quarta-feira, 21 de setembro de 2011

AMI recupera consumíveis informáticos e telemóveis e usa verbas para projectos sociais


A utilização de materiais reciclados poupa os recursos naturais, reduz a produção de lixo, mas também resulta em verbas que a AMI aplica em projectos humanitários, depois da recuperação de um milhão de consumíveis informáticos e telemóveis.
Com mais de sete mil parceiros, a Assistência Médica Internacional (AMI) promoveu o encaminhamento de um milhão de tinteiros, ‘tonneres’ e telemóveis para reutilização e reciclagem, evitando 200 toneladas de resíduos e consumo de cinco milhões de litros de combustíveis fósseis, na produção de equipamentos novos.

Com esta actividade, a AMI obteve mais de 300 mil euros, para financiamento dos seus projectos.

Os portugueses aderiram ao projecto em vigor desde 2005. Tanto empresas como consumidores individuais, entregam tinteiros em pontos de recolha distribuídos pelo país, porém ainda há «muita resistência e preconceito» relativamente ao uso destes materiais reciclados, disse hoje à agência Lusa o director do departamento do Ambiente da AMI, Luís Lucas.

«Fazemos um esforço para aumentar a reutilização dos consumíveis pois somente cinco por cento do total de 200 mil recolhidos ficam em Portugal», adiantou Luís Lucas.

Este «preconceito» não se justifica já que, segundo o responsável, a qualidade dos consumíveis regenerados é boa. «Na AMI temos 80 impressoras e fotocopiadoras que usam estes consumíveis e não temos qualquer problema», garantiu Luís Lucas.

O material recolhido destina-se a países como EUA, Japão, Índia ou China, principais recicladores a nível mundial, mas também vai para outros países, dependendo das condições de mercado.

Já com os telemóveis, a actuação é diferente. A AMI tem uma parceria com uma operadora, recolhe os aparelhos utilizados que são reparados e vendidos principalmente a países subdesenvolvidos.

O hábito de optar por telemóveis usados não é tão comum em Portugal como em alguns países europeus, sendo um exemplo o Reino Unido, e a maior parte dos equipamentos recuperados destina-se a exportação.

Luís Lucas refere que um telemóvel que custou 500 euros há um ano pode ser comprado hoje por cerca de 10 por cento deste valor.

Lusa/SOL

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