Neste momento, o foco é construir um modelo de recolha de dados, em conjunto com o Instituto Nacional de Estatística, para o Censos 2021, e reunir a informação que existe nos serviços da Administração Pública, o que "permitirá definir melhor o que é que queremos saber exatamente daqui para a frente", adiantou.
O objetivo é ter um modelo que permita aceder "a, pelo menos, parte dessa informação mais cedo", porque "não podemos esperar por 2021 para ter acesso a esta informação".
Os dados mais recentes são de 2011 "e valem o que valem", disse a governante, explicando que nos últimos censos foi tomada "uma opção profundamente errada", que impediu o acesso a dados "muito importantes" nos últimos cinco anos.
Nos Censos 2011 foi "alargado o espetro das pessoas a quem se destinavam" as questões, passando as perguntas a focarem-se "não num conceito de deficiência, mas num conceito de incapacidade", explicou.
As questões baseavam-se nas dificuldades na realização de tarefas, em ver, ouvir, subir escadas ou em tratar da higiene pessoal sozinho. "Isto não são realidades específicas das pessoas com deficiência", disse Ana Sofia Antunes.
Os últimos dados apontam que 17% da população tem algum tipo de incapacidade, um valor "um pouco extrapolado", porque engloba pessoas que não têm propriamente deficiência.
Fazendo um balanço do primeiro ano no Governo, Ana Sofia Antunes disse que foi "um ano 'sui generis'", que implicou recriar uma pasta que estava ausente no governo anterior.
"Ao fim de um ano olho para trás e percebo que estar na pasta onde estou implica sempre muito trabalho, mas também conhecer bem as limitações e as burocracias internas para se concretizarem determinadas medidas", contou.
Mas, confessou, "sinto-me bem e sinto que ao fim de um ano consegui concretizar um conjunto de grandes objetivos que estavam no programa do Governo".
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Ana Sofia Antunes deixou uma mensagem aos portugueses, em que apela a olharem à sua volta e perceberem em que medida a sua vida se toca e se confronta com a deficiência e de que forma é que se posicionam face a essa realidade.
"O que é que podemos fazer no nosso dia-a-dia para, se não facilitar, pelo menos não dificultar a vida daqueles que de facto têm uma determinada limitação, seja ela física, sensorial, intelectual e de que forma é que podemos também dar um pouco de nós e fazer um pouco melhor para colaborar com estas pessoas", concluiu.
Fonte: Noticias ao Minuto
Portugal à frente das estatísticas mundiais. Parabéns.
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