças e jovens com deficiência.
De entre as várias iniciativas da Fundação Vodafone que levaram à entrega deste Prémio, destacam-se:
O programa Praia Saudável, que assenta na doação de meios que contribuam para a melhoria das zonas balneares em termos ambientais, de segurança, acessibilidades e sensibilização e informação dos utentes. Ao longo da última década, a Fundação tem oferecido centenas de equipamentos com vista à melhoria das condições de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada, como passadeiras especiais ou cadeiras de rodas anfíbias. Em 2009, lançou o prémio Praia + Acessível que galardoa as zonas balneares que reúnam as melhores condições de acessibilidade.
A Vodafone tornou-se também, em 2012, a primeira operadora de telecomunicações a disponibilizar o Serviço de Apoio a Clientes em Língua Gestual Portuguesa para surdos e pessoas com deficiência auditiva. Disponível através do número nº 12717 (Chamada e Videochamada gratuitas), facilita o acesso de pessoas com deficiência auditiva aos serviços prestados pelo Apoio a Clientes da Vodafone.
Além disso, desde 2005 que a operadora disponibiliza tarifários com condições especiais e equipamentos adaptados a pessoas com incapacidade igual ou superior a 60%, visando contribuir eficazmente para o acesso à Sociedade de Informação desta comunidade.
Na área da literacia digital, a Fundação Vodafone, em parceria com municípios e Organizações Não-Governamentais, tem vindo a desenvolver um programa de Formação em Novas Tecnologias para Seniores, com o nome de Geração Net Sénior, que tem como objetivo contribuir para a redução do isolamento dos idosos mas também prestar apoio em tarefas burocráticas e obrigações quotidianas, nomeadamente no pagamento de serviços, movimentação das contas bancárias ou no acesso a serviços de saúde e marcação de consultas. Já usufruíram deste programa mais de 1000 idosos das freguesias de Odivelas, Carnide e Olivais, com idades compreendidas entre os 65 e os 95 anos.
O Galardão agora recebido é uma motivação adicional para a Fundação Vodafone continuar a sua estratégia na área da Acessibilidade, de modo a contribuir decisivamente para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos com necessidades especiais.
Fonte: Vodafone
CP proíbe transporte de scooters de mobilidade nos seus comboios
A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre a restrição do transporte de scooters de mobilidade nos comboios da CP, dificultando desta forma a deslocação de utentes com mobilidade reduzida.
Pergunta
O Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes» teve conhecimento que nos comboios da CP apenas é permitido o embarque e desembarque de passageiros em cadeiras de rodas manuais ou elétricas até determinada dimensão, excluindo as scooters de mobilidade.
Numa circular informativa da CP pode ler-se que é considerada uma scooter de mobilidade um equipamento com guiador frontal, motor elétrico e três ou quatro rodas. Refere ainda que a restrição de transporte destes equipamentos se encontra na lista homologada de produtos de apoio ISO 9999:2007 (despacho 14278/2014) que enquadra as scooters de mobilidade na classe de ciclomotores e motociclos.
São cada vez mais os cidadãos que têm que recorrer a scooters de mobilidade e que têm necessidade de se deslocar através de transportes públicos, precisando de utilizar a scooter de mobilidade quando chegam ao seu destino, para tratar de assuntos diversos como, por exemplo, consultas e tratamentos médicos.
Para o efeito de transporte de cadeiras de rodas a CP dispõe do Serviço Integrado de Mobilidade (SIM), cujo objetivo é apoiar as pessoas com mobilidade reduzida. Acontece que este serviço de assistência no embarque e desembarque funciona segundo os meios disponíveis da empresa, sendo necessária uma marcação prévia com 48 horas de antecedência.
Portanto, se não houver disponibilidade, os utentes não podem ser transportados, sendo cortada a sua liberdade de movimentos, um pilar básico da cidadania. Considerando que durante alguns anos já foi possível transportar scooters de mobilidade nos comboios, através da colocação de uma rampa, o mesmo método utilizado para as cadeiras de roda.
