O antigo nadador paralímpico português Nuno Vitorino vai tornar-se, a 16 de agosto, durante o Festival Surf at Night, na primeira pessoa com deficiência do Mundo a ser lançado às ondas por uma moto de água (tow out).
Nuno Vitorino, fundador da Associação Portuguesa de Surf Adaptado (SURFaddict), que promove a prática do surf entre pessoas com mobilidade reduzida, explica que esta aventura pretende mostrar que todos podem alcançar os seus objetivos.
“É importante mostrar que a deficiência não é uma desculpa para não alcançarmos os nossos objetivos”, disse o antigo atleta à agência Lusa, explicando que será a primeira pessoa com deficiência a fazer tal experiência a nível mundial.
Nuno Vitorino, que também é mentor do No Excuses – um movimento de motivação através do desporto – vai ser rebocado por uma moto de água para zona de rebentação, utilizando depois a onda como rampa de lançamento para manobras.
O antigo atleta paralímpico, de 37 anos e que ficou tetraplégico aos 18, vai contar com todo o apoio da organização do Festival Surf at Night, que decorre na praia de Cortegaça entre 13 e 17 de agosto.
“Esta demonstração vai contar com todos os meios de segurança, nomeadamente a colocação de uma moto de água de apoio”, explica Nuno Amaro, diretor do Festival Surf at Night, que este ano se realiza pela sétima vez.
Para fazer surf, modalidade já praticava antes do acidente, Nuno Vitorino usa uma prancha adaptada, na qual vai deitado, e um fato desenvolvido à sua medida.
Antes da demonstração que tornará Nuno Vitorino na primeira pessoa com deficiência do Mundo a fazer tow out, decorrerá na Praia de Cortegaça num evento de promoção com o objetivo de proporcionar a prática da modalidade a pessoas portadoras de deficiência motora, visual ou cognitiva.
O ‘tow out’ e o ‘tow in’ são variantes do surf e do bodyboard, nas quais os praticantes são puxados por motos de água para zonas onde há ondulação e usam a onda como rampa de lançamento para manobras.
Para poderem surfar ondas gigantes, como as que se formam na Nazaré, os surfistas fazem ‘tow in’, sendo colocados numa zona onde não conseguiriam chegar sem ajuda.
Fonte: Diário Digital
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