Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) colocaram cadeiras de rodas em vários lugares de estacionamento.
Pelo local foram ainda distribuídos cartazes com o sinal de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e onde se podia ler “este lugar está abusivamente ocupado porque existem pessoas que não respeitam esta sinalização”.
Sara Diogo, aluna da academia transmontana, explicou que a iniciava pretende servir de alerta contra a ocupação indevida de lugares de aparcamento por pessoas cujas viaturas não possuem, o dístico de mobilidade reduzida.
“Em Vila Real acontece frequentemente, as pessoas estacionarem nestes lugares não tendo o dístico”, salientou.
Por isso mesmo, hoje, em vez de serem os automobilistas a estacionarem nos lugares para pessoas com dificuldades de mobilidade, foram as cadeiras de rodas a ocupar 25 lugares de estacionamento no centro da cidade e logo a partir da hora de ponta.
Segundo outra aluna, Filipa Lobo, as pessoas acataram bem e sem problemas a iniciativa, perguntando apenas o que se passava e qual o objectivo da iniciativa.
“O facto de conseguirmos sensibilizar as pessoas é a chave para mudarmos mentalidades e é nessa expectativa que continuamos a fazer este tipo de iniciativas”, frisou.
Para o professor da UTAD e responsável pelo curso, Francisco Godinho, “nunca é demais lembrar às pessoas que os que têm mobilidade reduzida precisam de lugares mais próximos dos serviços”.
O desrespeito por esta sinalização “é um problema cultural” que, para o responsável, é “difícil combater”.
Esta iniciativa foi preparada em articulação com a Câmara de Vila Real e a UTAD TV.
Miguel Esteves, vereador do pelouro do urbanismo do município, referiu que a acção teve como objectivo “despertar consciências” e “provocar o choque” para sensibilizar para a necessidade de não se ocuparem os lugares reservados.
“Infelizmente, ainda continua a haver muito estacionamento abusivo em Vila Real, ainda continua a haver muito desrespeito pelo código da estrada. Pedimos à PSP que tenha uma atenção para o estacionamento indevido porque nos prejudica a todos”, afirmou o autarca.
Quanto à mobilidade na cidade, Miguel Esteves reconhece que ainda “há muito a fazer em vários espaços para a tornar mais acessível a todos”.
“Há um investimento muito grande a fazer e um cuidado muito grande a ter nas novas construções, mas particularmente nos espaços mais antigos para tornar esses mesmos espaços acessíveis para todos”, salientou.
A UTAD foi pioneira ao abrir há seis anos a primeira licenciatura de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas.
Fonte: Noticias do Minho
Sem comentários:
Enviar um comentário