As propostas do Bloco foram apresentadas nesta terça-feira pelo deputado Jorge Falcato e pela coordenadora do partido, Catarina Martins. Além da idade mínima, os bloquistas propõem que haja liberdade de escolha em relação ao assistente pessoal, recusando que essa decisão esteja limitada a uma bolsa de assistentes. A justificação dada por Jorge Falcato é a de que aquela pessoa terá um elevado grau de intimidade com a pessoa com deficiência, lavando-a, dando-lhe de comer, nos casos em que tal se justifique, e, por isso, a escolha não deve estar condicionada àquela bolsa. O BE também entende que este apoio não se pode ficar pelas 40 horas semanais, mas deve ser garantido a tempo inteiro – até 24 horas diárias, em função das necessidades da pessoa.
Estas são as propostas que os bloquistas esperam ver reflectidas na Resolução de Conselho de Ministros que irá enquadrar a proposta que prevê projectos-piloto para o período 2017-2020. O BE entende que o modelo traz vantagens económicas ao Estado e defende ainda que, neste caso, deve experimentar-se antes de legislar.
Na apresentação, quer Jorge Falcato quer Catarina Martins defenderam a ideia de que vida independente se trata de um “direito de escolha” da pessoa com deficiência “sobre onde, com quem e como viver a sua própria vida” e que se trata de aplicar, no dia-a-dia das pessoas com deficiência, políticas baseadas nos direitos humanos.
Catarina Martins insistiu que a política de institucionalização seguida em Portugal “retira autonomia às pessoas”. E Jorge Falcato acrescentou: “Vida independente é a hipótese de muitas pessoas com deficiência se libertarem. E também libertarem as famílias.”
Notícia alterada: o BE defende um apoio até 24 horas diárias, definido em função das necessidades da pessoa.
Fonte: Público
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