Algumas respostas sociais disponibilizadas pela Segurança Social a Pessoas com Deficiência.
- Respostas Sociais a Pessoas em Situação de Dependência
- Prestações por Dependência a Crianças e Jovens com Deficiência
- Respostas Sociais a Pessoas Adultas com Deficiência
- Pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico
- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
- Programa Conforto Habitacional Para Pessoas Idosas
- Pessoas Idosas
- Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados
- Rendimento Social de Inserção
- Ligue o nº144 da Linha Nacional de Emergência Social. Atende 24 horas por dia.
Fonte e mais informação: Segurança Social
terça-feira, 6 de março de 2012
Petição TURISMO ACESSÍVEL – “Todos diferentes, todos iguais”
Caros Amigos,
Acabei de ler e assinar a petição online:
Turismo Acessível - Todos Diferentes Todos Iguais
Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.
Obrigado
Acabei de ler e assinar a petição online:
Turismo Acessível - Todos Diferentes Todos Iguais
Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.
Obrigado
domingo, 4 de março de 2012
Cérebro pode aprender tarefas mentais com células que desempenham tarefas motoras
O cérebro humano pode aprender a desempenhar tarefas exclusivamente mentais com os mesmos circuitos que utiliza para tarefas motoras, uma descoberta de investigadores portugueses e norte-americanos que pode influenciar a maneira como se fabricam próteses.
Estas conclusões, publicadas hoje na revista Nature, são o resultado da investigação de neurocientistas da Fundação Champalimaud e da Universidade de Berkeley, na Califórnia.
No estudo, os investigadores sugerem que a mobilidade perdida pode ser recuperada através do pensamento, com uma área do cérebro utilizada habitualmente para uma função motora que pode ser treinada para outra tarefa puramente mental.
Rui Costa, neurocientista da Fundação Champalimaud, disse à Agência Lusa que a investigação mostrou que "animais e pessoas podem aprender muito rapidamente regras arbitrárias" diferentes entre si, seja algo com intervenção motora, como "tocar piano ou usar um teclado", ou algo abstrato, como "aprender xadrez".
O investigador referiu que usando animais e um dispositivo que lhes dava uma recompensa, foi possível usar a atividade cerebral em vez da mão como mecanismo de obtenção da recompensa, uma "plasticidade" dos circuitos cerebrais que ficou agora comprovada.
O trabalho dos investigadores abre novas possibilidades na construção e uso de próteses controladas mentalmente para pessoas que tenham tido lesões que impliquem a perda de mobilidade.
Segundo o investigador Jose Carmena, da universidade de Berkeley, as conclusões do estudo são "fundamentais para as pessoas que não se podem mover".
"A maioria dos estudos interface cérebro-máquina têm sido feitos em sujeitos saudáveis, com capacidades motoras, por isso ficava sempre em aberto a questão de saber se os resultados poderiam ser transferidos para um pacientes que ficou completamente paralisado", afirmou.
Rui Costa acrescentou que ficou provado que pode ocorrer uma alteração funcional de determinadas circuitos cerebrais, sendo de esperar que a própria morfologia, ou anatomia dessas partes do cérebro, venha a alterar-se em função disso.
Estas conclusões, publicadas hoje na revista Nature, são o resultado da investigação de neurocientistas da Fundação Champalimaud e da Universidade de Berkeley, na Califórnia.
No estudo, os investigadores sugerem que a mobilidade perdida pode ser recuperada através do pensamento, com uma área do cérebro utilizada habitualmente para uma função motora que pode ser treinada para outra tarefa puramente mental.
Rui Costa, neurocientista da Fundação Champalimaud, disse à Agência Lusa que a investigação mostrou que "animais e pessoas podem aprender muito rapidamente regras arbitrárias" diferentes entre si, seja algo com intervenção motora, como "tocar piano ou usar um teclado", ou algo abstrato, como "aprender xadrez".
O investigador referiu que usando animais e um dispositivo que lhes dava uma recompensa, foi possível usar a atividade cerebral em vez da mão como mecanismo de obtenção da recompensa, uma "plasticidade" dos circuitos cerebrais que ficou agora comprovada.
O trabalho dos investigadores abre novas possibilidades na construção e uso de próteses controladas mentalmente para pessoas que tenham tido lesões que impliquem a perda de mobilidade.
Segundo o investigador Jose Carmena, da universidade de Berkeley, as conclusões do estudo são "fundamentais para as pessoas que não se podem mover".
"A maioria dos estudos interface cérebro-máquina têm sido feitos em sujeitos saudáveis, com capacidades motoras, por isso ficava sempre em aberto a questão de saber se os resultados poderiam ser transferidos para um pacientes que ficou completamente paralisado", afirmou.
Rui Costa acrescentou que ficou provado que pode ocorrer uma alteração funcional de determinadas circuitos cerebrais, sendo de esperar que a própria morfologia, ou anatomia dessas partes do cérebro, venha a alterar-se em função disso.
Fonte: ionline
sexta-feira, 2 de março de 2012
"As Asas do Desejo" - Grande Reportagem Sobre Sexualidade e Deficiência
A reportagem “As Asas do Desejo”, da autoria da jornalista Alexandra Borges, arrecadou o primeiro prémio Dignitas 2011, criado pela Associação Portuguesa de Deficientes para distinguir os melhores trabalhos feitos por jornalistas portugueses que promovam a dignidade das pessoas com deficiência, os seus direitos humanos e inclusão social.
O trabalho da jornalista da TVI retrata a sexualidade das pessoas com deficiência e acumulou o primeiro prémio com o da modalidade que representa, neste caso a televisão.
Este prémio e os das restantes categorias (Imprensa Escrita, Rádio e Estudante de Comunicação) foram entregues na quarta-feira numa cerimónia realizada na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa.
Para conhecer os restantes vencedores pode fazê-lo aqui.
A reportagem "As Asas do Desejo" foi dos trabalhos jornalisticos mais bem conseguidos que vi. Merecido o prémio.
O trabalho da jornalista da TVI retrata a sexualidade das pessoas com deficiência e acumulou o primeiro prémio com o da modalidade que representa, neste caso a televisão.
