A proposta, apresentada pelo Bloco de Esquerda, visava equiparar as bolsas atribuídas aos atletas paralímpicos, uma vez que, atualmente, o valor destas corresponde a menos de metade do valor das bolsas dos atletas olímpicos.
João Correia considera, em declarações ao Notícias ao Minuto, tratar-se de uma “injustiça” a prevalência das diferenças entre uns atletas e outros, sublinhando estarmos perante uma atitude de discriminação.
“Os atletas paralímpicos continuam a ser discriminados apesar do esforço suplementar que têm de fazer e das muitas medalhas conquistadas”, lamenta.
A proposta de lei número 100/XIII/3ª do Orçamento do Estado para 2018, que o Partido Socialista inviabilizou e na qual o PSD se absteve, sugeria ainda que, de forma faseada, de 2018 até 2021, a verba disponibilizada para a preparação desportiva destes atletas fosse a mesma para todos.
Ovalor atribuído aos atletas olímpicos ronda os 30.000 euros anuais, enquanto a verba disponibilizada aos paralímpicos é de 8.750 euros.
No que diz respeito ao valor das bolsas atribuídas, o valor destas situa-se, para os atletas olímpicos de nível I, nos 1.375 euros, e nos 518 para os paralímpicos. Para os atletas de nível II, o valor é de 1.100 euros, para uns, e de 386, para outros. No nível III, os olímpicos recebem 900 euros e os paralímpicos 225 euros. Os atletas são considerados nos diferentes níveis consoante os resultados obtidos, estando incluídos no projeto paralímpico 38 desportistas.
João Correia é um atleta paralímpico que já representou Portugal várias vezes, tendo, inclusive, sido o primeiro atleta português a ganhar uma medalha internacional na modalidade de atletismo em cadeira de rodas. Foi em 2003, em Assen, na Holanda.
Fonte: Noticias ao Minuto
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