domingo, 20 de janeiro de 2013

A deficiência..."Minha primeira crónica no Jornal Abarca"

É com muito prazer que vos dou a conhecer a minha primeira crónica publicada no Jornal Abarca. Será um espaço onde tentarei escrever, mas principalmente "informar" sobre o tema deficiência. Tentarei informar desde os procedimentos a ter para se adquirir uma cadeira de rodas, até obter uma consulta na especialidade.
Ao Portal Vida Mais Livre, junto agora a minha participação no Jornal Abarca. Espero que consiga corresponder.

A Deficiência...

A definição de deficiência e incapacidade tem sido um tema de crescente interesse e debate. Como se referir a uma pessoa com deficiência? Para o Instituto Nacional para a Reabilitação: “Pessoa com deficiência é aquela que, por motivos de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas suscetíveis de, em conjugação com os fatores do meio, lhe limitar ou dificultar a atividade e participação em condições de igualdade com as demais pessoas”. Até eu muitas vezes me sinto pressionado e indeciso. Sinceramente não consigo entender o porquê de tanta relevância dada a este tema. Preocupa-me é o abandono e exclusão a que estamos sujeitos e não a maneira como se dirigem a mim. Mas parece que as mentes iluminadas, mais uma vez decidiram por nós, e chegaram a um consenso. Todos vocês são obrigados a partir de agora a se referirem a nós como “pessoas com deficiência”.

Quanto a mim, não desejo camuflar ou esconder a minha deficiência, chamem-me deficiente, diferente, com mobilidade reduzida, dependente, com necessidades especiais e de acordo com os critérios da ASIA (American Spinal Injury Association) utilizados de forma generalizada em todo o mundo, tenho uma lesão medular traumática completa ao nível do pescoço/cervical C5, C6 e C7 que resultou numa tetraplegia. Tetraplégico é a referência mais utilizada. Admito que dependendo do contexto em que forem utilizadas estas palavras, gosto mais de umas que de outras, mas convivo bem com todos elas e por favor, não compliquem mais, pois da vez de facilitarem a nossa integração estão a complicar ainda mais, mas para quem continue com as suas dúvidas e tiver que abordar alguém com deficiência, nada como perguntar como deseja ser tratado. Assim não corre o risco de ofender ninguém.

A mim chamem-me pelo nome, é mais fácil. Sou Eduardo Jorge, e convido-o a visitar-me mais vezes neste mesmo lugar, para juntos continuarmos a debater a “deficiência”.

Eduardo Jorge

1 comentário:

  1. Olá...
    Muito sucesso para este teu novo desafio.
    Tratas como ninguém este tema relacionado com todos nós.

    Abraço

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