domingo, 11 de novembro de 2012

Parentalidade: assistência a filho com deficiência

As faltas para assistência inadiável e imprescindível a filho menor de 12 anos ou, independentemente da idade, a filho com deficiência, não determinam a perda de quaisquer direitos, salvo quanto à retribuição, e são consideradas como prestação efetiva de trabalho, nos termos do artigo 65.º do Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.

O Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, define um novo regime da parentalidade, nos seus artigos 33.º a 65.º, sendo aplicável também aos trabalhadores que exercem funções públicas, nos termos do artigo 22.º da Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, que aprova o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP).

Assim, o trabalhador pode faltar ao trabalho para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a filho menor de 12 anos ou, independentemente da idade, a filho com deficiência ou doença crónica, até 30 dias por ano ou durante todo o período de eventual hospitalização. (cfr. n.º 1 do artigo 49.º do Código do Trabalho).

Caso sejam trabalhadores da Administração Pública, o Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de abril, regulamenta a proteção na parentalidade, no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e adoção, no regime de proteção social convergente.

A proteção social conferida pelo Decreto-Lei acima referido aplica-se aos trabalhadores que sejam titulares de relação jurídica de emprego público, independentemente da modalidade de vinculação, constituída até 31 de dezembro de 2005.

Nos termos do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de abril, é contemplado um subsídio para assistência a filho em caso de doença ou acidente, que é atribuído nas situações de necessidade de prestar assistência inadiável e imprescindível a filho, em caso de doença ou acidente, medicamente certificadas, no montante de 65% da remuneração de referência do beneficiário.

Refira-se, igualmente, que nos termos do artigo 31.º do mencionado diploma, a atribuição dos subsídios não depende da apresentação de requerimento, sendo a organização e a gestão do regime de proteção da responsabilidade da entidade empregadora do beneficiário.

Fonte e informação completa sobre parentalidade: INR

Relatório Nacional sobre a Implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

Nos termos do artigo 35.º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, cada Estado Parte deve submeter à Comissão Europeia, através do Secretário-Geral das Nações Unidas, um relatório detalhado das medidas adoptadas para cumprir as suas obrigações decorrentes da Convenção e sobre o progresso alcançado a esse respeito, num prazo de dois anos após a entrada em vigor da Convenção para o Estado Parte interessado. 
Assim, volvido o prazo mencionado, Portugal procedeu à entrega do referido Relatório.

Fonte e mais informação: INR

úlceras de pressão: Termonitor

As úlceras de pressão, vulgarmente conhecidas por escaras, são a terceira patologia mais cara do mundo. Foi com este mote que António Silva e a sua equipa decidiram criar o Termonitor. 

A termografia é uma técnica que permite observar a temperatura do corpo, e consequentemente detectar quais as zonas de maior risco para o aparecimento de úlceras de pressão. Este aparelho inovador vai permitir detectar a patologia a tempo de ser prevenida.

Enviado por José Mariano - Fonte: O Melhor e o Pior

Carteira escolar adaptada

Engenheiros da UNESP, em Ilha Solteira, criaram um novo modelo de carteira escolar para cadeirantes.

O móvel ergonômico permite não apenas ajuste de altura, como os similares disponíveis no mercado, mas também a regulagem da inclinação do tampo do móvel, em três posições.

E o tampo tem uma parte substituível, permitindo o uso do produto por pessoas de diferentes idades e tamanhos.

Com estrutura em aço tubular, a carteira possibilita variação de altura entre 70 cm e 1,20 m, um movimento mais amplo do que nos móveis similares, cuja amplitude de movimento fica entre 60 e 90 cm.

Outra novidade é que a parte traseira da base de sustentação do móvel é alargada num ângulo de 70°, para facilitar a movimentação da cadeira de rodas.

Colaboração com a APAE

"Com a carteira, a aproximação dos cadeirantes na mesa para o estudo e realização de outras atividades na vida diária foi facilitada de forma a obter uma boa acomodação com conforto e segurança," explicou Antônio de Pádua Lima Filho, coordenador do grupo.

Lima Filho ressalta que o projeto teve a colaboração da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Ilha Solteira. Nessa parceria, os deficientes deram sugestões e testaram a funcionalidade e eficiência dos equipamentos.