Considerando que, atualmente, a indicação dada pela CP é que os utentes em scooters de mobilidade se desloquem até à plataforma, deixando ao critério do revisor a eventualidade de serem ou não transportados, sem qualquer garantia que possam fazer a viagem de regresso pois poderá depender de outro revisor.
Ora, perante tudo isto e tendo em conta que a CP deve promover a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e que o Governo deve ajudar a solucionar problemas que existam relacionados com a mobilidade destes cidadãos, parece-nos da maior importância que sejam tomadas diligências nesse sentido.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Ex.ª O Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte pergunta, para que o Ministério do Ambiente possa prestar os seguintes esclarecimentos:
1- Tem o Governo conhecimento desta situação de restrição de transporte das scooters de mobilidade na CP?
2- Prevê o Governo tomar alguma diligência no sentido de resolver esta situação, permitindo que os cidadãos com mobilidade reduzida que se deslocam em scooters de mobilidade possam ter efetivamente direito à mobilidade?
3- Qual a opinião do Governo acerca estas restrições às scooters de mobilidade?
4- Qual a opinião do Governo relativamente ao facto de o transporte de utentes com mobilidade reduzida que necessitam de equipamentos auxiliares de marcha estar ao critério da disponibilidade ou indisponibilidade da CP?
Pergunta
O Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes» teve conhecimento que nos comboios da CP apenas é permitido o embarque e desembarque de passageiros em cadeiras de rodas manuais ou elétricas até determinada dimensão, excluindo as scooters de mobilidade.
Numa circular informativa da CP pode ler-se que é considerada uma scooter de mobilidade um equipamento com guiador frontal, motor elétrico e três ou quatro rodas. Refere ainda que a restrição de transporte destes equipamentos se encontra na lista homologada de produtos de apoio ISO 9999:2007 (despacho 14278/2014) que enquadra as scooters de mobilidade na classe de ciclomotores e motociclos.
São cada vez mais os cidadãos que têm que recorrer a scooters de mobilidade e que têm necessidade de se deslocar através de transportes públicos, precisando de utilizar a scooter de mobilidade quando chegam ao seu destino, para tratar de assuntos diversos como, por exemplo, consultas e tratamentos médicos.
Para o efeito de transporte de cadeiras de rodas a CP dispõe do Serviço Integrado de Mobilidade (SIM), cujo objetivo é apoiar as pessoas com mobilidade reduzida. Acontece que este serviço de assistência no embarque e desembarque funciona segundo os meios disponíveis da empresa, sendo necessária uma marcação prévia com 48 horas de antecedência.
Portanto, se não houver disponibilidade, os utentes não podem ser transportados, sendo cortada a sua liberdade de movimentos, um pilar básico da cidadania. Considerando que durante alguns anos já foi possível transportar scooters de mobilidade nos comboios, através da colocação de uma rampa, o mesmo método utilizado para as cadeiras de roda.
Considerando que, atualmente, a indicação dada pela CP é que os utentes em scooters de mobilidade se desloquem até à plataforma, deixando ao critério do revisor a eventualidade de serem ou não transportados, sem qualquer garantia que possam fazer a viagem de regresso pois poderá depender de outro revisor.
Ora, perante tudo isto e tendo em conta que a CP deve promover a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e que o Governo deve ajudar a solucionar problemas que existam relacionados com a mobilidade destes cidadãos, parece-nos da maior importância que sejam tomadas diligências nesse sentido.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Ex.ª O Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte pergunta, para que o Ministério do Ambiente possa prestar os seguintes esclarecimentos:
1- Tem o Governo conhecimento desta situação de restrição de transporte das scooters de mobilidade na CP?
2- Prevê o Governo tomar alguma diligência no sentido de resolver esta situação, permitindo que os cidadãos com mobilidade reduzida que se deslocam em scooters de mobilidade possam ter efetivamente direito à mobilidade?
3- Qual a opinião do Governo acerca estas restrições às scooters de mobilidade?
4- Qual a opinião do Governo relativamente ao facto de o transporte de utentes com mobilidade reduzida que necessitam de equipamentos auxiliares de marcha estar ao critério da disponibilidade ou indisponibilidade da CP?
