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Henry Evans está a aconchegar a roupa da sua cama pela primeira vez em 10 anos. Evans ficou tetraplégico e mudo depois de uma apoplexia. Agora só consegue mexer um dos dedos, de uma das mãos, e mesmo assim tem grandes limitações. Mas hoje Evans tem a ajuda de um interface informático, que o deixa controlar um robot com uma aptidão rara: este robot consegue sentir! o que está a fazer. Tem o sentido do tato.
Graças a um computador que lê em voz alta o que ele vai escrevendo, Evans recorda como foi a primeira vez que ele e o robot tiveram esta interação física.
«Com esta pele sensível ao toque consigo sentir o robot a controlar a sua força, usando só a necessária e suficiente para uma qualquer tarefa. Percebi logo que não me iria magoar. Pelo contrário, é como se agisse tendo a noção de que eu estava presente», conta Henry Evans.
O designer Charles Kemp explica: a maior parte dos robôs foi pensada para trabalhar em fábricas, em linhas de produção. Não teve em conta uma interação segura com humanos. E portanto, para tornar os robôs human-friendly, Charlie teve de se inspirar na Natureza.
Os organismos biológicos, os animais, os insetos, todos eles têm tato por todo o corpo. Todo o seu corpo é sensível ao toque. Ora, os robôs não tinham essa capacidade. E portanto, muni-los de sensores era uma prioridade. Não bastava dar-lhes olhos, não bastava dar-lhes ouvidos. Era preciso pele», justifica Charles Kemp, professor de Engenharia Biomédica do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
E é a pele artificial deste robot que o torna único, permitindo-lhe sentir o que está a fazer. Os sensores da pele reportam a um programa informático que reconhece o meio envolvente e a posição em que o braço mecânico se encontra.
«A cada momento, o robot modela o braço e a forma como ele está a contactar com o Mundo. Com isso consegue prever o que vai acontecer se se mover nesta ou naquela direção. E com mais um bocadinho de boa matemática, ele decide: "isto é o melhor que posso fazer para me aproximar do meu objetivo sem abusar da força"», explica Charles Kemp.
Kemp diz que o sucesso da interação humana passa por saber gerir o esforço de contacto. O braço em si é flexível, tal como um braço humano¿ e quando encontra um obstáculo, calcula a pressão que tem de aplicar para chegar ao seu objetivo, sem destruir o que está à volta.
O robot está agora em processo de upgrade: vão-lhe dar a capacidade de mapear o mundo que o rodeia à medida que o explora.
Ainda há muita pesquisa pela frente, mas Kemp acredita que esta tecnologia irá um dia melhorar dramaticamente a qualidade de vida de pessoas como Henry Evans.
Fonte: TVI24
Henry Evans está a aconchegar a roupa da sua cama pela primeira vez em 10 anos. Evans ficou tetraplégico e mudo depois de uma apoplexia. Agora só consegue mexer um dos dedos, de uma das mãos, e mesmo assim tem grandes limitações. Mas hoje Evans tem a ajuda de um interface informático, que o deixa controlar um robot com uma aptidão rara: este robot consegue sentir! o que está a fazer. Tem o sentido do tato.
Graças a um computador que lê em voz alta o que ele vai escrevendo, Evans recorda como foi a primeira vez que ele e o robot tiveram esta interação física.
«Com esta pele sensível ao toque consigo sentir o robot a controlar a sua força, usando só a necessária e suficiente para uma qualquer tarefa. Percebi logo que não me iria magoar. Pelo contrário, é como se agisse tendo a noção de que eu estava presente», conta Henry Evans.
O designer Charles Kemp explica: a maior parte dos robôs foi pensada para trabalhar em fábricas, em linhas de produção. Não teve em conta uma interação segura com humanos. E portanto, para tornar os robôs human-friendly, Charlie teve de se inspirar na Natureza.
Os organismos biológicos, os animais, os insetos, todos eles têm tato por todo o corpo. Todo o seu corpo é sensível ao toque. Ora, os robôs não tinham essa capacidade. E portanto, muni-los de sensores era uma prioridade. Não bastava dar-lhes olhos, não bastava dar-lhes ouvidos. Era preciso pele», justifica Charles Kemp, professor de Engenharia Biomédica do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
E é a pele artificial deste robot que o torna único, permitindo-lhe sentir o que está a fazer. Os sensores da pele reportam a um programa informático que reconhece o meio envolvente e a posição em que o braço mecânico se encontra.
«A cada momento, o robot modela o braço e a forma como ele está a contactar com o Mundo. Com isso consegue prever o que vai acontecer se se mover nesta ou naquela direção. E com mais um bocadinho de boa matemática, ele decide: "isto é o melhor que posso fazer para me aproximar do meu objetivo sem abusar da força"», explica Charles Kemp.
Kemp diz que o sucesso da interação humana passa por saber gerir o esforço de contacto. O braço em si é flexível, tal como um braço humano¿ e quando encontra um obstáculo, calcula a pressão que tem de aplicar para chegar ao seu objetivo, sem destruir o que está à volta.
O robot está agora em processo de upgrade: vão-lhe dar a capacidade de mapear o mundo que o rodeia à medida que o explora.
Ainda há muita pesquisa pela frente, mas Kemp acredita que esta tecnologia irá um dia melhorar dramaticamente a qualidade de vida de pessoas como Henry Evans.
Fonte: TVI24
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