Uma pesquisa liderada por Abdulghani Sankari da Faculdade de Medicina Wayne na Universidade Estadual de Detroit, nos Estados Unidos, avaliou 26 pacientes com lesão medular crônica, incluindo 15 com trauma cervical e 11 com trauma torácico. O estudo conclui que 77 por cento dos sobreviventes apresentavam distúrbios respiratórios do sono e 92 por cento relatam má qualidade do sono.
A pesquisa também descobriu que a natureza dos distúrbios respiratórios do sono em pacientes com lesão medular é complexa, com uma elevada ocorrência de dois eventos de apneia do sono obstrutiva e central. A apneia do sono central, que requer uma atenção especial no diagnóstico e tratamento, foi mais comum em pacientes com lesão cervical, em comparação com os que tinham uma lesão torácica.
Abdulghani Sankari sublinha que os resultados “ajudam a identificar o mecanismo de distúrbios respiratórios do sono na lesão da espinal medula e podem fornecer potenciais alvos para novos tratamentos”, pois os distúrbios respiratórios do sono podem contribuir para o aumento da mortalidade cardiovascular em pacientes que apresentem esta condição.
“Todos os pacientes com lesão medular devem ser submetidos a uma avaliação abrangente de sono completa, recorrendo a exames de polissonografia para o diagnóstico preciso da apneia do sono”, conclui o autor, que relembra que este é o primeiro estudo a avaliar alterações na respiração e ventilação durante o sono, comparando dois níveis distintos de lesão medular – cervical e torácica.
Fonte: Ser Lesado
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