Fonte: PEV
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
A Ergométrica apoia o Nós Tetraplégicos
O Nós Tetraplégicos conta a partir deste ano com o apoio da Ergométrica, na orientação e aconselhamento de produtos de apoio para os nossos seguidores. É uma empresa sediada em Lisboa, com experiência na área desde 1988.
Actualmente tem uma equipa composta por: 10 técnicos, sendo 5 licenciados: 1 fisioterapeuta, 2 ortoprotésicos, 1 engenheiro mecânico e 1 economista.
Nos últimos 6 anos, a Ergométrica desenvolveu-se e diversificou a sua actividade. Além de especialista na comercialização de produtos de apoio para mastectomias, alargou a sua atividade a outras ajudas técnicas / produtos de apoio para reabilitação, com soluções nas áreas de mobilidade e acessibilidade. O posicionamento para adultos e pediatria passou a ser uma das suas especializações.
Possui laboratório próprio para o fabrico de ortóteses, permitindo-lhe oferecer aos seus clientes soluções personalizadas de palmilhas ortopédicas, talas pediátricas tipo DAFO e assentos moldados.
Caso necessite de aconselhamento sobre o produto de apoio a adquirir, não hesite em nos contatar através do endereço de e-mail: tetraplégicos@gmail.com ou os próprios técnicos da Ergométrica para agendamento de uma avaliação com os seus técnicos.
Actualmente tem uma equipa composta por: 10 técnicos, sendo 5 licenciados: 1 fisioterapeuta, 2 ortoprotésicos, 1 engenheiro mecânico e 1 economista.
Nos últimos 6 anos, a Ergométrica desenvolveu-se e diversificou a sua actividade. Além de especialista na comercialização de produtos de apoio para mastectomias, alargou a sua atividade a outras ajudas técnicas / produtos de apoio para reabilitação, com soluções nas áreas de mobilidade e acessibilidade. O posicionamento para adultos e pediatria passou a ser uma das suas especializações.
Possui laboratório próprio para o fabrico de ortóteses, permitindo-lhe oferecer aos seus clientes soluções personalizadas de palmilhas ortopédicas, talas pediátricas tipo DAFO e assentos moldados.
Caso necessite de aconselhamento sobre o produto de apoio a adquirir, não hesite em nos contatar através do endereço de e-mail: tetraplégicos@gmail.com ou os próprios técnicos da Ergométrica para agendamento de uma avaliação com os seus técnicos.
Mais informações: Ergométrica
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Candidaturas Abertas - Ação Qualidade de Vida 2016
Abriram as candidaturas para a Ação Qualidade de Vida 2016, para pessoas com deficiência motora.
Se tiver deficiência motora e precisar de apoios para apostar na sua formação, criar o seu próprio negócio, praticar desporto ou mesmo fazer obras em casa, não deixe passar esta oportunidade e candidate-se já!
Veja aqui Mais Informações sobre a Ação Qualidade de Vida 2016, incluindo Regulamento e Formulários de Candidatura.
Uma iniciativa da Associação Salvador, com o apoio dos Mecenas Fundação Calouste Gulbenkian, Semapa, Novo Banco, Brisa e Delta, com um total de 100.000€ em apoios para atribuir a pessoas com deficiência motora e comprovadas limitações financeiras.
ASSOCIAÇÃO SALVADOR
Av. Fontes Pereira de Melo 14, 9º
1050-121 Lisboa
Tel: +351 213 184 851
www.associacaosalvador.com
https://www.facebook.com/associacaosalvador
Se tiver deficiência motora e precisar de apoios para apostar na sua formação, criar o seu próprio negócio, praticar desporto ou mesmo fazer obras em casa, não deixe passar esta oportunidade e candidate-se já!
Veja aqui Mais Informações sobre a Ação Qualidade de Vida 2016, incluindo Regulamento e Formulários de Candidatura.
Uma iniciativa da Associação Salvador, com o apoio dos Mecenas Fundação Calouste Gulbenkian, Semapa, Novo Banco, Brisa e Delta, com um total de 100.000€ em apoios para atribuir a pessoas com deficiência motora e comprovadas limitações financeiras.