O preço de cada móvel produzido pela equipe foi de cerca de R$ 400,00, superior ao valor médio dos produtos equivalentes comercializados (R$ 228,00). No entanto, segundo o engenheiro mecânico, as qualidades da nova carteira compensam essa diferença.

Triciclo e suporte

Outro projeto do grupo é um triciclo de baixo custo baseado na reciclagem de quadros de bicicleta doados pela Guarda Municipal de Ilha Solteira.

A equipe agora está desenvolvendo um equipamento para auxiliar a marcha na posição ereta.

O produto pretende contemplar tanto paraplégicos, como idosos e pessoas com dificuldade de locomoção.

Enviado por José Mariano - Fonte: Inovação Tecnológica

Tetraplégico precisa de ajuda

Este rapaz em seu trabalho caiu do teto de uma casa e quebrou o pescoço e lesionou a coluna cervical ficando tetraplégico, mora em Luís Gomes RN. e esta precisndo de muita ajuda para um tratamento especial

Enviado por email.

Projeto "Lisboa Acessível" vence Orçamento Participativo

O projeto “Lisboa Acessível” foi um dos vencedores da 5ª edição do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa, na categoria de projetos entre 150.000€ e 500.000€, tendo obtido um total de 2.079 votos.

Este projeto, submetido pela Associação Salvador, em conjunto com a ACAPO, ACA-M, ADFA, ANACED, APEDV, FPDD, Fundação LIGA e Gulliver, visa tornar o percurso desde Entrecampos até ao Marquês de Pombal livre de barreiras físicas. O objetivo é criar uma zona modelo daquilo que deverá ser a cidade do futuro. Uma cidade inclusiva, mais atrativa, organizada, agradável para passear e andar a pé, que proporcionará uma maior qualidade de vida a TODOS os cidadãos.

O resultado obtido apenas foi possível devido ao envolvimento de muitas pessoas.

Agradecemos às associações parceiras no projeto, à MSTF Partners que elaborou a campanha de comunicação, à Mandala que efetuou uma reportagem em vídeo do percurso, às empresas nossas mecenas e parceiras que divulgaram o projeto pelos seus colaboradores, às entidades que nos cederam espaços para ações de divulgação presencial (Atrium Saldanha, BES Arte e Finança, Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão e Colégio de S. Tomás), aos voluntários que nos ajudaram nessas ações, em especial à Diana Teixeira e Madalena Brandão pelo seu apoio incansável, à Go Natural que nos apoiou com as refeições, e no geral a todas as pessoas que votaram e passaram a mensagem na esperança de que o projeto se tornasse uma realidade.

Fonte: Associação Salvador

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cadeira de rodas Permobil. Fiquei convencido

