segunda-feira, 11 de abril de 2011
A Guarda pretende melhorar o apoio prestado aos portadores de deficiência
A Câmara Municipal da Guarda, através do Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (SIM-PD), que faz o atendimento qualificado dos munícipes com deficiências ou incapacidade e respectivas famílias, está a fazer um levantamento dos casos de pessoas portadoras de deficiência que existem em todo o concelho.
A vereadora Elsa Fernandes, responsável pelo Pelouro da Acção Social da autarquia, adiantou ao Jornal A Guarda que o levantamento começou a ser feito em Dezembro, «com um pedido de colaboração às entidades e instituições» do concelho «que, à partida, pudessem ter essa informação». «Contactámos todas as Juntas de Freguesia do concelho, o Centro de Emprego, o Centro Distrital de Segurança Social, as escolas, a Unidade Local de Saúde, as Associações (ACAPO, CERCIG, Despertar do Silêncio, Fundação Augusto Gil, ADM Estrela, entre outras) e, como a resposta dessas entidades foi menor do que aquilo que estaríamos à espera, então fomos para o terreno e, neste momento, a Câmara Municipal da Guarda tem uma técnica a fazer o trabalho de campo», declarou.
Segundo a vereadora, a técnica «está a percorrer todas as Freguesias», prevendo que «até ao fim do Verão se consiga um primeiro levantamento» de todo o concelho, adiantando que «neste momento, já temos identificados 25 casos de deficiência». Elsa Fernandes referiu que a autarquia sentiu necessidade de avançar com este trabalho porque, «no âmbito do SIM-PD achámos que era importante ter uma informação privilegiada para os cidadãos da Guarda e, fomos dando conta que os registos existentes nem sempre estão coerentes uns com os outros». Contou que alguns presidentes de Junta faziam chegar «alguns casos e pedidos de esclarecimento e pedidos de apoio para situações particulares». «Também tomámos conta que as famílias ocultavam algumas situações» concluindo que, ao nível do concelho, «haveria cidadãos portadores de deficiência que não estavam a ser devidamente apoiados».
Com o levantamento que está em fase de realização, a autarca assume que «o objectivo é mais do que conhecer a realidade e identificar ou caracterizar um determinado território ou famílias. É garantir que haja uma participação plena na sociedade, das pessoas portadoras de deficiência». «Aquilo que queremos neste momento, é saber quantas pessoas portadoras de deficiência temos no nosso concelho e em que áreas é que essa deficiência incide», explicou. E Acrescentou: «Podemos estar a falar em deficiências motoras, visuais, áudio-visuais, mentais, ou outras». O levantamento está a ser feito com o apoio das Juntas de Freguesia e dos habitantes das localidades, garantindo a vereadora com o Pelouro da Acção Social, que a técnica da autarquia «está a ser bem recebida» e «as pessoas mostram-se afáveis». Segundo Elsa Fernandes, após a realização do levantamento, «o objectivo seguinte é criar um plano de intervenção que venha a ser facilitador das acções a concretizar com este tipo de público«.
«Ao mesmo tempo, estamos a implementar a candidatura que fizemos no âmbito do Plano RAMPA, plano de acessibilidade, da cidade da Guarda», referiu. Adiantou que este projecto, que «vai incidir sobre a cidade toda, incluindo S. Miguel e Sequeira», pretende «desenhar a cidade, no sentido de a tornar mais acessível».
Fonte: Jornal a Guarda
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