ASSOCIAÇÃO SALVADOR
Av. Fontes Pereira de Melo 14, 9º
1050-121 Lisboa
Tel: +351 213 184 851
www.associacaosalvador.com
https://www.facebook.com/associacaosalvador
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
7 anos depois recebo resposta da provedoria a queixa de discriminação
Como podem verificar AQUI, fui humilhado na via pública por uma junta médica em 2009,
Precisaram de 7 anos para chegar à conclusão que vão ser realizadas obras num edifício antigo minúsculo, situado numa rua de difícil acesso.
Reclamei e obtive ESTA absurda resposta.
7 anos depois, recebo a resposta final do Provedor de Justiça a informar-me que vão resolver o problema. (imagem abaixo)
7 anos depois, recebo a resposta final do Provedor de Justiça a informar-me que vão resolver o problema. (imagem abaixo)
Precisaram de 7 anos para chegar à conclusão que vão ser realizadas obras num edifício antigo minúsculo, situado numa rua de difícil acesso.
Sinceramente não vejo como será possível adaptar um edifício como aquele.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
Casal com deficiência vence obstáculos para trabalhar em Lisboa
A utilização de transportes públicos por pessoas com mobilidade reduzida ainda é um desafio, há muitos obstáculos que têm de ser ultrapassados.
Apesar disso, um casal que vive no Pragal, na margem sul do Tejo, não desiste e todos os dias ultrapassa várias barreiras para vir trabalhar a Lisboa.
Veja AQUI a reportagem da SIC.
PT quer estender descontos para deficientes à televisão da MEO
Os pacotes de televisão estavam ainda de fora do programa de descontos para utilizadores com deficiência, mas a Fundação Portugal Telecom quer também incluir esta área, uma intenção que ficou assinada num memorando de entendimento.
Graça Rebocho, diretora da Fundação PT, confirmou na assinatura de um memorando que garante o compromisso de três entidades na acessibilidade tecnológica, que a intenção é fazer este alargamento, embora não esteja ainda definida a data em que pode avançar.
O alargamente do programa Aladim à televisão do MEO ficou garantido no protocolo e faz parte de um conjunto de medidas implementadas pela Fundação da Portugal Telecom na área da acessibilidade, cujos projetos têm ajudado a mudar a vida de muitas pessoas com deficiência.
O programa Aladim abrange atualmente os acessos RDIS, ADSL, Banda Larga Móvel e Comunicações Móveis, garantindo a instalação gratuita e descontos de 50% na mensalidade, e nas comunicações, a utilizadores que possuam uma incapacidade igual ou superior a 60%.
Graça Rebocho, diretora da Fundação PT, confirmou na assinatura de um memorando que garante o compromisso de três entidades na acessibilidade tecnológica, que a intenção é fazer este alargamento, embora não esteja ainda definida a data em que pode avançar.
O alargamente do programa Aladim à televisão do MEO ficou garantido no protocolo e faz parte de um conjunto de medidas implementadas pela Fundação da Portugal Telecom na área da acessibilidade, cujos projetos têm ajudado a mudar a vida de muitas pessoas com deficiência.
Conheça AQUI outros serviços disponibilizados pela Fundação PT
NÓS: há muito tempo que questiono a PT sobre o porquê de somente continuar a permitir-nos descontos no programa aladim. Não faz sentido evoluir nos serviços e os descontos manterem-se somente em programas que já ninguém utiliza.
Mas pelos vistos é só uma intenção...
domingo, 7 de fevereiro de 2016
Bicicleta elétrica para pessoas com deficiência
Bicicleta elétrica permite-nos realizar a manutenção dos membros inferiores e superiores.
Existem várias alternativas para fixação do pés e pernas.
Nos membros superiores podemos utilizar alguma da força existente
Através do vídeo ficam com uma ideia mais precisa sobre a bicicleta e suas funções.