Sempre me recusei a experimentar uma cadeira de rodas da marca Permobil. É daquelas coisas que não sabemos porquês, e nem queremos explicar. Nem sou de dizer que não gosto de algo que mal conheço. Embirrei com a marca e ponto final. Maioria dos meus colegas tetraplégicos usam-na, e os que não a usam desejam vir a fazê-lo. Bem tentava saber porque essa mania da Permobil, mas embora todos falassem nesta e naquela vantagem, continuava na minha. Acho que um dos grandes factores porque as rejeitava era parecerem-me enormes, nada práticas, desconfortáveis até. Mas acabei com essa minha intransigência e resolvi experimentar o modelo C400. Opção por este modelo não foi minha, deixei essa questão nas mãos do representante da marca para a Península Ibérica, que é a Mobilitec.
Gostei do que vi e pelo menos minha cisma desapareceu. Vou tentar conhecer outros modelos. Muito segura e adaptável à nossa postura e qualquer terreno. Circulei por cima de obstáculos, subi rampas inclinadas, andei sobre relva, piso de terra irregular, poças de água e aparentemente fiquei convencido. De certo que que foi só o inicio e por isso tenciono conhecer ao pormenor os outros modelos. Mas para quem até á pouco tempo recusava sequer chegar perto, é uma grande mudança.
(Tendo como referência os joelhos, vejam as diferenças de postura entre a Permobil acima, e minha Quickie Salsa abaixo.)
O que mais apreciei foi sem dúvida a segurança que a cadeira transmite e a maneira profissional como os representantes da marca, Sr Manuel Ribeiro e Daniel me fizeram a avaliação e me elucidaram sobre o equipamento. Quando na maioria das lojas que vendem este tipo de material, nem sequer se preocupam em ter acessibilidades (já me recusei a ser avaliado na rua por algumas casas), louvo o facto da Mobilitec ter nos seus quadros uma equipa multidisciplinar composta por profissionais desde terapeuta ocupacional a assistente social. Acho fundamental conhecerem nossa patologia, saberem o que vendem e a quem vendem. A nível de posicionamento também me agradou. Não consigo ter o tronco direito, uma postura nada adequada e que com o tempo me criará problemas, mas é única maneira que encontro para não começar logo a ter dificuldades em respirar. Neste modelo foi possível encontrar um meio termo através da basculação do encosto.
A minha Salsa só permite basculação do conjunto (encosto e assento). Ao nível do suporte dos pés fiquei agradavelmente surpreendido. A Quickie Salsa não me permite ficar com as pernas totalmente elevadas na horizontal. Fico com os joelhos dobrados e a fazer pressão no ísquio, com a Permobil isso não acontece. Ficam totalmente esticadas e sem pressão nenhuma, o que permite que fique totalmente na posição de deitado. Outra função do suporte de pés é a possibilidade de os encolher automaticamente, o que dá jeito por exemplo em certos elevadores. Agradou-me também a impossibilidade de se virar com facilidade. Devido a uma queda fiquei com fobia, com esta isso nunca acontecerá (ver vídeo).

Resumindo, a cadeira torna-se ainda mais pequena em cumprimento que a que uso actualmente. Todas estas vantagens deixaram-me com outra ideia sobre esta marca e provavelmente será minha próxima cadeira de rodas.

José V.M. Neto, um tetraplégico amigo

Em homenagem ao meu amigo Sargento José V. M. Neto, entrevistado na peça.

Vende-se Scooter por excelente preço

Scooter Little Gem 4

Prática e Compacta

Em passeio ou nas compras no centro comercial ou no elevador.
Graças a umas dimensões reduzidas pode-se colocar na mala de uma carro.

Características standard:
-Assento giratório, ajustável em altura
-Cesto
-Velocidade máx. 6Km/h
-Largura total: 50cm
-Autonomia máx. 18Km
-Peso máximo usuário 113Kg
-Guiador rebatível
-Assento desmontável e ajustável em altura
-Bateria desmontável
-Fácil de transportar

P.V.P. (IVA incluído) - 2011: 1.235,96€
P.V.P. (IVA incluído) - 2007: 1.080,00€
Vendo em 2012 por: 750,00€

Contactar: tetraplegicos@gmail.com

Pedido enviado por e-mail

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Tenho boas noticias

Tenho excelentes noticias. Lembram-se das grandes mudanças que aconteceram na minha vida há uns tempos atrás? Pois é, um ano depois deixo-vos um balanço do que aconteceu.

Quanto ao trabalho tem sido fantástico. Aquelas dúvidas sobre minhas reais capacidades e maneira como público me iria receber deixaram de existir. Adaptei-me lindamente. Adoro o que faço cada vez mais. É um tremendo prazer trabalhar com as pessoas da minha localidade, Concavada. Todos me receberam lindamente, e o facto de estar na cadeira de rodas nunca foi problema ou razão para me tratarem de maneira diferente. Até as crianças deixaram de fazer perguntas e olham-me como se tudo estivesse normal. É tão bom sentir que me olham de igual…sou somente o Eduardo.