Este prémio e os das restantes categorias (Imprensa Escrita, Rádio e Estudante de Comunicação) foram entregues na quarta-feira numa cerimónia realizada na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa.
Para conhecer os restantes vencedores pode fazê-lo aqui.
A reportagem "As Asas do Desejo" foi dos trabalhos jornalisticos mais bem conseguidos que vi. Merecido o prémio.
Enviado por José Mariano
quinta-feira, 1 de março de 2012
Push-up: Toca a aliviar o "bumbum" da cadeira de rodas
Depois de certo tempo sentados, todos sabemos o quanto é
importante aliviarmos o rabiosque da cadeira de rodas, fazendo os ditos
push-ups, sabe e faz bem.. Infelizmente a maioria não o consegue fazer. Eu consigo
á custa de muitas dores fazer um certo alivio. Mas sem usar os músculos dos
braços. Minha técnica consiste em por as mãos no assento da cadeira de rodas,
encostar os meus braços aos da cadeira e tranca-los. Inclino um pouco o tronco
para a frente e tento. Geralmente consigo pelo menos aliviar um pouco. Excepto
aqueles dias que qualquer movimento significa grandes tonturas.
Estes push-ups (pronuncio pechepes) deveriam ser feitos pelo
menos de 30 em 30 minutos. Ajudam na circulação sanguínea e são uma grande
ajuda na prevenção de escaras. Além de nos proporcionarem muito bem estar. Caso
não os consigam fazer, tentem fazer outros movimentos que vos seja possível. Qualquer
que seja o movimento ajuda. Mexer o tronco ou desliza-lo, tentar por a mão
atrás das costas…
Estes aparelhos, das fotos, em madeira são uma grande ajuda para os
treinarmos. Já os devem ter visto nalguns ginásios de referência. Pois quanto
mais força uma pessoa possuir, mais facilidade ela terá para executar as
atividades, como conduzir a cadeira, fazer transferências, higiene pessoal, e
quaisquer outras atividades. Principalmente as transferências.
Quem não consegue fechar as mãos
para segurar os equipamentos (fotos), basta enrolar uma ligadura e ou encontrar
outra solução. Nosso grande problema é que parece que temos bumbum de chumbo.
Por mais que tentemos ele não sai do lugar. Estas peças colocadas em cada mão,
sentados, dão-nos mais amplitude.
Miguel Nicolelis estuda para fazer máquinas funcionarem com a força do pensamento
O governo americano investe por ano 430 milhões de dólares na Duke, uma das principais universidades de medicina do mundo.
Estudos de ponta, publicados em algumas das revistas científicas mais importantes do planeta.
Um grupo internacional, de 50 especialistas, na linha de frente da ciência!
Conduzindo pesquisas que podem beneficiar pessoas aqui no Brasil, como Emerson, de apenas 12 anos. E Sidney, de 36 anos.
Emerson foi atingido por uma bala perdida há dois anos, quando empinava pipa em Guarulhos, São Paulo.
Emerson conta como foram os últimos dois anos. "Ficar no hospital, sem fazer nada. Só, sem brincar", diz a criança. Sidney ficou soterrado por seis horas no terremoto de Kobe, no Japão, em 1995. Os médicos deixaram claro a gravidade da minha lesão.
"Devido ao terremoto, a casa literalmente caiu na minha cabeça", lembra Sidney Almeyda, analista de sistemas.
Mas o que a pesquisa feita nos Estados Unidos tem a ver com esses brasileiros que não podem mais andar?
É que o chefe desses cientistas da universidade Duke é do Brasil: o paulistano e palmeirense fanático Miguel Nicolelis.
Formado em medicina pela Universidade de São Paulo em 1984, ele vive no exterior há mais de 20 anos. Completa 51 de idade na semana que vem. E trabalha numa área que mais parece ficção científica: fazer máquinas funcionarem com a força do pensamento.
Um braço robótico, uma perna robótica, um braço virtual que realiza um determinado comportamento sob o comando da atividade do cérebro.
As aplicações práticas são muitas, porém ainda distantes. Mas Nicolelis tem pelo menos um projeto mais urgente, ambicioso e polêmico, que tem a ver com o Sidney e o Emerson: fazer um brasileiro, paraplégico, ou tetraplégico, de preferência uma criança, dar o pontapé inicial da Copa do Mundo, em São Paulo, no dia 12 de junho de 2014. Daqui a dois anos e três meses.
"Acho que vai dar sim, acho que nós temos uma boa chance de conseguir realizar essa demonstração", afirma.
O projeto tem nome em inglês: "Walk Again": andar de novo. Claro, tudo o que desejam o Emerson e o Sidney. Eles têm histórias diferentes, mas sonhos parecidos.
Quando você sonha, você está na cadeira ou está andando? "Andando', conta o menino Emerson.
"Por incrível que pareça eu sempre sonho que eu estou andando, afirma Sidney",
O cérebro produz os sonhos, e também é ele que pode devolver os movimentos pra quem não consegue andar. Tudo vem do cérebro.
"Felicidade, tristeza, nossas memórias, nossas lembranças, os nossos planos futuros", explica o cientista.
E os movimentos também. Quando nos movemos é porque, frações de segundo antes, o cérebro deu a ordem. Mais precisamente meio segundo.
O cérebro é formado por células chamadas neurônios. A quantidade nos seres humanos é muito, muito grande.
"Existem tantos neurônios no cérebro como existem galáxias no universo", afirma Nicolelis,
São cerca centenas de bilhões de neurônios, que se comunicam o tempo todo uns com os outros, por sinais de eletricidade.
No laboratório do professor Nicolelis, um equipamento especial consegue captar o som dessa tempestade elétrica dentro da cabeça. No caso, de um macaco.
Só que, nas pessoas paralisadas, a sinfonia de comandos não chega ao restante do corpo. O caminho está bloqueado, por uma doença ou por uma lesão.
Como nos casos do Emerson e do Sidney.
"Os médicos deixaram claro a gravidade da minha lesão", conta Sidney.
A ideia, o pulo do gato do cientista brasileiro, é criar um atalho. Captar os comandos diretamente no cérebro, e transmitir para uma espécie de roupa de robô. O nome dessa veste é exoesqueleto - um esqueleto do lado de fora do corpo.
