Para o responsável, "ser deficiente físico não significa ser insuficiente económico" pelo que desde que o parque de estacionamento do hospital foi concessionado no ano passado que todos, sem excepção, estão sujeitos ao pagamento, embora com os "primeiros 15 minutos gratuitos". Belmiro Rocha lembrou que, efectivamente, antes da nova gestão do parque "as pessoas com incapacidade não pagavam", mas explicou que "tal era uma excepção" pois não existiam lugares de estacionamento específicos para deficientes mais próximos das unidades de saúde. "Aquilo era uma míngua para as dificuldades que tínhamos", recordou.
Com as obras no centro hospitalar, foi necessário entregar a construção e gestão de um novo parque a uma empresa privada que criou mil lugares de estacionamento, "25 dos quais para pessoas com incapacidade que estão distribuídos nos diversos pavilhões". "Não queremos criar uma situação de exclusão das pessoas. Têm o acesso garantido. Tinham antes quatro lugares, passamos a 25 lugares", realçou o responsável.
Belmiro Rocha frisou que "de acordo com a legislação" foram criados os "lugares em proximidade dos pavilhões" para pessoas com incapacidades, mas garantiu que "ao fim de um ano de utilização" do parque será feita uma avaliação sobre "se será necessário alguma alteração ao contrato inicial" com a empresa com a concessão.
O vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Gaia reagiu desta forma ao alerta de um utente que esta sexta-feira, à Lusa, relatou que "os deficientes motores" são agora "obrigados a pagar estacionamento", o que antes não se verificava. Vitor Cardoso contou que numa visita ao hospital, e "ao contrário da norma habitual", foi "obrigado a pagar o estacionamento" depois de lhe ter sido informado que para a empresa privada agora a gerir o parque "os deficientes motores não representam nenhum grupo de excepção".
"Ora sendo o parqueamento automóvel fora do hospital muito longe das instalações hospitalares, resulta que os deficientes são obrigados e sem alternativa a estacionar dentro do hospital", criticou o utente para quem a situação é uma "vergonha" e mais uma "barreira criada aos cidadãos com dificuldades especiais".
Fonte: Público
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