Claro que tenho muitas limitações e tenho que fazer grandes esforços para as atenuar. Frio, chuva, calor…dias de treino intestinal…quedas de tensão durante o trajeto…dias de dores intensas…apertos com perdas…mas nada que me impeça de continuar a cumprir com minha obrigação. Tudo ultrapasso com maior ou menor dificuldade. Tenho que realçar o apoio do meu chefe José Ferreira que tudo tem feito para me criar as melhores condições, e permite-me trabalhar com total liberdade, crianças e utentes do Centro que me apoiam no vestir ou despir do casaco, capa da chuva, fechar a porta, encher garrafa de água, etc…estão sempre por perto e prontos a colaborar. Gestos tremendos de solidariedade que nunca esquecerei. Obrigado a todos. Mas a melhor noticia é que meu contrato foi renovado por mais um ano. Iniciou este dia 01 de Novembro. Que alivio! Pelo menos a faculdade está garantida mais um ano. Existirá dinheiro para pagar os perto de € 1.000,00 de despesas com propinas, e outras despesas que tenho anualmente.

É que passei para o 2º ano de Ciências Sociais/Serviço Social. Das 10 cadeiras que me inscrevi tive sucesso em 9. Ficou para trás Introdução ao Direito. Fiquei muito feliz. Para quem não estudava há quase 30 anos, não posso exigir muito mais de mim. Trabalhar e estudar, juntando ás várias horas que tenho que ficar acamado não me deixam grandes hipóteses. Dei tudo de mim e missão cumprida. Tem sido muito difícil conciliar tudo. Nunca pensei que ensino superior fosse tão exigente. Existem alturas que não há um minuto para nada. Fins de semana, feriados…nada existe. Todo o tempo é pouco. Mas é muito prazeroso estar em várias frentes. Adoro esta adrenalina. Sinto que estou no lugar certo. Lugar que me pertence. De onde nunca deveria ter saído. Estar no ativo é o nosso lugar de direito. Infelizmente deveria ser natural eu estar a trabalhar e estudar, mas infelizmente pelo facto de ter uma deficiência, isso não é bem assim.

Convite: Colóquio Internacional “Deficiência e Emancipação Social: para uma Crise da Normalidade”

EU: Estarei presente. Sou um dos estudados neste estudo. Irei comentar a intervenção do cientista Colin Barnes. Já temos um grupinho. Será também uma oportunidade para conhecermos a nossa atual realidade e convivermos. Se não puder participar estará disponível uma transmissão on-line do evento (no seguinte linkhttp://www.ces.uc.pt/eventos/index.php?id=6065&id_lingua=1) divulgue pf.

Ex.mas/os Senhoras/es,

Vimos por este meio convidá-las/os para o Colóquio Internacional “Deficiência e Emancipação Social: para uma Crise da Normalidade”, que decorrerá no próximo dia 13 de Novembro no auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa (Picoas Plaza).

Pode consultar programa em: http://www.ces.uc.pt/eventos/index.php?id=6065&id_lingua=1

Este evento contará com três eminentes académicos internacionais na área da deficiência: Allison Sheldon e Colin Barnes da Universidade de Leeds e da Lennard Davis da Universidade de Illinois. Contaremos ainda com a presença de representantes das organizações nacionais de pessoas com deficiência e profissionais de relevo na área da reabilitação. O colóquio enquadra-se no âmbito do projecto de investigação do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra “Da lesão vértebro-medular à inclusão social: a deficiência enquanto desafio pessoal e sociopolítico”, desenvolvido pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Local e Data: 13 de Novembro de 2012, 09:00, Picoas Plaza, Rua de Viriato 13,

CES-Lisboa e Centro de Informação Urbana de Lisboa.

NOTA: O colóquio decorre em instalações acessíveis a cidadãos com deficiência. Existirá intérprete de Língua Gestual, assim como tradução simultânea. A entrada é livre.

Agradecemos a divulgação,
Com os melhores cumprimentos,
A comissão organizadora

Enviado por email.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Convite: Hino à Vida no Teatro São Luiz dia 20 de Novembro

EU: Nem sei o que dizer perante tamanha força de vontade. Estas 3 pessoas que passam a vida ligados a máquinas num hospitral darem-nos esta lição de vida, de querer, força, determinação, vontade de viver...fico sem palavras. 
Há muito tempo que tento conhecer pessoalmente a Josélia, tendo inclusive já programado e marcado essa visita algumas vezes, através da Isa Barata, mas por uma ou outra razão nunca chegou a acontecer. A Isa Barata, sua amiga e também grande admiradora, chega-me agora com este convite irrecusável. Nem quis acreditar quando vi que estes seres que passam a vida deitados numa cama 24 horas, durante 365 dias, tiveram a coragem de estar a organizar este evento e há muito se dedicam a ajudar os outros. As suas limitações não os impediram de continuar a acreditar que a vida vale sempre a pena. 
Eu tudo estou a fazer para desta vez conhecer a Josélia e seus amigos. Será uma emoção enorme participar deste "Hino á Vida". Conheça melhor estes amigos, AQUI

Iremos apresentar-nos e explicar-vos a intenção deste evento!