"O cérebro do paciente vai comandar os movimentos do exoesqueleto do paciente, da mesma maneira que comandava os movimentos do corpo antigamente".
Pra buscar os sinais elétricos lá no cérebro, a equipe de Nicolelis usa dezenas de sensores. São os chamados eletrodos, que entram só um pouco no cérebro - de três a cinco milímetros.
Esses fiozinhos finos como um fio de cabelo são o que a gente chama de eletrodos.
A próxima etapa é reunir tudo o que foi captado mandar para um chip, parecido com o de um telefone celular, implantado no crânio.
"Não é que esse chip você vai na loja de computador e compra, não compra, é. Foi tudo construído por alunos, pesquisadores", explica Nicolelis.
A energia vem de baterias, instaladas sob a pele e também numa espécie de mochila.
Depois entram em ação mais chips, também embutidos, com um papel crucial: transformar os sinais do cérebro em ordens para o chamado exoesqueleto.
Agora, os comandos são transmitidos, sem fio, pra antenas presas à cintura do paciente.
"Só que, diferentemente do corpo biológico, o que vai se mexer vai ser o exoesqueleto".
Tudo perfeito - só que nunca se construiu um exoesqueleto completo. Mas já existe um avanço muito importante, que anima os pesquisadores.
O Fantástico mostra como funciona o exoesqueleto, equipamento essencial para o projeto Wlak Again. Ninguém fora do laboratório do professor Nicolelis conhece esse equipamento.
Pra entender direito, nada melhor que uma demonstração. E o professor Nicolelis se entusiasma: manda buscar uma bandeira do Brasil. E claro, uma do Palmeiras.
O computador faz o papel do cérebro. Manda o protótipo dar o chute. E ele chuta. Diversas vezes!
"É o resultado de 25 anos de trabalho, nós sonhamos com isso, o nosso laboratório inteiro aqui, desde que a gente começou a trabalhar, conclui".
Pra chegar a esse ponto, a equipe se especializou em ler os pensamentos de animais - ratos e macacos.
Acompanhamos uma experiência. A macaquinha, a Kiwi, de seis anos, anda em uma esteira, como essas de academia. Infelizmente a gente não pode mostrar a kiwi, porque é uma regra da universidade que não se mostrem animais usados em pesquisa. Mas eu já dei uma olhada, e dá pra garantir que ela se diverte.
"Em um monitor a gente vê a atividade elétrica de uma centena de células do cérebro da Kiwi", explica Nicolelis.
Essa é a linha mestra da pesquisa: entender o que acontece dentro do cérebro quando o animal se mexe. E, a partir daí, usar esses sinais pra movimentar uma máquina só com a força do pensamento.
No laboratório, funcionou. Como nesta experiência, que trouxe fama internacional ao grupo de Nicolelis. Uma macaca foi treinada para jogar videogame, usando um joystick.
"Ele é recompensado com uma gota de suco quando ele consegue fazer a coisa correta", conta o cientista.
Aos poucos, os cientistas vão retirando o joystick. E o bicho percebe que consegue mover as coisas na tela sem o controle -- só com o pensamento.
As ordens do cérebro da macaquinha iam direto para um braço mecânico, que aparece no canto direito da imagem. Ela pensa, e o braço se mexe.
E um detalhe: as macacas são sempre fêmeas. "Como sempre, as mulheres são melhores. Mais atentas, mais confiáveis", analisa. As experiências vão ficando cada vez mais sofisticadas: Uma outra macaca usa as duas mãos para cumprir uma tarefa.
"Isso é vital evidentemente porque o exoesqueleto que nós estamos desenhando, construindo, tem dois braços, duas mãos, e eles precisam ser coordenados".
São desafios supercomplicados: instalar os eletrodos no lugar certo do cérebro. Na quantidade certa. E decifrar esses sinais elétricos, para que eles virem comandos de movimentos.
Uma mistura complexa de biologia, engenharia e computação!
E uma esperança para Sidney, que trabalha com informática e acredita no potencial da tecnologia.
"Me interessou muito. Caso surja alguma solução, A gente está preparado pra voltar a andar", afirma Sidney.
Mas o cientista avisa: o projeto não estará pronto na abertura da copa. A demonstração é apenas a primeira etapa de estudos que continuarão por anos.
A pesquisa ainda não chegou aos testes com seres humanos. Nicolelis ainda busca um hospital no Brasil para essa parceria. E também espera mais apoio.
"Nós precisamos ter uma decisão definitiva, clara, de que o governo brasileiro está disposto a ser parceiro e que vai nos ajudar a criar a infraestrutura necessária pra que isso ocorra".
Um detalhe importante: parte da pesquisa está sendo feita no Brasil, no Instituto de Neurociências que Nicolelis dirige em Natal desde 2005. Toda tecnologia que nós vimos aqui, os microchips, os eletrodos, já existem no Brasil - já foram transferidos para o Brasil.
Em 2011, o pesquisador enfrentou um sério problema político: 10 pesquisadores do instituto romperam com ele, e agora trabalham exclusivamente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Mas ele explica que isso não vai atrasar o prazo. "Esse grupo não tinha nenhum envolvimento com o projeto Walk Again. Nós já temos novos pesquisadores contratados lá em Natal", explica.
Diante dessa confiança que parece inabalável, uma pergunta final para um dos únicos, senão o único, brasileiro com alguma chance de ganhar um Prêmio Nobel de Medicina. Se um gênio da lâmpada desse a ele uma única escolha: ou fazer um brasileiro com deficiência andar na abertura da Copa ou ganhar o prêmio Nobel, o que ele escolheria?
"Essa escolha é muito fácil, porque se realmente nós conseguirmos fazer alguém andar, não tem prêmio algum que se compare com isso. O primeiro chute da Copa do Mundo no Brasil vai ser um gol da ciência brasileira e um presente do Brasil para todo o mundo.
A torcida é grande. O repórter pergunta ao menino Emerson o que ele diria se pudesse falar alguma coisa para o cientista que está tentando fazer as crianças voltar a andar: "Obrigado", diz.
