Segundo confirmou o Observador junto da secretaria-geral da Assembleia, o deputado bloquista que foi eleito no passado domingo e que está paraplégico desde 1978 irá sentar-se num dos locais que são atribuídos ao grupo parlamentar do BE, à esquerda do hemiciclo, mas terão de ser feitas “pequenas obras de adaptação” para que a sua cadeira possa entrar num desses “lugares laterais”.
Além da permanência da cadeira-de-rodas num dos lugares do hemiciclo, outro dos problemas identificados pelo próprio é o acesso à tribuna, onde os deputados fazem intervenções mais longas ou declarações políticas de frente para o resto do plenário. Nesse caso, “pela impossibilidade de utilização de rampas num espaço tão diminuto”, os serviços da Assembleia dizem que estão a estudar a colocação de um “sistema de plataforma de elevação angular integrada” para permitir esse acesso.
“Foram ouvidas as suas sugestões quer relativamente a rampas de acesso, quer relativamente à altura de determinados utensílios de serviço ao público, e foram testados os meios de acesso ao parque de estacionamento bem como os de passagem entre edifícios, para além das entradas na cafetaria, cantina e correios”, acrescenta a secretaria-geral da AR.
No início da semana, contudo, quando questionada pelo Observador sobre a mesma situação, a secretaria-geral tinha sublinhado que desde 1997 que a Assembleia da República tem vindo a adaptar o seu edifício principal com vista ao cumprimento da legislação em vigor sobre acessibilidades de pessoas com mobilidade reduzida, tendo para isso instalado “duas rampas de acesso ao edifício”, “instalações sanitárias”, “rampas de madeira amovíveis para acesso aos Passos Perdidos e para a entrada, junto ao refeitório”, assim como espaço para “quatro cadeiras de rodas” nas galerias do plenário.
“O acesso ao Plenário, salas do grupo parlamentar, salas de comissões e zonas sociais está garantido”, respondeu na altura ao Observador.
Fonte: Observador
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