Eu sou a Josélia tenho 61 anos e vivo numa unidade hospitalar do Hospital de Curry Cabral há 10 anos, tenho esclerose lateral amiotrófica que me paralisou os músculos e que me colocou dependente de uma máquina para respirar.

Eu sou o Paulo tenho 38 anos, tive um acidente de trabalho aos 29 anos fiquei tetraplégico e ventilado artificialmente. 

Eu sou a Irene, mãe do Miguel de 38 anos que tem paralisia cerebral e vive através de um ventilador para respirar, acompanho-o diariamente nesta Unidade e o meu Amor pelo Miguel é maior do que tudo, eu sou Ele e ele é Eu. 

O que temos todos em comum?! A dependência de um ventilador que precisamos para respirar e a dependência de terceiros para cuidarem de nós. Éramos Pessoas activas, livres na ascensão da palavra com vidas em construção, no momento em que tudo isto sucedeu nas nossas vidas TUDO mudou e a nossa realidade transformou-se radicalmente.

Eu, Josélia a mais antiga do grupo mantive o desejo de continuar a criar, a gerir e principalmente de VIVER! Concentrei-me nas capacidades e no potencial que me restava, na minha determinação e inteligência.

Conjuntamente com um grupo de amigos do hospital, com familiares e amigos de sempre e iniciei um Projecto de Ajuda. Associamo-nos e desenvolvemos actividades para angariar fundos para a construção da Escola Marie Riviére em Nampula que auxilia 3000 crianças carenciadas, e desde então já passaram 5 anos.

Eu, Paulo, cheguei à Unidade do hospital Curry Cabral no ano de 2009 transferido do Hospital Militar, sou Sargento do Exército e por isso a minha vida sempre foi muito activa, andei por esse mundo fora em missões e um acidente colocou-me nesta realidade diferente. Ainda sinto revolta do que se sucedeu mas resolvi criar novos objectivos de vida, adoptar novas lutas e por isso, associei-me a este projecto humanitário pois também sou Pai, sou filho e desejo poder ajudar a proporcionar condições de Educação e Saúde a estas crianças.

Eu, Irene mãe do Miguel que não pode expressar o que sente, falo e expresso-me por ele. Também nós nos associamos ao Projecto de Ajuda Humanitário e apadrinhamos uma criança em Nampula, eu pessoalmente adoro crianças porque arrancam-me sorrisos do mais íntimo do meu Ser mesmo quando não tenho vontade de o fazer. Eu e o Miguel queremos ajudar estas crianças de Nampula e apoiar esta Escola, tal como mais 25 crianças em São Tomé e Príncipe, ajudando na compra de material de construção para levantar as paredes e tecto de um barracão-creche de que tivemos conhecimento através de uma enfermeira que veio de uma missão nesta Ilha.

Depois de várias iniciativas ao longo destes 5 anos, falta-nos ainda algum dinheiro para estas obras terem continuidade, juntámo-nos aos nossos amigos e propusemos a realização de um evento de solidariedade que ajudasse as nossas obras, a ideia começou a ter forma, a crescer e a tomar proporções que nem nós imaginávamos. No decorrer destes acontecimentos a artista Maria Henrique propôs-nos a realização de um livro auto biográfico, projecto no qual estamos a trabalhar actualmente. O lançamento do livro será no dia do evento, as receitas decorrentes da sua venda reverterão para a Associação Nacional do Ventilado Crónico (ANVC) da qual somos Sócios Embaixadores e que tem como objectivo principal a criação de Unidades pensadas e estruturadas para acolher Pessoas que viram as suas vidas transformadas como nós, retirá-las do meio Hospitalar e dar-lhes uma Casa.

