Este é o testemunho, cru e duro, de Eduardo Jorge, um tetraplégico que vive em Concavada, no concelho de Abrantes, e que luta para que o Estado permita que, não só ele como todos os que se encontram na sua situação, tenham direito a um “cuidador” no domicílio ou a serem acolhidos num lar residencial. Para tentar chamar a atenção para esta questão, Eduardo Jorge vai fazer uma viagem de 180 quilómetros em cadeira de rodas, entre Concavada e o Ministério da Solidariedade Social em Lisboa, com partida no dia 23 de Setembro, às 7 horas da manhã, sempre pela Estrada Macional 118.
A jornada conta com passagens pelo Pego (7h45), Rossio ao Sul do Tejo (8h15), Tramagal (9h00), Santa Margarida da Coutada (10h15), Arripiado (11h45), Carregueira (13h00), Chamusca (15h00), Vale de Cavalos (16h00), Alpiarça (16h45) e Almeirim (17h30), onde vai pernoitar em vigília à frente do edifício da câmara municipal.
No dia 24 de Setembro, a saída é às 8h00 de Almeirim pela Estrada Nacional 118, passando por Benfica do Ribatejo (9h15), Casa Cadaval (10h00), Salvaterra de Magos (11h30), Benavente (12h15), Samora Correia/Porto Alto (13h30), Vila Franca de Xira (14h45), Alhandra (15h15), Sobralinho (15h45) e Alverca do Ribatejo (16h00), onde vai pernoitar na Praça de São Pedro.
No dia 25 parte às 5 horas da manhã de Alverca do Ribatejo, passando pelo Forte da Casa (7h30), Póvoa de Santa Iria (7h45) e por último Praça de Londres, onde prevê chegar pelas 10h00. Nas noites em que vai fazer a vigília, Eduardo agradece se alguém lhe disponibilizar um quintal, junto a uma torneira, que lhe permita tomar um banho de mangueira.
“É muito triste verificar que as nossas oportunidades são nulas. Temos que exigir mecanismos sociais
O protesto terminou após as promessas de revisão da legislação mas, como nada mudou, Eduardo Jorge vai voltar à luta, desta feita na estrada para conseguir algo muito simples: uma vida digna.
Fonte: O Mirante
Eu: O texto do 1º parágrafo não é da minha autoria, mas sim do amigo Jorge Falcato, e não luto pela institucionalização com referem no 2º parágrafo, mas sim como escrevem no penúltimo (...) “basta à institucionalização compulsiva por parte do Estado, das pessoas com deficiência em lares de idosos, como única alternativa de vida”.
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