Hoje assisti a uma visita de estudo.
TRÊS adultos acompanhavam as crianças (jardim infantil); dúzia e meia de crianças. Um menino não queria participar. Irrequieto. Falando depressa.
Solução: a “auxiliar” vai para outro lado com ele. [= “afastar o ‘problema’ ”]
Palavras soltas:
“acho que a mãe não lhe deu o remédio de manhã, temos de dar” (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) [desculpem, mas entre o dar e a necessidade do mesmo, a minha mente explode!];
“não-quero-estar-com-eles-que-eu-falo-depressa-demais-e-eles-não-percebem”.
Cada caso é um caso e quem com a criança/pessoa conviva conhecerá (????) melhor a situação, mas, breves minutos bastaram para saber que o caminho seguido está errado.
Revi o desprezo por cada diferença, revi toda a despreparação de um “sistema” que mata pessoas quase à nascença, apenas por as etiquetar de “problemáticas” e não saber usar os recursos de forma adequada.
A criança revelava dificuldades de integração, mas, se nada mais visse, bastar-me-ia o seu discurso para entender que tinha muito para desenvolver e, certamente, dificuldade de relacionamento não se resolve com exclusão, mas com atenção adequada.
TRÊS adultos!
Uma auxiliar que até pode ser mais uma daquelas senhoras “despejada” pelo centro de emprego num trabalho-obrigatório para não perder subsídio (é usual, por esse país fora, nas IPSS e escolas oficiais, não olhando a competência ou gosto para a/pela profissão). Mas que tentou! Enquanto as supostamente competentes descansaram a assistir a uma atividade organizada e coordenada por animadoras.
Um gueto, é o que se oferece às crianças “marcadas”. Nada mais (./?)
Enviado via e-mail por quem não se quis identificar.
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