O tema da minha crónica no Jornal a Abarca desta vez é a solidariedade que sempre tive por parte dos portugueses.
Todos os olhares se dirigem na minha direção e imediatamente alguém se levanta e pergunta: Precisa de alguma coisa? Sim, respondo eu, um copo de água por favor! Quer fresca ou natural? Pode ser fresca. Muito obrigado.
O mesmo acontece ao tentar apanhar uma daquelas revistas/jornais espalhados pelas mesas das salas de espera. Gosto de tentar, mas antes que comece, de imediato aparece alguém e me entrega a revista. É que as manobras que tenho que fazer para tentar segurar na revista, dão nas vistas. Geralmente seguro-as com a boca para não me desequilibrar, e só depois as coloco no colo. Demora, mas vai.
O ideal seria perguntarem se preciso de ajuda, mas como geralmente se levantam de imediato, evito dizer que vou tentar fazer sozinho e se não o conseguir pedirei ajuda. Sinto que ficar ali de pé alguém á espera que isso aconteça, pode ser mal interpretado e por isso aceito de imediato a oferta. Outro caso é quando vou abrir a minha carteira para tirar algo. Começo por pegar o fecho com a boca, e toca a corre-lo, logo quem estiver por perto me tenta ajudar. Neste caso costumo agradecer e dizer que consigo.
No meu trabalho, no Centro de Apoio Social da Carregueira, tenho outro exemplo lindo de solidariedade e entreajuda. Preciso que me sirvam e preparem os alimentos...chegar a uma pasta numa prateleira...abrir uma porta...Há sempre algum colega por perto que me ajuda com toda a naturalidade e boa vontade do mundo, mas neste caso, como sei bem o que consigo, ou não fazer, costumo pedir.
Como estes exemplos tenho muitos mais.
Isto para realçar que sempre senti o maior apoio, carinho, solidariedade e respeito pela parte dos portugueses. Nunca tive um episódio pior, discriminatório ou algo parecido.
O mesmo não acontece com o Estado. Esse sim discrimina-nos sem dúvida nenhuma. Mas isso é outra conversa. A todos os anónimos, colegas e conhecidos que sempre me apoiaram muito obrigado.
No meu trabalho, no Centro de Apoio Social da Carregueira, tenho outro exemplo lindo de solidariedade e entreajuda. Preciso que me sirvam e preparem os alimentos...chegar a uma pasta numa prateleira...abrir uma porta...Há sempre algum colega por perto que me ajuda com toda a naturalidade e boa vontade do mundo, mas neste caso, como sei bem o que consigo, ou não fazer, costumo pedir.
Como estes exemplos tenho muitos mais.
Isto para realçar que sempre senti o maior apoio, carinho, solidariedade e respeito pela parte dos portugueses. Nunca tive um episódio pior, discriminatório ou algo parecido.
O mesmo não acontece com o Estado. Esse sim discrimina-nos sem dúvida nenhuma. Mas isso é outra conversa. A todos os anónimos, colegas e conhecidos que sempre me apoiaram muito obrigado.
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