segunda-feira, 22 de maio de 2017

ADSE – Fim dos medicamentos gratuitos a Doentes Crónicos

Exmos. Srs.,
Ministro da Saúde
Ministro das Finanças
Presidente Conselho Directivo Executivo da ADSE
Administrador do Hospital Trofa Saúde Braga
Deputados
Jornalistas
Associações de doentes crónicos e deficientes

Braga, 17 de Maio de 2017

Assunto: ADSE – Fim dos medicamentos gratuitos a Doentes Crónicos.

Fomos hoje surpreendidos com a notícia que os doentes que tinham comparticipação a 100% na sua medicação regular (Esclerose Múltipla, oncológicos, …) têm de pagar 20% a partir de agora. Isto inclui aqueles que ainda esta semana têm que ir buscar a sua medicação. No caso da esclerose múltipla estamos a falar de mais de 200€.

Esta medida também se coloca ao Serviço Nacional de Saúde? Os doentes da ADSE dos hospitais PPP também vão passar a pagar estes 20%? E dos outros hospitais?

Queremos igualdade de tratamento quer seja no hospital x ou no y. Os doentes da ADSE já são marginalizados nos hospitais privados, pois têm de pagar a consulta pela ADSE, as análises e outros exames. Em quanto os doentes dos outros não.

Com os nossos melhores cumprimentos,
O Presidente da Direção da TEM
Paulo Alexandre Pereira

A imprudência e desigualdade de tratamento pela ADSE – Fim dos medicamentos gratuitos a Doentes Crónicos.

Braga, 18 de Maio de 2017

Assunto: A imprudência e desigualdade de tratamento pela ADSE

Nas declarações ao jornal “I” de hoje (em anexo), o Sr. Presidente de Administração da ADSE, Dr. Carlos L. Baptista não esclareceu nada e cria mais confusão. O Dr. Carlos L. Batista justifica a medida, no mínimo, imprudente, “com maior controlo de erros de faturação”. O Dr. Carlos L. Baptista revela desconhecimento como os hospitais públicos fornecem este tipo de medicação. Lembramos que esta medida não é só para a Esclerose Múltipla.

Os doentes do Hospital Privado de Braga foram contactados ontem para serem informados sobre o fim da medicação gratuita em diversas doenças crónicas, mediante informações recebidas pela ADSE. Os doentes que estão neste hospital, agora têm de marcar uma consulta no hospital de referência e a comissão de farmácia desses hospitais tem de dar autorização, o que pode demorar vários meses.

Quem se responsabiliza pelo que pode acontecer a estes doentes por falta de medicação durante esses meses?

Esta não é uma medida justa, mas pelo menos deem tempo para que os doentes tenham medicação nos outros hospitais

O Dr. Carlos Baptista e a ADSE ainda não se disponibilizaram para esclarecer a TEM. Algumas questões, para nós pertinentes:

Quando é que a ADSE começou a comparticipar estes medicamentos a 100%?

Porque alterou essa regra da comparticipação a 100% em Maio de 2017?,

Porque não teve em conta o período de tempo que os doentes vão ficar sem medicação?

Porque razão os doentes da ADSE dos hospitais privados têm de pagar mais de 200€ e num máximo de 600€ e os doentes da ADSE de outros hospitais têm a medicação gratuita?

Queremos igualdade de tratamento independentemente do hospital em que o doente é tratado.

Solicitamos esclarecimentos urgentes.

Com os nossos melhores cumprimentos,
O Presidente da Direção da TEM
Paulo Alexandre Pereira

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