Um grupo internacional, de 50 especialistas, na linha de frente da ciência!
Conduzindo pesquisas que podem beneficiar pessoas aqui no Brasil, como Emerson, de apenas 12 anos. E Sidney, de 36 anos.
Emerson foi atingido por uma bala perdida há dois anos, quando empinava pipa em Guarulhos, São Paulo.
Emerson conta como foram os últimos dois anos. "Ficar no hospital, sem fazer nada. Só, sem brincar", diz a criança. Sidney ficou soterrado por seis horas no terremoto de Kobe, no Japão, em 1995. Os médicos deixaram claro a gravidade da minha lesão.
"Devido ao terremoto, a casa literalmente caiu na minha cabeça", lembra Sidney Almeyda, analista de sistemas.
Mas o que a pesquisa feita nos Estados Unidos tem a ver com esses brasileiros que não podem mais andar?
É que o chefe desses cientistas da universidade Duke é do Brasil: o paulistano e palmeirense fanático Miguel Nicolelis.
Formado em medicina pela Universidade de São Paulo em 1984, ele vive no exterior há mais de 20 anos. Completa 51 de idade na semana que vem. E trabalha numa área que mais parece ficção científica: fazer máquinas funcionarem com a força do pensamento.
Um braço robótico, uma perna robótica, um braço virtual que realiza um determinado comportamento sob o comando da atividade do cérebro.
As aplicações práticas são muitas, porém ainda distantes. Mas Nicolelis tem pelo menos um projeto mais urgente, ambicioso e polêmico, que tem a ver com o Sidney e o Emerson: fazer um brasileiro, paraplégico, ou tetraplégico, de preferência uma criança, dar o pontapé inicial da Copa do Mundo, em São Paulo, no dia 12 de junho de 2014. Daqui a dois anos e três meses.
"Acho que vai dar sim, acho que nós temos uma boa chance de conseguir realizar essa demonstração", afirma.
O projeto tem nome em inglês: "Walk Again": andar de novo. Claro, tudo o que desejam o Emerson e o Sidney. Eles têm histórias diferentes, mas sonhos parecidos.
Quando você sonha, você está na cadeira ou está andando? "Andando', conta o menino Emerson.
"Por incrível que pareça eu sempre sonho que eu estou andando, afirma Sidney",
O cérebro produz os sonhos, e também é ele que pode devolver os movimentos pra quem não consegue andar. Tudo vem do cérebro.
"Felicidade, tristeza, nossas memórias, nossas lembranças, os nossos planos futuros", explica o cientista.
E os movimentos também. Quando nos movemos é porque, frações de segundo antes, o cérebro deu a ordem. Mais precisamente meio segundo.
O cérebro é formado por células chamadas neurônios. A quantidade nos seres humanos é muito, muito grande.
"Existem tantos neurônios no cérebro como existem galáxias no universo", afirma Nicolelis,
São cerca centenas de bilhões de neurônios, que se comunicam o tempo todo uns com os outros, por sinais de eletricidade.
No laboratório do professor Nicolelis, um equipamento especial consegue captar o som dessa tempestade elétrica dentro da cabeça. No caso, de um macaco.
Só que, nas pessoas paralisadas, a sinfonia de comandos não chega ao restante do corpo. O caminho está bloqueado, por uma doença ou por uma lesão.
Como nos casos do Emerson e do Sidney.
"Os médicos deixaram claro a gravidade da minha lesão", conta Sidney.
A ideia, o pulo do gato do cientista brasileiro, é criar um atalho. Captar os comandos diretamente no cérebro, e transmitir para uma espécie de roupa de robô. O nome dessa veste é exoesqueleto - um esqueleto do lado de fora do corpo.
"O cérebro do paciente vai comandar os movimentos do exoesqueleto do paciente, da mesma maneira que comandava os movimentos do corpo antigamente".
Pra buscar os sinais elétricos lá no cérebro, a equipe de Nicolelis usa dezenas de sensores. São os chamados eletrodos, que entram só um pouco no cérebro - de três a cinco milímetros.
Esses fiozinhos finos como um fio de cabelo são o que a gente chama de eletrodos.
A próxima etapa é reunir tudo o que foi captado mandar para um chip, parecido com o de um telefone celular, implantado no crânio.
"Não é que esse chip você vai na loja de computador e compra, não compra, é. Foi tudo construído por alunos, pesquisadores", explica Nicolelis.
A energia vem de baterias, instaladas sob a pele e também numa espécie de mochila.
Depois entram em ação mais chips, também embutidos, com um papel crucial: transformar os sinais do cérebro em ordens para o chamado exoesqueleto.
Agora, os comandos são transmitidos, sem fio, pra antenas presas à cintura do paciente.
"Só que, diferentemente do corpo biológico, o que vai se mexer vai ser o exoesqueleto".
Tudo perfeito - só que nunca se construiu um exoesqueleto completo. Mas já existe um avanço muito importante, que anima os pesquisadores.
O Fantástico mostra como funciona o exoesqueleto, equipamento essencial para o projeto Wlak Again. Ninguém fora do laboratório do professor Nicolelis conhece esse equipamento.
Pra entender direito, nada melhor que uma demonstração. E o professor Nicolelis se entusiasma: manda buscar uma bandeira do Brasil. E claro, uma do Palmeiras.
O computador faz o papel do cérebro. Manda o protótipo dar o chute. E ele chuta. Diversas vezes!
"É o resultado de 25 anos de trabalho, nós sonhamos com isso, o nosso laboratório inteiro aqui, desde que a gente começou a trabalhar, conclui".
Pra chegar a esse ponto, a equipe se especializou em ler os pensamentos de animais - ratos e macacos.
Acompanhamos uma experiência. A macaquinha, a Kiwi, de seis anos, anda em uma esteira, como essas de academia. Infelizmente a gente não pode mostrar a kiwi, porque é uma regra da universidade que não se mostrem animais usados em pesquisa. Mas eu já dei uma olhada, e dá pra garantir que ela se diverte.
"Em um monitor a gente vê a atividade elétrica de uma centena de células do cérebro da Kiwi", explica Nicolelis.