O preço neste momento é aproximadamente €4.000
Nova estratégia para deficiência ou incapacidade
O Governo vai criar uma "nova estratégia nacional para a deficiência ou incapacidade", que inclui quotas de contratação, formação e promoção de emprego, de acordo com a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Segundo o documento, hoje entregue pelo Governo na Assembleia da República, o Governo vai assumir como recomendações basilares os princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, e as conclusões de um Livro Branco para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, a desenvolver nesta legislatura.
Nas medidas para este ano, de acordo com o OGE, o Governo vai definir uma estratégia, "envolvendo os diferentes atores", no cumprimento das quotas de pessoas com deficiência no setor público e privado.
E vai apostar nas ações de formação profissional e no aumento da oferta de estágios profissionais.
No OGE o Governo compromete-se também a avaliar e reformular as prestações sociais, estudando as vantagens de um modelo de prestação única para a deficiência/incapacidade.
A prestação, diz-se no documento, incluiria "uma componente dependente do rendimento do agregado e do grau de incapacidade da pessoa, e uma componente variável e em atualização, respeitante às despesas do agregado com a reabilitação, educação e /ou vida independente".
Nas medidas constantes no OGE preconiza-se ainda a regulamentação do Código do Trabalho, para promover o emprego de pessoas com deficiência ou incapacidade, a aposta "numa escola inclusiva", o combate à violência e discriminação contra pessoas com deficiência e incapacidade, e a promoção da participação política e do acesso a cargos dirigentes de pessoas com deficiência ou incapacidade.
E a implementação do programa "Territórios Inclusivos" (no âmbito de apoio comunitário) e em articulação com as autarquias. Fonte: Porto Canal
Segundo o documento, hoje entregue pelo Governo na Assembleia da República, o Governo vai assumir como recomendações basilares os princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, e as conclusões de um Livro Branco para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, a desenvolver nesta legislatura.
Nas medidas para este ano, de acordo com o OGE, o Governo vai definir uma estratégia, "envolvendo os diferentes atores", no cumprimento das quotas de pessoas com deficiência no setor público e privado.
E vai apostar nas ações de formação profissional e no aumento da oferta de estágios profissionais.
No OGE o Governo compromete-se também a avaliar e reformular as prestações sociais, estudando as vantagens de um modelo de prestação única para a deficiência/incapacidade.
A prestação, diz-se no documento, incluiria "uma componente dependente do rendimento do agregado e do grau de incapacidade da pessoa, e uma componente variável e em atualização, respeitante às despesas do agregado com a reabilitação, educação e /ou vida independente".
Nas medidas constantes no OGE preconiza-se ainda a regulamentação do Código do Trabalho, para promover o emprego de pessoas com deficiência ou incapacidade, a aposta "numa escola inclusiva", o combate à violência e discriminação contra pessoas com deficiência e incapacidade, e a promoção da participação política e do acesso a cargos dirigentes de pessoas com deficiência ou incapacidade.
E a implementação do programa "Territórios Inclusivos" (no âmbito de apoio comunitário) e em articulação com as autarquias. Fonte: Porto Canal
NÓS: Mais uma ENDEF...veja o que foi prometido na última AQUI e tire as suas conclusões.
Apoio financeiro ao desporto adaptado. Abertas as candidaturas
Encontram-se abertas as candidaturas para o Programa Municipal de Apoio ao Desporto Adaptado, até 29 de fevereiro. As instituições promotoras que forem eleitas irão receber apoio financeiro da Câmara do Porto.
O município está à procura entidades que visem promover o acesso à prática desportiva de pessoas portadoras de deficiência. Após uma rigorosa seleção, serão financiadas as instituições que apresentarem as melhores propostas ligadas a quatro áreas principais: construção ou intervenção de infraestruturas, aquisição de equipamentos, aquisição de meios de transporte específicos ou implementação de projetos ou programas desportivos.
No final do mês de janeiro, o presidente da Câmara do Porto anunciou que iria disponibiliza rmeio milhão de euros para "promover o alargamento do desporto adaptado", convidando instituições e clubes da cidade a apresentarem candidaturas já em fevereiro.
