Desculpe mas, eu já não vou para novo, tenho idade para trabalhar, veja lá, mas nunca me deram oportunidade para mostrar o meu valor! Tem dúvidas que eu fosse capaz de trabalhar? Então porquê não faz como São Tomé? Ver para querer! Eu não tenho dúvidas do meu valor, nem das potencialidades da maioria das pessoas com paralisia cerebral! Eu, como as outras pessoas com deficiência, só quero uma oportunidade e já agora, também queria que se cumpram as leis de incentivo ao emprego para pessoas com deficiência.
Senhor primeiro-Ministro, até quando, vou estar preso à instituição que me dá tudo que pode mas na minha vida é quase nada! Eu já não vou para novo, e como imagina a mãe também não. Será justo estar a sobrecarregar a mulher que me dá vida durante toda vida! Não, Senhor primeiro-ministro, não é justo. Já é tempo para retribuir um pouco com a minha vida, toda vida que ela me dá!
A vida independente não é um capricho, é um direito. Afinal de contas, só tenho paralisia cerebral!
José Henrique Rocha em Movimento (d)Eficientes Indignados
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