Por isso caros amigos,

Venho por este meio convidar-vos a participarem neste espectáculo de beneficência pelas 21h no dia 20 de Novembro que tem como propósito aquele que vos envio em anexo.

Gostaria muito que participassem e que estivessem presentes tal como eu lá estarei :)

Caso estejam interessados poderão adquirir o bilhete, este tem o valor de 15€ e podem comprá-lo presencialmente na bilheteira do Teatro são Luiz ou na BILHETEIRA ON-LINE através do link que se segue http://saoluiz.bilheteiraonline.pt/Comprar/Bilhetes/9567/39489/Sectores

Aos que estiverem interessados estar presentes juntamente com os restantes residentes da unidade de ventilados crónica (Miguel e D. Irene e Paulo), assistirão também ao lançamento do meu livro durante a 1ªparte do espetaculo também no dia 20 Novembro 2012, caso queiram estar presentes peço que me confirmem para reservar lugar na sala.
Beijinhos a todos e desde já o meu muito obrigada
Josélia Sequeira

APRESENTADORES

Helena Almeida, Teresa Silva João Baião / Catarina Furtado, Nicolau Brayner Eládio Clímaco Helena Ramos e Fernanda Serrano

PRIMEIRA PARTE
Ana Zanatti, Anita Guerreiro com participação dos Bombeiros Voluntários da Moita,  Maria da Fé, Teresa Tapadas, Janita Salomé e Vitorino, Lenita Gentil, Lúcia Moniz, Rui Andrade e Lara Li

SEGUNDA PARTE
Ruben Varela, Miguel Gameiro, Rita Guerra, Gabriela Barros, Susana Felix, Marco Paulo, Ricardo Soler, João Gil e Luís Represas, Simone de Oliveira com Nuno Feist

ENCERRAMENTO “HINO À VIDA” com interpretação de Ruben Varela acompanhado dos “Armazém Aéreo”

Enviado por Isa Barata

Investigador de Coimbra cria um 'cérebro-computador' para pessoas com limitações motoras graves

Gabriel Pires, investigador do Instituto de Sistemas e Robótica, Universidade de Coimbra, criou um interface cérebro-computador para pessoas com limitações motoras graves, nomeadamente doentes com esclerose lateral amiotrófica (ELA), pessoas tetraplégicas e com paralisia cerebral.

O sistema foi validado clinicamente e obteve resultados positivos num grupo de portadores de ELA, seguido no Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em utentes do Centro de Paralisia Cerebral de Coimbra, num tetraplégico e num doente de Duchenne.

Ao permitir uma comunicação baseada apenas em ondas cerebrais e estímulos visuais, o sistema desenvolvido por Gabriel Pires admite restaurar a comunicação, aumentar a mobilidade e o grau de independência dos doentes.

Trata-se de “uma ferramenta de assistência muito poderosa que, quando entrar no mercado, terá um forte impacto social porque permitirá às pessoas com deficiências motoras muito graves obter mais autonomia”, afirma o cientista. “Com a interface cérebro-computador poderão realizar tarefas quotidianas como conversar no Skype, conduzir uma cadeira de rodas, ligar luzes, acionar alarmes via telefone, ligar a televisão, etc.”, exemplifica.

O interface é composto por um conjunto de algoritmos de processamento de sinal e aprendizagem automática que, após a recolha de sinais cerebrais pelo método não invasivo de eletroencefalografia, descodifica os padrões cerebrais e selecciona letras de forma sequencial, permitindo escrever frases.

São algoritmos que se ajustam aos padrões neuronais das pessoas. Por exemplo, “o sistema consegue perceber se o utilizador, no momento, quer ou não efectuar uma dada tarefa. Por outro lado, com um simples fechar de olhos, o utilizador desliga o interface. Para ligar novamente, repete o movimento”, ilustra Gabriel Pires.

O sistema do jovem investigador foi desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos e acaba de obter o segundo prémio no Fraunhofer Portugal Challenge, um concurso que distingue estudantes e investigadores das universidades portuguesas que apresentem ideias inovadoras e de utilidade prática, com potencial de mercado.