Essa é a linha mestra da pesquisa: entender o que acontece dentro do cérebro quando o animal se mexe. E, a partir daí, usar esses sinais pra movimentar uma máquina só com a força do pensamento.
No laboratório, funcionou. Como nesta experiência, que trouxe fama internacional ao grupo de Nicolelis. Uma macaca foi treinada para jogar videogame, usando um joystick.
"Ele é recompensado com uma gota de suco quando ele consegue fazer a coisa correta", conta o cientista.
Aos poucos, os cientistas vão retirando o joystick. E o bicho percebe que consegue mover as coisas na tela sem o controle -- só com o pensamento.
As ordens do cérebro da macaquinha iam direto para um braço mecânico, que aparece no canto direito da imagem. Ela pensa, e o braço se mexe.
E um detalhe: as macacas são sempre fêmeas. "Como sempre, as mulheres são melhores. Mais atentas, mais confiáveis", analisa. As experiências vão ficando cada vez mais sofisticadas: Uma outra macaca usa as duas mãos para cumprir uma tarefa.
"Isso é vital evidentemente porque o exoesqueleto que nós estamos desenhando, construindo, tem dois braços, duas mãos, e eles precisam ser coordenados".
São desafios supercomplicados: instalar os eletrodos no lugar certo do cérebro. Na quantidade certa. E decifrar esses sinais elétricos, para que eles virem comandos de movimentos.
Uma mistura complexa de biologia, engenharia e computação!
E uma esperança para Sidney, que trabalha com informática e acredita no potencial da tecnologia.
"Me interessou muito. Caso surja alguma solução, A gente está preparado pra voltar a andar", afirma Sidney.
Mas o cientista avisa: o projeto não estará pronto na abertura da copa. A demonstração é apenas a primeira etapa de estudos que continuarão por anos.
A pesquisa ainda não chegou aos testes com seres humanos. Nicolelis ainda busca um hospital no Brasil para essa parceria. E também espera mais apoio.
"Nós precisamos ter uma decisão definitiva, clara, de que o governo brasileiro está disposto a ser parceiro e que vai nos ajudar a criar a infraestrutura necessária pra que isso ocorra".
Um detalhe importante: parte da pesquisa está sendo feita no Brasil, no Instituto de Neurociências que Nicolelis dirige em Natal desde 2005. Toda tecnologia que nós vimos aqui, os microchips, os eletrodos, já existem no Brasil - já foram transferidos para o Brasil.
Em 2011, o pesquisador enfrentou um sério problema político: 10 pesquisadores do instituto romperam com ele, e agora trabalham exclusivamente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Mas ele explica que isso não vai atrasar o prazo. "Esse grupo não tinha nenhum envolvimento com o projeto Walk Again. Nós já temos novos pesquisadores contratados lá em Natal", explica.
Diante dessa confiança que parece inabalável, uma pergunta final para um dos únicos, senão o único, brasileiro com alguma chance de ganhar um Prêmio Nobel de Medicina. Se um gênio da lâmpada desse a ele uma única escolha: ou fazer um brasileiro com deficiência andar na abertura da Copa ou ganhar o prêmio Nobel, o que ele escolheria?
"Essa escolha é muito fácil, porque se realmente nós conseguirmos fazer alguém andar, não tem prêmio algum que se compare com isso. O primeiro chute da Copa do Mundo no Brasil vai ser um gol da ciência brasileira e um presente do Brasil para todo o mundo.
A torcida é grande. O repórter pergunta ao menino Emerson o que ele diria se pudesse falar alguma coisa para o cientista que está tentando fazer as crianças voltar a andar: "Obrigado", diz.
Enviado por Mónica Bello - Fonte: Globo.com
Como obter Atestado Médico de Incapacidade Multiuso
Toda a informação de como devemos proceder para obter a determinação / comprovação do grau de incapacidade – obtenção do Atestado Médico de Incapacidade Multiuso?
Fonte e informação completa: Escritos Dispersos
Ginásio adaptado com novas modalidades desportivas
A partir do mês de Março o leque de ofertas do Espaço Desportivo Adaptado será reforçado com a abertura de uma aula de adaptação ao meio aquático, assim como uma aula de basquetebol adaptado, indo ao encontro do desejo demonstrado por alguns utentes e aproveitando as infraestruturas existentes no Parque de Jogos 1º. A frequência destas aulas é gratuita, sendo aberta a todos os utentes inscritos no Espaço Desportivo Adaptado.
Iniciação ao Basquetebol Adaptado (em cadeira de rodas)
Horário: 4ªas feiras das 17h30/18h30 (1ª aula a 7 de Março)
Local : Pavilhão Multiusos - Parque de Jogos 1º de Maio (Inatel)
Acessibilidade : A entrada do pavilhão é acessível, no entanto neste horário os utentes terão de utilizar os balneários adaptados que se situam no edifício da Piscina.
Orientação / Acompanhamento : Fisioterapeuta Vanessa Figueiredo
Equipamento : A Associação Salvador tem disponíveis no local duas cadeiras especificas para a prática deste desporto. No entanto dado o caracter de iniciação desta aula podem optar por utilizar as suas cadeiras de rodas manuais.
Quem pode frequentar: Utentes com deficiência motora , portadores do cartão Amigo da Associação Salvador e já inscritos no Espaço Desportivo Adaptado
Adaptação ao Meio Aquático
Horário: Sábados das 13h30 às 14h30 (1ª aula a 10 de Março)
Local: Piscina do Parque de Jogos 1º de Maio (Inatel)
Acessibilidade : Balneários adaptados e entrada na zona das piscinas acessível. Existência de cadeira elevador para ajudar os utentes a entrar e sair da piscina.
Orientação / Acompanhamento : Fisioterapeuta Vanessa Figueiredo
Equipamento : Obrigatória a utilização de fato de banho e touca.
Quem pode frequentar: Utentes com deficiência motora , portadores do cartão Amigo da Associação Salvador, inscritos no Espaço Desportivo Adaptado ou noutra atividade do Espaço de Jogos 1º de Maio. Lugares limitados.