+Info: As condições sobre o concurso, o formulário de candidatura e a ficha de caracterização da entidade estão disponíveis aqui. As candidaturas podem ser entregues no Gabinete do Munícipe entre 1 e 29 de fevereiro.
O município está à procura entidades que visem promover o acesso à prática desportiva de pessoas portadoras de deficiência. Após uma rigorosa seleção, serão financiadas as instituições que apresentarem as melhores propostas ligadas a quatro áreas principais: construção ou intervenção de infraestruturas, aquisição de equipamentos, aquisição de meios de transporte específicos ou implementação de projetos ou programas desportivos.
No final do mês de janeiro, o presidente da Câmara do Porto anunciou que iria disponibiliza rmeio milhão de euros para "promover o alargamento do desporto adaptado", convidando instituições e clubes da cidade a apresentarem candidaturas já em fevereiro.
+Info: As condições sobre o concurso, o formulário de candidatura e a ficha de caracterização da entidade estão disponíveis aqui. As candidaturas podem ser entregues no Gabinete do Munícipe entre 1 e 29 de fevereiro.
Fonte: Porto
Adultos com paralisia podem voltar a andar com exoesqueleto já em março
Quando um acidente de bicicleta quebrou as costas de Steve Sanchez uma década atrás, ele ficou paralisado instantaneamente. Ele anda de cadeira de rodas desde então. Mas agora ele tem mais mobilidade do que ele jamais esperava. Com um terno novo robótico, com potência para suportar seu corpo, ele pode dar passos lentos e controlados, ou seja, Sanchez pode andar novamente.
Sanchez é um dos primeiros testadores de Phoenix, um exoesqueleto super-leve, modular desenvolvido pela Robotics Laboratory da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos últimos cinco anos. A empresa chamado SuitX, criada pelo pesquisador Homayoon Kazerooni, planeja oferecer o produto para adultos nos Estados Unidos já em março. Ele também está desenvolvendo uma versão para crianças com doenças da coluna vertebral ou paralisia cerebral.
Os exoesqueletos tornaram-se uma área popular de inovação para roboticistas nos últimos anos. As equipes de investigação e as empresas estão trabalhando em todos os tipos de aplicações, que vão desde ajudar as pessoas com deficiência, até ajudar os trabalhadores a evitar lesões e soldados em campo.
“Nos esforçamos para imitar sistemas biológicos ao invés de copiar robôs industriais que têm atuadores e motores em cada junta”, diz o projeto.
O sistema também é modular, com um par de joelhos, tornozelos e uma peça da quadril que podem ser usadas separadamente, dependendo da necessidade.
Porém, por hora, o custo é alto, variando entre 10 mil dólares e 100 mil dólares. Ano passado, apenas 155 exoesqueletos foram vendidos ou alugados e ele ainda está passando por testes e melhorias.
Sanchez é um dos primeiros testadores de Phoenix, um exoesqueleto super-leve, modular desenvolvido pela Robotics Laboratory da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos últimos cinco anos. A empresa chamado SuitX, criada pelo pesquisador Homayoon Kazerooni, planeja oferecer o produto para adultos nos Estados Unidos já em março. Ele também está desenvolvendo uma versão para crianças com doenças da coluna vertebral ou paralisia cerebral.
Os exoesqueletos tornaram-se uma área popular de inovação para roboticistas nos últimos anos. As equipes de investigação e as empresas estão trabalhando em todos os tipos de aplicações, que vão desde ajudar as pessoas com deficiência, até ajudar os trabalhadores a evitar lesões e soldados em campo.
“Nos esforçamos para imitar sistemas biológicos ao invés de copiar robôs industriais que têm atuadores e motores em cada junta”, diz o projeto.
O sistema também é modular, com um par de joelhos, tornozelos e uma peça da quadril que podem ser usadas separadamente, dependendo da necessidade.
Porém, por hora, o custo é alto, variando entre 10 mil dólares e 100 mil dólares. Ano passado, apenas 155 exoesqueletos foram vendidos ou alugados e ele ainda está passando por testes e melhorias.
