«Faz sentido a ADFA criar essa estrutura, e faz ainda mais sentido a ideia de que o Estado e o ministério da Defesa Nacional tenham o dever de concretizar o projeto, têm o nosso compromisso político e o nosso apoio total», prometeu Aguiar-Branco, no seu discurso na sessão comemorativa dos 40 anos da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, que decorreu na sede da ADFA, Lisboa.
Aguiar-Branco disse que o trabalho técnico para a concretização do projeto, semelhante a um que já existe em Gaia, já começou, afirmando esperar que a abertura formal do espaço ocorra no próximo ano, nos 41 anos daquela associação.
Perante os ex-combatentes, o ministro da Defesa Nacional anunciou ainda que foi assinada na terça-feira, pelo ministério das Finanças, uma portaria que permite a utilização total de um edifício público, no Porto, pela ADFA, que lá quer instalar um centro ocupacional.
Considerando que o Estado «tem uma dívida» para com os antigos combatentes, Aguiar-Branco disse que não a pode saldar por completo mas pode "amortizá-la", referindo a criação de um grupo de trabalho para alterar o modelo de qualificação como deficiente das Forças Armadas, que atualmente pode demorar dez anos.
Aguiar-Branco reiterou o compromisso para que até ao fim do mandato todos os processos pendentes sejam resolvidos, considerando que as «enormes restrições financeiras não podem impedir a justiça».
Na cerimónia, o presidente da ADFA, José Arruda, que foi condecorado com a medalha da Defesa Nacional, lembrou as prioridades atuais da associação, relacionadas com o processo de envelhecimento dos associados, pedindo rapidez na instalação do lar militar no Porto.
O ex-presidente da República Ramalho Eanes, o ex-ministro Adriano Moreira, o general Carlos Reis em representação do Presidente da República, o secretário de Estado Paulo Núncio, deputados da comissão parlamentar de Defesa, chefes militares e dirigentes associativos marcaram presença na cerimónia comemorativa dos 40 anos da ADFA.
O sócio número 1 da associação, Joaquim Couceiro, lembrou que a «guerra constituiu um trauma aparentemente ultrapassado» mas que acompanha «uma geração de uma forma que não tem preço», afirmando que os ex-combatentes se recusam a «fazer parte de uma geração esquecida».
Fonte: TVI24
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