O Espaço Desportivo Adaptado proporciona ainda a frequência do ginásio com máquinas adaptadas, com acompanhamento da fisioterapeutas nos seguintes horários: 3ªfeira das 17h às 19h, 4ª feira das 18h30 às 19h30, 5ª feira das 18h00 às 20h00 e Sábado das 10h00 às 12h00. Quando as condições meteorológicas são favoráveis é ainda possível utilizar as handbikes da Associação Salvador na Pista Tartan do Estádio, com o acompanhamento de fisioterapeutas, às 6ªas feiras das 18h00 às 20h00 e aos Sábados das 12h00 às 13h00.
Inscrições no Espaço Desportivo Adaptado
Os primeiro 50 praticantes a inscreverem-se ficam isentos da mensalidade. Terão apenas de suportar os seguintes encargos / condições.
Seguro anual de acidentes pessoais (€8/Época desportiva)
Ser Amigo da Associação Salvador (com uma contribuição anual mínima de € 24)
Estar inscrito como Equiparado a Beneficiário Associado da Fundação Inatel (Joia € 12,5 e anuidade € 10 preço especial para pessoas com deficiência com grau de incapacidade superior a 33%)
As inscrições efetuam-se na secretaria do Parque de Jogos 1º de Maio
Iniciação ao Basquetebol Adaptado (em cadeira de rodas)
Horário: 4ªas feiras das 17h30/18h30 (1ª aula a 7 de Março)
Local : Pavilhão Multiusos - Parque de Jogos 1º de Maio (Inatel)
Acessibilidade : A entrada do pavilhão é acessível, no entanto neste horário os utentes terão de utilizar os balneários adaptados que se situam no edifício da Piscina.
Orientação / Acompanhamento : Fisioterapeuta Vanessa Figueiredo
Equipamento : A Associação Salvador tem disponíveis no local duas cadeiras especificas para a prática deste desporto. No entanto dado o caracter de iniciação desta aula podem optar por utilizar as suas cadeiras de rodas manuais.
Quem pode frequentar: Utentes com deficiência motora , portadores do cartão Amigo da Associação Salvador e já inscritos no Espaço Desportivo Adaptado
Adaptação ao Meio Aquático
Horário: Sábados das 13h30 às 14h30 (1ª aula a 10 de Março)
Local: Piscina do Parque de Jogos 1º de Maio (Inatel)
Acessibilidade : Balneários adaptados e entrada na zona das piscinas acessível. Existência de cadeira elevador para ajudar os utentes a entrar e sair da piscina.
Orientação / Acompanhamento : Fisioterapeuta Vanessa Figueiredo
Equipamento : Obrigatória a utilização de fato de banho e touca.
Quem pode frequentar: Utentes com deficiência motora , portadores do cartão Amigo da Associação Salvador, inscritos no Espaço Desportivo Adaptado ou noutra atividade do Espaço de Jogos 1º de Maio. Lugares limitados.
O Espaço Desportivo Adaptado proporciona ainda a frequência do ginásio com máquinas adaptadas, com acompanhamento da fisioterapeutas nos seguintes horários: 3ªfeira das 17h às 19h, 4ª feira das 18h30 às 19h30, 5ª feira das 18h00 às 20h00 e Sábado das 10h00 às 12h00. Quando as condições meteorológicas são favoráveis é ainda possível utilizar as handbikes da Associação Salvador na Pista Tartan do Estádio, com o acompanhamento de fisioterapeutas, às 6ªas feiras das 18h00 às 20h00 e aos Sábados das 12h00 às 13h00.
Inscrições no Espaço Desportivo Adaptado
Os primeiro 50 praticantes a inscreverem-se ficam isentos da mensalidade. Terão apenas de suportar os seguintes encargos / condições.
Seguro anual de acidentes pessoais (€8/Época desportiva)
Ser Amigo da Associação Salvador (com uma contribuição anual mínima de € 24)
Estar inscrito como Equiparado a Beneficiário Associado da Fundação Inatel (Joia € 12,5 e anuidade € 10 preço especial para pessoas com deficiência com grau de incapacidade superior a 33%)
As inscrições efetuam-se na secretaria do Parque de Jogos 1º de Maio
Fonte e mais informação: Associação Salvador
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Kia Soul - Veiculo adaptado conduzido através da cadeira de rodas
A Kivi é um fabricante de equipamentos de auxilio de condução para o transporte de pessoas com deficiência.
Todos os nossos equipamentos e ajudas de condução para o transporte são feitos "sob encomenda".
Todos os nossos equipamentos e ajudas de condução para o transporte são feitos "sob encomenda".
Nossos produtos há mais de 10 anos que são construídos usando técnicas tradicionais e são, portanto, perfeitamente adaptáveis no cockpit dos carros em que eles estão instalados.
Nosso compromisso é com vista a encontrar soluções para orientar e transporte de deficientes, tais como: Handcontrols - ajudas para facilitar o acesso ao veículo - ajudas para facilitar o carregamento da cadeira de rodas - Soluções de Transporte
A autonomia é um fator importante que contribui para elevar a qualidade de vida de todos. Somos especializados na adaptação e na preparação de dois carros, a Kia Carnival e Kia Soul conduzido diretamente de sua cadeira de rodas.
Todos os nossos produtos, distribuídos nos países da CEE e não da CEE, têm a Certificação ISO 9001:2008 e são aprovados pelo Ministério dos Transportes italiano e autoridades governamentais em muitos países europeus, como o Ministério dos Transportes espanhol, eMotability no Reino Unido.
A Kivi é também um parceiro ativo do programa para a mobilidade AUTONOMIA da FIAT GROUP.
Nosso compromisso é com vista a encontrar soluções para orientar e transporte de deficientes, tais como: Handcontrols - ajudas para facilitar o acesso ao veículo - ajudas para facilitar o carregamento da cadeira de rodas - Soluções de Transporte
A autonomia é um fator importante que contribui para elevar a qualidade de vida de todos. Somos especializados na adaptação e na preparação de dois carros, a Kia Carnival e Kia Soul conduzido diretamente de sua cadeira de rodas.
Todos os nossos produtos, distribuídos nos países da CEE e não da CEE, têm a Certificação ISO 9001:2008 e são aprovados pelo Ministério dos Transportes italiano e autoridades governamentais em muitos países europeus, como o Ministério dos Transportes espanhol, eMotability no Reino Unido.