Assista AQUI ao video. Sugerido por Rute Barros
Sporting apresenta parceria para desenvolver modalidades adaptadas
O Sporting apresentou uma parceria com a empresa de distribuição de energia OZ, com o objetivo de desenvolver as modalidades adaptadas do clube e contribuir para o crescimento do desporto adaptado em Portugal.
Tendo como objetivo, entre outros, apoiar os atletas nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, a parceria intitulada "Adaptar para Integrar" prevê o apoio da empresa de distribuição de energia, que inicialmente vai disponibilizar uma verba de 35.000 euros, dos quais 5.000 serão entregues em combustível.
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, sublinhou as responsabilidades sociais do clube e disse que o compromisso com as modalidades de desporto adaptado é fundamental.
"O Sporting é isto, um clube que tem de ter a noção das suas responsabilidades enquanto clube com a sua dimensão. Ficou evidente para todos que o Sporting criou este gabinete de desporto adaptado para desfrutar de atletas magníficos, que dão tudo em prol da sua modalidade e que foram acolhidos de forma fraternal. O Sporting nunca deixará de assumir as suas responsabilidades, tem de abrir o seu coração à sociedade", afirmou.
Já o presidente da OZ energia, Emanuel Freitas, disse que os ‘leões’ são um "parceiro de eleição" e espera dar continuidade às parcerias.
"A nossa ação é com o objetivo de garantir um impacto duradouro. Esta parceria é fundamental, participamos em diferentes modalidades que estejam ligadas à inclusão e aos bons hábitos de vida", concluiu.
Tendo como objetivo, entre outros, apoiar os atletas nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, a parceria intitulada "Adaptar para Integrar" prevê o apoio da empresa de distribuição de energia, que inicialmente vai disponibilizar uma verba de 35.000 euros, dos quais 5.000 serão entregues em combustível.
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, sublinhou as responsabilidades sociais do clube e disse que o compromisso com as modalidades de desporto adaptado é fundamental.
"O Sporting é isto, um clube que tem de ter a noção das suas responsabilidades enquanto clube com a sua dimensão. Ficou evidente para todos que o Sporting criou este gabinete de desporto adaptado para desfrutar de atletas magníficos, que dão tudo em prol da sua modalidade e que foram acolhidos de forma fraternal. O Sporting nunca deixará de assumir as suas responsabilidades, tem de abrir o seu coração à sociedade", afirmou.
Já o presidente da OZ energia, Emanuel Freitas, disse que os ‘leões’ são um "parceiro de eleição" e espera dar continuidade às parcerias.
"A nossa ação é com o objetivo de garantir um impacto duradouro. Esta parceria é fundamental, participamos em diferentes modalidades que estejam ligadas à inclusão e aos bons hábitos de vida", concluiu.
Fonte: Sapo Desporto
Maioria das instituições de ensino superior sem serviços de apoio a alunos com NEE
No ano passado, o Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiências no Ensino Superior (GTAEDES), em colaboração com a Direção Geral de Ensino Superior (DGES), fez inquérito a 291 estabelecimentos de ensino, um levantamento junto das instituições públicas e privadas, para perceber que apoios existiam para os alunos com necessidades especiais de aprendizagem.
A equipa contactou todos os 291 estabelecimentos de ensino superior registados e recebeu respostas de 238.
Destes, “apenas 94 instituições referiram ter uma pessoa de contacto ou um serviço para acolher estes alunos”, contou à Lusa Cláudio Fernandes, da GTAEDES.
Num universo de milhares de estudantes a frequentar o ensino superior no ano letivo de 2013/2014, apenas 1.318 estavam identificados com tendo necessidades educativas especiais, segundo o inquérito que será divulgado em fevereiro a que a Lusa teve acesso.
“Estes números não querem dizer que não existam mais, simplesmente não estão é referenciados. Acredito que esta é uma pequena parte, porque se há instituições que têm serviços de apoio, existem muitas outras que não o têm”, explicou Cláudio Fernandes.
Sem legislação que obrigue a ter serviços de apoio, “tudo depende da sensibilidade e da vontade política de cada instituição de ensino superior”, sublinhou o especialista.
