A reabilitação cumpre assim a sua missão de “reduzir o impacto da condição incapacitante permitindo ao indivíduo a obtenção de uma completa integração”(in Livro Branco de Medicina Física e de Reabilitação na Europa).
A tecnologia em reabilitação pode ser encarada sobre três vertentes: de diagnóstico, de intervenção terapêutica e facilitadora da inclusão social. Neste último caso, é habitualmente designada por produto de apoio (PA) e tem vindo a ser decisiva neste processo de inclusão social aofacilitar, promover e criar condições para a participação na sociedade. Deste modo, os PA permitem o acesso à educação, ao trabalho e ao lazer, a possibilidade de escolha em igualdade de circunstâncias com os outros, ou seja, o controlo sobre as suas vidas.
Contudo, para que o PA seja utilizado em pleno há que atender a alguns fatores aquando da sua prescrição:
-adequação à incapacidade do indivíduo, através de uma avaliação clínica e funcional efetuada pelo Fisiatra, coadjuvado quando necessário por técnico, de forma a identificar as necessidades do indivíduo;
-expectativas do utilizador, o que a pessoa espera vir a ganhar com esse produto de apoio, que autonomia espera obter nos diferentes ambientes em que se encontra;
-avaliação dos ambientes em que esse produto vai ser utilizado, sendo por vez importante realizar uma avaliação in loco (no domicílio, no local de trabalho ou escola) para aferir as condições físicas existentes;
-identificação da necessidade de treino para utilização do PA do próprio utilizador ou, se ele necessitar de ajuda para colocar ou utilizar o PA, não esquecer o treino do cuidador;
-independentemente do custo e de quem paga, devemos assegurarmo-nos que o PA vai ser efetivamente utilizado. Para isso é fundamental que o utilizador seja chamado a participar no processo de decisão.
Como tem sido manifestado pelas pessoas com deficiência e seus representantes ao longo de décadas e sublinhado na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada por Portugal em 2009, é importante garantir a igualdade para o exercício dos direitos e responsabilidades de todos os cidadãos, independentemente da sua condição de saúde, muitas vezes só possível recorrendo a PA.
Colocam-se alguns desafios para o futuro: as novas tecnologias prometem aumentar as capacidades das pessoas com LM; mas será que o acesso não será limitado por questões económicas? Como financiar a atribuição dos PA? Como garantir a equidade a não discriminação e o exercício do direito ao acesso? Por outro lado, cada vez mais as pessoas com deficiência exigem participar desde a fase de desenvolvimento do produto, design e processo fabrico; como incluir os utilizadores ao longo deste processo? Como aproximar os investigadores e engenheiros dos clínicos e dos utilizadores? Em jeito de reflexão, deixo-vos uma frase de Mary Pat Radabaugh que sintetiza a importância da tecnologia: “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis; para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
A tecnologia em reabilitação pode ser encarada sobre três vertentes: de diagnóstico, de intervenção terapêutica e facilitadora da inclusão social. Neste último caso, é habitualmente designada por produto de apoio (PA) e tem vindo a ser decisiva neste processo de inclusão social aofacilitar, promover e criar condições para a participação na sociedade. Deste modo, os PA permitem o acesso à educação, ao trabalho e ao lazer, a possibilidade de escolha em igualdade de circunstâncias com os outros, ou seja, o controlo sobre as suas vidas.
Contudo, para que o PA seja utilizado em pleno há que atender a alguns fatores aquando da sua prescrição:
-adequação à incapacidade do indivíduo, através de uma avaliação clínica e funcional efetuada pelo Fisiatra, coadjuvado quando necessário por técnico, de forma a identificar as necessidades do indivíduo;
-expectativas do utilizador, o que a pessoa espera vir a ganhar com esse produto de apoio, que autonomia espera obter nos diferentes ambientes em que se encontra;
-avaliação dos ambientes em que esse produto vai ser utilizado, sendo por vez importante realizar uma avaliação in loco (no domicílio, no local de trabalho ou escola) para aferir as condições físicas existentes;
-identificação da necessidade de treino para utilização do PA do próprio utilizador ou, se ele necessitar de ajuda para colocar ou utilizar o PA, não esquecer o treino do cuidador;
-independentemente do custo e de quem paga, devemos assegurarmo-nos que o PA vai ser efetivamente utilizado. Para isso é fundamental que o utilizador seja chamado a participar no processo de decisão.
Como tem sido manifestado pelas pessoas com deficiência e seus representantes ao longo de décadas e sublinhado na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada por Portugal em 2009, é importante garantir a igualdade para o exercício dos direitos e responsabilidades de todos os cidadãos, independentemente da sua condição de saúde, muitas vezes só possível recorrendo a PA.
Colocam-se alguns desafios para o futuro: as novas tecnologias prometem aumentar as capacidades das pessoas com LM; mas será que o acesso não será limitado por questões económicas? Como financiar a atribuição dos PA? Como garantir a equidade a não discriminação e o exercício do direito ao acesso? Por outro lado, cada vez mais as pessoas com deficiência exigem participar desde a fase de desenvolvimento do produto, design e processo fabrico; como incluir os utilizadores ao longo deste processo? Como aproximar os investigadores e engenheiros dos clínicos e dos utilizadores? Em jeito de reflexão, deixo-vos uma frase de Mary Pat Radabaugh que sintetiza a importância da tecnologia: “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis; para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
NÓS: A Drª Filipa escreve: "para que o PA seja utilizado em pleno há que atender a alguns fatores aquando da sua prescrição" e enumera-os, será que o Centro que dirige os leva em conta?
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