A Kivi é também um parceiro ativo do programa para a mobilidade AUTONOMIA da FIAT GROUP.
Fonte e informação completa: Kivi
Quem comercializa o veículo em Portugal: VTE - Veiculos e Transformações Especiais
Enviado por Henrique Avó
Provedor de Justiça quer alterar Tabela Nacional de Incapacidades
O Provedor de Justiça pediu aos Ministérios da Saúde e da Solidariedade que criem uma nova tabela de avaliação de incapacidades, defendendo que a actual é desadequada, porque foi criada para medir deficiências decorrentes de acidentes de trabalho e doenças profissionais, avança a agência Lusa.
De acordo com informação da Provedoria de Justiça, o Provedor de Justiça tomou a iniciativa de estudar o regime de avaliação de incapacidades das pessoas com deficiência para efeitos de acesso a medidas e benefícios estabelecidos na lei, em particular a aplicação da Tabela Nacional de Incapacidades (TNI) por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais para o cálculo e fixação do grau de incapacidade.
“O Provedor de Justiça concluiu que a TNI, enquanto tabela especificamente concebida para medir incapacidades decorrentes de acidentes de trabalho e doenças profissionais, não é o instrumento adequado para a avaliação das pessoas com deficiência, nos termos e para os efeitos previstos no decreto-lei nº202/96, de 23 de Outubro”.
Da análise feita pelo Provedor de Justiça, o decreto-lei que estabelece o regime jurídico e que determina que a avaliação seja feita com recurso à TNI, determina também que as normas de adaptação foram criadas para “suprir transitoriamente a inexistência de normas específicas”.
A Provedoria aponta igualmente que, apesar do decreto-lei 352/2007 ter sido aprovado “com o objectivo de corrigir a situação de a TNI ser incorrectamente aplicada como tabela de referência noutros domínios do direito em que a avaliação de incapacidades se pode suscitar”, a verdade é que o diploma “apenas criou uma outra tabela direccionada para a reparação do dano em direito civil”.
Acrescenta ainda que, tendo como exemplo os ordenamentos jurídicos com os quais Portugal mais se identifica, Espanha e França, “a avaliação da incapacidade para atribuição e reconhecimento de certos direitos e benefícios é feita com recurso a tabelas próprias”.
Contactado pela Agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) disse concordar em absoluto com a sugestão do Provedor de Justiça.
“Quando foi feita a actualização [da TNI] há uns anos atrás, houve aquilo que nós identificámos como uma grande pressão das seguradoras para que se baixasse consideravelmente os coeficientes de incapacidade e isso traduziu-se em que qualquer cidadão com deficiência que tenha sido sujeito a uma nova avaliação e não obstante terem mais idade e isso significar menor qualidade de vida e maiores incapacidades, ainda assim passarem de 80% para 70% ou de 70% para 55%”, apontou Humberto Santos.
De acordo com o presidente da APD, muitas pessoas perderam assim as compensações fiscais face a uma tabela “que está claramente vocacionada para as questões relacionadas com acidentes de trabalho e doenças profissionais”.
Por outro lado, em relação aos doentes crónicos disse haver “incongruências de monta”, referindo que há casos que “não têm qualquer cobertura, não são consideradas”, em termos da actual TNI.
“Por exemplo o lúpus, as doenças do foro reumatológico ou a esclerose múltipla. Há uma panóplia de doenças que, à luz da actual Tabela Nacional de Incapacidades, não têm qualquer possibilidade de serem avaliadas ou consideradas e isto é de uma injustiça colossal, considerando que a maior parte dos cidadãos afectados com este tipo de patologias têm depois um dia a dia muito pouco recomendável”, criticou.
Humberto Santos concorda com o Provedor de Justiça e entende que os cidadãos com deficiência precisam de uma tabela que “tenha em consideração a relação com o meio”, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, o que não se verifica com o actual instrumento legal.
De acordo com a Provedoria de Justiça, da parte do Ministério da Saúde o assunto foi encaminhado para a Direcção-geral de Saúde, enquanto do Ministério da Solidariedade e Segurança Social ainda não houve qualquer resposta.
De acordo com informação da Provedoria de Justiça, o Provedor de Justiça tomou a iniciativa de estudar o regime de avaliação de incapacidades das pessoas com deficiência para efeitos de acesso a medidas e benefícios estabelecidos na lei, em particular a aplicação da Tabela Nacional de Incapacidades (TNI) por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais para o cálculo e fixação do grau de incapacidade.
“O Provedor de Justiça concluiu que a TNI, enquanto tabela especificamente concebida para medir incapacidades decorrentes de acidentes de trabalho e doenças profissionais, não é o instrumento adequado para a avaliação das pessoas com deficiência, nos termos e para os efeitos previstos no decreto-lei nº202/96, de 23 de Outubro”.
Da análise feita pelo Provedor de Justiça, o decreto-lei que estabelece o regime jurídico e que determina que a avaliação seja feita com recurso à TNI, determina também que as normas de adaptação foram criadas para “suprir transitoriamente a inexistência de normas específicas”.
A Provedoria aponta igualmente que, apesar do decreto-lei 352/2007 ter sido aprovado “com o objectivo de corrigir a situação de a TNI ser incorrectamente aplicada como tabela de referência noutros domínios do direito em que a avaliação de incapacidades se pode suscitar”, a verdade é que o diploma “apenas criou uma outra tabela direccionada para a reparação do dano em direito civil”.
Acrescenta ainda que, tendo como exemplo os ordenamentos jurídicos com os quais Portugal mais se identifica, Espanha e França, “a avaliação da incapacidade para atribuição e reconhecimento de certos direitos e benefícios é feita com recurso a tabelas próprias”.
Contactado pela Agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) disse concordar em absoluto com a sugestão do Provedor de Justiça.
