A sessão contou com a presença dos deputados Jorge Falcato e Carlos Matias e do ativista pela Vida Independente, Eduardo Jorge, que há três anos iniciou uma greve de fome pela vida independente, em frente à Assembleia da República.
“O Eduardo é o símbolo da luta pela vida independente em Portugal. Foi das pessoas que juntamente com o Movimento dos Deficientes Indignados que levantaram em 2013 a questão da vida independente. Tentaram com o anterior Governo levar para a frente uma política de vida independente o que foi impossível, porque o anterior Governo não esteve disponível para levar as coisas para a frente”, salientou Jorge Falcato à Antena Livre.
“Esperamos que agora tenhamos condições para implementar em Portugal aquilo que é a hipótese das pessoas com deficiência tomarem a sua vida com as suas mãos. Terem poder de decisão sobre como, onde e com quem viver. Não estarem sujeitas a serem internadas em lares residenciais por falta de alternativas para continuarem a viver na sua terra junto dos seus amigos e a familiares”, referiu o deputado bloquista.
Jorge Falcato recordou que está em discussão pública a proposta governamental de um Modelo de Apoio à Vida Independente, que prevê projetos-piloto para o período 2017-2020.
“Pensamos que a vida independente tem de ser feita ouvindo as pessoas com deficiência (…) Achámos que devíamos de promover estas sessões para que as pessoas pudessem dizer da sua justiça sobre o que querem e como é que acham que é o modelo de vida impendente em Portugal”, aludiu.
Para além de Abrantes, os deputados do BE, investigadores, ativistas pela Vida Independente e representantes de organizações vão continuar a promover audições públicas pelo país. Vão estar em Coimbra, dia 22 de março, em Vila Real a 24, no Porto dia 25, em Albufeira a 31 de março e em Beja dia 1 de abril.
Além das sessões presenciais, o BE lançou um inquérito para auscultação de todas as pessoas, disponível no endereço: https://pt.surveymonkey.com/r/Vida_Independente
O inquérito tem o propósito de “ ampliar a participação das pessoas, é dar meios às pessoas para fazerem ouvir a sua voz. Nós em Portugal estamos muito mal habituados com aquilo que são as audições públicas, porque não basta haver um documento e disponibilizar um email para as pessoas enviarem a sua opinião. A participação provoca-se, organiza-se e dá-se meios às pessoas para que elas possam expressar a sua opinião”, finalizou Jorge Falcato. Fonte: Antena Livre
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