Na Faculdade de Ciências na Universidade de Lisboa, por exemplo, existe um serviço que apoia as cerca de 40 pessoas que têm este estatuto, devido a problemáticas variadas que vão desde deficiências sensoriais (visual e auditiva), doenças neurológicas, dislexia, deficiência motora ou questões do espectro do autismo.
Também a Associação CADIn, Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, lamenta a inexistência de legislação que garanta o apoio aos estudantes quando chegam ao ensino superior.
Os últimos dados do Ministério da Educação, relativos ao ano 2014/15, indicam que existem mais de 76 mil alunos com Necessidades de Aprendizagem Específicas a frequentar a escola.
“As crianças crescem e continuam a precisar de alguns apoios. Os estudantes são esquecidos mas a educação não acaba no 12.º ano”, alertou Leonor Ribeiro, cocoordenadora do núcleo idade escolar do CADIn.
A Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação lembra que estes estudantes são “competentes em termos cognitivos mas precisam de apoio”.
Ao CADin têm chegado pedidos de ajuda por parte de professores universitários que querem apoiar os seus alunos mas acabam por se deparar com a falta de recursos para o fazer.
Por vezes, explicou, bastava haver uma adaptação ao nível da avaliação, como a cotação das provas, ou existir um sistema de tutoria.
No sábado, o CADIn vai promover a conferência “Crescer na Escola” sob o tema da Educação Especial, com o objetivo de encontrar soluções para estimular não só crianças que frequentam a escolaridade regular, como também jovens alunos que integram cursos superiores.
A equipa contactou todos os 291 estabelecimentos de ensino superior registados e recebeu respostas de 238.
Destes, “apenas 94 instituições referiram ter uma pessoa de contacto ou um serviço para acolher estes alunos”, contou à Lusa Cláudio Fernandes, da GTAEDES.
Num universo de milhares de estudantes a frequentar o ensino superior no ano letivo de 2013/2014, apenas 1.318 estavam identificados com tendo necessidades educativas especiais, segundo o inquérito que será divulgado em fevereiro a que a Lusa teve acesso.
“Estes números não querem dizer que não existam mais, simplesmente não estão é referenciados. Acredito que esta é uma pequena parte, porque se há instituições que têm serviços de apoio, existem muitas outras que não o têm”, explicou Cláudio Fernandes.
Sem legislação que obrigue a ter serviços de apoio, “tudo depende da sensibilidade e da vontade política de cada instituição de ensino superior”, sublinhou o especialista.
Na Faculdade de Ciências na Universidade de Lisboa, por exemplo, existe um serviço que apoia as cerca de 40 pessoas que têm este estatuto, devido a problemáticas variadas que vão desde deficiências sensoriais (visual e auditiva), doenças neurológicas, dislexia, deficiência motora ou questões do espectro do autismo.
Também a Associação CADIn, Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, lamenta a inexistência de legislação que garanta o apoio aos estudantes quando chegam ao ensino superior.
Os últimos dados do Ministério da Educação, relativos ao ano 2014/15, indicam que existem mais de 76 mil alunos com Necessidades de Aprendizagem Específicas a frequentar a escola.
“As crianças crescem e continuam a precisar de alguns apoios. Os estudantes são esquecidos mas a educação não acaba no 12.º ano”, alertou Leonor Ribeiro, cocoordenadora do núcleo idade escolar do CADIn.
A Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação lembra que estes estudantes são “competentes em termos cognitivos mas precisam de apoio”.
Ao CADin têm chegado pedidos de ajuda por parte de professores universitários que querem apoiar os seus alunos mas acabam por se deparar com a falta de recursos para o fazer.
Por vezes, explicou, bastava haver uma adaptação ao nível da avaliação, como a cotação das provas, ou existir um sistema de tutoria.
No sábado, o CADIn vai promover a conferência “Crescer na Escola” sob o tema da Educação Especial, com o objetivo de encontrar soluções para estimular não só crianças que frequentam a escolaridade regular, como também jovens alunos que integram cursos superiores.
Fonte: Observador
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