“Quando foi feita a actualização [da TNI] há uns anos atrás, houve aquilo que nós identificámos como uma grande pressão das seguradoras para que se baixasse consideravelmente os coeficientes de incapacidade e isso traduziu-se em que qualquer cidadão com deficiência que tenha sido sujeito a uma nova avaliação e não obstante terem mais idade e isso significar menor qualidade de vida e maiores incapacidades, ainda assim passarem de 80% para 70% ou de 70% para 55%”, apontou Humberto Santos.
De acordo com o presidente da APD, muitas pessoas perderam assim as compensações fiscais face a uma tabela “que está claramente vocacionada para as questões relacionadas com acidentes de trabalho e doenças profissionais”.
Por outro lado, em relação aos doentes crónicos disse haver “incongruências de monta”, referindo que há casos que “não têm qualquer cobertura, não são consideradas”, em termos da actual TNI.
“Por exemplo o lúpus, as doenças do foro reumatológico ou a esclerose múltipla. Há uma panóplia de doenças que, à luz da actual Tabela Nacional de Incapacidades, não têm qualquer possibilidade de serem avaliadas ou consideradas e isto é de uma injustiça colossal, considerando que a maior parte dos cidadãos afectados com este tipo de patologias têm depois um dia a dia muito pouco recomendável”, criticou.
Humberto Santos concorda com o Provedor de Justiça e entende que os cidadãos com deficiência precisam de uma tabela que “tenha em consideração a relação com o meio”, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, o que não se verifica com o actual instrumento legal.
De acordo com a Provedoria de Justiça, da parte do Ministério da Saúde o assunto foi encaminhado para a Direcção-geral de Saúde, enquanto do Ministério da Solidariedade e Segurança Social ainda não houve qualquer resposta.
Fonte: Deficiente Forum
LOKOMAT - Treino de marcha suspensa robotizada em pacientes com lesão vertebro-medular incompleta
Um estudo de Catarina Maria Pais Mendes, sobre o LOKOMAT - Treino de marcha suspensa robotizada em pacientes com lesão vertebro-medular incompleta.
Conheçam-no aqui
Conheçam-no aqui
Deficientes bolivianos manifestam-se em toda a Bolivia
As pessoas com deficiência marcharam 1.400 quilômetros pela estrada de cinco das nove regiões do país para tentar sensibilizar Morales, até agora sem sucesso, e tentou entrar na Plaza Murillo, Palácio Presidencial, sede da Presidência, guardado por centenas de policias anti motim.
Os policiais explicaram que a ordem do governo era impedir a passagem da marcha até a praça, o que provocou violentos confrontos que duraram quase duas horas.
As pessoas com deficiência, algumas nuas para mostrar seus ferimentos , usaram partes de suas muletas e cadeiras de rodas para enfrentar a polícia.
A polícia bateu nos manifestantes com seus escudos, gás lacrimogêneo e usou choque elétrico, aplicando-os nas cadeiras de rodas de metal, resultando em uma maior reação das pessoas com deficiência e da solidariedade das pessoas que passavam.
Feridos de ambos os lados
O tumulto deixou feridos em ambos os lados , além de alguns desmaiaram por gás , e a polícia prendeu quatro parentes dos manifestantes, que exigem um subsídio anual de 431 dólares .
Na caravana foram mães a carregar seus filhos com paralisia cerebral , mutilados e aleijados em graus variados, empurrando cadeiras de rodas, carrinhos e embarcações diversas improvisadas veículos de transição até mesmo desabilitado.
O choque teve um momento de grande tensão quando um deficiente subiu com dificuldade em uma van cheia de agentes anti-motim e com um soco quebrou o pára-brisa com uma pedra, e outros se juntaram para apoiá-lo.
Um grupo parcialmente nu para mostrar seus problemas físicos, saiu de cadeiras de rodas e se arrastou até onde estava a polícia para tentar vencer a barricada, novamente sem sucesso.
Haverá uma greve de fome
O representante do Provedor de Justiça, Gregory Lanza, que lamentou a violência policial contra um dos grupos mais vulneráveis da sociedade , apesar de ele ter solicitado diálogo com o Governo em vão.
"Esses atos de violência tudo que eles fazem é degradar a democracia , porque no final não resolvem os problemas ", disse Lanza, e lamentou que o governo não queira conversar.
"Para evitar novos conflitos com os irmãos da polícia, porque eles também são mal pagos e vivem com um pequeno salário, nós tentamos evitar novos conflitos", disse o líder Camilo Bianchi, a partir de sua cadeira de rodas.
"Mas desde esta tarde, mesmo antes da luta, entramos em greve de fome, acrescentou, dizendo que querem se reunir com os ministros "e, se possível com Evo Morales."
Vários deficientes criticaram o presidente porque seu Palácio recebe produtores de coca, matéria-prima da cocaína, e outros foras da lei, mas eles não.
Os líderes do movimento, incluindo James deputado da oposição Estivaris, disse que o subsídio que governo lhes dá US $ 143 por ano, é insuficiente para as necessidades de pessoas gravemente incapacitadas.
A pensão paga aos presos é maior do que aprovada por Morales para eles. A soma representa um apoio diário de apenas 40 centavos de dólar, valores considerados baixos porque Morales em 2008 criou um fundo para eles neste momento deve ser de 23 milhões, mas o governo planeja dar apenas 10%.
Uma mulher que caminhava da Amazônia para La Paz, Julia Torrillo, cujo filho de 13 anos com paralisia cerebral, disse que só em medicamentos gastou US $ 600 por mês.
A caravana, que foi acompanhada por vigílias em várias cidades, teve duas mortes, a de uma criança que se afogou durante a viagem e um homem de 55 anos que morreu depois de deixar um dos protestos.
Veja aqui a reportagem em video da 20 minutos.es e da BBC Brasil
Enviado por Jorge Falcato
Márcia Gori: Uma mulher sem tabus
"Um cantinho agradável para receber os amigos reais e virtuais, com direito a assuntos polêmicos no que diz respeito a nós mulheres, mães, amantes e amigas com deficiência..."
É com esta frase que a Márcia Gori se apresenta no seu blogue, aos seus leitores. Goste-se ou não da sua maneira de abordar vários tema considerados tabus e polémicos, o certo é que ninguém lhe fica indiferente.
Conheçam-na melhor aqui: Márcia Gori - Sou um Pássaro de Fogo
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