Durante a iniciativa, que teve lugar na Casa da Imprensa, em Lisboa, e foi moderada por Maria Luísa Cabral, a coordenadora do Bloco frisou que, quando falamos em cuidadores informais, “estamos a falar de algo que tem um enorme impacto direto num elevado número de famílias, e que não tem lugar público, como se o isolamento e o retiro na vida familiar excluísse a possibilidade de as pessoas terem voz pública e voz política para terem resposta às suas questões”.
Ler também: Direito dos cuidadores: “é preciso responder a quem mais precisa”
Conforme recordou Catarina Martins, estima-se que existam em Portugal 110 mil pessoas que dependem de cuidadores informais, sendo que “somos o país da Europa com menos cuidados formais para quem tem algum grau de dependência”. Por outro lado, “os cuidados formais são tão caros para quem deles precisa e tão mal pagos para quem os garante”.
“Não dispensando, de forma alguma, o debate sobre os cuidados formais, e a necessidade de existir no nosso país mais acesso a cuidados formais de qualidade”, Catarina Martins centrou-se na questão do cuidador informal, que, muitas vezes, “é a solução boa e a solução escolhida que deve ser respeitada”. Para a dirigente bloquista, há quatro aspetos fundamentais aos quais o estatuto do cuidador informal deve dar resposta: o direito a proteger os cuidadores do ponto de vista social, nomeadamente no que concerne à sua carreira contributiva, o seu direito ao descanso, o acesso à formação necessária para lidar com a situação e quebrar o isolamento.
Estudo tem vindo a ser sucessivamente adiado
Catarina Martins recordou que, em 2016, foram aprovados vários projetos de resolução no Parlamento sobre os direitos dos cuidadores informais, no âmbito da discussão de uma petição sobre esta matéria. "Há consenso sobre estas matérias. Então porque é que não se avança? Não se avança porque estas também são questões orçamentais", frisou.
Ler também: Estatuto do cuidador informal debatido no Parlamento até ao fim do ano
“O défice para com as pessoas é o maior défice que o país tem que pagar. E aqui, aos cuidadores a que entregamos 110 mil pessoas que têm dependência, é seguramente a dívida que temos que pagar a dívida e tem que haver uma opção clara sobre essa matéria", defendeu. A dirigente do Bloco de Esquerda lembrou também que o Governo criou um grupo de trabalho, comprometendo-se a apresentar um estudo sobre as políticas públicas a implementar, e que o Parlamento assumiu o compromisso de promover uma audição sobre esse documento, auscultando não só os especialistas, mas também os próprios cuidadores.
“E hoje devíamos estar numa sessão no Parlamento em vez de estarmos numa sessão organizada pelo Bloco”, vincou Catarina Martins, assinalando que o “estudo que foi prometido tantas vezes ainda não apareceu”. No entanto, segundo a coordenadora bloquista, "há já uma vitória da organização desta sessão". "O Governo disse-nos agora mesmo, antes da sessão começar, que iria enviar o estudo formalmente à comissão parlamentar ainda durante o dia de hoje. Se assim for, é uma boa notícia. Vem tarde, mas é bom porque precisamos de desbloquear este processo", rematou.
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Conforme recordou Catarina Martins, estima-se que existam em Portugal 110 mil pessoas que dependem de cuidadores informais, sendo que “somos o país da Europa com menos cuidados formais para quem tem algum grau de dependência”. Por outro lado, “os cuidados formais são tão caros para quem deles precisa e tão mal pagos para quem os garante”.
“Não dispensando, de forma alguma, o debate sobre os cuidados formais, e a necessidade de existir no nosso país mais acesso a cuidados formais de qualidade”, Catarina Martins centrou-se na questão do cuidador informal, que, muitas vezes, “é a solução boa e a solução escolhida que deve ser respeitada”. Para a dirigente bloquista, há quatro aspetos fundamentais aos quais o estatuto do cuidador informal deve dar resposta: o direito a proteger os cuidadores do ponto de vista social, nomeadamente no que concerne à sua carreira contributiva, o seu direito ao descanso, o acesso à formação necessária para lidar com a situação e quebrar o isolamento.
Estudo tem vindo a ser sucessivamente adiado
Catarina Martins recordou que, em 2016, foram aprovados vários projetos de resolução no Parlamento sobre os direitos dos cuidadores informais, no âmbito da discussão de uma petição sobre esta matéria. "Há consenso sobre estas matérias. Então porque é que não se avança? Não se avança porque estas também são questões orçamentais", frisou.
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“O défice para com as pessoas é o maior défice que o país tem que pagar. E aqui, aos cuidadores a que entregamos 110 mil pessoas que têm dependência, é seguramente a dívida que temos que pagar a dívida e tem que haver uma opção clara sobre essa matéria", defendeu. A dirigente do Bloco de Esquerda lembrou também que o Governo criou um grupo de trabalho, comprometendo-se a apresentar um estudo sobre as políticas públicas a implementar, e que o Parlamento assumiu o compromisso de promover uma audição sobre esse documento, auscultando não só os especialistas, mas também os próprios cuidadores.
“E hoje devíamos estar numa sessão no Parlamento em vez de estarmos numa sessão organizada pelo Bloco”, vincou Catarina Martins, assinalando que o “estudo que foi prometido tantas vezes ainda não apareceu”. No entanto, segundo a coordenadora bloquista, "há já uma vitória da organização desta sessão". "O Governo disse-nos agora mesmo, antes da sessão começar, que iria enviar o estudo formalmente à comissão parlamentar ainda durante o dia de hoje. Se assim for, é uma boa notícia. Vem tarde, mas é bom porque precisamos de desbloquear este processo", rematou.
Fonte: Esquerda.net
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