Este ano serão admitidos 11 alunos, mas a ideia é replicar a experiência noutros estabelecimentos de ensino, explica a professora coordenadora do curso, Maria Barbas. O objectivo é facilitar a inclusão social e promover a empregabilidade, sobretudo nas áreas do turismo e multimédia.
O curso tem a duração de dois anos e para se inscreverem os alunos devem ter um grau de incapacidade igual ou superior a 60%, competências básicas mínimas ao nível da leitura e da escrita e competência média a média/alta em termos de sociabilidade. Antes disso, e para garantir que estão aptos, os candidatos são sujeitos a uma entrevista de quase um dia com uma psicóloga especializada em desenvolvimento.
Os conteúdos da formação foram apresentados pela Departamento de Tecnologias Educativas e aprovados por unanimidade pelo Conselho Técnico Científico. Embora o curso não confira aos alunos um grau ou título, dá-lhes uma certificação legal e responde a todas as directivas do Conselho Nacional de Educação, bem como às orientações do ministro da Tecnologia e Ensino Superior, que apelam ao alargamento da oferta a novos públicos.
O curso foi desenvolvido de forma a compreender vários domínios profissionais e obedece quer ao perfil e potencial dos estudantes, quer às actuais necessidades do mercado de trabalho, incluindo cadeiras na área do ambiente, do turismo, do património e do apoio social.
O certificado habilita os alunos a trabalhar, por exemplo, como guias ambientais em áreas protegidas ou zonas de interesse nacional, como tutores de monumentos e contadores de histórias, como colaboradores de empresas dedicadas ao ecoturismo ou ao lazer e entretenimento de idosos ou em áreas dedicadas à conservação da natureza.
Para garantir o êxito do curso, o Instituto Politécnico de Santarém estabeleceu também protocolos com diversas empresas, como a Deloitte, que oferece estágios remunerados. As propinas custam 680 euros e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social comparticipa com 50 mil euros.
O objectivo máximo é permitir uma independência pelo menos parcial e dar auto-estima a pessoas com défice cognitivo e limitações a diversos níveis, de forma a que se tornem, na medida do possível, cidadãos mais autónomos e contribuintes activos para uma sociedade melhor
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