domingo, 24 de abril de 2011
Conheça melhor o administrador do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais
Tinha já 18 anos quando retomou os estudos, interrompidos terminada a 4.ª classe, por imposição da vida e das circunstâncias. Voltou à escola com afinco e em 1975 era “caloiro” de Medicina, na Universidade de Coimbra (UC). O seu percurso profissional é como que um acumular de paixões, da Medicina Interna à Desportiva, seguindo-se a Nutrição e a Geriatria. O mais recente desafio é a gestão dos destinos do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, uma unidade hospitalar de características singulares, na Tocha.
Manuel Teixeira Veríssimo nasceu e cresceu em Arazede, Montemor-o-Velho, “paredes meias” com o concelho de Cantanhede. Filho de agricultores, habituou-se desde cedo às lides do campo, tendo dedicado alguns anos a esta vida: “Quando concluí a Escola Primária não prossegui os estudos imediatamente. Durante algum tempo trabalhei com os meus pais na agricultura, algo que era usual, já que a grande maioria das pessoas que nasciam nas aldeias não seguiam estudos a partir da 4.ª classe”.
O interregno durou até ter 18 anos, ser “maior e vacinado” e decidir que queria voltar à escola, aprender mais e ir mais longe: “Reiniciei os estudos, tendo feito os liceais em Cantanhede, até ao antigo 5.º ano. Depois fui estudar para Coimbra, cumpri o Serviço Militar e acabei por entrar na Faculdade de Medicina”. O percurso resume-se em poucas palavras mas foram anos de empenho e dedicação, uma corrida contra o tempo que culmina no ingresso em Medicina, na Universidade de Coimbra, em 1975.
Para trás ficou uma infância “normal, das pessoas da aldeia, com a vida a fazer-se sempre muito próximo do campo, dos animais e dos brinquedos da altura, que eram completamente diferentes do que há hoje, já que não existia o desenvolvimento tecnológico actual”. As consolas e equipamentos electrónicos de então eram o pião, o berlinde e a marca. “O próprio futebol era diferente, havia dificuldade em arranjar bola. Muitas vezes tínhamos que improvisar”. A brincadeira nunca ocupou a cem por cento os dias do pequeno Manuel, até porque, confessa, sempre teve muito gosto pelo estudo e por conhecer mais. No entanto, “reportando-nos à época, as condições, perfeitamente normais e aceitadas, ditaram que eu não tivesse continuado os estudos logo nessa altura”.
Fonte e resto da entrevista: AuriNegra
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