terça-feira, 17 de maio de 2011

Casa é a ‘prisão’ do jovem Ryan


No espaço de um ano, Ryan Pequito sai de casa quatro vezes. E, quando o faz, tem de "rebolar" pelos oito degraus que o separam do mundo exterior.

Partiu a coluna na sequência de uma queda em Alcântara, aos 32 anos. Tinha chegado da África do Sul há apenas dois meses. A casa onde vive com a família, em Vale de Milhaços (Seixal), é emprestada e cheia de obstáculos: o quarto de Ryan é na cozinha, porque nas restantes divisões falta espaço para a cadeira de rodas. A casa de banho também não está adaptada. "Habituarmo-nos às limitações motoras leva algum tempo, mas no fim acabamos sempre por reaprender a viver, somos forçados a isso", desabafa o licenciado em Design Industrial, hoje com 34 anos. A família de Ryan vive com dificuldades económicas, pois estão todos desempregados e não recebem ajuda do Estado. Dependem do apoio de familiares e de instituições sociais, nomeadamente da Cooperativa Nacional de Apoio a Deficientes.

FALTA AUTORIZAÇÃO

Estamos a aguardar a autorização do proprietário da casa para avançar com o processo de adaptação da habitação, mais concretamente da garagem. Em análise, está também o pedido de uma habitação camarária em conjunto com a autarquia do Seixal.

Coop. Nac. de Apoio a Deficientes

Fonte: Correio da Manhã

2 comentários:

  1. Continuo a pensar que as instituições de apoio ás nossas deficiências é só para inglês ver. Penso aliás que em Portugal se devia construir casas para ajudar pessoas como o Ryan. E que só um Jornal como o Correio da Manhã para nos dar alguma voz.

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  2. Também só agora com a organização da marcha, tive essa certeza. Não conheço ninguém que fale bem da maioria das grandes associações.
    É muito triste chegar a esta conclusão.
    Fica bem

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