Segundo a ONU, cerca de 10% da população mundial é portadora de algum tipo de deficiência. Por isso, antes mesmo de escolher o destino de um intercâmbio ou viagem de férias, muita pesquisa deve ser feita para evitar dores de cabeça.
No Brasil, por exemplo, apesar de a acessibilidade ser garantida por leis federais, nem sempre os destinos turísticos cumprem as normas e tornam os locais acessíveis a todos. E como isso funciona em outros países?
Na Europa, a preocupação em tornar espaços públicos em locais mais acessíveis é uma tendência que vem sendo seguida por muitas cidades. É claro que isso também é um desafio gigantesco, já que muitas das construções no continente são extremamente antigas, algumas com mais de mil anos, ou seja, de quando nem se pensava em regras para acessibilidade.
Como felizmente mudanças estão a caminho, atualmente existe inclusive uma premiação que analisa o esforço de dezenas de cidades em remover as barreiras cotidianas no que diz respeito a transporte, infraestrutura, acesso a pontos turísticos, serviços, além da implementação de novas tecnologias com o intuito de facilitar a vida dos portadores de deficiência.
Chamada de Access City of the Year, em 2015 foi realizada a sexta edição dessa premiação e o título de cidade europeia mais acessível ficou com Boras, na Suécia. A capital finlandesa, Helsinki, ficou com o segundo lugar, seguida por Liubliana, capital da Eslovênia.
Nos dois anos anteriores, Gotemburgo, na Suécia, foi a cidade campeã. O resultado se deve ao grande investimento do governo local em transportes, construção de casas equipadas, adequação de mais de 300 empresas para pessoas com deficiência, além da criação de parques e playgrounds com acessibilidade.
Em edições anteriores, levaram o primeiro lugar cidades como Ávila, na Espanha, Salzburg, na Áustria e Berlim, na Alemanha.
Entre outras cidades do continente que se destacam por sua acessibilidade está Estocolmo, na Suécia. Por lá, em 2010, as travessias de pedestres foram reconstruídas com a implantação de rampas de acesso. Também foram desenvolvidos aplicativos para pessoas com deficiência visual, além de tornar as vias públicas mais seguras para essas pessoas. Todas as estações de metrô possuem elevadores e os hotéis estão preparados para suprir as necessidades visuais, auditivas e de mobilidade dos seus hóspedes.
Roma é outra cidade que tem adaptado sua antiga arquitetura com a construção de rampas nas calçadas, o objetivo é facilitar o acesso a hotéis, restaurantes, galerias de arte, museus e igrejas. Por lá, todos os meios de transporte são acessíveis para cadeirantes.
Já em Londres, grande parte das ruas no centro da cidade possuem rampas. Além disso, a maioria dos hotéis da cidade tem, pelo menos, 5% dos seus quartos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida. O acesso às atrações turísticas da cidade também é bem acessível.
Fonte: Turismo Adaptado
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