sábado, 13 de dezembro de 2014

O Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul não tem meios para manter-se a funcionar com qualidade

A única unidade pública de fisioterapia no sul do país pode fechar as portas a qualquer momento. Responsáveis da Ordem dos Médicos, do Conselho Distrital do Algarve, alertam que o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul "vive sob ameaça de encerramento, com o depauperamento dos recursos humanos e técnicos".

A denúncia, feita esta quarta-feira, pretende revelar "publicamente a situação" para, assim, "sensibilizar o poder político para o desastre que será para o Algarve e outras regiões do Sul do país perderem o centro", lê-se numa missiva enviada às redações. O Expresso contactou os responsáveis pela Administração Regional de Saúde do Algarve e aguarda uma resposta.

Localizado em São Brás Alportel, o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul está vocacionado para tratar doentes com lesões medulares, traumatismos crâneo-encefálicos, acidentes vasculares cerebrais e outras patologias do foro neurológico, reumatológico, ortopédico, cardiovascular e pneumológico. Abrange, sobretudo, os utentes de reabilitação prolongada dos distritos de Faro e de Beja.

O centro "tem capacidade para 54 camas de internamento e prevista uma média anual de 3200 consultas externas e 44 mil sessões de hospital de dia", consta na informação institucional divulgada na página da unidade na internet. Custou 3,5 milhões de euros e tem sido gerido em modelo de parceria público-privada. Fonte: Expresso

Conselho Diretivo da ARS Algarve garante contratação de mais profissionais para o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul

Em resposta à preocupação da Ordem dos Médicos relativamente, ao estado do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, onde foi convocada esta quarta-feira, uma conferência de imprensa, denunciando a falta de pessoal e até de medicamentos, Arminda Lopes, diretora do CMFR, referiu que aquela unidade já perdeu duas certificações, desde que o CMFR, passou para a gestão da ARS-Algarve em Novembro de 2013.

O Conselho Diretivo da ARS Algarve IP, confirmou em comunicado "que não existe qualquer risco de encerramento, nem se verifica a diminuição da qualidade de serviços prestados no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul" em São Brás de Alportel.

Este organismo público adianta no mesmo comunicado que a avaliação dos utentes face ao serviço que lhes é prestado no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul é "muito positiva".

A ARS, exemplifica com o Relatório de Inquérito aos Consumidores uSPEQ, relativo ao terceiro trimestre deste ano, no que diz respeito à capacidade de resposta do serviço do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, com 100% dos inquiridos a responderam positivamente com «concordo» e «concordo completamente».

Mais é acrescentado, que os 100% de respostas positivas estavam ligadas a questões importantes como: «No CMRSul obtive de que necessitava, quando necessitava» ou «Existe pessoal suficiente e disponível para responder às minhas necessidades».

O Conselho Diretivo da ARS Algarve IP diz aguardar, a todo o momento, a autorização "excecional" da tutela para proceder a contratações urgentes de profissionais de Saúde para reforçar a equipa já existente no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, nomeadamente 3 médicos fisiatras, 18 enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes operacionais, assistentes técnicos, psicólogos e técnicos de Farmácia.

A ARS informa ainda que o facto de, neste momento, o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, se deparar com a redução de profissionais em determinadas áreas de atuação, "deve-se aos mecanismos burocráticos que, se por um lado existem para que a transparência e a igualdade de oportunidades se afirmem na Administração Pública Portuguesa, por outro podem dificultar a contratação urgente que muitas vezes é necessária para a resolução de problemas surgidos repentinamente, sobretudo num setor específico e sensível como é o da Saúde", situação que sendo temporária, não põe em causa a qualidade dos serviços prestados. Fonte: Algarve Primeiro



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