A experiência tem mostrado, que a curiosidade inicial não esmorece com o tempo, quando osprofessores sabem propor as atividades adequadas. As crianças conseguem, de uma maneira geral,ultrapassar a frustração e persistir no desafio de se confrontar com um objeto que exige rigor, pensarprimeiro, em vez de agir imediatamente, trabalhar arduamente para realizar um projeto.
Muitas vezes,os próprios profissionais são confrontados com a avaliação das capacidades das crianças feitaanteriormente quando vêem as crianças envolvidas em atividades de exploração espacial, estimativa dedistâncias, programação de circuitos e procura de soluções. Assiste-se inclusive ao resolver desituações escolares complicadas em que o robô se transforma num objeto poderoso que desbloqueiasituações em que a criança não tinha até então querido investir na própria aprendizagem. As situaçõesde dinâmica grupal criadas, parecem favorecer a cooperação e as trocas verbais (hipóteses eanálise).
O robô parece trazer para a aprendizagem uma força simbólica inegável, para além do efeitode novidade inicial. A persistência, a renovada motivação para utilizar e manipular esta máquina,apesar das dificuldades (cognitivas, percetivas e motoras), parece indicar que a alegria do sucesso eo desejo de experimentar, compreender e controlar este objeto conseguem superar as dificuldades.
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